O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Daniele522 14/10/2020

O nome da Rosa
É brilhante a forma como autor descreve a história, parece estarmos testemunhando as memórias de um monge do século XIII e não uma ficção.
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Reccanello 16/10/2020

Consumatum est!
Mesmo não sendo meu livro preferido do Umberto Eco (é "O pêndulo de Foucault"), a leitura de "O nome da rosa" é uma experiência maravilhosa! A absurda erudição do autor nos leva a passear pelas várias camadas do livro (história, filosofia, teologia, costumes, literatura...) como se estivéssemos passeando pela abadia, conversando com os monges, estudando suas obras, comendo sua comida... A contextualização da história é perfeita: ainda que necessitemos, às vezes, parar e buscar sobre os fatos narrados em plano de fundo, conseguimos entender perfeitamente o que está acontecendo e por quais razões os personagens fazem o que fazem, pensam o que pensam (conquanto em latim). Seu final maravilhoso, que nos deixa felizes e tristes ao mesmo tempo (pela descoberta do mistério e pela perda de conhecimento que dele decorre), nos faz questionar (no sentido de realmente tentar compreender) nossas convicções filosófico-religiosas, contrastando o passado longínquo histórico medieval com a "atualidade" do pensamento religioso atual. Enfim, leiam! Apesar de difícil, ler Umberto Eco é um prazer indescritível!

site: https://www.instagram.com/p/CVeHWsXA7xo/
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Jacques.Bourlegat 18/10/2020

O Nome da Rosa
Umberto Eco tece, além da trama policial com fundo medieval, um enredo complexo e erudito, se desenrolando no ritmo das horas litúrgicas que cadenceiava a vida monástica da época, no qual os personagens Guilherme de Baskerville e Adso, são levados a investigar a verdade sobre crimes ocorridos na abadia no decorrer de 7 dias (se a criação fez-se nesse tempo...por que não essa história?) em que algumas verdades serão descobertas mas nem todas divulgadas.

Uma homenagem clara ao gênero policial e a Sherlock Holmes já se percebe só pelo sobrenome do principal personagem: Baskerville. Suas deduções lógicas e um certo espírito científico, assim como a história sendo narrada por seu assistente Adso completa o quadro.

Muitos já conhecem o personagem pelo filme com Sean Connery dirigido por Jean-Jacques Annaud em 1986. Apesar de ser uma obra-prima do cinema, o livro é bem diferente e vai muito além das questões abordadas no filme, o que muitas vezes acontece com as adaptações.

A leitura da obra nos leva para uma viagem pelos extensos temas da teologia, da filosofia, da história, da psicologia, da semiologia entre outros, em busca dos rastros da verdade. Verdade sobre o crime cometido, sobre a natureza humana, sobre a natureza divina.

Como semiólogo, Eco aproveita para nos instruir sobre a questão da verdade:
"Só então soube, realmente, que meu raciocínio anterior conduzira-me para perto da verdade. De modo que as ideias, que eu usava antes para figurar-me um cavalo que ainda não vira, eram puros signos, como eram signos da ideia de cavalo as pegadas sobre a neve: e usam-se signos e signos de signos apenas quando nos fazem falta as coisas."

Como bibliófilo, Eco nos revela que o mistério da verdade deve ser encontrado entre os livros de uma biblioteca. E nesse caso em particular, ela se torna personagem importante da trama, grande e assustadora, contendo os pensamentos e os segredos de milhares de pessoas.

Os livros e os pergaminhos falam entre si, sussurram uma força que alguns querem ocultar. Essa força é muito bem resumida em uma frase de Baskerville : "O bem de um livro está em ser lido. Um livro é feito de signos que falam de outros signos, os quais por sua vez falam das coisas. Sem um olho que o leia, um livro traz signos que não produzem conceitos, e portanto é mudo".

Assim estamos todos em busca dessa verdade intangível e para demonstrá-la utilizamô-nos dos signos. Esses signos revelam-se principalmente nos livros. Mas se esses livros forem perdidos ou ocultados, de nada valem.

Portanto, o Nome da Rosa é um livro sobre investigação, mas não somente aquela que se mostra no primeiro plano: um crime no mosteiro. E sim sobre uma busca mais profunda do ser humano na qual deveríamos perceber o quão intangível certos signos são para se alcançar certas verdades. Assim como deveríamos perceber o valor efêmero da vida que temos. Pois o tempo passa e, muitas vezes, quase sempre, nada mais resta além de lembranças, palavras, nomes...e tudo mais é levado pela insignificância de sermos pedaços de uma verdade intangível que fenece tal a rosa.
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Ana SPV 01/11/2020

O nome da Rosa.
No ano de 1327, o Papa e monges franciscanos se reúnem em um monastério beneditino para uma conferência; porém, uma série de assassinatos a interrompe. Inicia-se uma investigação para desvendar o enigma. Nesse ínterim, o inquisitor Bernardo Gui surge em cena com o objetivo de erradicar a heresia dominante do mosteiro com seu auxiliar o noviço Adso.
Guilherme tinha que descobrir o assassino antes da chegada da legação.

A biblioteca deles tinha mais livros que qualquer outra biblioteca cristã. Os monges que viviam lá vieram de outras avarias espalhadas pelo mundo inteiro. Uns foram para copiar textos inencontráveis alhures e levá-los em seguida à suas respectivas sedes, não sem terem trazidos, em troca algum outro manuscrito de insigne raridade, somente lá eles encontrariam obras que iluminam sua pesquisa.
O lugar de escrita e leitura era oculpada por antiquários, livreiros, rubricadores e estudiosos que sentavam em umas mesas à baixo de cada janela, a sala era iluminada por quarenta janelas e quarenta monges poderiam trabalhar juntos. Os lugares mais iluminados era reservado aos antiquários, aos miniaturistas mais experientes, aos rubricadores e aos copistas. Cada mesa tinha todo necessário para miniaturar e copiar.
  A biblioteca estava repleta de segredos, especialmente de livros que nunca tinham sidos dados aos monges para leitura.

Para aqueles homens devotados à escrita, a biblioteca era ao mesmo tempo Jerusalém celeste e um mundo subterrâneo no limite entre a terra desconhecida e do infernos. Eles eram dominados pela biblioteca, por suas promessas e por suas proibições. Viviam com ela, para ela, e talvez contra ela.

A biblioteca foi construída por uma mente humana que pensava de modo matemático, porque sem a matemática não constróis labirintos.

Porquê isso tudo em uma biblioteca? Você saberá ao ler o livro.
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@medusarm 03/11/2020

Essencial esta leitura!
"Somente nós, monges daquela época, conhecemos a verdade. Só que, ao dizê-la, somos às vezes levados à fogueira."

Uma trama que te leva a pensar sobre o modo de vida da época, as descobertas, a ciência, a importância do acesso ao conhecimento, seu método restrito - e o seu veneno, pela ganância. Também nos faz questionar sobre as barbáries ocorridas durante estes 7 dias. Todos deveriam ler!
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Bru 10/11/2020

meu favorito da vida.

Uma história que se passa na Idade Média, em 1327, tratando sobre assassinatos e mistérios envolvendo a biblioteca de uma abadia, mas o que me prendeu na narrativa não foi nem a investigação dos crimes, e sim as discussões filosóficas e religiosas presentes na obra.

O local, a época, as passagens em latim, as referências, os diálogos sobre a inquisição, sobre pecado, disputas políticas da igreja, questões sobre conhecimento, liberdade e pobreza, são pontos que Umberto Eco trabalhou muitíssimo bem, inclusive nessa edição, que apresenta alguns textos extras, nós podemos conhecer um pouco de como foi a construção desse clássico da literatura italiana.

É um excelente livro para quem gosta de suspense, mas também para quem gosta de história, filosofia e teologia.
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Mari 11/11/2020

Difícil e surpreendente.
Uma leitura desafiadora, com muitas citações em latim e palavras difíceis, porém o final é admirável. Amei.
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lillimarlene 14/11/2020

Cada encontro entre personagens, uma discussão profunda sobre assuntos da vida.
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Janaine.Mioduski 15/11/2020

Um tratado sobre a fé, a heresia e a hipocrisia.
Em O Nome da Rosa, Umberto Eco trata com maestria a tênue linha que separa a fé sublime da heresia (dependendo do ponto de vista de quem tem o poder) e a solidez da hipocrisia que acompanha a humanidade desde sempre.

A trama principal gira em torno de um livro misterioso que de alguma forma está envolvido (causa ou consequência?) com diversas mortes que vão ocorrendo na Abadia ao longo da história. Juntamente com esse suspense, o autor nos apresenta as mais variadas reflexões, muitas delas impossíveis de serem desvinculadas de nós mesmos. O amor, a vaidade, a luxúria, a fé, a inveja, a avareza, são alguns dos temas sobre os quais o autor joga uma luz toda peculiar, que nos obrigada a ver algo comum com outros olhos.

Como pontos negativos estão o vocabulário muito rebuscado que torna a leitura um pouco truncada (por sorte li no kindle, o que facilitou muito o acesso ao dicionário) e diversas frases em latim que não trazem a tradução, nem como nota de rodapé, nem ao final do livro ou capítulo, o que achei bastante decepcionante.

Apesar disso, a genialidade do Umberto Eco associada à sensibilidade com que trata todos esses temas e a sutil ironia que permeia todo o texto, fazem valer a pena essa viagem pela Idade Média.

"Percebia agora que não raro os livros falam de livros, ou seja, é como se falassem entre si. À luz dessa reflexão, a biblioteca pareceu-me ainda mais inquietante. Era então o lugar de um longo e secular sussurro, de um diálogo imperceptível entre pergaminho e pergaminho, uma coisa viva, um receptáculo de forças não domáveis por uma mente humana, tesouro de segredos emanados de muitas mentes, e sobrevividos à morte daqueles que os produziram, ou os que tinham utilizado".
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Lu Reis 02/12/2020

Esse é o livro mais conhecido de Umberto Eco. Especialista em História, Filosofia, Linguística e Semiótica, a grande sacada dele ao fazer desse livro um sucesso mundial (+de 10.000.000 de cópias vendidas), foi combinar essas disciplinas a um dos tipos literários mais populares do mundo: histórias de detetive.
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Cenário eclesiástico medieval, longas passagens em latim (que não são traduzidas no livro), capítulos inteiros de contextualização histórica, densos diálogos sobre filosofia e teologia, e um título que não é explicado durante a narrativa, esse livro tem tudo para desanimar a maioria dos leitores. Mas tem também intrigas políticas, escândalos sexuais, desafios lógicos e uma série de assassinatos acontecendo em um mosteiro: ingredientes suficientes para tornar esse livro irresistível !!
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Acompanhamos Guilherme de BASKERVILLE e seu assistente Adso (🤔detetive inglês com um assistente cujo nome lembra a pronúncia de um tal Watson – onde já vi isso antes? 😏) investigando os assassinatos que estão ocorrendo dentro desse mosteiro que contem a maior biblioteca da cristandade. Apenas o abade e o bibliotecário, tem acesso a biblioteca e tentam manter em segredo o conteúdo dos livros. Seria isso uma prova de que conhecimento significa poder?
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Além da discussão sobre a propagação ou não do conhecimento, outra discussão filosófica que acontece aqui é sobre o valor do riso atrelado ao fato de que, quem está se divertindo não tem medo, e a religião em muitos momentos é baseada no medo. Não vou me aprofundar nessas questões pois a legenda não dispõe de caracteres suficientes, mas já deu para notar o quanto essa obra é abrangente e quão minuciosa foi a construção dessa história.
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No texto pós escrito, Umberto Eco diz que buscava um leitor ideal e segundo ele esse leitor seria quem conseguisse ultrapassar as 100 primeiras páginas. É de fato uma leitura complicada, que deve ser feita com calma. Mas é também um livro incrível que retribui todo esforço que você aplicará na leitura dele. Não se assuste com as primeiras impressões que esse livro causará, apenas leia-o. É um livro espetacular!
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Marcos5813 11/12/2020

O pecado das virtudes
"O Nome da Rosa" é um compêndio da sabedoria dos povos e dos doutos de seu tempo, a Idade Média. Obra literária magnífica com diálogos dos mais nobres da ficção literária e uma retrato vivo da Era Medieval. O título é bem sugestivo, como a primeira e ultima vez à proferir e perguntar seu nome sem o saber. Dos acasos e infortúnios de uma vida de passagem, e como fim, a confissão. O pecado das virtudes ainda é mais tenebroso, a imagem fiel do Anticristo, simulacro da verdade. Imperdível leitura.
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Carla Verçoza 14/12/2020

Livraço!
Que leitura incrível, a inteligência do autor, sagacidade.. todos os elementos do livro são bons, história, enredo, personagens, suspense, humor, discussões teológicas e filosóficas, o desfecho. O pós-escrito também é uma aula! Obra-prima.

"A juventude já nada mais quer aprender, a ciência está em decadência, o mundo inteiro caminha de cabeça para baixo, cegos, conduzem outros cegos e os fazem precipitar-se nos abismos, os pássaros se lançam antes de alçar voo, o asno toca lira, os bois dançam, Maria já não ama a vida contemplativa e Marta já não ama a vida ativa. (...). Tudo está desviado do próprio caminho." (pág. 47)

"Pois a arquitetura é dentre todas as artes a que mais ousadamente busca reproduzir em seu ritmo a ordem do universo, que os antigos chamavam de cosmos, isto é, ornato, porquanto é como um grande animal sobre o qual refulgem a perfeição e a proporção de todos os seus membros." (pág. 59)

"– (...) Não adianta – acrescentou –, já não temos a sabedoria dos antigos, acabou-se a época dos gigantes!
– Somo anões – admitiu Guilherme –, mas anões que estão nos ombros daqueles gigantes, e em nossa pequenez conseguimos enxergar mais do que eles no horizonte." (pág. 121)

"Os livros não são feitos para acreditarmos neles, mas para serem submetidos a investigações. Diante de um livro, não devemos nos perguntar o que diz, mas o que quer dizer (...)." (pág. 353)

'Um escritor não deve oferecer interpretações de sua própria obra, caso contrário não teria escrito um romance, que é uma máquina de gerar interpretações.' (pág. .544, Pós-Escrito)

"Não há maior consolo para um autor de romances do que descobrir leituras em que ele não pensava e que os leitores lhe sugerem." (pág. 545, Pós-Escrito)

"Mas os longos trechos didáticos também tinham de ser introduzidos por outra razão. Após lerem o manuscrito, os amigos da editora sugeriram-me encurtar as primeiras cem páginas, que eles consideravam por demais árduas e cansativas. Não tive dúvidas, recusei porque – afirmava – quem quisesse entrar na abadia e lá viver sete dias tinha de aceitar o ritmo dela. Caso não conseguisse, jamais conseguiria ler o livro inteiro. Logo, era função penitencial, iniciatória, das primeiras cem páginas, e quem não gostasse, azar, ficaria nas encostas a colina." (pág. 559, Pós-Escrito)
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Bart 01/01/2021

O Nome da Rosa
*Umberto Eco*
Editora Record
560 pág, 2016.
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??Ainda estamos na sessão "pendências da semana passada".??
Sempre tive curiosidade em ler esse livro, só pelo fato do filme ter sido incrível. Eu era pivete, e lembro que fiquei preso, querendo saber como é que os monges estavam morrendo?!
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A trama, todo mundo ou a maioria já conhece, em 1327 (ou 1325... fiquei na duvida), o monge Guilherme de Baskerville (Sean Connery, o bom é que a pessoa lê, e as personagens já tem rosto, p/quem assistiu kkkkkkkk) é enviado p/um mosteiro franciscano na Itália, onde alguns  monges estão sendo acusados de heresia. Lá, Guilherme nem pode manter sua investigação, pois 7 monges são assassinados em 7 dias, e ninguém sabe explicar como os assassinatos aconteceram... macabro né!! Então leia, você não vai se arrepender!!
??
O livro é de 1980, e dá um show em muitos escritores de agora, violento, inteligente, até a sensualidade tem espaço!
O que eu não curti muito...
1° não leia a introdução, ele faz um resumo da trama toda (bota aquela p@#ra no fim do livro!!)
2° isso é meu - o escritor sabe explorar a história (disciplina) em si, catolicismo, igreja (tem uns trechos em latim, sem tradução) ... no filme eles não tinham tempo p/focar numa aula p/quem está assistindo, então eu prefiro o dinamismo do filme, ao trabalhar a narrativa, que muitas vezes é bem cruel (livro)! Mas isso não desmerece o livro em nada! Muito bom ?? ?? ?? ?? !!
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ÓTIMO 2021 P/TODOS, CONTINUEM LAVANDO AS MÃOS!!
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