O Anticristo

O Anticristo Friedrich Nietzsche




Resenhas - O Anticristo


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Nazaret 16/07/2014

“O budismo é uma religião para homens tardios, para raças bondosas, suaves, que se tornaram superespirituais, que sentem dor com muita facilidade (ainda falta muito para que a Europa esteja madura para ele) [...] o budismo é uma religião para o fim e para o cansaço da civilização” – Nietzsche, O Anticristo, §22
Francisco 10/03/2019minha estante
Melhor resenha que li até agora.




Bárbara 06/04/2014

A Transvaloração dos Valores Cristãos
resenha velha, de 2010

O Anticristo, escrito por Friedrich Nietzsche em 1888, é um ensaio em que o autor procura fundamentar o que ele chama de "condenação eterna" ao cristianismo e sua moral. Com uma linguagem que não hesita em usar adjetivos pouco delicados nem dispensa uma fina ironia, Nietzsche aborda em 62 curtos capítulos diversos aspectos do cristianismo, procurando reduzi-los à mais desprezível forma de pensamento.
Logo de início, o autor introduz o conceito de décadence, que seria uma forma de corrupção do ser, quando ele passa a preferir o que lhe é prejudicial e a negar, portanto, a própria vida. Nesse sentido, o cristianismo é um niilismo. Pelo resto do livro, diversas argumentações são construídas para provar essa negação da religião cristã à vida. Conforme ele mesmo diz: "A história de Israel é inestimável como história típica de toda desnaturação de todos os valores naturais (...)". Passa-se, segundo Nietzsche, a preferir o sofrimento, a doença, a pobreza e a subordinação a saúde, riqueza e força. O cristianismo viria de um ressentimento e de um ódio, uma forma das pessoas fracas e doentes de encontrarem nesses "defeitos" um meio de se divinizar, de ter garantida, em uma vida posterior, a bem-aventurança, contra as pessoas já "bem-aventuradas" na vida terrena, que seriam condenadas ao inferno.
Valoriza-se, portanto, tudo que é contrário à vida. Outra idéia defendida é a de que o cristianismo é contra a realidade. Todos seu conceitos são calcados na "além-vida", em uma vida que nem se pode provar que existe ou não. Nas palavras do autor:
"Ele [Jesus] fala apenas do que é mais interior: "vida" ou "verdade" ou "luz" são as suas palavras para o que é mais interior - todo o resto, toda a realidade, toda a natureza, a própria linguagem, tem para ele apenas o valor de um símbolo, de uma parábola". Em outro trecho, ele conclui: "Se entendo alguma coisa desse grande simbolista [Jesus], então é o fato de que ele apenas tomou realidades interiores por realidades, por "verdades" - de que ele entendeu o resto, tudo o que é natural, temporal, especial e história apenas como símbolo (...)".
Também é apontada a tendência a não lutar contra o sofrimento, a não opor resistência a quem quiser o mal, a, basicamente, se subordinar a tudo que acontece, pois esse seria o sinal da fé. Em um trecho mais ao fim do livro, Nietzsche diz: "Tudo o que sofre, tudo o que pende da cruz é divino (...) Estamos todos pendurados na cruz, logo nós somos divinos". Para o autor, esse é um grande atentado a qualquer espírito e inteligência. Outra forma de conter qualquer valor natural é o conceito do pecado, que faz com que todos reprimam a si mesmos quando fazem algo que na verdade é natural e mesmo necessário. A fé é não duvidar, é não pensar, é portanto estar preso a convicções mentirosas. Dessa forma, a religião cristã é também um atentado contra a ciência, contra a busca da verdade, contra a própria filosofia. São essas, além de muitas outras idéias, que Nietzsche usa para tecer sua crítica ao cristianismo.
No entanto, é importante ressaltar que a principal crítica de Nietzsche é aos valores, é à pretensão de dizer a outros como devem agir e sob quais pressupostos devem nortear sua vida. Assim, Nietzsche não é anti Cristo, e sim contra o que o cristianismo, principalmente o firmado por Paulo, traz às pessoas. Como contraponto, Nietzsche defende escritos orientais, como o "Código de Manu", um livro indiano, e também faz elogios ao budismo. Enquanto o pensamento oriental seria mais puro e limpo, o cristianismo seria imundo. Até mesmo o autor diz que se deve usar luvas para ler o Novo Testamento, de tão sujo que este seria.
Com sua ironia que muitas vezes provoca um certo riso ou mesmo uma espécie de consternação, o autor consegue, de uma forma ou de outra, deixar a sua marca no leitor. Talvez não seja possível passar incólume pela leitura de O Anticristo. Até mesmo em um cristão mais fervoroso pode fazer surgir a dúvida ou algum tipo de incômodo. Apesar de suas frases por vezes um tanto exageradas (como ao definir o cristianismo como a maior desgraça da humanidade), a argumentação é sóbria e procura cobrir todos os pontos que poderiam ser usados para "defender" os valores cristãos. Mesmo quando Nietzsche parece conceder alguma razão para o argumento contrário, é para depois destruí-lo fatalmente com seu raciocínio. Surpreende o seu tom ferino principalmente quando pensamos em sua época. E o autor tinha consciência disso: no prefácio ao livro diz que sua obra era destinada a leitores que ainda não existiam, que não pertenciam ao seu tempo. De fato, se a obra ainda hoje pode chocar as pessoas, tentar compreender a reação das pessoas na época em que ela foi escrita é difícil.
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CGarrido 13/03/2014

Um livro para se ler desapegado de suas crenças religiosas, caso contrário, melhor não lê-lo. O autor apresenta uma visão forte e contrária ao cristianismo, algumas vezes em tom de exagero, não que em alguns pontos não seja verdadeiro quanto alguns posicionamentos da igreja. Mas é um livro para você ler e formar a sua opinião, mas sem essa de que é um livro para formar um posição a favor ou contra o cristianismo, afinal, é a posição pessoal do autor, e não fatos históricos. Ademais, o livro não é nenhuma leitura fluida, daquelas que você começa a ler e não larga.
P. Lochs 10/04/2016minha estante
É a opinião de Nietzsche com base lógica, por isso ela vale tanto.




Luciano Luíz 09/02/2014

O ANTICRISTO de NIETZSCHE é um livro pequenino.
Porém, extremamente poderoso no segmento de desmontar o Cristianismo desde a sua base.

O filósofo produziu uma obra de respeito eterno.
Aqui toda a ideologia Cristã é apontada em erros e acertos.

Desde a ascensão no Império Romano, a Idade das Trevas e Lutero...

Nietzsche não perdoa absolutamente nada.
E mostra em detalhes tudo o que o Cristianismo destruiu.

Esse livro é magnífico.
Uma leitura agradável, tanto para ateus quanto para religiosos que pensam.

Pois é mais do que um texto onde o alemão destrói uma ideologia. E sim, um pensar racional que simplesmente nos faz ver o quanto nos tornamos atrasados em todos os campos devido a uma adoração...

Esse livro não é recomendado para fanáticos religiosos.
Mas para religiosos de mente aberta e que sabem usar a razão.

Nietzsche sempre aborda o Cristianismo em suas obras, mas aqui, ele colocou o que de mais impactante escreveu.

Esse alemão era um homem a frente de seu tempo.
Aliás, mesmo hoje em pleno século XXI, não existem tantas pessoas que possam ser consideradas pensantes...

Este não é um manual de ateísmo, e sim, um livro de conteúdo indispensável para quem quer ampliar seus conhecimentos e abrir portas para novas perguntas.
Não apenas em questões religiosas, mas além.

Nota: 10

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/pages/L-L-Santos/254579094626804
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Matheus 01/02/2014

Quando comecei a ler "O Anticristo", não estava esperando nada e recebi uma dos melhores livros que já li. Será que eu poderia chamar a sua obra de "budista", Friedrich?

Tenho absoluta certeza que muitas pessoas não leem este livro com preconceito por conta do título. Sejamos francos: é um título de peso. Mas, na verdade, o livro não se trata de uma crítica a figura de Cristo: muito pelo contrário, Nietzsche sempre trata a figura santa com respeito e admiração em todo o decorrer da obra. O real alvo dele é o cristianismo.

Indicaria a todos, cristão ou não. Sua fé não vai mudar por conta de uma leitura, apenas esteja aberto para uma nova forma de ver e assimilar a maior religião do Mundo. Ou talvez você nunca se perguntou se o cristianismo atual é exatamente igual àquele pregado por Jesus? Existem muitos assuntos ocultados implícita ou explicitamente de nós, pelo menos aos olhos do autor.

Depois de "Assim Falou Zaratustra", esta é provavelmente a obra mais sólida e marcante do filósofo alemão. Vale à pena ler, sem preconceitos.
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Bruna 24/01/2014

O livro é bem realista e direto, Nietzsche expressa e expõe suas ideias sobre o cristianismo, sobre os valores que realmente importa e os falseados pela religião, o que sustenta a religião, que lhes dá sangue e vida, é o sofrimento ,doenças, fraquezas e dor dos cristãos, ele usa muito o termo DÉCADENCE, fala sobre recompensas e castigos, sobre mentiras, distanciamento da verdade, obliteração e deturpação de clareza e razão, mostrando que o cristianismo condena tudo aquilo que faz ascender os questionamentos, que instiga o pensamento livre.
Existe trechos do livro que achamos radical, incisivo, o termo correto talvez seja realista, direto e sem floreios.Nietzsche enaltece o Budismo, para ele a filosofia budista eleva a espiritualidade em contrapartida com o cristianismo que beira o capitalismo.
Lembrando que essa leitura é desaconselhável para quem segue uma religião.
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Tatiane495 05/01/2014

Nietzsche critica o cristianismo neste livro de forma ferrenha, sem poupar adjetivos ruins à doutrina. O filósofo condena a religião cristã como sendo algo que acaba com a beleza da vida, julgando os dogmas religiosos e seus representantes.
É um livro de linguagem difícil, porém de fácil assimilação. Talvez requeira um pouco de maturidade e conhecimento prévio por parte do leitor, porque abrange temas como a teoria da evolução, sexualidade, entre outros aspectos vivenciados dentro do âmbito religioso.
Estes escritos de Nietzsche têm o poder de suscitar discussões em diversas esferas, não só as que dizem respeito à religião, mas também às que competem ao social, à história do homem e ao poder político exercido pela Igreja ao longo dos séculos.
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Shirlei.Stachin 18/12/2013

O Anticristo
Utilizando-se de citações e teorias de outros grandes filósofos para validar sua tese, O Anticristo é mais uma prova da genialidade de Nietzsche e promete levar os leitores a questionarem a si mesmos e a suas próprias crenças, sejam elas religiosas ou não.
Hoje, mais de cem anos após a morte do autor, sua obra se destina não apenas a "raros leitores", como Nietzsche defende em seu prólogo, mas a milhares de pessoas intrigadas com seu pensamento e com seus diagnósticos da sociedade moderna.

Martin Claret
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Luiz819 16/12/2013

Vale a pena!!!
Minha maneira de pensar sobre o cristianismo mudou radicalmente, deveria ser leitura obrigatória nas escolas. Todo mundo já conhece Nietzche rsss.. então já vai sabendo como vai ser a leitura hauhahaha.
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Elton 10/11/2013

O Anticristo- Opinião pessoal
Nietzsche sempre leva a interpretação de seus escritos ao nível máximo de dificuldade. Em O Anticristo, ele faz crítica severas ao pensamento cristão e seu maior precursor, Paulo. Ao referir-se ao cristianismo, ele afirma ser este uma religião forjada pelos fracos e decadentes, não para sua glorificação mas sim para justificar e valorizar o princípio da pobreza de espírito e da ignorância. A leitura de Nietzsche precisa ser feita sem nem um pré conceito, procurando sempre não relacionar seus escritos com nacionalismos ou mesmo com qualquer outra forma de dominação do homem pelo homem, só assim compreende-se o verdadeiro significado da elevação individual que o autor tanto fala em seus escritos, e entende-se o real significado das palavras "fraco e decadente" usadas por ele em suas obras.
Mateus com h 07/04/2014minha estante
Indicado a todos que não sabem o que estão fazendo na igreja, e aqueles que buscam se apoiar em alguma doutrina e não fazem sua parte. E quanto a "achismos" e "criança revoltada", Nietzsche era amante da história grega, portanto..

Não tira o mérito.




Diego Avlis 22/09/2013

Nietzsche demasiadamente incisivo
Para quem aspira uma novo conceito de religião o livro é ótimo,para quem está disposto a aprender o outro lado do cristianismo,um livro sublime.Recomendo,embora confesse que toda ideia exposta pelo autor não seja totalmente imparcial,pois carrega consigo um certo ressentimento.De tudo que foi mencionado no livro só deixei de concordar com pouquíssimas coisas,uma delas foi a do autor aviltar a inteligência do grande filosofo Jesus.
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Francieli.Tonello 31/07/2013

Livro que exigiu muito da minha capacidade intelectual, porém valeu a pena. Esta é uma leitura obrigatória para todos, para quem acredita e quem não acredita no Cristianismo. Nietzsche é forte com as palavras e tem ideias coesas.
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Raul Oliveira 09/06/2013

Complexo, denso e devastador
Difícil resenhar Nietziche. Se os outros livros forem tão intensos e apaixonados como esse, começa a ficar clara a defesa pungica desse magnifico pensador. Senti-me ouvindo um pastor anti-cristianismo numa defesa clara de seus argumentos, em boa parte das vezes sólidos, noutras construidos sobre aparente paixão e conveniência social da época. Com base nesses detalhes, o Anticristo é um livro desruptivo, que você precisar ler imparcialmente dada a criação social da maioria. É intenso, grave e deixa sempre a semente da dúvida num assunto ontológico. Não é facil concordar com Nietziche nos seus argumentos, mas muito menos repugná-los totalmente.
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