Monica Quintal 28/04/2024
"A razão é a primeira vítima das emoções fortes."
(Segundo livro de uma série, então a resenha contém spoilers)
"Doze anos se passaram desde que Paul Atreides ascendeu ao trono e acumulou os títulos de imperador e messias. Líder do maior império que a humanidade já viu, Paul está terrivelmente consciente do peso de suas decisões. Arrakis tornou-se o centro do Imperium, de onde os fremen se propagaram a fim de levar sua filosofia e forma de governar aos planetas por eles conquistados. Os inevitáveis conflitos gerados por essa expansão fazem importantes facções contrárias ao imperador reunirem forças para detê-lo. Uma grande disputa está prestes a ter início nos bastidores do poder, e apenas Muad’Dib pode decidir o destino de todos. Messias de Duna é o segundo volume da série criada por Frank Herbert. Ele revela um lado mais humano de seus personagens, além de aprofundar e estender o universo de Duna, aliando discussões políticas, filosóficas e religiosas à épica história de poder, vingança e redenção."
Já iniciei esse livro em choque, porque no primeiro capítulo já é informado que o livro tratará da "queda" de Paul Muad’Dib. Então acompanhamos maquinações e tentativas de sabotagem, enquanto Paul tenta encontrar uma alternativa (menos terrível) de saída entre aquelas que enxerga em seu futuro. Por incrível que pareça, achei esse livro mais arrastado que o primeiro, mesmo tendo, sei lá, metade do tamanho. São apresentados novos personagens e criaturas, dei uma bugada no começo, mas depois engatei na leitura - pra mim seguiu o mesmo padrão: depois dos 50% você não consegue largar, e depois dos 70% é tiro atrás de tiro, sensacional!
Ansiosa pelo último livro dessa terceira trilogia, ansiosa pra saber o que vem aí de Alia, Leto, Ghanima... Enfim, bom demais!
"Não há a menor distinção entre deuses e homens: as duas coisas se misturam sem cerimônia."
"A fé pode ser manipulada. Só o conhecimento é perigoso."
"Era possível comparar o infortúnio de um só com a agonia das multidões?"
"É muito difícil acreditar num mar quando só se viveu aqui, entre nossas dunas."
"Os impérios não padecem de falta de propósito no momento em que são criados. É quando já se estabeleceram que os objetivos se perdem e são substituídos por rituais vagos."
"O poder tem limites, como aqueles que depositam suas esperanças numa constituição sempre acabam descobrindo."
"O jogo mais perigoso do universo é governar fundamentado em oráculos. Não nos consideramos nem sábios nem valentes o bastante para participar desse jogo."
"- O que a religião e o interesse pessoal não são capazes de esconder, os governos o fazem."
"A religião também é uma arma. E que tipo de arma seria a religião quando ela se torna o governo?"
"Shai-hulud, ele te espera numa praia
Onde os casais caminham e cravam, olhos nos olhos,
O fastio delicioso do amor.
Ele atravessa a passos largos a longa caverna do tempo,
Espalhando o eu-louco de seu sonho."