Pitanga 24/04/2022
Isso sim é um livro policial de qualidade.
Preciso dizer: Tess Gerritsen, você é BRILHANTE! O primeiro e com certeza não o último livro dela que lerei.
Gerritsen é precisa, sagaz, direta. Nos envolve com uma escrita sedutora e inteligente, sempre nos levando na mão com a ansiedade, o suspense, o medo. Estar na cabeça do assassino? Ouvir seus pensamentos? Saber dos seus desejos? Isso é sempre inebriante, principalmente quando se trata de um assassino em série.
A narrativa aborda temas altamente sensíveis que de maneira alguma são menosprezados: o estupro e suas consequências, os horrores que habitam nossos corpos femininos simplesmente por sê-los assim, a BANALIDADE DO MAL. Todos os temas são tratados com sensibilidade e com destreza, nos torna íntimas dos personagens. É envolvente, sedutor, tenso. Cinco estrelas é pouco para o que esse livro merece.
?? Spoiler, leia por sua conta e risco! ??
Ponto 1: Hoyt é com certeza gay e apaixonado por Capra. Todo mundo percebeu. Não, gente, não é bi. É gay. Ele não estuprava mulher nenhuma, ele não sentia prazer pelo corpo feminino ou que quer que fosse, apenas pelo que elas REPRESENTAVAM. A pureza, a feminilidade. Quando elas estavam impuras, ele as matava. O símbolo do útero impuro após um estupro.
Ponto 2: não me lembro qual é o ponto dois.
Ponto 3: lembrei o ponto 2. Amei desconhecer o assassino. Eu adoro aquela surpresa de descobrir como assassino alguém que já conhecemos (sou leitora de Agatha, como não adoraria?), mas se pegar ansiando por descobrir esse assassino desconhecido foi igualmente gostosa.
Ponto 4: eu engoli o romance NO SECO. Por algum motivo desconhecido - que na verdade é bem conhecido mas eu só não quero admitir - eu me tornei #teamRizzoli de cara! Por mais que eu tentasse torcer pelo casal, que era merecido um final feliz, a torcida não tava sendo sincera porque eu tava odiando o fato de não ser com Rizzoli kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk