O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Anderson 29/12/2023

(Texto da Amazon)
Lançado originalmente em 1930, em edição financiada pela própria autora, O Quinze é o romance de estreia da aclamada escritora cearense Rachel de Queiroz. Gerou grande impacto na época não apenas por sua força narrativa, mas também pelo fato de ter sido escrito por uma mulher de apenas 20 anos de idade.

Ao narrar as histórias de Conceição, Vicente e a saga do vaqueiro Chico Bento e sua família, Rachel de Queiroz, imortal da Academia Brasileira de Letras, expõe de maneira única e original o drama causado pela histórica seca de 1915, que assolou o Nordeste brasileiro.

(Nº 200)
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natiimartinello 28/12/2023

Um livro sutil sobre diferença social
Esse livro não possui grandes reviravoltas e nem precisa! Ele é sobre a jornada, a difícil jornada para fugir da seca, da fome e da miséria. Mas além disso, ele retrata como as tragédias ambientais (nesse caso, a seca de 1915) atingem pessoas que habitam o mesmo lugar de forma diferente, de acordo com a classe social.
É um livro sofrido, triste, em muitos momentos tive que parar para respirar, mas a linguagem é fácil e a leitura é fluida.
Além disso, apesar dos quase 100 anos que separam a época em que foi escrito da atualidade, o que mais choca é ver que tudo de triste nesse livro ainda acontece hoje em dia.
Saio dessa leitura reflexiva, mais consciente dos meus privilégios e mais disposta a ajudar quem necessita de ajuda para sobreviver.
Pri.Kerche 28/12/2023minha estante
Gostei da resenha, Nati




Icaro Yuri 25/12/2023

Um retrato da resiliência humana
Finalmente terminei esse livro que eu tanto enrolei pra continuar. A culpa da enrolação é mais minha que do livro, pois esse é bom. A história se passa na dura seca de 1915, que maltratou a vida de diveros habitantes na região do Ceará. O sofrimento e a tragédia aqui é retratada de forma tocante, mas mesmo em meio á dor, sempre há esperança e amor.
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Thaís Brito 22/12/2023

Pra reconhecer as raízes
Há tanto tempo eu dizia que queria ler Rachel de Queiroz. Até que ela me perseguiu! Apareceu em três textos que eu precisei fazer sobre alguma história do Ceará. Em um deles, ela veio com toda a força: era citada por basicamente todo mundo que entrevistei para falar sobre os campos de concentração para confinar os retirantes da seca de 1932. Aí eu entendi que estava na hora mesmo.

Foi muito interessante ler "O Quinze" depois de ter mergulhado no contexto das secas do começo do século passado. Foi o inverso do que costuma acontecer, pois geralmente eu leio um clássico e depois descubro detalhes que me ajudam a entender aquilo que foi lido. Com esse, eu já estava imersa nas várias nuances daquele tempo histórico e das relações da sociedade cearense com a estiagem. Pareceu muito mais fácil captar as motivações dos personagens, as pelejas do caminho dos retirantes, a política assistencialista que tentava se passar por caridade, o absurdo que hoje claramente lemos como práticas racistas e higienistas.

Além disso, fiquei bastante investida na história de alguns personagens, me emocionei com o destino dos sertanejos em busca de sobrevivência e continuei esse movimento particular de reconhecer na história da minha família a trajetória de nordestinos marcados pelas grandes estiagens. Afinal, venho de um povo que fugiu da seca na Paraíba até encontrar refúgio no Maranhão. É triste e, ao mesmo tempo, muito lindo ir encaixando essas peças e compreendendo a força da própria história, da travessia dos nossos ancestrais.
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Alexx 22/12/2023

É um livro bom...
Só que eu achei ele muito curto em alguns prontos, com uma conclusão dos retirantes muito breve,mas por que uma leitura bastante rápida Acho que valeu a experiência
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Amanda2041 21/12/2023

O Quinze é um romance curto, porém, tem uma história muito profunda, dolorosa, até cruel. Mas é tão bem construído que o leitor consegue se sentir ao lado de cada personagem, vivendo o que eles vivem ,sofrendo como eles sofrem.
É uma obra fantástica que, apesar da pouca idade que tinha quando escreveu, Rachel de Queiroz escreveu com uma maestria que poucos conseguem.
Senti que esse romance dialoga com Vidas Secas de Graciliano Ramos. Ambos trazem questões relacionadas a seca, a miséria, a fome, reações sociais e tantas outras coisas que quem vive no sertão Nordestino enfrenta.
Amei a obra e recomendo.
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Maria3516 20/12/2023

O Quinze
"O Quinze", escrito por Rachel de Queiroz, é uma obra-prima da literatura brasileira. O romance mergulha o leitor na dura realidade vivida pelos personagens durante a grande seca de 1915.
O livro aborda questões sociais, econômicas e políticas, proporcionando uma reflexão profunda sobre as desigualdades e desafios enfrentados pelo povo nordestino. "O Quinze" perdura como uma obra essencial que continua a oferecer insights valiosos sobre a condição humana e a resiliência diante das agruras da vida.
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@jaquepoesia 16/12/2023

Livro excelente!
• O quinze
• Rachel de Queiroz
• Editora José Olympio ▪︎ @grupoeditorialrecord
• Ano: 1930 - edição: 2016 - 208 páginas

💬 Vamos falar do magno opus que traz a realidade da seca em uma ficção que desempenha um papel político, sendo uma denúncia sobre o descaso com os retirantes. Pessoas expulsas da própria terra pela seca, sede, fome e doenças levando mais e mais vidas, esperança de outra vida em outra terra...
Rachel nos leva a enxergar a estiagem por diferentes perspectivas, e em todas elas sofremos, sofremos pela desumanidade, pelas tragédias, pela árida verdade por traz de cada capítulo.
Sofremos por saber que existiram na realidade Josias, Pedros e Duquinhas... sofremos porque a potência da escrita dela nos calou, fazendo com que ficássemos em silêncio ao ouvirmos os horrores do Campo de Concentração em Fortaleza.

Embora com apenas 157 páginas, O quinze é um livro gigante em significado, é intenso, é áspero e necessário. Essa edição também conta com um glossário, e a incrível crítica de Mário de Andrade sobre a obra e uma cronologia da escritora.

🍂 "Por que, em menino, a inquietação, o calor, o cansaço sempre aparecem com o nome de fome?
》 pág. 48

🍂 "Então ser superior é renunciar ao seu feitio e à sua vontade, e, recortando todo excesso de personalidade, amoldar-se à forma comum dos outros?"
》 pág. 52

As consequências de uma terrível seca no Ceará em 1915 afeta drasticamente a vida de muitas famílias, dentre elas estão Inácia e sua neta Conceição, Vicente (primo de Conceição), Chico Bento e Cordulina, um casal pobre que enfrenta a seca com seus filhos.

Os animais e a vegetação morrem com a falta de água, e logo a fome toma conta de todos que não puderam ir para o centro ou para outro estado, tendo de suportar um pesadelo que pode lhes custar a vida. Todas as camadas sociais são atingidas pela seca, mas são os mais pobres os mais afetados. Esse é o caso de Chico Bento que não consegue passagem para deixar o Ceará e tenta viajar da sua maneira para Fortaleza, levando consigo sua família e tudo que pode.
JurúMontalvao 18/12/2023minha estante
?
esse já tá na minha lista infinita




Edna.Sugiuchi 14/12/2023

Retirantes
Essa releitura em HQ é maravilhosa, as ilustrações tornam mais dolorosas e angustiantes acompanhar o destino dos personagens. É uma parte da história esquecida por muitos: seca no sertão nordestino, retirantes miseráveis, mortes e descaso...
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xclaraa 14/12/2023

Fascinante ??
O Quinze é um livro que retrata a seca de 1915 que agravou o Ceará. É admirável o fato de tal obra-prima ter sido escrita por uma jovem de apenas dezenove anos, que conseguiu descrever, com uma ficção fascinante, as misérias e os infortúnios que a seca trouxe para os cearenses da época.
O Quinze tem como tema principal a vida do vaqueiro Chico Bento e de sua família, retirantes que, forçado pela seca, obrigaram-se a sair de sua cidade a pé, rumo à Fortaleza, em busca de condições melhores.
A outra parte do livro retrata a personagem Conceição, uma jovem professora que vivia com a avó e que, possuindo melhores condições, conseguiu sair de Logradouro, lugar que a avó tanto gostava, mas que estava assolado pela seca.
Apesar de parecer ser um livro de difícil entendimento, não é, pelo contrário, é um livro com uma linguagem simples e repleto de marcas regionais.
Rachel de Queiroz está de parabéns por escrever uma obra-prima que se tornou uma das principais ficções sobre as secas nordestinas.
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Gabriela.Gratival 12/12/2023

De uma beleza infinita
Eu demorei mais do que esperava para terminar esse livro. Ele me provocou um mix de sentimentos que foram difíceis de digerir, mas não de todo incômodo.
Muitos dos traços de Conceição eu pude ver em mim mesma, e isso me levava a reflexões mais demoradas.
A escrita da Rachel é fenomenal. Não posso esperar para ler mais de sua obra no futuro.
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Bruno939 12/12/2023

Ah ,Rachel, você é lendária!
Este livro traz com grande riqueza de detalhes informações relativas as dificuldades enfrentadas pelo povo sertanejo, as margens dos interesses dos coronéis e do estado. Povo que sofre de diferentes formas desumanas, mas sem deixar de ser humano.
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Araujo73 11/12/2023

História triste de uma família que viaja procurando uma forma de vida mais agradável. Algo que é bem constante no sociedade contemporânea, a fome no nordeste
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Jess 08/12/2023

Clássico Brasileiro/Cearense
Quando na escola fui amedrontada com essas leituras e outras que não compreendia. hoje estou me deixando? me permitindo?.meus medo vai ficando? hoje uma nova possibilidade e começar a ler.
Livro pequeno mais com muitos significados.
pobreza/fome. ?Intestino vazio se enroscava como uma cobra faminta?
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Karoline141 07/12/2023

É preciso ter sensibilidade
Concluí a leitura. Não gostei tanto do livro, mas o texto aborda principalmente a grande seca de 1915, narrando o sofrimento de Chico Bento e sua família. Sem ter onde trabalhar, para onde ir ou o que comer, enfrentam a morte de alguns filhos, o desespero da esposa e a fome. Paralelamente, é contada a história de Conceição e Vicente, personagens com uma condição de vida melhor.

Enquanto lia sobre a seca e o calor extremo que afligiam os personagens, pensei na onda de calor que "parece" estar terminando atualmente. O calor extremo é ruim, mas eu não passo fome, não estou desempregada e não tenho filhos para alimentar. No entanto, muitos aqui em Goiânia mesmo não têm uma casa para morar, e mesmo os que têm muitas vezes não possuem ventiladores e se possuem sabemos que quase não resolve a situação, quanto mais ar condicionado, um luxo para poucos.

Livros com essa temática precisam ser lidos e conectados com nossa realidade. A empatia, o olhar para o outro, é uma sensibilidade que não devemos perder. Se trancar em casa com todo o conforto, comida e ar-condicionado e apontar o dedo para a maior parte da população que sofre, mesmo trabalhando todos os dias e não tendo acesso ao mínimo, é se desumanizar aos poucos.
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