Ana Claudia Domingues 05/05/2023
A máquina sabe!
Escrito em 1950 'Eu, robô' é (opinião unânime) atemporal.
Divido em 9 contos, a obra traz a relação homem-máquina e as mudanças que a humanidade carrega por conta dessa relação.
Não direi que foi um livro fácil, visto que alguns contos foram mais técnicos que outros e, por vezes, esses tecnicismos me deixaram pensativa por um momento, na tentativa de entender o que estava rolando ali.
Pautado nas três (fantásticas, inclusive) leis da robótica, os homens produziram robôs cada vez mais humanos ou, como descrito na obra, cérebros positrônicos, gerando várias reflexões acerca de como vemos (ou eu vejo) a máquina. Senti desprezo/pena/raiva/medo, tudo isso direcionado à maquinas, o que me fez pensar ser impossível ao homem criar algo sem depositar nisso o 'Q' de humanidade que nos faz ser o que somos: humanos.
Há também uma personagem interessantíssima (a mais, na minha opinião) que é a robôpsicóloga, que, tendo uma humanidade fisicamente robótica - sem expressão facial, por exemplo, é capaz de entender o cérebro positrônico, bem como observar se as 3 leis da robóticas estão intactas.
Confesso que esse relacionamento entre o homem e a máquina me causa alguns arrepios, então alguns contos me deixaram completamente apavoradas.
Vale a leitura. Tem contos maravilhosos!