O Torreão

O Torreão Jennifer Egan




Resenhas - O Torreão


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Deborah Ingrid 30/07/2013

Vou levar como bom presságio o fato desse ter sido o primeiro livro que eu li no ano. Poderia resumir essa resenha nas seguintes palavras: Simplesmente fantástico. Leia. E o resto é apenas encheção de linguiça.

Como começar a falar sobre essa preciosidade? A forma que o livro é narrado é simplesmente GENIAL. Quem já leu (até o fim) vai saber do que eu estou falando. A história do livro não é apenas a história da sinopse. Nós conhecemos também o narrador. Isso mesmo, o livro é narrado na terceira pessoa, naquele estilo de narrador onisciente, a diferença nesse caso é que é mostrado também quem é o narrador. Essa meus queridos, foi uma jogada FANTÁSTICA. Mas só se entende completamente com o desenrolar das histórias (mega spoiler). O livro inteiro é cheio de tiradas sarcásticas e inteligentes, por isso eu não separei citações, parei quando percebi que estava grifando alguma coisa em quase todas as páginas.

Quanto ao Danny... Eu acabei me apegando bastante ao Danny, talvez por ele ser tão real. Ele é um fracassado, a típica estrela de futebol do colégio que teve seus dias de gloria na adolescência e pronto, tudo de bom aconteceu ali. Mas também vimos como ele não gosta de ficar o tempo todo pensando naquela época, não é como se ele fosse um iludido total. Ele também personifica de forma bem legal toda essa dependência pela tecnologia. as partes em que ele reclama da sua falta de contato com o resto do mundo é em parte hilária, parte trágica, pois eu sei que na situação dele eu me sentiria tão perdida quanto - ao menos no inicio- e isso é triste.

Achei meio difícil de acreditar que ele tivesse 36 anos, porque as vezes ele age de forma bastante imatura. Outro fato interessante é que ele vai ajudar seu primo na construção do castelo, não por boa vontade, e sim por não ter escolha mesmo, pois se envolveu numa confusão em Nova York e precisava sair de lá. Por causa disso ele simplesmente agarrou essa oportunidade sem fazer muitas perguntas. E quando ele está lá. sozinho, num castelo num fim do mundo, ele começa a se perguntar: por que chamaram ele afinal? E as respostas que ele cria não são muito felizes. Psicologicamente falando. Mas não posso me estender muito nisso por causa dos malditos spoilers.

Seu primo Howard é seu exato oposto. Um loser na infância, passando até por reformatórios, quando adulto fez fortuna e agora é rico e bem sucedido. E eu adoro o Danny por não ter (muita) raiva e inveja disso.

De qualquer forma o que eu quero dizer é o que a autora consegue deixar os personagens reais apesar de usar formulas genéricas e, por vezes, clichê.

O cenário que a narrativa cria na sua mente é incrível tanto a solidão gótica do castelo, quanto a dureza da prisão ( onde o narrador vive ;D). Existem mistérios a serem desvendados, incluam aqui uma dose de ação e terror e os personagens secundários (particularmente a baronesa que vive no torreão e se recusa a de lá sair) também tem seu destaque e são bem construídos.

MAS como nem tudo é um mar de rosas, é claro de eu tenho ressalvas, ficam algumas pontas soltas no fim do livro, o destino de vários personagens ficam no ar, por isso tirei meio ponto da nota. Infelizmente não posso apontar quais são minhas dúvidas, pois são puta mega spoilers. Mas posso dizer uma delas. Quando terminar, talvez você, como eu, se pergunte até onde isso é real? Talvez você comece a duvidar se algumas coisas realmente aconteceram. O que é bom (eu adoro quando o livro me deixa quebrar a cabeça), mas de certa forma bem frustrante. E quanto mais eu penso a respeito mais confusa eu fico, um verdadeiro mindfuck.

Mas, apesar dos apesares, se eu tivesse que definir esse livro em uma palavra, ela seria: INTELIGENTE. E na verdade essa é a única característica que me interessa num livro, de resto tanto faz o autor, título, capa, gênero... Virou favorito com certeza e já estou louca para reler. Quem sabe dessa vez eu entenda.

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naniedias 11/07/2012

O Torreão, de Jennifer Egan
Ray é um presidiário que decidiu cursar a aula de escrita criativa. Após o fracasso de um conto de três páginas, ele ouviu um discurso motivador de sua professora. Foi o gatilho para que ele começasse a escrever a incrível história de Danny e Howard.
O primeiro era um ganhador na infância e na juventude, mas de alguma forma o tempo passou e ele não conseguiu evoluir, ficou preso ao passado e aos seus fracassos. Howard era uma criança tímida - um perdedor - que sofria nas mãos dos primos. Passou por uma adolescência conturbada após um incidente traumatizante. Mas agora é um adulto bem sucedido - rico, casado, pai de dois filhos. Howard comprou um antigo castelo europeu e prentende transformá-lo em um castelo e pede a Danny, seu primo, que o ajude nesse empreendimento.

O que eu achei o livro:
Ok, eu sei que a sinopse não é muito reveladora - mas eu não sou mesmo muito boa para escrever sinopses... entretanto, há uma dificuldade extra para escrever a sinopse desse livro - nem a oficial é boa o suficiente, não consegue dar a menor ideia do que o livro guarda para o leitor. Aliás, o livro é tão complexo que acho que ninguém conseguirá criar uma decente.
Esse é o segundo livro que leio da autora, então eu já esperava encontrar algo diferente e bem escrito. Algo fora do normal. Ainda assim, entretanto, fui surpreendida. Não parece que é a mesma pessoa que escreveu A Visita Cruel do Tempo - e eu adoro autores versáteis assim. A escrita de Jennifer Egan é deliciosa e dinâmica.
A maior parte do livro é narrada por Ray, que conta a sua própria história e também a história de Danny - o seu personagem. Ray realmente não é um bom escritor e a autora passou isso para a escrita do livro - o que é incrível! Temos frases muito longas (mas que, incrivelmente, não são ambíguas ou confusas, nem tampouco cansativas) e uma estrutura de diálogos maluca. Desculpem-me, não tenho outra palavra para utilizar que pudesse passar a ideia corretamente. Em alguns momentos, o diálogo é marcado pelo nome do personagem que fala, seguido de dois pontos e daí sua fala. Mas em outros momentos a fala está simplesmente no meio do parágrafo, sem qualquer indicação. Como se fosse uma narrativa oral mesmo. É estranho, mas também é fascinante! E por mais inacreditável que possa parecer, o leitor não se perde no que é fala e o que é narrativa. Eu fiquei estarrecida ao perceber que eu compreendia exatamente onde estava a fala, onde estava o pensamento do autor, mesmo sem qualquer indicação.
O enredo do livro também é muito interessante. Cheio de mistérios que vão sendo revelados aos pouquinhos (que é exatamente do jeito que eu gosto, já que acho chato quando os autores juntam todos os mistérios e deixam para revelar tudo no último capítulo), o livro envolve o leitor na vida dos personagens criados por Egan. O Torreão é uma história original! Apesar de ter desconfiado de um pequeno detalhe do final, são tantas reviravoltas, tantos acontecimentos inesperados, que o livro conseguiu me surpreender e muito.
Eu só queria um pouco mais do final. Mesmo assim, acho que esse "não-contar" foi um toque de mestre! E um entretanto que se destina ao leitor é que não indico esse livro para que seja lido por pessoas que não estão ainda acostumadas a ler. Apesar de não ser extremamente complexo, o livro tampouco é simples e pode não ser devidamente aproveitado (e apreciado) por quem não tem o hábito da leitura, principalmente pela sua estrutura não convencional.
Jennifer Egan é uma autora que marcará seu nome nas páginas da história e não será esquecida com o passar dos anos, afinal de contas, é original, escreve super bem e consegue entreter o leitor com histórias divertidas. Eu sei que foi A Visita Cruel do Tempo que ganhou o tão desejado prêmio Pulitzer, mas O Torreão também é uma história incrível, que merece ser lida.

Nota: 9
Dificuldade de Leitura: 8


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ElisaCazorla 24/04/2015

Novelinha bobinha
Livro juvenil, simplório, subestima os leitores e escrito por alguém que parece não ter lido o suficiente e ter como fontes de inspiração nada mais do que reality shows norte americanos. Livrinho do tipo novelinha mexicana metida a super produção 'roliudiana', ou seja, de qualquer forma é um grande desperdício de tempo.
Fraco, mal escrito, mistérios óbvios e previsíveis, personagens fracos, ideia central já bastante debatida há décadas por clássicos. A autora, preciso enfatizar isso, não leu o suficiente antes de começar a escrever. Ela deve achar que escreveu algo inovador e incrível quando, na verdade, só repetiu uma série de ideias já exaustivamente visitadas pela literatura e pelo cinema.
Obra repleta de frases frases feitas, ideias juvenis, que parecem ter saído de redes sociais, e previsibilidade. Me senti uma estúpida lendo este livro. Em diversos momentos fui obrigada a parar, olhar para o horizonte, suspirar e dizer para mim mesma "não é possível que esteja mesmo lendo isso!"

Se o que procura é uma leitura interessante, não recomendo. Se quiser saber O QUE NÃO FAZER enquanto escrever um romance, esse seria um ótimo exemplo.
Helder 13/10/2015minha estante
Não achei tão ruim quanto vc, mas até que concordo com muito que vc falou. Diversas vezes me perguntei porque estava lendo aquilo. Difícil encontrar um protagonista tão irritante quanto Danny.


ElisaCazorla 15/10/2015minha estante
Concordo com você sobre o personagem, Helder. Realmente irritante! Mas, definitivamente não gostei mesmo desse livro. De nada nele, nem do estilo, do enredo, dos personagens, da prosa, nada! Fiquei até com um pouco de raiva do livro por ter perdido um tempo que poderia ter sido usado com outro livro. Mas, se não tivesse lido, não teria sabido disso, então, não tem outro jeito: cada livro precisa ser lido para descobrir se gostamos ou não.


Willian 03/03/2017minha estante
Disse tudo....




DiasDaii14 18/09/2023

Não é um livro que indicaria. O mistério prende a atenção, pois a forma com que acontecem as coisas deixa uns bons mistérios no ar, entretanto, a narrativa é muito enrolada.
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Isabel 01/12/2012

Como escritora, Jennifer Egan só tem um defeito: ela está viva.

Sim, detesto quando meus ídolos são pessoas com sangue correndo nas veias e ar nos pulmões: qual a garantia que possuo que eles não irão me decepcionar? A inexistência dessa possibilidade me agrada muito, mas infelizmente não é o caso de todos os grandes escritores. Ou felizmente: eles podem superar suas obras anteriores. Mas prefiro não correr o risco.

A expectativa de uma boa experiência literária, porém, supera o receio de que esta seja uma porcaria completa – e foi assim que parti para a leitura de O torreão.

Danny era o típico galã de filmes adolescentes americanos: jogador de futebol bonito popular bom aluno... Mas ir fazer a faculdade em Nova York o modifica bastante: Danny abandona a faculdade, adota um visual mais “alternativo” e, contrariando o que lhe foi ensinado, passa os dezesseis anos seguintes pulando de emprego em emprego e levando uma vida bastante arriscada e boêmia.

Mesmo com todos os contratempos, Danny se adapta e não cria pretensões de sair de Nova York – mas um problema sério no trabalho (a parte “arriscada” que veio depois de vida) o obriga a fazê-lo. Danny não tinha um tostão, mas a oportunidade perfeita acaba surgindo como mágica: um convite de seu primo Howard (detentor do título de ovelha negra da família antes do seu sucesso no mercado de ações e da mudança de Danny) para ajudá-lo na reforma de seu recém adquirido castelo na Europa que, caso tudo dê certo, se tornará um hotel.

Algo bastante claro em A visita cruel do tempo (primeiro livro de Jennifer Egan a ser lançado no Brasil, meu queridinho e ganhador do Pulitzer) é que a autora sempre arruma um jeito de subverter o que seriam as regras comuns para se fazer boa literatura. Dessa vez, Egan cria um protagonista peculiar à la Chuck Palahniuk: dentre os (muitos e em sua maioria inúteis) talentos de Danny estão detectar sinais de wi-fi antes mesmo de ligar aparelhos eletrônicos e um enorme feeling sobre como agir. Seu vício em computadores e celulares é também marcante, fazendo com que o leitor, invariavelmente, ou se identifique (meu caso) ou ria da maior parte das pessoas a sua volta.
O maior trunfo de O torreão é o mesmo de A visita cruel do tempo: a maneira com que é escrito. Quase todo o livro é narrado por Ray, um presidiário que freqüenta uma oficina de escrita e é aparentemente alheio a história que narra. A escrita cambaleante de alguém não habituado a tal exercício (mas ao mesmo tempo capaz de maximizar as emoções de um modo maravilhoso, habilidade que só aqueles de corpo e alma enjauladas parecem ter) é perfeitamente reproduzida. No início isso me gerou certa ansiedade (quero saber o que acontece depois tipo agora) mas depois adorei os trechos em que Ray dá um tempo na narrativa ocorrida no castelo e a alterna com sua própria vida na prisão.

Porque, Jennifer Egan, por que? Porque tenho que gostar tanto dos seus livros assim? Você é capaz de escrever algo ruim? Espero que não: seus escritos são tão bons que quase desejo que você viva e produza por muitos anos mais.
Publicada originalmente em http://distopicamente.blogspot.com.br
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Ceecii 08/04/2020

Bizarramente indefinido
Estou boiando em muitas partes até agora. Só posso dizer uma coisa: Esta autora estava na brisa enquanto escrevia o livro todo. Não é possível! Nossa, tantas reviravoltas, coisas bizarras, coisas sem sentido nenhum acontecendo, tantas trocas de narrativas, tantas coisas ao mesmo tempo que me fez ler a sinopse várias vezes durante a leitura para ter certeza de que eu ainda estava lendo o mesmo livro. Se tinha alguma coisa de terror ali eu devo ter viajado demais e não percebido. Se eu dissesse que terminei o livro entendendo tudo estaria mentindo muito. Talvez faça parte dos planos da autora, vá saber...

Porém há alguns pontos positivos. A escrita dela é envolvente quando não está enrolando e dizendo coisas sem sentido que não vão acrescentar em nada na história e o mistério do livro realmente teve seu objetivo concluído (que eu até agora não desvendei ou perdi por ter viajado). A minha edição, esta apresentada, tem alguns erros de português mas nada em excesso. E uma observação interessante é que ora você está lendo a narrativa e na mesma frase você já está lendo parte de um diálogo, tudo direto.

Eu diria que este é um livro bizarro e não recomendaria para ninguém que está começando a pegar o gosto por leitura (porque provavelmente irá perdê-lo), mas recomendaria para alguém que deseja ler um livro totalmente fora do comum e incrivelmente bizarro. Tudo nele é bizarro. Tudo. O vício pelo celular, o cara preso, a baronesa, a piscina, enfim, tudo.


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Luiza 29/06/2023

Uma reviravolta encantadora
Confesso que o começo do livro não me fisgou, demorei mais de 50% das páginas pra me envolver de verdade na história, e ainda sim tive dificuldades até o final, mas a história vale o tempo e a leitura. Com o fechamento do enredo, tudo faz sentido!
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EduardoSout0 07/11/2020

O Torreão
Ler esse livro foi uma experiência incrível, a autora segue uma linha de suspense e nos brinda com um final surpreendente, por meio de personagens bastante intrigantes e cenários cuidadosamente criados, ela brinca com o nosso senso de realidade e fantasia. E nos faz refletir sobre as nossas relações quanto a nossa liberdade, laços de confiança e vínculos virtuais.
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Dorva 14/08/2012

Baita livro
Quando eu vi a dica do Braulio Tavares, mestre da FC brasileira, sobre este livro, fui logo correndo comprá-lo. Já tinha lido o A Visita Cruel do Tempo, com o qual a Jennifer Egan ganhou om Pulitzer, e gostado bastante do estilo da escritora. Mas, em O Torreão, ela consegue ser melhor ainda. É um livro que te ganha a cada página, daqueles que tu lamenta ter que deixar na cabeceira pra dormir e só pegá-lo de novo na manhã seguinte.
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Carol 20/03/2015

Sinceramente achei o livro bem ruim, as 3 estrelas são pelo desenvolvimento individual das diferentes histórias que são, na minha opinião, desastrosamente interligadas.
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Karina 24/03/2015

Muito incrível...
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Caronte 31/05/2015

A baronesa irá recebê-lo agora...

Você compra um castelo e ganha de brinde sua própria baronesa (parabéns!), porque ela se recusa a sair, e se tranca no torreão, à beira do isolamento. Pera! Era melhor ter começado do começo? Deixa eu voltar um pouco, então...

O personagem que inicialmente seguimos se chama Danny, que é convidado por um primo para o ajudar a transformar um castelo em um hotel de luxo, em uma espécie de retiro sem tecnologia, porém com medo de ficar sem contato com sua vida em Nova York, ele leva uma antena parabólica, mas o qual o sentido dessa viagem afinal?

Esse é só um pedaço da resenha d'O Torreão feita pelo Parágrafos para Grifos, para ler mais acesse nosso blog.

site: http://paragrafosparagrifos.blogspot.com.br/2015/04/resenha-o-torreao-jennifer-egan.html
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Janaina Alves 20/07/2015

Enigmático!!!
Um livro que quando terminei fiquei pensando se tinha deixado escapar algo, pois no fim ele não te dá todas as respostas. Particularmente gosto disso, desse mistério, que nos dá margem pra interpretações. Gostei da leitura.
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