Os deixados para trás

Os deixados para trás Tom Perrotta




Resenhas - Os deixados para trás


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Danielle 23/07/2014

Comecei a leitura com expectativas muito baixas, tinha ouvido falar muito mal do livro, até que descobri que o seriado e após assistir 2 episódios resolvi ler.

O livro fala de um dia em que 20% da população mundial simplesmente desapareceu da face da terra, 3 anos se passaram e nenhuma resposta.

A abordagem do autor é sobre como as pessoas enfrentaram essa perda, mas especificamente em um determinado local. O leitor não deve ler esperando revelações sobre o grande mistério do sumiço das pessoas, pois essa não é a ideia da trama.

Gostei muito dos personagens e acredito que se uma coisa dessa acontecesse mesmo muitas pessoas surtariam igual ao livro. Muitas especulações sobre religião e muitas seitas se formando, eu achei tudo muito interessante.

Só achei que faltou um pouco de foco de como ficou a vida das pessoas a nível mundial, já que o fenômeno ocorreu no mundo inteiro e o autor apenas aborda um determinado local.

Não sei se haverá continuação porém achei que ficou uma deixa e gostaria muito se tivesse.

Recomendo a leitura com a ressalva de que não se espere grandes revelações, o livro aborda apenas comportamento humano em cima da situação atípica ocorrida.



site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
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Breno 16/08/2019

Um livro profundo
Sem sombra de dúvida o livro mais melancólico que já li. É sentido a cada pagina a dor da perda dos personagens e mostra como o ser humano é frágil perante o desconhecido. Tom Perrotta nos imerge nos sentimentos dos personagens de uma forma que nunca antes havia experimentado.
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Lucas @_olucascosta 03/06/2017

Cansativo, mas gratificante...
(Essa é a minha primeira resenha da vida, então tomara que saia tudo direitinho...)

Tom Perrotta leva a narrativa de um jeito bem arrastado, e para leitores vorazes que nem eu, isso acaba sendo um tanto enfadonho, devo admitir...

Mas ao final do livro eu fui percebendo o que agora é óbvio para mim: o autor só estava descrevendo o dia a dia das pessoas que ficaram, e como todo dia a dia, essa descrição pode ser cansativa.

Eu só "perdoo" o autor por ter me proporcionado uma leitura cansativa, por que as coisas ricas que podem ser tiradas desse livro encheram-me os olhos e ocuparam minha mente por bastante tempo: os diálogos incríveis entre os personagens e o narrador onisciente que descrevia o que cada personagem estava sentindo... eu cheguei a sentir junto com cada um... simplesmente esplêndido!

Tem gente que não gosta de finais abertos, mas cara... simplesmente não tinha como dar um fechamento para essa história, e isso é incrível porque abre a nossa mente para imaginar mil coisas que possam ter acontecido depois.

Não vai entrar como minha leitura favorita, pois meu coração é 953% apaixonado pela série da HBO, mas, porém, todavia: foi uma ótima leitura, cheia de lições.
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Jônatas 30/05/2017

"The Leftovers" é uma narrativa que imergi na vida de diversos cidadãos de Mapleton, mas com destaque a família Garvey. O trauma que todos esses personagens têm em comum é chamado de "Partida Repentina", um evento acontecido há três anos, onde uma grande parcela da população simplesmente desapareceu no ar. Muitos podem chamam de arrebatamento, outros não conseguem nem definir.

Somos apresentados a família Garvey, uma família de classe média que está se destruindo. Kevin Garvey se tornou o prefeito da cidade. Laurie Garvey, cansada da futilidade do mundo, do sentimento de não pertencimento, se junta a um culto denominado "Remanescentes Culpados". Tom Garvey, o filho, se une a um homem que se autodenomina Santo Wayne, e agora viaja pelo país cuidando de uma moça, que supostamente leva em seu ventre o Salvador. Por fim, Jill Garvey, a filha, sofre com a falta da mãe e tenta seguir a vida.

Nora Durst é uma das personagens mais interessantes desta história já que toda a sua família desapareceu no dia 14 de outubro. A vida dela é um grande luto. Nora tenta sobreviver e refazer a sua vida, até que tudo vira de cabeça pra baixo, quando Kevin Garvey entra em sua vida.

Meg Abbot é uma discípula de Laurie nos Remanescentes Culpados, a relação entre elas é intensa e traz à matriarca da família Garvey aquele sentimento de amor e amizade o qual ela havia renunciado a muito tempo.

A premissa deste livro é espetacular desde a primeira linha. A experiência, porém, pode ser frustrante para alguns, afinal, pra quem gosta de mistério solucionados, o livro têm muito poucas respostas. Pra quem gosta de ação: Ela é quase inexistente. Pra quem gosta de narrativa lineares e com tudo muito coeso: os lapsos de tempo podem gerar estranheza. Contudo, o livro é fluído em sua narrativa. É impossível não se envolver com a trama, com as histórias, com a vontade de saber mais. O final do livro dá um gosto de "quero mais" já que termina no momento crucial da história.

A estrutura da narrativa é diferenciada, já que podemos considerar ser quase crônicas ou contos daquela situação. Eles são conectados, obviamente, porém é fácil escolher um capítulo e degustá-lo de forma avulsa. Existem capítulos incríveis de ser ler, tocantes, reflexivos.

O problema deste livro, talvez, esteja parcialmente na sua estrutura, pois muitos personagens acabam não tendo muito desenvolvimento ao longo do livro, muitas vezes desaparecendo da história. E outros personagens, apesar do destaque deles, possuem pequenas lacunas no seu desenvolvimento por conta dos lapsos de tempo.

O que seriam esses lapsos de tempo? Basicamente, uma situação é apresentada, contudo o leitor, em alguns casos, só ver as consequências daquela situação no capítulo seguinte que se passa alguns dias ou meses depois. Isso é interessante, mas algumas vezes gera estranheza e até falta de empatia por alguns personagens.

Por outro lado, a reflexão que esses capítulos, que a história em geral promove, possui uma força emocional muito intensa. Não é fácil escrever uma história sobre luto, perda e sentimento de deslocamento e isso ser fluído e ao mesmo tempo impactante. Uma personagem desse livro, que pra muitos pode não ser nada, é, talvez, uma das personagens que mais esteja próxima do real, do existente, do palpável. Aimee é uma amiga de Jill, que está passando um tempo na casa deles. Esse período de tempo permite a construção de uma amizade forte entre ela e Kevin. Quando você ver a relação que eles constroem de apoio, de cumplicidade, mesmo que com um teor sexual refreado, é bonito de ler, é interessante. A despedida dessa personagem é a mais emocionante, na minha opinião.

Essas reflexões em torno das relações humanas que envolvem perda, luto e recomeço pode ser feito com inúmeros personagens, em situações diversas. Um dos momentos mais tensos e sangrentos desse livro envolve justamente o sacrifício de algo que você ama muito. Você já parou pra pensar o quanto é difícil abrir mão de coisas materiais que são muito valiosas pra você, ainda que sejam fúteis? Agora, pense, você abriria mão de pessoas que ama com a finalidade de se encontrar? Você abriria mão de sua vida para fazer as pessoas lembrarem das perdas?

O que vale mais na sua vida? Como recomeçar uma vida, quando tudo o que você amava se esvai da sua mão?

Muitos dizem que este é um livro de recomeços, porém acredito que este é um livro de perdas constantes. Todos os personagens perdem coisas consideradas valiosas ao longo de todo o livro: fé, amor, amizade, dinheiro. Há momentos de vitórias, de recomeços, mas quando isso finalmente acontece, o livro acaba. Você nunca saberá o que aconteceu. Isso é incrível, ainda que frustrante.

A experiência que eu tive com esse livro se resume a refletir sobre as nossas relações com mundo, com as pessoas, com as coisas. Verificar o quanto podemos estar quebrados e sem vida, presos a inverdades. Além de perceber o peso e a dificuldade de tomar decisões na vida. Se possível, faça um favor a sua alma e leia "The Leftovers".
Lucas @_olucascosta 03/06/2017minha estante
Sim! Sim! Sim!


Lucas @_olucascosta 03/06/2017minha estante
Excelente!




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avdantas 06/03/2017

Nós que sempre restaremos
Nós nos acomodamos muito fácil. Há vinte anos um smartphone era tecnologia de filme futurista de ficção científica e hoje é artigo mais que necessário, é quase vital para algumas pessoas. Eu já me perguntei diversas vezes: o que aconteceria se algo extremamente necessário a nossa sobrevivência simplesmente sumisse ou acabasse? Ao me fazer essa pergunta eu estou pensando em coisas como energia elétrica, por exemplo. Mas alguns autores levam essa discussão a outro nível, como José Saramago em “Ensaio sobre a cegueira” e Tom Perrota em “The leftovers” (ou “Os deixados pra trás”, primeiro nome da tradução brasileira antes da estreia da série na HBO baseada no livro).

Nesse livro, o enredo gira em torno de um evento misterioso: o sumiço repentino de milhões de pessoas ao redor do mundo, que não deixaram nenhum traço do seu paradeiro. Antes de continuar essa resenha eu quero deixar um aviso: se você se interessou pelo enredo e quer saber o que aconteceu com essas pessoas que sumiram, perca essa esperança. Como o nome do livro deixa claro, os personagens principais não são aqueles que sumiram no evento que ficou popularmente chamado de Partida Repentina, mas sim os que sobraram, os deixados pra trás.

Um conjunto de personagens traumatizados que tenta retomar sua vida ou se afogar na eterna ausência de alguém que partiu. O trauma, essa é a chave do livro. Imagine estar ao lado da sua mãe no supermercado, virar-se para pegar um produto na prateleira mais alta e quando for colocá-lo no carrinho perceber que ela não está mais ali. Ela não morreu, ela não fugiu sem avisar para onde iria. Ela sumiu no ar.

Alguns dos personagens do livro tentam iniciar o processo de luto, necessário para consolidar a cura do trauma da perda de alguém. Mas como ficar de luto por alguém que não morreu? Como esperar a volta de alguém que não se sabe se ainda está vivo? Os personagens se veem presos nessa espiral que os faz reviver o trauma da partida de seus familiares, amigos, vizinhos.

Os personagens principais são a família Garvey. Kevin e Laurie, o pai e a mãe, Jill e Tom, os filhos. Nenhum deles perdeu alguém extremamente significativo, exceto por Jill que foi testemunha ocular da partida de uma amiga de quem não era tão próxima assim.

Todo o mundo muda de alguma forma. Seja pelo surgimento de um grupo de indivíduos chamados os Remanescentes Culpados, que se atribuem o papel de lembrar a todos de que o mundo que eles conheciam já não existe mais e que não se pode retomar a vida como se nada tivesse acontecido; seja pelo aparecimento de um profeta que alega tirar a dor das pessoas que convivem com o peso daqueles que partiram, apesar de desenvolver métodos e dogmas questionáveis; ou ainda pelos traumas individuais, que atingem níveis de complexidade fortes, principalmente com a personagem Nora, que tem que lidar com a partida repentina do marido e dois filhos poucos momentos depois de ter desejado que todos eles sumissem.

A família Garvey vai se ramificar em todos esses segmentos, cada um a seu modo, lidando com traumas que às vezes podem estar associados com a partida repentina ou não.

Ah, a associação desse evento com o arrebatamento bíblico é óbvia, mas uma série de implicações vem disso e que na verdade só servem para intensificar ainda mais a dor e a culpa de alguns personagens.

Fiz uma resenha de certa forma superficial, por não querer entrar em detalhes já que a chave do livro é a complexidade emocional e psicológica.

O roteiro foi adaptado para televisão pela HBO em uma série que já conta com duas temporadas e tem produção executiva do próprio autor e que expande o universo dos acontecimentos a outros níveis, outros personagens e explorando ainda mais as complexidades envolvendo o caráter religioso do evento, o fanatismo religioso, o trauma generalizado e a dificuldade de reconstruir uma sociedade que não consegue explicar para onde essas pessoas foram. Indico tanto o livro quanto a série, pois os dois têm diferenças significativas.

site: http://cheirodesombra.blogspot.com.br/
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João 27/12/2016

"O Arrebatamento"
"The Leftovers" é um livro para quem se interessa em avaliar as atitudes do ser humano em sociedade e como as relações sociais são afetadas por eventos corriqueiros ou extraordinários. Um desses eventos - de cunho extraordinário - é o pano de fundo da história: 2% da população mundial simplesmente desaparece sem deixar qualquer vestígio. A partir disso, o autor narra a vida de algumas pessoas que ficaram para trás na cidade de Mapleton, Estados Unidos.

É de se imaginar que algo assim alteraria bruscamente a sociedade. Seitas e determinados grupos surgiram após o Evento, conhecido como Partida Repentina por uns e Arrebatamento por outros. É interessante notar como as pessoas perdem um parafuso após um acontecimento semelhante ao descrito na Bíblia cair sobre o mundo. O autor trabalha muito bem com as angústias das personagens e retrata como o ser humano é frágil emocionalmente - eu diria covarde também.

Não acontece muita ação ao longo da história. No começo, os capítulos são dedicados a personagens específicas e, no decorrer da narrativa, personagens que aparentemente estavam isoladas, acabam se cruzando de alguma forma. A condução das ações dessa forma foi bem positiva. Portanto, não se preocupe se você não se localizar muito bem nos primeiros capítulos. Tudo fará sentido depois.

Fiquei intrigado com algumas personagens e fiquei morrendo de raiva de outras. [SPOILER ALERT] Queria dar um soco na Christine. Essa pirralha encheu o saco do momento em que apareceu na história até quando não se falou mais dela. Foi mais uma fanática religiosa que se entregou a um dito messias e quebrou a cara, ficando sem rumo - além de egoísta e sem graça [SPOILER ENDED].

Sem dúvida, o ponto mais interessante da história estava nos Remanescentes Culpados, uma espécie de grupo que se organizou após a Partida Repentina, com suas ideologias e dogmas. É um grupo assustador também e, ao longo da história, o leitor começa a perceber por quê.

Não é uma leitura que prende muito, a não ser nos últimos capítulos, mas achei interessante avaliar cada personagem. O fanatismo religioso ou espiritual é uma discussão bem abordada neste livro, bem como o vazio existencial. Vale a pena conferir.
Gabriel 22/01/2023minha estante
Não sabia que tinha livro! Quero ler pra ontem :D


João 15/02/2023minha estante
É mto bom! Achei interessante as discussões trazidas


Gabriel 15/02/2023minha estante
Ja terminei haha gostei :)


João 15/02/2023minha estante
???




AndyinhA 08/03/2013

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Amei a sinopse e estava em uma vibe que era de distopia. E como leio um pouco de tudo, não me importei em ser um adulto, mas o que realmente me fez desistir praticamente desde as primeiras foi a narrativa do autor, ela consiste em uma mistura de pregação com explicações da visão dele sobre o apocalipse. Nada contra a nenhuma religião, mas quando alguém tenta me converter ou acha que eu não sou capaz de entender o que o texto/ideia está querendo passar corre o grande risco do livro/filme/série ser abandonado.

A narrativa é chata! Simples assim. Não consegui me agarrar e afeiçoar por nenhum personagem. E olha que os capítulos são curtos (média de 2/3 páginas), mas a mistura da narrativa entediante e as explicações bíblicas de modo a querer que todos se sintam pecadores não rolou comigo. E aos poucos se já não estava curtindo o livro, ao virar as páginas quase começava a odiá-lo.

Para saber mais, acesse: http://www.monpetitpoison.com/2012/11/poison-books-os-deixados-para-tras-tom.html
Tatah 09/07/2014minha estante
acho que você comentou no livro errado... o que você leu deve ser esse: http://www.skoob.com.br/livro/350-deixados-para-tras-01-deixados-para
o livro do tom perrota é diferente exatamente porque NÃO trata de religiões.


AndyinhA 09/07/2014minha estante
Oi Tatah_, li o livro certo.
Pode ser que para você não tenha tido o tom de religião e respeito a sua opinião, mas logo no início do livro o autor menciona essa questão de ser deixado para trás ligado ao Apocalipse (não seria religião isso?)


Ana 14/09/2014minha estante
Uma coisa é certa: que livro mortalmente CHATO!


AndyinhA 14/09/2014minha estante
Ana, me perguntei como uma ideia original poderia ser tão chata quanto foi este livro =/




Cibeli Sebajes 07/02/2022

Para além da tristeza e depressão há esperança
Antes de começar a ler o livro eu já sabia que ele cobre apenas a primeira temporada da série The Leftovers, e inevitavelmente fui fazendo comparações e notando as modificações que a série fez (pra melhor), e no final das contas cheguei a mesma conclusão de quando li os livros dá série Hannibal de Thomas Harris: a série é melhor por expandir a história que o material base dá, e não digo isso com intuito de diminuir o livro "Os Deixados Para Trás", esse foi o primeiro livro que li de Tom Perrotta, e gostei da escrita e senso de humor ácido dele, valeu a pena.
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Ivo 25/02/2020

BOM
Primeiro contato que tive com o Tom e que escrita fluida, e falando do enredo, o livro realmente não foca na partida repentina e sim na vida das pessoas depois do ocorrido, só a vida normal dos personagens, que mesmo que sempre aconteça algo terrível, a vida sempre volta a ser monótona novamente.
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b4rbarase 02/07/2023

Livro meio sem sal. A premissa é interessante, a escrita é boa e cativante, porém nada acontece.... vc só acompanha a vida dos personagens e é isso.
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Kamilla 07/06/2021

Legal
Acredito que podemos concordar que o seres humanos no geral tendem a ficar mais abertos as ideias mesmo as absurdas quando estão vulneráveis, e estão sempre dando significados as coisas, dito isso temos um acontecimento grande, escala mundial, repentino e sem explicação científica pois era algo nunca presenciado.

Claro que teve as pessoas que se voltaram ao estudo do evento mas o foco não foi nessa galera, esse evento traumatizou praticamente todo mundo (até quem não foi diretamente afetado, provocando uma vulnerabilidade mental geral), juntando com essa questão primitiva de fantasiar uma explicação sem embasamento, vemos um monte de gente “metendo o louco”, surgiram um monte de novas religiões, gente safada se aproveitando da situação, gente bacana tentando não surtar, todo mundo na tentativa de juntar os cacos.

Uma coisa fica clara, a sociedade no geral não sabe lidar com questões psicológicas de maneira saudável. O livro é bom os personagens principais foram desenvolvidos e a escrita é fácil de ler, mesmo assim devido ao tema esse livro me cansou.
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Daniel509 23/01/2017

A vida de quem foi deixado para trás
As pessoas não são as mesmas a vida inteira. O comportamento, o jeito de pensar, e o jeito de agir podem mudar em questão de anos. Outras vezes só e preciso que algo aconteça na vida das pessoas, para que toda essa mudança venha em um estalar de dedos.
The leftovers conta a historia, onde, em um fatídico dia, uma grande parte da população mundial simplesmente desaparece, sem deixar nenhuma pista do que aconteceu a elas. A partir dai, o livro avança 3 anos no tempo e mostra um pouco oque aconteceu a aqueles que foram deixados para trás.
No livro, conhecemos um pouco do dia-a-dia de uma pequena cidade americana, chamada Mapleton, e seus moradores. Mesmo após três anos, os moradores ainda sentem a falta de seus parentes e amigos que despareceram, naquilo que foi chamado de "A Partida Repentina", e tentam levar a suas vidas agora que tudo esta diferente para todo mundo.
Tom Perrota, o autor do livro, fez um trabalho muito bom ao mostrar como a mente, de alguns, se despedaçou facilmente com os acontecimentos daquele dia. Alguns personagens estão tentando continuar com a vida. Outros tentam descobrir qual o proposito dele ali. E alguns querem se redescobrir, recomeçando tudo com uma nova vida. Felizmente, todos tem um espaço na historia, sem se perder nela, e ser menos importante que o outro no livro. E, mesmo assim, suas historias individuais não se arrastam, e nem deixam um gosto ruim de "Inútil" para o resto do livro.
O livro em si não acontece muitas coisas. Não espere aquele tipo de historias cheias de reviravoltas e vilões. The leftovers não é esse tipo de livro, aqui a historia vai para um caminho mais humano. Um caminho que te faz entender o quão frágil é a mente das pessoas. E te faz pensar o quanto as coisas são voláteis nesse mundo. Uma hora esta tudo bem, os personagens estão vivendo suas vidas normais. No outro momento, tudo se desmorona na vida deles, e eles tem que aprender a conviver com essa nova realidade.
O livro é escrito na terceira pessoa, o que foi uma ótima ideia do autor. Assim podemos entender melhor o que se passa na cabeça dos personagens. Dividindo com o leitor toda as suas angustias e emoções, que cada pessoa estava passando naquele momento da vida dele. Fazendo com que nos aproximemos ainda mais, criando uma empatia maior por eles.
Não tenho muita coisa pra falar contra esse livro. Talvez por ser um drama, com uma historia um pouco densa, não acontece nada de mais por muito tempo. Os personagens acabam sustentado o livro, não deixando cair em um marasmo eterno, fazendo você desistir no meio do caminho. Talvez o único problema seja a parte final dele, onde as coisas começam a acelerar, e acabam indo rápido demais, deixando você um pouco perdido. Mas mesmo assim, eu fiquei com uma sensação de: Quero um pouco mais disso aqui.
Com certeza valeu, e muito, a leitura.
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Clara Oliveira 19/01/2021

Os que ficaram para trás
vou começar dizendo que esse livro não se trata de como as pessoas desapareceram ou pra onde foram. Então não espere repostas, mas sim um livro cotidiano e dramático. Aqui vemos uma história perturbadora sobre a reação das pessoas a acontecimentos extraordinários e inexplicáveis. Vemos o poder que a família pode ter para curar ou então ferir. E também principalmente como a fé se transforma em fanatismo.
É um livro que tem que ter paciência e mente aberta pra entender do que se trata. De início pra mim, a leitura foi lenta e cansativa pelo simples fato de eu não ter pegado a mensagem que o autor trouxe. Mas depois que aconteceu o estalo na minha cabeça, eu achei essa obra incrível! É um livro super atual e tenho certeza de que sempre vai ser. O próprio nome do livro já diz que é sobre aqueles que ficaram para trás. Então vamos ver como famílias se separaram e como pessoas se tornaram estranhas umas para as outras. Esse livro fala sobre fé, amor, fanatismos e principalmente a perda. Vale super a pena conhecer e afundar de mente aberta nessa obra.
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Newton_Lopez 26/07/2017

Horrível
Sei que muitos gostaram do livro e eu respeito suas opiniões. Portanto, respeitem minha também.
Eu não gostei do livro porque foi a leitura mais arrastada de todas. Faltou um pouco de ação, principalmente no final... De todos os livros que li classifico como o pior.
O único ponto positivo do livro é a escrita do autor que é ótima, apenas faltou algo a mais. Tinha tudo para ser uma ótima história, mas ficou muito arrastado e cansativo.
Sugiro que leiam e tirem suas conclusões.
Obrigado!
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