Elogio da Loucura

Elogio da Loucura Erasmo de Roterdã




Resenhas - Elogio da Loucura


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Dessa 06/03/2021

Sobre loucura
Recomendo esse livro pra quem quiser aprofundar em estudos sobre a loucura.
Uma literatura antiga, mas atual!
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DihMoraes 22/02/2021

Com a voz, a Loucura.
A obra Elogio da Loucura de Erasmo de Rotterdam é uma das principais obras do período renascentista, período este em que se tem uma valorização da Antiguidade Clássica partindo sobretudo da máxima de Protágoras: "O homem é a medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não são enquanto não são.".
Buscando colocar o homem como centro do universo - Antropocentrismo - o movimento humanista pretendia através da sabedoria grega projetar na sociedade os ideais de arte, de política, de filosofia, dentre outras coisas. Erasmo, como um humanista cristão tendo se debruçado durante muito tempo sobre os manuscritos escolásticos (corrente filosófica que buscava uma conciliação entre as obras de Aristóteles e a doutrina cristã) além de estudar os dogmas pregados pela igreja católica percebeu que as ações feitas tanto pela igreja quanto pelos nobres não condiziam com os princípios da fé e da caridade pregada por Jesus.
Desse modo, passou a criticar de modo feroz a conduta da igreja e dos filósofos (sábios) que buscavam fascinar o povo através de belos discursos, ou seja, faziam muito uso da retórica, gramática e dialética (o trivium) enquanto enchiam o bolso das ofertas e do dízimo que o povo dava.
Assim, em sua obra Elogio da Loucura Erasmo dá voz a própria Loucura, que se autoelogia partindo do seguinte provérbio: Se não tens quem te elogies é bom que elogies a ti próprio. Só então essa deusa, a Loucura começa a discursar sobre a extensão dos domínios de seu poder, alegando que até mesmo Zeus não escapa de suas influências quando precisa se metamorfosear em animais para seduzir mulheres mortais. A Loucura afirma que os loucos são mais felizes do que os sábios, pois os últimos por viverem com a cabeça nos livros mal percebem o quanto envelhecem e o quanto tristonhos ficam. Ao contrário de seus loucos que gozam sempre de uma felicidade estável e de uma eterna juventude. Com relação a igreja, a Loucura expõe em formas de pilherias as más ações dos papas e dos padres.
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Ana Elisa Dotta Maddalozzo 14/02/2021

Resenha Elogio da Loucura
Você já se imaginou lendo um livro escrito sob o ponto de vista da loucura? Essa é a premissa inédita explorada pelo teólogo e filósofo Erasmo de Rotterdam em 1509.

Essa obra renascentista traz um autoelogio da loucura, que arma-se de cinismo e sátira para explicar como é indispensável a uma sociedade. O autor nos mostra que sua protagonista pode ser dividida em dois grupos distintos:

Loucura boa: aquela que gera uma doce ilusão capaz de libertar o espírito de suas árduas preocupações, levando o indivíduo a apreciar a vida em plenitude e com disposição. Além disso, ela é responsável por sermos capazes de amar alguém apesar de seus defeitos; traduz-se como uma cegueira necessária a todos aqueles que convivem em um meio social. O tempero da loucura ameniza o definhamento da vivacidade e nos permite arriscar.

Loucura má: é aqui que Erasmo destila sua crítica contra a nobreza e a igreja. Como exemplo dessa categoria, temos os homens que vão à guerra, mesmo sabendo que cada um dos lados sempre colhe desvantagens e prejuízos; ou as histórias mentirosas e infundadas, como aquelas propagadas por clérigos a respeito de falsos milagres, a fim de manipular as massas e prover benefícios próprios. Além disso, essa loucura está presente em quem, ao pagar o dízimo, acredita estar eximido de uma vida repleta de perjúrios, bebedeiras, assassinatos e traições.

Essa leitura foi bastante reflexiva e serviu como fonte de informação para diversas práticas deploráveis que ocorriam na época, que poucos autores possuíam a coragem de denunciar. Ademais, somos instigados a pensar sobre a “loucura boa”, que nos é essencial para termos uma jornada mais leve e feliz. Esse livro, embora escrito há séculos, continua mostrando-se extremamente atual em seus ensinamentos e em suas censuras.

“Dois obstáculos principais impedem o sucesso nos negócios: a hesitação que perturba a clareza de espírito e o medo que mostra o perigo e impede a ação. A Loucura livra-se deles com a maior facilidade, mas são poucos os que compreendem a imensa vantagem que há em jamais hesitar e a tudo ousar.”
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laura.leles 11/02/2021

Livro clássico, muito divertido, faz jus à fama. É uma abordagem criativa para as críticas de Erasmo à sociedade de seu tempo. Interessantíssimo para pensar o humanismo do século XVI, seus debates e características, que podem ser vistos durante toda a obra.
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Milena300 29/01/2021

O livro começou bom, fluiu bem até uns 35% depois começou a ficar rançoso e contraditório em algumas partes na minha opinião.

Fora essa questão parece ser um livro bem introdutório na filosofia, bom pra ser discutido.

Não sou letrada no assunto, mas gostei um pouco.
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Thay'OSF 27/01/2021

O tipo de livro que todo ser humano precisa ler. Mesmo sendo datado de 1511, tras temas tão atuais que chega ser inquietante. O autor aborda de forma satírica temas polemicos, principalmente de dentro da religiosidade da época, e nos faz pensar nos comportamentos e atitudes dos homens que são completamente destituídos de lógica e que podem ser considerados "loucos." Ele faz um critica tão bem feita aos estereótipos, mostrando como é algo baseado na loucura aceitar diversos comportamentos e paradigmas como algo normal e sábio, apenas porque é o que esta sendo disseminado na sociedade. Temas do cotidiano são abordados de forma crítica e nos leva a pensar com mais sabedoria nas atitudes que tomamos e aquilo que taxamos de "normal".
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Vinicius.Miranda 26/12/2020

Um livro datado...
É um livro de seu tempo, Certo.
Ele tem os méritos de apontar as críticas da sociedade que Erasmo conhecia. É um clássico mundial, etc etc...
Mas isso não impede o livro de ser chato.
A loucura que o autor defende está mais próxima da ignorância e ele critica muito algumas estruturas hierarquicas. O autor escreve em um contexto que a escrita e a ideologia possui muitas influências da Grécia antiga e do domínio eclesiástico. Mas, em minha leitura, me parece muito mais uma defesa de um modelo de cristianismo do que da loucura em si, que se torna um "caminho", uma forma de viver o cristianismo.
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Jaime Filho 07/12/2020

"E, por isso, sedes sãos, aplaudi, vivei, bebei, oh celebérrimos iniciados nos mistérios da Loucura"

Elogio da Loucura é uma espécie de monólogo da própria Loucura, personalizada como deusa, visando demonstrar seus enormes benefícios para a humanidade. A loucura não deve ser definida aqui como patologia mental, mas deve ser concebida de maneira larga como o personagem Simão Bacamarte de Machado de Assis conceberia. A loucura abrange a ignorância, a ingenuidade, a falta de moderação, a ambição, em suma, tudo que contraria os doutos e recatados como os estoicos. Erasmo faz jus ao título de "Príncipe dos Humanistas" - a obra é repleta de referências greco-romanas, tantas que você esquece que se trata de um autor cristão até certo ponto. O pensador subverte a lógica, torna o que se convém como defeituoso algo digno, e o que se considera elevado, por sua vez, digno de pena. Erasmo escancara antes da explosão da Reforma, a hipocrisia religiosa da época, a artificialidade da teologia, evoca a necessidade da tolerância e da transformação de sua sociedade, ou melhor, da elite de sua sociedade.
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Cdmm 22/11/2020

Loucura.
Em primeira pessoa a Loucura descreve os homens. Muito legal ler um filósofo de 1500 com ideias e ironia que nos parecem tão novos. "Mais louco é quem me diz, é não é feliz...." um dos principais livros do Renascimento.
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