Geovane11 26/05/2024
Um suspense que me fez chorar
"O verdadeiro escritor sofre com os personagens, vive o texto que escreve."
Em Suicidas iremos acompanhar o que 9 jovens fizeram em um jogo de roleta russa, realizado no porão da família Vasconcelos. Assim, através de anotações realizadas pelo Alessandro e, um livro encontrado no porão, seremos levados à esse acontecimento trágico e desvendar tudo que aconteceu nesse fatídico jogo.
Com um título sugestivo o leitor é direcionado a compreender os personagens, o que motivou eles a entrarem nesse jogo e, as relações existentes entre os próprios, no entanto isso irá ocorrer a partir da visão parcial do Alessandro (narrador não confiável), ou seja, não temos contato direto com a personalidade dos outros personagens e dessa forma alguns comentários sobre os demais personagens são horripilantes, preconceituosos e muito ofensivos. Assim, isso me fez sentir um ódio enorme pelo Alê e pelo Zak, ambos só falam bosta. Além disso, eu senti que as personagens femininas foram estereotipadas e/ou humilhadas/xingadas.
Agora, falando do enredo e da narrativa, pra mim foi um livro de estreia perfeito, traz diversos sentimentos, é angustiante, maluco, violento. Fazendo com que eu surtasse e até chorasse com o final, no qual acertei a principal teoria sobre o desenrolar da roleta russa. Sendo assim, esse é um livro para poucas pessoas, não recomendo de jeito nenhum para alguns leitores, pois a quantidade de gatilhos é exorbitante.
Enfim, novamente o Raphael Montes me mostra e me faz questionar, o quanto a mente dele é fértil e fudida, homem perturbado da 🤬 #$%!& , mas um grande escritor. Então é isso, um livro difícil de digerir, uma trama louca e um desfecho absurdo.