Resenhas - Suicidas

Fabio 27/05/2023

"Montes" de sentimentos!
Duro, cruel, nojento, mas, principalmente complexo!

Mais uma vez fui "sequestrado" pela escrita viciante e criativa de Raphael Montes e sua mente "sinistra"!
Durante a leitura, foi um misto de sentimentos, que iam da perplexidade ao asco; do.espanto as risadas; da raiva ao desespero... Enfim, mesmo quando eu não gostava do que lia, ficava fascinado pela capacidade criativa do autor.
Apesar de ter sido um final que eu considero previsível, não posso deixar de dizer que me surpreendeu, pela complexidade da trama, e do desfecho irretocável!

Recomendo demais!

Lucas Rocha 07/09/2012

Intenso
Ler um bom livro nacional é sempre um prazer. Não é papo tropicalista nem bravata de identidade brasileira impressa na literatura. Não. Muito longe disso, é apenas um prazer maior que faz brotar aquele pequeno sorriso e nos faz pensar sim, temos qualidade em meio a tantos livros medianos; sim, temos romancistas tão competentes quanto os gringos; e sim, fazemos literatura de entretenimento mostrando realmente quem somos como escritores e como pessoas. Talvez o maior mérito de Suicidas (Benvirá, 488 p.), do escritor e amigo Raphael Montes, seja exatamente esse: o de ser um ótimo livro de entretenimento, que não se prontifica a explorar os meandros da natureza humana nem de montar um jogo narrativo complexo que se sobrepõe à história. Aqui, o principal é o enredo, e toda essa exploração de personagens e narração é consequência de uma boa história que precisa ser contada.

Vamos à história. Um ano após o suicídio coletivo de nove adolescentes de classe média alta do Rio de Janeiro que aparentemente não possuíam nenhum problema maior do que pegar o metrô até a faculdade e se preocupar com o trabalho de Foucault pra entregar na próxima aula a polícia, na figura da delegada Diana Guimarães, reúne as mães desses jovens para discutir o caso à luz de uma nova prova: um diário, escrito em tempo real por um dos jovens, que narra os acontecimentos sucedidos durante a fatídica noite em que as mortes aconteceram. Através dessa reunião carregada de tensão e a leitura desse diário, verdades inconvenientes e segredos serão revelados.

É uma sinopse promissora, e o livro cumpre muito bem o que promete. Temos três narrativas paralelas: as anotações cotidianas do jovem Alessandro, que almeja ser escritor e mantém um diário com os principais acontecimentos à sua volta; o diário em tempo real do adolescente, encontrado pela polícia no porão onde os adolescentes se mataram; e a gravação da reunião das mães dos adolescentes. Essa escolha, que alterna diversos tempos narrativos e parte para uma escrita não linear, possibilita que o livro vá revelando segredos aos poucos, instigando o leitor a continuar lendo para que entenda o que diabos aconteceu naquele porão e porque esses adolescentes resolveram se matar.

Montes é habilidoso com as palavras: elas parecem dosadas para revelar apenas o que querer dizer ao mesmo tempo em que deixam algumas pistas que podem auxiliar o leitor a montar o quebra-cabeça que pouco a pouco vai se delineando para explicar o acontecido. Os personagens são muito bem montados: conseguimos identificá-los mentalmente apenas pelo nome, e suas atitudes são muito mais relevantes do que suas breves descrições físicas. O autor prefere um texto carregado em diálogos e dá pouco espaço para descrições, salvo nas partes mais gráficas do texto, que acontecem principalmente na narrativa do diário em tempo real. Isso faz com que as mais de 400 páginas do romance passem quase despercebidos por quem lê. O livro é um baita de um pageturner, sem dúvidas.

Uma coisa que achei bem interessante no livro foi o de se desprender de pudores ao mostrar a vida desses adolescentes. São, como grande parte dos adolescentes de classe alta carioca, arrogantes, preconceituosos, meio estúpidos e superficiais com os problemas que cercam o mundo. São cheios daquele discurso de Brasil, país das bananas e Subornar um policial fácil assim só no Brasil, sem tentar se aprofundar muito nas questões que levam as coisas a serem como são mesmo que quatro personagens estudem direito. Essa opção, no entanto, é bastante acertada: demonstra toda a empáfia dos personagens, que se acham superiores aos outros apenas por terem mais dinheiro e uma educação privilegiada. Os únicos que conseguem ter um equilíbrio maior nessas questões são Waléria (única não-rica do grupo) e o protagonista Alessandro, que tenta se desvencilhar da postura de riquinho nariz em pé em grande parte da narrativa.

Não há muito o que falar do enredo sem acabar caindo em algum spoiler, mas se há uma qualidade que esse livro possui é o de ter sempre alguma coisa nova a apresentar para o leitor. Até que toda a história comece a se montar, são necessárias menos de trinta páginas; para pegar o leitor preso num vórtice narrativo, trinta e cinco. Logo, o livro te pega pelo pé e te obriga a virar a próxima página para mais explicações. Os capítulos das anotações cotidianas de Alessandro são, talvez, a parte mais tranquila da narrativa, mas é essencial para dar todo o panorama externo ao sótão onde ocorre a brincadeira da roleta-russa e explicar a vida de cada um dos personagens que está lá dentro.

Outro fato importante é o de que o livro é narrado sob a ótica de um personagem. A escolha da narração em primeira pessoa cai como uma luva no texto: não raro nos pegamos odiando os personagens que Alessandro odeia e admirando os que ele admira. Ele é a câmera que guia nossos olhos ao longo da narrativa, e partilhar as memórias com ele nos faz compartilhar das emoções que ele sente. Se ele diz que Waléria é uma vaca arrogante, acreditamos nele; se diz que Otto é um mentiroso, também acreditamos e, quando alguma coisa abala Alessandro, nos abala também. Ver os personagens sob a ótica pessoal de um dos que participa da roleta-russa é essencial para que os mistérios desse livro sejam dissolvidos aos poucos para o leitor, que tem Alessandro como catalisador de sentimentos.

Falar do desfecho seria estragar o romance, portanto não o farei. Só tenho a dizer que a história possui um fim extremamente satisfatório a todo o mistério sustentado quase até os últimos capítulos, quando enfim revela, de uma forma muito bem pensada não espere o vilão relevando todo o seu plano maligno antes de perder a arma e morrer no final todas as explicações necessárias para fechar o caso. Há uma ou outra ponta solta, mas nada que prejudique o entendimento do romance e a sensação de que uma ótima história foi contada.

Raphael Montes estreia de forma extremamente competente nesse primeiro romance: visceral, intenso, gráfico e violento são alguns dos adjetivos que posso usar para qualificá-lo. É um livro que vai te obrigar a chegar ao fim e vai te dar um ótimo final para uma ótima história, que parece ter sido planejada nos mínimos detalhes para chegar até você, leitor. É sua obrigação não deixar de lê-lo.

CatLopes 25/02/2017

O escritor Raphael Montes acaba de ganhar uma nova fã. Este foi o primeiro livro que li do autor e amei. Muito bem escrito, cheio de suspense e um final surpreendente. Não estava mesmo nada a espera daquele final!!!
Concerteza que lerei mais livros do autor.

keyla 12/01/2022

coisa de louco
ok, sim, eu estou escrevendo isso na pura adrenalina. eu terminei o livro agora e, meu deus, que livro, caras. que livro.
Raphael Montes é um maluco sadico. que homem louco. como pode escrever baita genialidade? a maneira como os fatos são mostrados, as brutalidades escritas (necrofilia, tortura, suicidio entre outros) de maneira insolente.
não sei o que dizer??? apenas, leia.
aprecie tal obra de arte nacional.

Gláucia 21/10/2014

Suicidas - Raphael Montes
Comecei a leitura muito empolgada, achando a ideia extremamente original e a narrativa envolvente, tanto que li quase 100 páginas num dia. Os problemas foram surgindo a partir de então e passei a observar inúmeras falhas.
Penso que um romance policial não deve ser muito extenso, o suspense acaba cansando. E aqui aconteceu uma coisa inédita no meu caso: desvendei o assassino lá pela página 200 pois alguns elementos da história me fizeram lembrar um outro livro que amei, cuja trama é completamente diferente mas também traz um protagonista que lidera um grupo de amigos e é extremamente manipulador. A partir daí foi só avançar na leitura para saber se isso e de que forma se concretizaria.
Os problemas se iniciam na caracterização dos personagens, que são exatamente o que se espera deles, tão estereotipados. E pode ser implicância minha mas por que uma doméstica que se casa com um ricaço e se torna uma nova rica fútil e sua irmã interesseira tem que ser nordestinas e não cariocas como todos os outros personagens?
Em relação ao crime em si, há inúmeras falhas técnicas como cabeças que tem mais sangue que uma cavidade abdominal e sangram horrores, pessoas que levam tiros mas assim mesmo morrem sorrindo, legistas que liberam laudo sem relatar que a vítima estava grávida, sabotagens mirabolantes que são elaboradas e postas em prática em menos de 24 horas.
Também houve um excesso de atrocidades: assassinato, estupro, necrofilia, abdomens abertos com precisão cirúrgica por uma chave de fenda e um martelo.
Mas o maior problema foi em relação à elaboração do plano. O assassino precisaria contar com dois elementos para que tudo tivesse acontecido tão perfeitamente daquela forma: uma polícia constituída pelos 3 patetas e uma lei de Murphy às avessas.
Não é meu estilo de livro policial mas o problema com certeza é comigo pois o livro está sendo muito elogiado tanto pelos leitores quanto pela crítica especializada.

site: https://www.youtube.com/watch?v=yC0c9KSnTPE

Gabi 01/07/2019

Difícil de digerir...
Então... É evidente que essa seria uma leitura pesada, afinal de contas, com o tema suicídio, não teria como ser nada leve.

Confesso que imaginei algo totalmente diferente, mais rápido no sentido das mortes, mais "frio", se é que consigo ser entendida assim. Mas, me deparei com um livro sádico e cruel até a última página.

Leitura rápida, escrita incrível, sem enrolação... o que faz dele um livro apenas para quem tem estômago forte, senão, meu amigo, passe pro próximo porquê nenhum detalhe é deixado de lado.

Jamais imaginei o desfecho, fiquei surpresa sim, porém, em muitas resenhas eu ouvi e li o seguinte: "A última frase desse livro é incrível", "Não leia a última linha antes da hora"... sinceramente, não vi nada de tão fodastico nessa "última linha" pra ser tão venerada assim.

No mais, por ser um romance de estréia, idealizado por um adolescente (Raphael tinha 17 anos quando o escreveu, não é?), é muito bom mesmo! Num futuro próximo pretendo ler outras obras dele. Qual me indicam?

Evelyn179 24/01/2024

Repugnante
Não sei como esclarecer minha opinião sobre esse livro. Não vou dizer que é ruim, pq não é. Por isso vou separa-lo em pontos positivos e negativos.

Positivos: Tem uma escrita fácil e fluida que deixa o leitor curioso. Ótimo plot, apesar de ter suspeitado por um determinado tempo... Ótima trama.

Negativos: Praticamente tudo. Personagens repugnantes, todos eles, não consigo afetuar a nenhum apenas sentir nojo. Descrição completamente preconceituosa, chamando os personagens de 🤬 #$%!& , gorda, horrenda. É apenas ridículo ver a narração e odiar ate mesmo o protagonista. E que nojo oq todos os personagens são capazes, cenas de estupro, necrofilia, abuso contra deficientes etc... descrita sem nenhum anseio e nenhum personagem fez a porcaria de nada para evitar ou mostrar repulso... Tive que pular um capítulo por simplesmente repulsa.
E o motivo do culpado final foi tão sem sentindo um motivo tosco e irrelevante.

Apesar de tudo isso, pode ter sido um jeito do autor mostrar a vida real. Talvez quem a gente pensa conhecer não conhecemos tanto assim e todos são capazes de diversas todas. Entretando a ideia do autor foi otima mas algumas coisas descritas foram pesadas demais.

Juninho 06/07/2019

Que final é esse minha gente !!!
Livrão de explodir a cabeça ! No começo é arrastado mas no final é de roubar o ar do jeito que eu gosto!

Giovanna1239 15/10/2023

Juro pra vocês eu esperava de tudo nesse livro, mas não esse final pqp que plot foi esse ????? Como assim, nunca me passou pela cabeça que poderia ter sido ele. Acho incrível como o Raphael montes entra na nossa cabeça e faz com que criemos teorias e depois mostra como estavamos totalmente errados, pqp que livro foda.

caspaeletrica 30/11/2022

8/10: Getúlios
Devo começar admitindo que este livro foi o primeiro suspense brasileiro que li, se eu não me engano. Claro que já havia assistido a série baseada no livro do autor, "Bom dia Verônica" mas não é a mesma coisa do que ler um livro, é claro.

Tendo em vista tudo isso e ainda acrescentando o fato de ser o livro do mês de um de meus clubes do livro, dei uma chance para o Raphael. A história me intrigou muito e eu li em menos de um dia, foi agoniante. Eu achei que alguns capítulos foram desnecessários e prolongados demais; não me importo com muitas páginas para ler, claro, mas desde que sejam imprescindíveis para a história.

Confesso que embora não tenha sido o maior fã de seu estilo de escrita, o autor deste thriller tem umas sacadas extremamente interessantes e inéditas (menção às últimas três frases do livro, mind-blowing); e no final de contas, ele fez o precisava ter sido feito para a contribuição para a trama.

E por fim, para me gabar, digo que consegui acertar o final pois já vinha na minha mente quase desde o início do livro. Mas o "plot" não é a parte mais importante de um suspense, embora algumas pessoas pensem que livros do gênero supracitado só tem a reviravolta final de importante.

Meço um livro de suspense bom pela sua trama, criatividade e desenvoltura ? e Raphael Montes foi muito sagaz nisso, embora ainda hajam algumas pontas soltas.

//

PERSONAGENS FAVORITOS: OTTO, WALÉRIA, RITA, JOÃO & MÃE DA JOÃO E DO LUCAS

PIOR PERSONAGEM: LUCAS

barbitoss 22/02/2023

Eu vou falar desse livro pra minha psicóloga
Quero começar isso daqui dizendo que eu tenho medo da mente do raphael montes? é isso mesmo que você tá lendo, eu tenho medo do quão perturbada esse homem conseguiu me deixar e olha que stephen king é um dos meus autores favoritos hein?????? mas vamos lá: esse livro é um completo soco no estômago de tanto gore, sério! eu amei odiar CADA UM desses personagens, principalmente o Alessandro pois pense num protagonista IMBECIL e multiplique por 10, é o Ale e a síndrome de ?sou diferente dos outros caras, eu leio bukowski, escrevo peças e livros bla bla bla? você só é um chato babaca, isso sim!

gente sério eu não tenho muito o que falar pois minha cabeça não tá raciocinando após terminar de ler o último capítulo eu só quero ligar pra minha psicóloga e falar que esse livro é o motivo pra eu ter pulado da janela do meu quarto é isso nota MIL

ps: Danilo sua passagem foi, digamos assim, ?rápida? pelo livro mas você foi um dos melhores personagens criados nessa história e lamento muito como tudo terminou pra ti, eu queria poder ter entrado dentro das páginas e impedido você de conhecer cada uma dessas pessoas :((((

Vinny Britto 07/12/2017

Surpreendente
Essa foi minha primeira experiência com Raphael Montes e foi melhor do que eu esperava. Só não dei nota máxima por dois motivos.

O primeiro foram as motivações. Algumas não me convenceram e achei até forçadas de certo modo.

O segundo foi os capítulos com a reunião das mães, achei as partes mais chatas, mas entendo que foi necessário.

Em compensação, Raphael criou um suspense sólido, que prende e instiga, fica quase impossível largar antes do desfecho. Por falar em desfecho, o capítulo final foi sensacional, muito bem sacado e bolado, achei genial mesmo.

Fica aqui registrado como uma das melhores leituras de 2017.

Neidee 04/01/2022

Impactada com o plot final!!!
Fiquei chocada em vários momentos da leituras até mesmo enojada rsrs?? livro com um baita plot que vai bugar sua mente, até hje me pego pensando no final.

Gustavo Rodrigues 06/08/2022

Confesso que eu esperava bem mais desse livro. Já vi muita gente falando que é genial, que tem um plot muito bom e tudo mais, massss eu discordo. ?

A escrita do Raphael Montes é muito boa, isso é fato. Na maior parte do tempo a leitura é bem fluida, tirando as partes que as mães estão na reunião. No geral, não é um livro maçante.

O problema, pra mim, foi a história. Não curti as motivações, as explicações, o desfecho, além de achar o plot MUITO previsível. No meio do livro eu já tinha imaginado que seria o que realmente foi. Se é um livro que tem o seu ?gran finale? baseado em um plot, acho horrível quando ele pode ser manjado bem antes.

Além disso, algumas coisas não foram esclarecidas. E não foi o caso de deixar em aberto pra manter um ?suspense? no ar, como já vi em alguns livros. Foi só falta de explicação mesmo.

No geral, achei bem fraquinho. Peço desculpas pra quem gosta, mas só lamento. ?

Laura.Bianchini 27/08/2020

A atração humana pela desgraça alheia
''Eu acredito que todo ser humano é um suicida em potencial. Quero dizer: todos nós temos um limite. Uma linha imaginária de problemas e deficiências que, se atingida, faz a vida perder o sentido.''

Conheci as obras do Raphael Montes a alguns meses, mas já tenho ele em minha mais alta conta. Suicidas é com certeza a minha preferida dele até o momento, mas é de longe uma leitura fácil ou agradável.
A temática do suicídio já é pesada, mas quando você retrata nove jovens em uma roleta-russa, se torna algo realmente macabro de ler.
Em vários momentos, o Raphael nos joga uma narrativa nua e crua, carregada de violência e crueldade, e é muito difícil ler sem se sentir angustiado. Por esse mesmo motivo que acho que os leitores que estiverem dispostos a encarar esse livro devem tomar cuidado, porque ele pode servir como um gatilho em determinadas partes.
Gostei muito da forma como ele estruturou esse livro, alternando entre os manuscritos do Alessandro, um dos jovens suicidas, e os diálogos em uma reunião entre as mães, um ano após a tragédia. A cada capítulo ele nos tortura, pausando no momento mais importante, sendo realmente capaz de prender o leitor.
Não me simpatizei com nenhum personagem, com exceção do Dan, mas não acho que esse seja o objetivo do livro mesmo. Nos manuscritos do Alê, vemos o ser humano em uma condição de total livre arbítrio, sem amarras ou limites, o que justifica o fato de ser tão difícil gostar dos personagens, pelo menos para mim.
A minha única ressalva é em relação ao final. Foi um final bom, mas que parece meio forçado pelo excesso de informação, mas que não retira de nenhuma forma o mérito do livro.
Portanto, eu finalizo com a questão que representa o livro como um todo: ''Até que ponto realmente conhecemos as pessoas?''