Resenhas - Em Defesa de Jacob

Nati Morgan 04/08/2020

Se você quer um livro pra passar raiva com pais negligentes e parciais (aqui talvez não a Laurie) fique a vontade para ler este livro rs.
Não posso dizer que esse livro é ruim, longe disso, mas Andy não é uma pessoa confiável e isso o autor DESENHA para o leitor durante toda a história.
Com o decorrer do livro você vai sentir muita frustração de como o caso está sendo investigado e como ele é finalizado, mas ao final, e que finaaaaal, posso dizer que, apesar de ser um filho, eu não saberia como agir também durante a tudo que aconteceu, então não julgo o final deste livro, porque eu entendo o que pode ter ocorrido na mente dessa pessoa.
Talvez eu assista a série que foi adaptada dessa história, mas vou esperar um pouco até tudo se assentar na minha cabeça rs.

Amanda 24/05/2020

Amor e ódio
Um thriller de dividir opiniões. Oh, Godness como eu fiquei PUT* com esse livro e ao mesmo tempo fascinada e curiosa ao ponto de não querer largar. Eu mesma não saberia dizer o que achei sem entrar em contradições, porque ao mesmo tempo que poderia colocar 1000 defeitos, não posso negar que me prendeu de um jeito que poderia passar madrugadas lendo ele. 👀
O livro é narrado por Andy, um promotor que assumiu um caso de assassinato. Assassinato de nada mais nada menos que um garoto de 14 anos que estuda na escola do próprio filho de Andy. Preocupado com o desfecho que o assassinato poderia ter, Andy assume o caso pessoalmente. Porém, pouco tempo depois ele é bombardeado com o que seria a pior noticia da vida dele (e de sua família). Seu filho, seu próprio filho Jacob de apenas 14 anos estava sendo acusado de ser o assassino. Depois dessa Andy não poderia mais continuar no caso, não é mesmo? Mas não é por isso que ele vai desistir de provar a inocência de seu único filho.

Então temos aqui um pai que luta para provar a inocência de seu filho. Fora Jacob temos mais um suspeito, então o tempo todos ficamos oscilando entre um e outro.

Os personagens do livro são bastante impactantes, a cada página a gente se depara com um misto de emoções, o que faz do livro muito bom.

O único problema é que na medida que os capítulos vão passando o autor vai deixando uma série de buracos pelo caminho. Quanto mais você se aproxima da “verdade” mais sem sentido vai ficando algumas parte (é só uma opinião pessoal minha). Fica difícil apontar essas falhas sem dar spoiler. Mas existem certas partes do julgamento que tá ocorrendo no presente (2008) que não fazem muito sentido depois que você para pensar neles.

No livro tem uns erros de genética bem básicos, por exemplo um gene localizado no cromossomo sexual X que é passado de PAI para FILHO. Isso é impossível, filhos homens recebem o cromossomo Y dos pai e não o X. O X vem da MÃE.
No prólogo a gente já percebe que o livro vai se passar em dois momento distintos, presente e passado. No presente (2008) Andy é testemunha em um julgamento – não sabemos de quem é o julgamento - e ele conta para gente fatos do passado (2007). OBS.: Se você não gosta de leituras com descrições de violência e cenas chocantes, talvez esta não seja um leitura para você.

Recomendo, apesar de algumas falhas, buracos e erros básicos de genética, o livro é bem interessante.

site: https://www.instagram.com/p/CAlOknxD0HX/

Manu 17/07/2021

A estrada vai além do que se vê
Inicialmente, comecei a ler esse livro como “quem não quer nada”. Na verdade, confesso que esse livro só me chamou atenção devida a série da Apple +. Estrelado pelo charmosíssimo Chris Evans (Capitão América), pela talentosíssima Michelle Dockery (Downton Abbey) e pela estrela em ascenção Jaeden Martell (It: A Coisa). Então, para ver minissérie lançada ano passado, busquei ler a fonte na qual inspirou.

Ao me deparar com a premissa que trata de um adolescente acusado de assassinar seu colega da escola, pensei logo em diversos crimes que a gente vai sabendo ao longo da vida de jovens com transtornos psicológicos. Assim, logo deduzi: será Jacob um mini-psicopata (banalmente falando) no qual os pais negligenciavam?

Por se tratar um crime a ser investigado, o livro percorre por dois gêneros: o de mistério e o de drama de tribunal. Meio CSI e How to Get Away with Murder. Ao longo da minha jornada nele, aprendi bastante coisa curiosa sobre julgamentos, direito penal e leis estadunidenses, tudo isso de forma dinâmica, didática e nada maçante. Nesse sentido, posso dizer a vocês que a leitura de em Defesa de Jacob é bastante fluída.

Nesse sentido, um dos pontos fortes do livro, para mim, é a forma que é contado pelo personagem principal, Andy Barber, pai do Jacob, interpretado pelo Evans na minissérie da Apple. Com a experiência de ser promotor por 22 anos da cidade de Newton, Massachusetts, dessa vez Andy está do lado oposto. Vendo seu filho julgado, o mesmo demonstra o quanto uma simples acusação pode desfiar psicossicialmente uma filha. Andy, Jacob e Laurie sofrem na pele a repulsa da cidade por eles, com clima hostil constante por parte da comunidade local, além de uma mídia que só quer ver o circo pegar fogo na espera por um condenado.
Porém, o que também muito me irritou ao longo da leitura foi a postura do próprio Andy e sua tamanha irracionalidade ao lidar com as acusações que o filho sofria. Muito negligente, naqueles momentos percebia que realmente estava lendo uma ficção, porque não é possível um pai se cegar o tempo todo e não se abrir a qualquer especulação de que o filho possa ter cometido algum normal. Tudo para ele era normal, é quase como enxergar o filho como santo.

Chegamos então a quarta parte da história, que é a última. Posso dizer que esse momento da história é muito surpreendente. De chocar mesmo. Porém, ainda assim acredito que foi uma parte pouco desenvolvida e talvez apressa pelo autor William Landay. A história, que até então estava sendo cadenciada e contada dia a dia do julgamento do Jacob, toma um rumo inesperado que a leva para um outro caminho. Desse outro caminho, surge um plot twist devastador e bem plausível e de prender o leitor – que vai pensar naquela coisa “Causa x consequência”, “efeito borboleta, “efeito bola de neve”, mas ainda assim umas páginas a mais nessa condução da história poderiam deixa-la ainda mais redondinha e brilhante.
A Leitura de Em Defesa de Jacob é super gostosa e as páginas passam voando. A dinâmica tribunal – mistério – investigação, com suas constantes pistas deixam sempre uma hipótese na mente do leitor: será que foi realmente Jacob que matou o garoto Bem? É um livro recomendado para aquelas pessoas que estão sofrendo com alguma ressaca literária.

Além disso, a leitura é enriquecida por trabalhar alguns temas sem se tornar reflexivo demais, como a da importância da atenção dos pais na formação dos filhos. Vivemos numa sociedade em que os pais cada vez passam menos tempo com seus filhos e preferem que os mesmos fiquem em um computador do que interagindo com eles.

Agora, vamos ver a minissérie. Dizem até que o final é diferente. Estou na expectativa (já vi até os primeiros episódios antes de terminar o livro, confesso).

Cissa 22/10/2012

Perturbador
"Em Defesa de Jacob" de Willian Landay foi o primeiro livro que li desse autor. Gostei do estilo e da forma como conduz a história. Talvez por ter trabalhado como promotor público tenha dado a ele esse gancho e essa naturalidade como conduz uma trama passada em um tribunal.

Parece uma história comum onde um jovem adolescente aparece morto por esfaqueamento num parque ao lado da escola em que estuda. Como vivem em uma cidade pequena onde todos se conhecem e os segredos praticamente não existem, logo o fato toma proporções enormes.

O principal acusado é Jacob Barber, filho do promotor Andrew Barber que como todo ser humano normal também tem lá seus segredos de origem. Jacob é um adolescente com todos os problemas naturais da idade, incertezas, e preocupações. Mas, Jacob, tem algo mais que um jovem normal. Ele tem uma personalidade diversa, fria e indiferente aos que vivem ao seu redor.

Andrew, seu pai, luta ao lado da esposa e mãe de Jacob, Laurie, para provarem a inocência do filho. No decorrer do processo vão conhecendo o filho sob um ângulo que eles desconheciam. Segredos vêm à tona e ferem profundamente o relacionamento familiar.

Se Jacob é inocente ou culpado, vocês terão que ler até o final para descobrirem. E terão o prazer de ter uma leitura que corre rápida, cheia de questionamentos e dúvidas. Apenas uma certeza fica: precisamos olhar nossos filhos com olhos firmes, constantes e imparciais. Nunca devemos deixar de entender que são nossos filhos, mas têm suas personalidades, anseios, dúvidas e carências.

Com um final surpreendente a história se encerra e fica em nossa mente por dias, o que é sinal de que o escritor alcançou seu objetivo que é nos fazer pensar e raciocinar sobre os fatos e situações da vida, além de nos alertar para o fato de como agiríamos em casos semelhantes.

Excelente leitura para quem gosta de tramas passadas em tribunais. Uma surpresa agradável para mim que sempre gosto de bancar a detetive e nesta história pude testar minha capacidade dedutiva novamente.

Vale a pena conferir e apreciar. Um ótimo entretenimento.

Deusani0 10/03/2021

Nossa
Esse livro é um pouco parado, porém muito bom.
Eu assisti q série primeiro e só fui ler pois fiquei sabendo que o final no livro era outro... que me surpreendeu muito.
Como pode uma mãe fazer o que ela fez.
Gostei muito e recomendo pra quem gosta de um suspense

luquescunha 23/05/2020

Inesperado e sem final
Jurava que o final ia ser bem explícito com um super twist de quem matou o Ben mas não foi isso que aconteceu. Pra mim o Jacob foi culpado pelas duas mortes que acontecem e mereceu o final que teve. Laurie tadinha, surtou toda e já era de esperar. Andy, mais cego que eu, ficava defendendo o caralho desse menino. Acabou do nada. Sem relevar muito o futuro de Andy ou Jacob.

Helder 27/08/2013

Tema importante
Um livro quase todo morno, mas que discute um tema muito importante.
Muito difícil fazer uma resenha deste livro sem spoilers, mas vou tentar.
Numa pequena cidade americana acontece um crime: Um adolescente de 14 anos é esfaqueado em um parque. Andy Barber, por ser promotor, logo é avisado do acontecido e descobre que a vitima estudava na mesma escola que seu filho, aliás na mesma sala.
Começa um clima de tensão, e as descrições do autor nos mostram o clima reinante nas escolas americanas pós Columbine. Professores se trancando em sala com seus alunos, pais desesperados vindo buscar seus filhos, sem saber se o terror esta ao lado ou não.
Andy e Laurie também tem medo de que seu filho esteja correndo perigo, porém, de repente Jacob, o filho, passa a ser o principal suspeito do crime. E haja esquisitice para Jacob. Solitário, nerd e viciado em sites estranhos. Culpado ou inocente? Leia e descubra.
Além da verdade, você vai se descobrir no lugar de um pai e se perguntar: o que eu faria?
O amor de um pai para um filho é uma coisa indescritível. Ele nasce junto com o nascimento de seu filho e vai crescendo de maneira exponencial, a cada evento do pequeno que vamos presenciando.
Mas como enxergar que o mundo não é tão perfeito como imaginamos? Pode nosso filho não ser toda a perfeição que imaginamos? Nosso filho é tudo aquilo que imaginamos ou é somente uma imagem idealizada??
Eu digo que o livro é morno, pois não tem tantas reviravoltas cinematográficas como um livro de John Grishan, mas ainda é o tipo de livro que vai te pegando e te sugando para dentro da estória e vai te machucando aos poucos. Este livro está mais para filme de tribunal, do que de aventura, e nisso ele é perfeito também, pois durante o julgamento, Andy vai narrando os fatos em primeira pessoa e dando dicas de como se comporta um advogado de tribunal. Isso engrandece muito a leitura.
E por fim temos o incrível final inesperado e em minha opinião perfeito. Quem realmente está sendo julgado? Quem realmente é culpado? As ultimas 40 páginas são simplesmente viciantes.
Recomendo a leitura a todos, e principalmente para os que têm filhos, para que possamos ser capazes de enxergar o mundo em todas as suas fraquezas e mesquinharias, por mais cruéis que estas sejam.

Vivs | vivsbookshelf 01/03/2021

Um thriller jurídico para ficar revoltado com o narrador
A proposta do livro é muito boa e tem personagens interessantes. Mas no meio do livro a narrativa fica um pouco arrastada, acabei até pegando uma raivinha do personagem Andy, pai de Jacob, que é o narrador da história.

As reviravoltas foram boas, mas o plot twist final, me deixou um estranhamento e um pouco perplexa, porém entendi os motivos. De qualquer forma, o livro ainda expõe como é falha a justiça e deixa a gente duvidar de muitas coisas. Mostra também como um bom trabalho de um advogado, pode mudar toda a história. Inocente até que se prove o contrário...

Bea Duarte 15/04/2024

Começo é bem chato e cansativo, do meio para o final que foi desenrolando e me prendendo.

É uma história difícil, onde vc se coloca no lugar de pais.
Defenderia seu filho mesmo sabendo quem ele é realmente ? Ou tamparia os olhos e não conseguiria acreditar que seu filho possa ser culpado ?

Eu esperava que Jacob fosse condenado, mas a história acaba com um final aberto. Onde vc leitor, é o juiz.

Não imagino o quanto Laurie sofreu, o quanto seu amor por seu filho a destruiu, não conseguindo suportar ver que seu filho se tornou um assassino. E por isso fez o que fez... ??

Renata CCS 12/11/2014

Será que o amor incondicional de um pai pode ofuscar seu senso de justiça?
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"Mama, just killed a man / Put a gun against his head / Pulled my trigger, now he's dead / Mama, life had just begun / But now I've gone and thrown it all away." Bohemian Rhapsody (Queen)


Andrew Barber é um procurador- adjunto na cidade de Newton, Massachusetts. Mora com a família em seu mundo perfeito, em uma linda casa de cercas brancas e com jardins bem cuidados. Um marido apaixonado e pai zeloso, Andy é um homem responsável que esconde da família alguns fantasmas do passado. Sua esposa, Laurie é uma espécie de conselheira da sociedade, a quem todos escutam e respeitam. Professora formada, Laurie abandonou a profissão para cuidar do filho, Jacob, quando ele estava com apenas quatro anos de idade. Jacob, agora com quatorze anos, é um típico adolescente isolado do mundo e pouco comunicativo. Tem poucos amigos e vive fechado no quarto, gosta de inventar e escrever histórias e vive navegando na internet. Enfim, uma família comum.

Quando o corpo do jovem Ben Rifkin de apenas quatorze anos é encontrado esfaqueado num parque da cidade, Andy Barber decide assumir o caso. Contudo, Andy é surpreendido. O crime não muda apenas toda a rotina de sua cidade, mas também atinge diretamente sua família, já que seu filho Jacob é considerado o principal suspeito da morte do garoto.
Narrado em primeira pessoa, EM DEFESA DE JACOB nos apresenta todos os acontecimentos pela voz de Andy, o que confere um ritmo delicado à leitura, mais brando, pois é o sentimento do protagonista como pai que está exposto. É um texto muito passional, cheio de ponderações e reflexões, pois Andy acredita – com todas as forças – na inocência do filho.

Testemunhamos o empenho de Andy para manter sua família unida e a relação de cumplicidade com Laurie, mas o relacionamento fica balançado com as dúvidas da esposa em relação ao filho. Em toda a obra identificamos este conflito: a fé sem limites de Andy na inculpabilidade de Jacob e as suspeitas levantadas, diversas vezes, por parte de Laurie.

A disputa entre o sistema judiciário e o amor incondicional de pai é muito bem administrada pelo autor. O fato de William Landay ser um ex-promotor ajudou, sem dúvida, na organização de idéias e elaboração da narrativa. Há uma transição entre presente e passado que ocorre com muita naturalidade e o uso de trechos transcritos de sessões de julgamento, frequentemente entrelaçados à narrativa de Andy, cria uma ambientação perfeita e ritmo certeiro do romance de tribunal.

Ainda assim, o maior mérito de Landay, em minha opinião, está na narrativa em primeira pessoa de Andy, pois não sendo ele um narrador imparcial (é pai e promotor), ficamos em suspense a maior parte do tempo, sendo conduzidos por uma história repleta de incertezas. Em nenhum momento nos é apresentada alguma prova conclusiva da culpa ou inocência de Jacob. A defesa de Jacob feita pelo pai é tão passional e inflexível que ficamos até com receios em visualizar este mundo através de seus olhos apenas. Andy defende Jacob. Ponto. E é isso que o torna um personagem tão envolvente, pois colocamos nossos princípios e valores em cheque: até que ponto conhecemos um filho e até onde estamos dispostos a ir para defendê-lo?

São muito interessantes e polêmicos os temas abordados: a capacidade do homem em cometer um assassinato é um ato não pensado em um momento de fúria, é uma conseqüência da criação e do meio em que vive, ou ainda, há uma predisposição genética? Sem dúvida, foi uma leitura muito cativante.

Antes de ser um romance jurídico ou policial, EM DEFESA DE JACOB é um romance sobre a família, sobre as relações de confiança, cumplicidade e dúvida. É um livro que provoca desassossego e perplexidade até as últimas páginas.

Recomendo muito!

Júlia Andresa 19/10/2014

Sem palavras
Aviso logo que tem spoiler e eu não sei fazer uma resenha.
Antes de tudo, é um livro excelente, recomendo.
Em relação à estrutura, ele é muito bem escrito, com personagens e cenários bem construídos, a história é ótima e os detalhes são perfeitos.

Eu ainda não sei descrever como me senti ao acabar de ler, já li diversos livros com reviravoltas e finais surpreendentes, mas nenhum é como esse. Eu realmente esperava que, no fim, o autor virasse narrador observador e contasse o que realmente aconteceu ao Ben, ou à Hope (e que o Jake não tivesse nada a ver com os crimes). Porque, a perspectiva do pai dele é tão crédula, mesmo contra todos os fatos, que eu segui (e continuo seguindo) com a dúvida, e faz a mãe do Jake parecer desequilibrada. E o final só aumenta essa ideia.
Não fico tão chocada assim desde o último ep. da série How I Met Your Mother.
E é por isso que vale a pena ler, são pouquíssimos livros que deixam essa pulguinha atrás da orelha do autor.

Larissa 17/08/2020

Expectativas frustradas
Eu fui achando que um tipo de história e no fim, foi outra completamente diferente. O thriller em questão, em determinado momento, se torna mais um drama familiar do que de fato, uma história criminal. O narrador, Andy, me incomodou bastante com seus pensamentos e atitudes mas o que mais me incomodou foi não ter conseguindo sentir apego por nenhum personagem. Não cheguei nem mesmo a torcer pelo Jacob ou a simplesmente, julgá-lo de alguma forma porque ele aparecia tão pouco que muitas vezes eu esquecia até que o livro e a história era sobre ele. Todas as vezes em que ele falava alguma coisa eram coisas descartáveis, pouco úteis para o desenrolar da história. E por falar em coisas descartáveis, pra que narrar com mínimos detalhes tantas coisas sem importância? Teve momentos que o Andy estava descrevendo como era o tribunal, a aparência das paredes... Qual a necessidade disso? Realmente não precisava. E o final foi completamente corrido. O plot não me surpreendeu mas mesmo se tivesse me surpreendido, eu realmente não sentia apego por nenhum personagem então isso não me impactou de nenhuma forma.

Infelizmente, esse livro não rolou pra mim. :( Mas vou assistir a série pra ver se, nesse caso, a adaptação será uma experiência melhor.

Guacira.GonAalves 10/08/2020

Ainda tentando assimilar o desfecho dessa história!
Um julgamento dentro de outro julgamento. Um narrador não confiável, com pensamentos humanos desprezíveis. Uma convicção inabalável na inocência do filho. Posso dizer que gostei.

Ket 24/08/2020

O Anjo malvado?
Em "Em defesa de Jacob" vamos acompanhar a história do promotor Andy Barber que toma para si a incumbência de investigar o assassinato de Ben, um garoto de 14 anos, colega de escola do seu filho Jacob. Porém, logo após o inicio das investigações, Andy é tomado de surpresa quando evidencias encontradas na cena do crime indicam que o seu amado Jacob pode ter tido algo a ver com o crime. Em uma reviravolta, Andy passa de Promotor do caso, para pai do Réu!

Esse é um livro que vai brincar muito com nossa percepção do ser humano e nossas crenças na bondade que achamos ser intrínseca de crianças e jovens. Será mesmo? Contado em primeira pessoa pelo Andy, defensor ferrenho do filho, em vários momentos da história nossa lealdade muda de lado. Assuntos como o gene assassino e a maldade são levantados ao longo da narrativa e servem de base para que nós leitores escolhamos um veredicto. Jacob por sí só é um personagem que nem sempre eu consegui defender durante a história. Sua frieza e aparente falta de empatia me fizeram pender para o lado culpado várias vezes! E o próprio Andy é um personagem de quem eu duvidei desde o inicio: ele destila uma arrogância impossível de ignorar. Seus ataques constantes à Promotoria (do qual ele fez parte durante anos), nem sempre me pareciam apenas uma defesa do filho e sim uma soberba em relação a sua superioridade como Promotor. No fim das contas, na minha opinião, pai e filho eram iguais.

O final da história dá uma volta de 360 e nos entrega uma surpresa enorme! Gostei muito da narrativa e o enredo fluiu maravilhosamente. Só não levou nota máxima porque eu senti a falta de um foco maior na mãe de Jacob, Laurie, que é extremamente importante para o plot principal.

San... 15/04/2013

Há tempos eu não lia um livro assim apaixonante. O livro trata do julgamento de um menino de 14 anos, acusado de assassinar um colega de escola. Mas não trata apenas disso. Trata das relações familiares e traÇa um quadro, no mínimo, interessante. Pais ou mães entenderão exatamente do que o livro fala e serão capazes de enxegar, nas entrelinhas, as nuances complicadas do amor. As atitudes que se tomam, frente aos problemas dos filhos, não dizem respeito apenas aos sentimentos nutridos, ao desejo de um filho perfeito, à negação das imperfeições, ao dever e responsabilidade de defender aqueles que concebemos. Tais atitudes, embora reflitam nossa forma de amar, determinam a extensão de onde chegaremos, de até onde vai nossa capacidade de luta.
Há um trecho no livro, onde Jacob, o menino acusado, fala sobre Buenos Aires com seus pais. O peso da ternura, a extensão do amor contido ali é de arrebentar o coração.
Ao término da leitura posso dizer que compreendo perfeitamente as opções tanto do pai quanto da mãe de Jacob, mas não ouso dizer como eu reagiria num caso desses. Porque, para determinar minha reação eu precisaria estar vivendo uma situação similar e rezo para que isso nunca aconteça.