Thais 26/12/2015Como podem ver não sou o tipo de leitora que descrimina o livro quando o assunto é biografia, ao contrário, eu até gosto desse tipo de leitura. Acho incrível conhecer histórias reais também, e ver como uma pessoa (de carne e osso) assim como nós, passou por momentos complicados em sua vida, lidou com as dificuldades e ainda saiu disso tudo com uma boa mensagem a passar.
Lógico que se tratando de biografias não tem como você não selecionar a daquelas pessoas pela qual você mais se afeiçoa, como um ídolo da música ou do cinema por exemplo. Eu já resenhei vários livros desse tipo aqui no blog, mas no meu caso acabo optando por aquelas que trazem uma história de vida realmente interessante, pela qual eu tenho interesse em saber os detalhes.
Em 'Chaves: A História Oficial Ilustrada', posso dizer que o maior foco está na carreira de Bolaños, do que na sua história de vida pessoal. É óbvio que a narração passa por momentos importantes da vida do ator, contando sobre seu nascimento, o falecimento de seu pai e seu envolvimento com Florinda Meza, enquanto ainda era casado.
O que realmente me chamou a atenção e fez querer ter o livro em mãos, é o fato do meu namorado até hoje ser vidrado em Chaves. Achei interessante dividir isso com ele, e agora que finalizei a leitura estarei dando esse exemplar de presente.
O livro é realmente voltado para o publico fã de Roberto Gómes Bolaños, algumas informações inclusive já fazem parte do conhecimento dos fanáticos pelo ator. Já para aqueles que não tem essa proximidade com o famoso Chespirito, acaba sendo interessante descobrir como sua carreira vai muito além dos seriados Chaves e Chapolim Colorado.
A obra conta com 208 páginas, entre elas temos um jogo de perguntas e respostas onde o ator revela coisas como o que o faz chorar, qual seu maior sucesso e o que lhe falta para ser completamente feliz. Além disso, metade do livro é preenchido por fotos tiradas ao longo de sua vida, junto a amigos e familiares.
Como a maioria de vocês sabem, em Novembro de 2014, tivemos o falecimento de Bolaños. E o que mais me comoveu nesse livro foi a ultima imagem/página, onde ele menciona como gostaria de ser lembrado após sua morte: "Já me fizeram essa pergunta muitas vezes, mas nunca soube como respondê-la. Na verdade, não sou ambicioso, então, como quiserem. Mas, sobretudo, como um homem bom; não quero monumentos nem bela memórias, nem nada disso."
Enfim, mais do que tudo recomendo esse livro a todos os fãs de Roberto Gómes Bolaños. Ter essa obra é como ter uma pequena recordação daquele que nos divertiu e continua nos divertindo até hoje, em meio a reprises de episódios que sabemos de cor e salteado. E acredito que apenas um bom homem seria capaz de se ridicularizar (palavra citada pelo próprio Roberto em sua juventude) para levar alegria ao mundo.
Confira essa resenha no meu blog também - http://migre.me/swKHG
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