Gabi 20/02/2016
Para Sempre Alice: Resenha
Alice, uma professora de Harvard formada em psicologia é dotado de uma inteligência e de uma mente brilhante, lembra e sabe de coisas que apenas pessoas com QI super elevado conseguiriam lembrar. Casada com um cientista, também professor de Harvard, tem 3 filhos, entre eles: Anna, Lydia e Tom. Mantém uma vida pacífica entre trabalho e casa, mas sua "paz" é ameaçada quando em um dia ao sair para correr, se esquece o caminho casa, crendo que está na menopausa, por já ter seus 50 anos, ela não liga muito para os sintomas que estão começando a aparecer. Após vários esquecimentos, decide consultar um médico e descobre estar com Alzheimer precoce, fato que a leva a perder o emprego, uma parte considerável de seus 'amigos', palestras, e sua memória. Os remédios que toma desaceleram o processo e doença, porém ela já percebe a falta que sente de lembrar de nomes, rostos, ruas, sente falta de dar palestras, de conseguir ler sem precisar ficar relendo 5 vezes uma única frase, de conversar com o John (seu marido), sem se esquecer do que estão falando, de lembrar dos seus filhos, ela sente falta de sua antiga vida. Alice é uma mulher muito corajosa e encara a doença de frente, mesmo que esteja "regredindo no tempo", como muitos se referem aos que têm Alzheimer, ela aprende a lidar com isso é melhor forma. Aproveita seus últimos momentos da vida e marca a vida de todos, principalmente dos leitores.
O livro é uma descrição incrível da trajetória que um portador de Alzheimer tem para conseguir a relacionar com as pessoas e, principalmente, com a doença. O livro te leva a questionar o que você faria no lugar da Alice, ou de seus familiares e você se 'pega', muitas vezes, refletindo sobre a vida, sobre como deveríamos curti-la como se todo dia fosse o nosso último dia. É um ótimo retrato da doença Alzheimer e um história muito tocante.