Marighella

Marighella Mário Magalhães
Mário Magalhães




Resenhas - Marighella


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Elpidio 08/12/2012

Um livro indispensável.
Com a vida de Carlos Marighella servindo como fio condutor, Mario Magalhães nos leva a conhecer 40 anos da história das esquerdas no Brasil. Discute versões e histórias ainda mal contadas, como a participação dos dominicanos na morte desse líder da esquerda e a "traição" sob tortura. Tudo isso em um livro que ora faz rir, ora faz chorar. Um livro denso, repleto de informações colhidas em suas fontes primárias e, sobretudo, um livro apaixonante e escrito sem muitos adjetivos ou ilações. Imperdível para quem gosta de história, sobretudo aqueles que entendem que somente a informação, a boa informação, pode impedir que a história se repita como farsa.
Heloisa.Agibert 16/12/2021minha estante
Livro pesado , escrita histórica perfeita, aquela que nos foi negada pela ditadura. Amei.




Carolina 19/11/2013

Porque abandonei
A história é boa, mas o livro é muito maçante !!!!! A leitura é bastante pesada, por isso acabei abandonando o livro, mesmo estando interessada na história.
Liana 04/12/2017minha estante
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Felipe1503 21/01/2024

Marighella
Simplesmente a minha biografia favorita, além de ter me dado uma bagagem enorme sobre a história do Brasil, me apresentou o meu revolucionário favorito. Marighella é o retrato do que de fato é um herói nacional, que infelizmente foi injustiçado, mas que tem sua história registrada para mostrar que:?a única luta que se perde é a que se abandona?.
Gege 21/01/2024minha estante
? emocionante.




Roberta 26/11/2012

Vigoroso mergulho na vida de um personagem que simbolizou, como poucos, a vida por uma causa. Vibrante relato da história política brasileira dos anos 1930 a 1970.
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Luis 03/03/2013

Inventário da luta armada
Conheci o jornalista Mário Magalhães no mesmo dia em que conheci o também jornalista Lira Neto : Em maio de 2012, no lançamento do primeiro volume da trilogia de Lira sobre Getúlio Vargas, marcada por um debate entre o autor e a plateia, mediado por Magalhães. Naquela ocasião, fiquei sabendo da empreitada do autor carioca, a portentosa biografia de Carlos Marighella, o guerrilheiro mais famoso do pior período da Ditadura Militar, instalada em 1964.
Lançado poucos meses depois, “Marighella- O Guerrilheiro que incendiou o mundo”, traz pouco mais de 700 páginas narradas em ritmo de trillher, talvez, contrariando a aparente imagem que guardei do autor, um intelectual algo frio e distante, incapaz de expressar emoções pessoalmente ou por escrito. Ledo engano. O que não falta à “Marighella” é emoção.
A começar pelo capítulo inaugural, que já havia sido publicado pela revista Piauí, meses antes do lançamento da obra. Magalhães descreve, com tintas cinematográficas, a tocaia armada pela polícia em 1964 para pegar o revolucionário que havia marcado “um ponto” em uma matinê de um cinema tijucano. Com a sessão repleta de crianças, Marighella é cercado pelos policiais que interrompem a projeção e acendem a luz da sala aos gritos. O (futuro) guerrilheiro é baleado em meio ao pânico que toma os demais espectadores. Mesmo ferido, ele luta contra seus algozes e , só a muito custo, é dominado por pelo menos 4 policiais, até ser jogado no “tintureiro”, sob o testemunho de vários populares que se aglomeravam na calçada do cinema.
Não foi a primeira prisão de Mariguella.
Nascido em 1911, na Bahia, primeiro filho de um imigrante italiano e de uma mulata típica da boa terra, desde cedo mostrou a sua personalidade contestadora e incomum. Aos 18 anos, respondeu em versos à uma prova de física no Ginásio da Bahia, em episódio que viraria lenda :
Doutor a sério me permita,
Em versos rabiscar a prova escrita.
Espelho é a superfície que produz,
Quando polida, a reflexão da luz.
Há nos espelhos a considerar,
Dois casos quando a imagem se formar.
Caso primeiro : um ponto é que se tem;
Ao segundo objeto é que convêm.
Seja a figura abaixo que se vê,
O espelho seja a linha beta cê.

Em 1932, toma parte na grave de estudantes que exigiam o adiamento dos exames no ginásio. No confronto com a polícia, gritam slogans a favor da revolução paulista daquele ano. Foi preso pela primeira vez. Pouco tempo depois, já na faculdade, abraça o comunismo, causa que o mobilizaria pelo resto da vida.
Com o fracasso da Intentona de 1935 e a consequente onda de repressão ao PCB, entra para a clandestinidade se constituindo em um dos membros mais ativos do partido até ser preso novamente pelo Estado Novo, em 1939. Ficaria preso quase seis anos.
Em 45, com a volta , ainda que provisória, dos ventos democráticos, o PCB torna-se uma entidade legal, elegendo vários deputados para a constituinte de 46. Marighella entre eles. Seria a sua única experiência na política regular. O livro trata em detalhes desse período, fazendo inclusive uma avaliação crítica sobre as inter-relações entre os membros da esquerda, o que, num futuro próximo, seria causa de rupturas e dissidências sem fim.
Com a nova rasteira levada pelos comunistas, no fim dos anos 40, o revolucionário volta para a clandestinidade. Aproxima-se do movimento sindical e acompanha de perto a relação dúbia do partido com o governo legal de Vargas.
A terceira e mais importante parte do livro, trata do período pós 1964, quando as esquerdas se dividem ainda mais , marcando adesão ou não à luta armada. Mariguella assume a segunda opção de forma plena.
Magalhães conta em minúcias todo o processo de formação dos grupos armados que passariam a protagonizar a oposição à ditadura. Mariguella se dissocia do PCB, funda a ALN (Ação Libertadora Nacional) e passa a ser encarado como o inimigo público número 01. O autor desvenda os bastidores não só da ALN, mas também dos demais grupos (VPR, MR8, Colina), traçando um perfil humanizado dos principais personagens e não se furtando de, sempre apoiado por farta documentação, descrever a ação da repressão nos porões da tortura. Causa espécie os relatos que incluem variedade impressionante de agressões : choques elétricos nos órgãos genitais, pau de arara, agulhas sob as unhas, introdução de baratas no ânus, etc. Infelizmente, tudo verdade.
A trajetória de Marighella chega ao fim no famoso episódio da Alameda Santos, em São Paulo, em novembro de 1969. O Guerrilheiro é tocaiado pela equipe do delegado Fleury, o facínora que comandava a Operação Bandeirantes, iniciativa financiada por empresários simpáticos ao regime e que tinha por objeto a eliminação pura e simples dos grupos da luta armada. Marighella foi o seu maior troféu.
Passados tantos anos de seu desaparecimento e já há quase três décadas desde o retorno ao regime democrático, a obra de Mário Magalhães cumpre a importante função de resgatar parte fundamental de nossa história.
Olhando para trás, há, pelo menos, o consolo de saber que o sangue de Marighella e de seus companheiros não foi derramado em vão.
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Ca 25/03/2013

Maravilhoso
O livro é incrível, retrata de forma bastante elucidativa a trajetória deste homem que praticamente passou toda a sua vida defendendo a sua ideologia política.
A obra descreve também uma parte importante da história do país, principalmente sob o nascimento da esquerda e sua trajetória.
O autor diz que procurou mostrar a verdade da história de Marighella, não o colocando como herói ou vilão, mas sim contanto como foi sua vida, que foi sim marcante para o país.
Para mim está mais para herói.

Recomendo Muito
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Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Mariguella: o guerrilheiro que incendiou o mundo – Mário Magalhães
“Em tempos de guerra, mentira é como terra.”
*
“A obsessão com o espectro subversivo estimulou um burocrata de Brasília a interditar o consumo de vodca (o Leste Europeu destilava as supimpas) e o Dops carioca a interrogar sobre o grego Sófocles, tomando-o como um dramaturgo vivo, e não falecido quatro séculos antes de Cristo.”
*
“Marighella vaticinou: “A ditadura surgiu da violência empregada pelos golpistas contra a nação, e não pode esperar menos do que a violência por parte do povo”.”
*
Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2013/11/mariguella-o-guerrilheiro-que-incendiou.html
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Kein 02/02/2014

Não somente Marighella...
Não é só um relato sobre a vida de Marighella, mas como também traz fortemente boa parte da história da esquerda no Brasil, isso talvez traga para o livro aspectos bons e ruins. Bom, pois acrescenta ao leitor mais informações sobre o comunismo no Brasil e como nosso país se encaixou nesse levante comunista mundial, mostrando desde os mais pequenos detalhes sobre a vida dos guerrilheiros até suas expansões para Cuba e União Soviética, por exemplo. E ruim, pelo motivo de se perceber que Mario Magalhães empaca o texto com diversos nomes de envolvidos e detalhes que parecem tentar justificar sua vasta pesquisa. Ao primeiro momento, isso pode encher os olhos, mas com o tempo torna o texto confuso e pesado com o acréscimo de tantas pessoas que influenciaram pouco ou quase nada na história. Por conta disso, acabei demorando demais para terminá-lo, pois fiz questão de só ler um capítulo por dia visando não se perder na leitura por conta de um simples cansaço.
A escrita de Mário Magalhães é realmente muito boa, em dados momentos se vê que quase poetiza belamente em cima da história de Marighella, tornando-o um personagem totalmente carismático aos olhos do leitor, de uma forma um tanto tendenciosa. Mas vai do leitor ter um lado crítico para não cair para o lado da idolatria.
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ThelioFarias 14/04/2015

A biografia do escondido
Mariguella passou praticamente sua vida escondido. Mesmo assim, Mario Magalhães escreveu uma linda biografia desse grande brasileiro, mundialmente famoso. Poeta, deputado, homem simples, guerrilheiro, honesto, enfim, um desconhecido que merece as luzes da história.
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Daniel Rolim 15/11/2017

Só espero que o autor tenha retratado Marighella como ele foi, um guerrilheiro que queria desbancar uma ditadura para implantar outra em seu lugar.
O mais triste é a juventude e classe artística nacionais terem como ídolos falsos heróis de esquerda ou de direita, Che Guevaras, Marighellas e Bolsonaros da vida. Deviam se espelhar em Alberto Santos Dumont, inventor do avião e de inúmeras outras coisas, ou Thomas Edison, detentor do maior número de patentes de invenção da história, inventor da lâmpada e um dos fundadores da General Eletric, pessoas que realmente melhoraram a vida de todos nós.
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Eduardo Pedro 19/02/2019

Sempre gostei de ler biografias e ainda gosto, independente de quem seja o biografado, nesse caso se trata de uma figura maldita para muitos e para outras uma figura inspiradora, confesso que na minha adolescência admirava muito Marighella assim como Che, Fidel, Trotsky,Lenin etc, mas hoje tenho repulsa por todos eles.
O livro é bom, bem pesquisado algumas partes são maçantes e bem detalhadas de fatos que aconteceram nos anos de 68 e 69, meu foco hoje é a literatura e não tem como, ao estudar literatura brasileira figuras como Marighella, Pagu etc aparecem em meio a outros escritores da época.
Boa parte da classe artística do Brasil era filiada ao partidão (PCB), principalmente escritores como Jorge Amado, Drummond, Graciliano etc, alguns trechos do livro soam bem engraçados e inusitados como esse:


“O pecebista Dalcídio Jurandir e o ex-comunista Carlos Drummond de Adrande saíram no tapa pelo direito de atas. Com a paciência esgotada, Graciliano Ramos subiu numa cadeira e se esgoelou
Vão todos à puta que os pariu!”
Pagina 207

A biografia é boa em seu conteúdo, não admiro em nada o que Marighella fez ou o legado que deixou mas ainda sim é bom ler para tentar entender um pouco as épocas conturbadas do Brasil.
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Daniel432 02/11/2019

Armas e Poesia
Quando leio uma biografia, minha maior atenção é quanto à imparcialidade do autor. Um autor parcial, seja a favor ou contra o biografado, faz com que a biografia perca muito do seu valor pois fatos importantes podem ser distorcidos ou ocultados. Por isso não faço questão de ler autobiografias, apesar de ter lido algumas.

Mário Magalhães cometeu alguns deslizes mas tratou o biografado com imparcialidade. Apontou o carisma aglutinando pessoas ao seu redor e até seu lado poético (coisa que eu, nem de longe, imaginava) utilizado, muitas vezes, de forma sarcástica, mas também apontou erros de avaliação da conjuntura em atitudes tomadas por Marighella, sendo a mais importante a insistência na instalação da guerrilha rural, e também erros táticos, sendo o mais importante o que resultou na sua morte. Essa foi a maior descoberta que fiz sobre Marighella nesse livro, ele trabalhou com armas e poesia.

Quantos aos deslizes do autor, ou melhor o deslize, relaciona-se com a forma que apresentou as notas. São 112 páginas sem nenhuma informação adicional ao texto do livro, somente referências a documentos, jornais, livros, depoimentos que corroboram o assunto tratado.

O outro deslize tem que ser visto com reserva pois há fatores que escapam do poder do biógrafo. Trata-se da necessidade do autor, em muitas vezes, contextualizar o ambiente em que Marighella estava inserido e agia, tais como o ambiente político do Estado Novo, durante o segundo governo de Getúlio Vargas e, principalmente, durante o período que antecedeu o golpe militar de 1964. Contextualizado o ambiente político, o autor viu-se na premência de esclarecer o papel de outros personagens históricos. Tais situações fez com que, muitas vezes, a biografia se afastasse do biografado. Outro fator incontrolável por parte do autor e explicitamente citado pelo autor ao final do livro é a ausência de registros sobre a vida do biografado já que grande parte de sua vida viveu na clandestinidade, escondido, apagando seus rastros. Quanto a esse deslize, não posso atribuí-lo ao autor.

Finalizando, esta biografia serviu para aumentar meus conhecimentos sobre o período ditatorial-militar no Brasil e, principalmente, para mostrar que Marighella não se insurgiu somente nesse período (essa era a minha visão), mas sua vida política e de resistência começou em 1935 no movimento que ficou conhecido como Intentona Comunista.

Depois dessa resenha, claro que recomendaria a leitura dessa biografia!!!

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