Selvagens

Selvagens Don Winslow




Resenhas - Selvagens


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Saleitura 15/05/2013

by Marcelo Daltro
Em uma engenhosa combinação entre o suspense carregado de adrenalina e a reportagem policial, Selvagens é um thriller eletrizante com críticas afiadas ao estilo de vida americano e a questão dos imigrantes mexicanos. Sexy e provocante, a ficção de Don Winslon foi eleita um dos melhores livros do ano pelo New York Times e inspirou o filme homônimo dirigido por Oliver Stone, com Benicio del Toro, Aaron Johnson, Taylor Kitsch, Salma Hayek, Blake Lively e John Travolta no elenco."

Algumas vezes o título consegue realmente sintetizar a obra. No caso de Selvagens de Don Wilson, este é o caso. O ritmo da narrativa é fácil, veloz, e prende a atenção do leitor, você nem percebe e já terminou a leitura. Entretanto, o tema apresentado não é simples. Uma mescla de thriller policial, violência, sexo e drogas, drama "shakesperiano", uma crítica ácida ao modo de vida americano/californiano/mexicano e uma análise social da conturbada relação histórica entre EUA e México e dos próprios imigrantes legais ou não.

Algumas vezes o título consegue realmente sintetizar a obra. No caso de Selvagens de Don Wilson, este é o caso. O ritmo da narrativa é fácil, veloz, e prende a atenção do leitor, você nem percebe e já terminou a leitura. Entretanto, o tema apresentado não é simples. Uma mescla de thriller policial, violência, sexo e drogas, drama "shakesperiano", uma crítica ácida ao modo de vida americano/californiano/mexicano e uma análise social da conturbada relação histórica entre EUA e México e dos próprios imigrantes legais ou não.

O livro não é maniqueísta, as falhas de caráter que assinalam a própria humanidade dos personagens, é o que nos cativa. A espiral que eles se encontram ao longo da trama, a decadência de uns e a ascensão de outros, depois do sequestro de O., quando o "mundo perfeito" deles rui ao enfrentar uma oposição severa e determinada, o "mundo real", nos prende e ficamos na expectativa da resolução da negociação do impasse, que a partir deste ponto passa a ser o destaque principal, rumo ao embate decisivo.

O final, selvagem, mesmo não sendo surpreendente, não chega a ser previsível. É emocionante, sendo uma escolha bem acertada do autor com a trama apresentada.

Um excelente livro, que agradará inclusive os leitores que não são fãs habituais do gênero.


Resenha by Marcelo Daltro

link post na Saleta de Leitura

http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/05/resenha-do-livro-selvagens-de-don.html
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Jeniffer 03/05/2013

Quando solicitei Selvagens de cortesia para a editora já sabia que seria uma leitura diferente, mais 'pesada' já por ter lido a sinopse, mas queria algo diferente mesmo e não me decepcionei com a escolha. Por mais que esse tipo de livro não traga um enredo que sempre me atraia ou que esteja entre os meus preferidos, a leitura foi muito boa, de um livro muito inteligente.

Ben e Chon são grandes amigos, compartilham o amor de O., na verdade, Ophelia. Eles são jovens, ricos, e tem personalidades diferentes: Ben o pacifista, o zen, o budista. Chon, ex-mercenário, cara de poucos amigos e que tem uma filosofia muito mais simples do que Ben. E O. a garota com tatuagens de golfinho, que não recebe aprovação e atenção de Rupa, Rainha do Universo Passiva-Agressiva, sua mãe, que não se chama assim na verdade. Eles, Ben e Chon, estão no mercado da venda de maconha, mas uma maconha diferente das demais, produto bom já que Ben é biólogo e entende do assunto; mas agora precisam enfrentar o Cartel de Baja, do México que pretende fazer 'negócios' com os dois e caso não ocorra um acordo, cabeças irão rolar. Literalmente.

Coisas ruins vão acontecer, a questão é saber quando. Deveriam bordar isso na bandeira.

Selvagens tem um enredo simples, mas com personagens nada superficiais e uma narração também nada superficial. A narração na verdade é bem simples, fora as referências que é contida ao longo da trama, que me deixou algumas vezes confusa por não entender, mas no geral, a narrativa é simples contendo muita informação, meio paradoxal?! Talvez.

Ao longo da narrativa conhecemos mais de cada personagem envolvido e também sobre o ambiente em volta deles. O autor parece nos explicar de uma forma bem humorada e várias vezes sarcástica a forma como tudo ali funciona. Em relação à venda de drogas, ao Cartel, ao negócio de Ben&Chon, à fronteira, ás diferenças entre americanos e mexicanos e nos faz ter uma leitura mais aprofundada sobre tudo isso, fazendo-nos ver de perto o que pode e está errado nisso tudo.

Não é um livro leve, mas em algumas partes é até divertido. Por incrível que pareça, no meio disso tudo, ainda encontramos 'romance', de um jeito diferente, claro. As reviravoltas em relação ao sequestro e ao o que os dois amigos precisam fazer para resgatar O. das mãos do Cartel é o ponto alto da trama e a apreensão é grande para saber como tudo isso irá terminar.

Enfim, Selvagens é mais do que recomendado a quem quer uma leitura diferente, inteligente e com ação, não de um filme hollywoodiano clichê. A edição está perfeita, a editora não deixa erros ortográficos e a capa com o cartaz do filme facilitou a leitura na hora de imaginar alguns personagens, não todos, claro. Dou ênfase à narração mais uma vez, é diferente de uma forma muito boa.
É um livro selvagem, sobre selvagens.

Publicado originalmente em: http://mon-autre.blogspot.com.br/2012/10/resenha-selvagens.html
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Amanda 22/02/2013

Selvagens - Don Winslow
"Eleito um dos melhores livros do ano"? New York Times, Entertainment Weekly e Chicago Sun-Times estão precisando ler mais.

O livro é extremamente apelativo, o autor é um dos piores (baseando-me apenas neste livro de sua autoria) que já li e a linguagem é esdrúxula. Comprei o livro porque gostei da história, mas se soubesse que a decepção seria tão grande, teria simplesmente visto o filme.

Leio pra aprimorar meu vocabulário e meus conhecimentos, não pra ler um "vá se foder" por página. Não recomendo!
ntampinha 28/11/2014minha estante
Também não gostei... Por estes e outros motivos. Já estou preparando minha resenha >.




Claudia Cordeiro 21/02/2013

Entre o livro e o filme... o filme é bem fiel, pouca diferença; a "O" do livro é mais interessante, a do filme é (minha opinião...) vulgar; o final do livro é melhor; o filme é mais chocante, violento.
Bianca 04/04/2013minha estante
No filme teve o mesmo final e mais um! Gostei mais da O. do livro e mais do Lado do filme!




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Gabii 23/01/2013

Livro que deu origem ao filme com o mesmo nome - eu ainda não assisti, mas uma amiga viu e não gostou muito - “Selvagens” é um livro com uma linguagem simples e direta, marcado por coisas como: sexo, drogas, armas, e mais drogas; o livro te leva para passear por diversos cenários e situações, e nos deixa de frente com uma fatia da sociedade americana, viciada, perdida e banal, que esta mascarada por uma rotina consumista e familiar.
A história gira em torno de dois traficantes de sucesso de Miami, que se veem sendo chantageados por uma organização criminosa do México, quando a mesma sequestra sua amada e divertida “O” (Ophelia). O livro é bem divertido, a narrativa oscila entre o humor negro e algumas parte picantes, fora os diversos momentos em que refletimos sobre o modo de vida de alguns americanos como eles se veem e veem o restante das pessoas.
Eu indico o livro, mas, ainda não o filme, por vezes o filme acaba não deixando transparecer o que tem de melhor no livro, o que acontece com grande frequência nas produções norte-americanas.
Visitem:
http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com
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Babi 22/01/2013

Savages: It means cruel, crippled, regressed back to a primal state of being....
Muita droga, muito sexo e muita morte. Pessoal quer mais o que?

A história se passa em uma cidade da Califórnia, Laguna, aonde Ben e Chon são produtores locais de maconha, e da boa, pois o Cartel de Baja, um dos maiores do México quer que Ben e Chon se afiliem com eles, pois os dois estão crescendo muito rápido e né, vamos manter os inimigos mais perto ainda.

Ai o porem, aceita ou da pra trás.

O livro em si é muito bom, super dinâmico, todos os personagens são interligados e nada é muito forcado, a forma que o Don conta as historias é algo muito diferente de tudo que já li, fora que ele lança varias filosofias de vida que me fez pensar muito.

Algo que eu achei estranho é como eles usam abreviações, para tudo, e acaba se tornando chato e dispensável. Não sei também se é problema com a editora ou o próprio autor escreve dessa forma, mas fica faltando pontos finais nas frases, apenas um detalhe.

Agora vamos para o filme né, porque foi por isso que li o livro, então, acabei de ler o livro e fui direto ver o filme.

Massssssssssssssssssssssssssssssssss, tudo que a gente coloca muita esperança acaba não dando certo, não é? O filme é muito longo, os personagens do Ben e Chon não combinam em nada, seja na aparência e nas atitudes, a personagem que seria a fodona é mo pau mandado e a O. é mo chorona.

Toda a trama teve diversas alterações nada a ver, e até o final, logico que o final do livro não é aquelasssss coisas, mas eu achei q valeu pela historia como um todo e o final fez jus com o que o autor propôs, mas no filme tudo mudado, tudo muito milagrosamente feito certo. Para vai.

Para quem vai ler o livro vale muito a pena! Mas deixa o filme pra lá para não se arrepender viu.
Flávia 22/01/2013minha estante
Oi, Bárbara! O livro, eu não gostei (depois,se quiser, dá uma lidinha na minha resenha aqui embaixo). No filme, a O. não me convenceu. O Chon eu consegui aceitar perfeitamente, achei muito bom, e o Ben ficou mediano. Achei a Rainha sentimental demais, mas notei que eles estavam querendo que ela criasse um laço afetivo com a O. E o final, bem, foi algo no qual fiquei muito decepcionada. Parabéns pela resenha, beijos




Flávia 22/01/2013

Selvagens, mas nem tanto.
O livro conta a história de três amigos, O. (sim, é uma menina), Ben e Chow. Três jovens da Califórnia que têm, digamos, uma amizade colorida (sim, os três) e um negócio nada lícito: o comércio de uma mistura especial de duas espécies de maconha, que torna-se o grande sucesso de lá, e desperta o interesse e a inveja do Cartel de Baja, um dos maiores do México. Narrado em terceira pessoa, a partir de um sequestro, a história desenrola-se.

Bem, desenrola-se não é exatamente o que acontece. Achei a história rasa, pois o autor escreve de forma coloquial demais, como se tivesse conversando com um amigo. Não me oponho a esse tipo de escrita, mas neste caso, não criou a carga dramática necessária para que o leitor pudesse se identificar. Os personagens não tiveram a profundidade necessária. Foi preciso que o autor deixasse algumas características bem explícitas, citando-as, para que pudéssemos compreender a personalidade deles.

O enredo é muito bom, envolve a guerra pelo controle da venda de drogas, a corrupção na Polícia, os informantes, as traições dentro do próprio Cartel, e uma pitada de romance. O autor faz críticas abertas sobre os governos americano e mexicano. E tinha tudo para ser um bom livro, é repleto de ironia mas foi contado da forma errada, que não me cativou. Quando li na contracapa “alucinante montanha-russa de reviravoltas” cheguei a desconfiar que estivesse lendo o livro errado. A única coisa que alucinou no livro foi a maconha (risos). No entanto, devo admitir, as últimas cinquenta páginas do livro foram de tirar o fôlego...

Honestamente, não sei pra quem recomendar. É uma história contemporânea, com sexo e violência. Quem gosta de uma escrita que mistura expressões, pensamentos de forma despretensiosa, talvez goste.
Eu não assisti ao filme, mas imagino que tenha sido bom, arrisco dizer que provavelmente deve ter sido melhor do que o livro.

A capa com a foto do filme ficou linda. A diagramação é excelente, o tamanho da fonte também. Ah! Folhas amarelas!

“Só posso controlar minhas ações, não as reações dos outros.”
Michelle Gimene 22/01/2013minha estante
"A única coisa que alucinou no livro foi a maconha"... hahaha.
O que me encantou no livro foi justamente o que você apontou como ponto negativo: o coloquialismo, as frases curtas, os cortes abruptos como se fossem tomadas de um filme. Para mim, funcionou bem.
Ah... e o filme não é melhor não. Tudo vai bem até quase o fim, quando botam um final alternativo horroroso.


Flávia 22/01/2013minha estante
Pois é, Mi. Eu acho superinteressante quando alguns autores usam essa forma de escrita, mas dessa vez, não me convenceu. Não consegui "entrar" do livro. Ontem fui assistir o filme, que imaginei ser melhor porque não teria essa narrativa coloquial. Achei bem legal quem eles colocaram para narrar. E estava indo tudo bem, até que, WHAT??? Os produtores, o diretor, (sei lá quem é responsável) não tiveram culhões pra sustentar o final!


Babi 25/01/2013minha estante
Oi Flavia, você já viu a minha resenha e viu que eu gostei do livro, acho que eu me surpreendi com a historia.

Foi difícil entender a forma de escrita dele, mas eu curto livros assim, mas me diga...pra que tanta abreviação?
E eu nunca acredito muito nas contracapas dos livros viu, eles enchem muito a bola e as vezes você acaba caindo com a cara do chão.

O filme foi a maior decepção do ano! E eu ri muito que a unica coisa que alucinou foi a maconha.


Flávia 25/01/2013minha estante
Pois é, não me adaptei a essa escrita.

É verdade, as contracapas sempre fazem propaganda enganosa. Como eu não gostei do livro por causa da escrita e no filme isso é eliminado, consegui achar razoável. Mas tem muitas falhas, a O. não convence, algumas coisas são mal explicadas.

hihihi, sobre alucinar, mas não é? hehehe
Beijos




Joles 09/01/2013

UAU!
É só o que consigo pensar depois de ler este livro. UAU!

Confesso que achei bem massante e difícil de prender a atenção na história no começo, mas ai vai ganhando corpo, e seguindo um rumo total e completamente diferente do previsto e UAU!

Esse final é digno de um prêmio. (minha opinião)

Não digo que a leitura seja difícil, mas não é tão fácil.
Mas realmente parece que o narrador fumou MUITA maconha, porque ele divaga sobre certas coisas e depois volta.

Quando chega a reta final: não consegui parar de ler até a ultima linha. A partir da página 243 em diante, fiquei tipo :O
Recomendadíssimo
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Hannah 05/01/2013

Resenha publicada no http://www.elasabemtudo.com/2013/01/resenha-selvagens.html

Esse livro deu origem ao filme de Oliver Stone que estreou no Brasil no 2o semestre do ano passado (2012).
O livro foi lançado lá fora em 2010 e só chegou por aqui em 2012, muito provavelmente por conta do filme, mas algo falhou ai, afinal o filme só ficou uma semana em cartaz.Talvez pela classificação (18 anos), pelo tema forte ou por falha de marketing mesmo.
Há 3 protagonistas na estória: Ophelia ou simplesmente O, Chon e Ben. Sim, além de melhores amigos eles também são amantes e têm um relacionamento aberto.
Ben e Chon comandam a venda de maconha em Laguna Beach, California. O Ben é o cérebro e Chon a força armada.
Ben é botânico, ambientalista, filantropo, de tempos em tempos abandona o negócio para ajudar projetos sociais em países do terceito mundo
Chon é ex-mercenário e foi integrante da ¨tropa de elite¨ da Marinha Americana (SEAL). Trabalhou no Afeganistão, que por sinal tem a melhor maconha no mundo.
Através de estudos, testes eles desenvolvem uma droga com qualidade como nenhuma outra e ameaçam os demais cartéis, apesar da produção deles ser pequena e controlada.
Ophelia é a garota bonita que conquista os dois, ¨California girl¨ e que adora fazer compras. Tem um relacionamento complicado com a mãe. Na verdade, a mãe não se preocupa com a ela.
No meio dessa briga, o cartel da mexicano da Baja comandado por Elena ou ¨ La Reina¨, (no filme Penelope Cruz), quer negociar com os rapazes e fazer uma fusão. Eles não querem, estavam pensando em largar tudo e ir morar no Sudeste Asiático e viver da renda dos investimentos do Ben.
Como Elena não aceita não como resposta ela manda sequestrarem O e asim Ben e Chon têm que ou pagar o resgate dela (o equivalente a fazerem negocios com o cartel dela por 3 anos, ou trabalharem com os mexicanos por 3 anos e só então a O será solta).
Eles criam um plano para conseguir o dinheiro necessário (aproximadamente 20 milhões de dólares) o mais rápido possível afinal acreditam que a O não sobreviverá muito tempo como refém. Eles decidem pagar Elena com o dinheiro dela.
Elena tem que mostrar a sua força foi o seu reinado está sendo ameaçado. Ela herdou o cartel quando o seu marido morreu, e os demais ¨trabalhadores¨ do cartel não a aceitam muito bem, são machistas e não conseguem lidar bem com ordens recebidas de uma mulher. Então ela tem 2 problemas, controlar os seus subordinados e e descobrir quem a está traindo e roubando o seu negócio, pois o primeiro pensamento dela é que há um vazamento interno. Ela não acredita que algum outro cartel teve a audácia de desafia-la.
O livro é narrado em terceira pessoa, a narrativa te prende do começo ao final. Não é possível determinar quem é o narrador. Não posso dizer nada da diagramação pois li em e-book.
O livro trata de temas fortes, tráfico de drogas, sexo, guerra de cartéis, violência e isso é retratado no filme. A única coisa que eu não gostei no filme foi o final.
Na verdade, Oliver Stone fez 2 finais para o cinema, o final do livro e um final, digamos, hollywoodiano. Tirando isso o filme foi bem fiel ao livro, claro que uma ou outra passagem foi modificada, mas é sempre bom ler o livro antes de ver o filme.
Só um detalhe: foi impossível ler o livro e não ficar com a música de abertura do seriado The OC na cabeça :)
Flávia 22/01/2013minha estante
Oi!! Senti falta de mais da sua opinião sobre o livro. E você quase que conta tudo, Jesus!!! rsrsrsrs. Sei que você gostou por conta das suas estrelinhas.


Hannah 22/01/2013minha estante
hehehehhe, achei muito bom o livro e prefiro mil vezes o Chon do cinema do que o do livro, bem, eu não o imaginei tão ¨bem apessoado¨ assim, me surpreendi com ele no filme, huahuanauahauaa

Mas pior q é verdade, eu fui escrevendo, escrevendo e dai percebi q tinha contado o livro.


Flávia 22/01/2013minha estante
Ué, mas com a foto na capa do livro, eu já sabia quem era o Chon. E a interpretação dele ficou exatamente como imaginava no livro. A O. que achei sem sal.


Hannah 22/01/2013minha estante
Eu li em ebook, nem vi a capa, hhahahahahaha.

A atriz que fez a O é muito sem sal... eca... achei ela péssima no filme.




M! 12/12/2012

Incentivo tipo Nike, Just do it!
"Entendeu?
Não, a não ser que você seja maconheiro, você não entendeu!"

Estava louca para sair da minha rotina literária e não podia ter feito em melhor estilo!
Selvagens é um dos melhores livro que eu li esse ano e recomendo muitíssimo.

Don Winslow criou personagens fortes e interessantes, carismáticos, cruéis, selvagens.

"Para um budista de meia-tigela, Ben pode ser rancoroso de tigela inteira!" (Chon)

Eu me apaixonei por Ben, apesar de Chon e seu "malportamento".
O. é o retrato da mulher moderna e sem pudor, mas sem aquele mimimi puritano. O. assume seu papel muito bem, obrigada.

Seus diálogos, apesar de poucos, são naturalmente fantásticos e despreocupados.
Uma leitura que não deve ser dispensada, com um enredo ágil e sangrento, meticuloso e contemporâneo.

O livro pra mim foi impecável e o final surpreendente, pois por mais que você saiba o óbvio, você torce para que o óbvio não aconteça!



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gleicepcouto 05/12/2012

Um ótimo retrato da (boa) literatura contemporânea norte-americana
http://murmuriospessoais.com/?p=5123

***

É completamente compreensível o interesse de Oliver Stone em dirigir um filme baseado na obra de Dan Winslow, Selvagens (Intrínseca). Desde a página um, o livro exala as características dos filmes que o diretor costuma dirigir: originalidade e dinamismo. Me arrisco a dizer que, se tivesse um pouco mais de sangue, Tarantino entraria na dança.

Mas falemos sobre a trama. Ben (ambientalista e filantropo), Chon (ex-mercenário e militar) e Ophelia (uma “alienada”, mais conhecida como O.) formam um trio diferente de amigos. Misturam amor, negócios e… Drogas. Juntos, ganharam rios de dinheiro na Califórnia vendendo um tipo especial de maconha, mega-hiper-sofistica, somente para os fortes e aqueles que aguentam o tranco da Viúva Branca Ultra (nome carinhoso como chamam a dita cuja). Droga esta, que o Cartel de Baja, no México, quer controle sobre.

A questão é que Ben e Chon estão felizes com o rumo de suas vidas. Não querem se misturar com essa gentalha barra pesada. Apenas querem continuar vendendo sua meconha megapower, mas sem complicações com a lei ou violência. Por isso, eles dizem não à oferta e afirmam não estarem dispostos a cederem à pressão dos traficantes mexicanos. Como represália, o Cartel sequestra O. A partir daí, a história se desenvolve em um nível alucinante, com os dois amigos tentando resgatar O. e, de quebra, solucionando o problema com o Cartel de Baja.


Eu não conhecia Don Winslow, mas depois de ler Selvagens, fui pesquisar sobre. Esse norte-americano, ex-detetive particular, já escreveu 16 romances de mistério e policiais. Bem, não sei quanto aos outros livros, mas em Selvagens, ele arrebenta.

A premissa é muito interessante, mas o que salta aos olhos é como ele conta a história. Sua narrativa é ágil, entrecortada, direta, contemporânea. Claramente, ele não tem medo de ousar com o uso de linguagem coloquial, onomatopeias, repetições, recortes no tempo e construções de frases/parágrafos/capítulos que fogem do comum – incluindo aí até estrutura de roteiro cinematográfico.

Os personagens acompanham essa originalidade e ambiguidade da narrativa. Apesar de surreais, de alguma forma, o leitor consegue criar vínculos com eles. Seja no caso da problemática O., ou no contraditório Ben, ou no esquentadinho Chon. Em todos eles há pontos de convergência com a realidade, e esse é o barato. A dinâmica entre eles é o caso clássico de três pessoas completamente diferentes, mas que se completam e respeitam o limite do outro acima de tudo. Os personagens secundários também são muito bem desenvolvidos, com histórias de background interessantíssimas, destacando a líder do Cartel.

A ação é vertiginosa. Dan não deixa o leitor respirar um segundo sequer. Tem sempre algo importante e louco acontecendo. Nem por isso, o autor deixa de lado o humor (com muita ironia e sarcasmo) para balancear a correria da história. O romance aqui é bem comedido e mais carnal, não espere sentimentos puros ou algo romântico. O foco mesmo é a aventura desses amigos, lutando contra o narcotráfico mexicano, de modo pouco convencional.

Dan ainda encontra espaço para criticar a sociedade. Basta ler com um pouco mais de atenção, que lá está nas entrelinhas: consumo exagerado, indústria da beleza, armamento norte-americano, guerras inúteis, polícia ineficiente, corrupção, e por aí vai…

Enfim, Selvagens é um ótimo retrato da (boa) literatura contemporânea norte-americana. Livros como esse é que me incentivam a continuar com o blog, sabe? É uma luz no final de um túnel repleto de enlatados produzidos em larga escala na atual indústria editorial.
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Isabel 01/12/2012

Essa coisa de ficção que fala de gente rica demais me irrita um pouquinho. É algo tão fora da realidade que as vezes é preferível ler um livro de fantasia bem viajado, como As crônicas de Nárnia, a algo cujo protagonistas, contrariando a tendência de quase todos os mortais, não precisam perder seu sono graças ao vil metal.

Esse foi o único defeito que encontrei em Selvagens, porque, de resto, o livro é basicamente impecável. Chon, Ben e Ophelia (doravante chamada de O. – ela detesta o fato de ser xará de uma personagem que se matou afogada) são amigos de vinte e poucos anos curtindo a vida no sul da Califórnia. Chon é ex-fuzileiro naval e uma máquina de matar; Ben é formado em botânica e administração por Berkeley e tem mais projetos sociais que Angelina Jolie e O., bem, ela é muito boa em fazer compras.

Além da grana de família, Ben e Chon sobrevivem com um negócio bem pouco ortodoxo entreos bem-nascidos: venda de maconha. Graças ao maravilhoso “paladar” de ambos e a habilidade de Ben com as plantas, a combinação das espécies sativa e indica de Ben&Chonny’s faz um sucesso estrondoso entre a nata dos mauricinhos, artistas e festeiros do sul da Califórnia.

A vida é linda até o Cartel de Baja entrar na jogada: os poderosos traficantes, que já controlam boa parte do México, querem expandir seus negócios para El Norte – e é bem mais fácil comprar o negócio de Ben e Chon do que montar um do nada.

Com seu estilo de escrita, Selvagens me lembrou muito um filme holywoodiano (dos bons): avassalador e sufocante. Os períodos são curtos e a ironia cavalar, explorando de forma profunda a relação conturbada dos americanos com seus vizinhos do sul.

Fiquei pensando por algum tempo se O. seguiria o estereótipo da Manic Pixie Dream Girl – sabe, aquele ser descerebrado, sem trajetória ou personalidade próprias, cuja única função na história é mostrar ao personagem masculino como a vida é legal e divertida.

E durante algum tempo ela foi sim, mas lá pelo meio da história – ergam as mãos ao céu – esse erro do escritor é corrigido, e sabemos mais sobre O. Sim, ela não deixa de ser meio que uma patricinha inútil – mas é uma patricinha inútil com uma vida e razões para ser assim. Considerando o quão preconceituosa a produção cultural mainstream é, só isso já é um alívio – Don Winslow ficou a um milímetro de estragar o livro inteiro graças a um tropozinho.

Não assisti a adaptação cinematográfica ainda (a capa acima é igual ao pôster de divulgação do cinema) mas pelos trailers, promete. Alguns livros, a primeira lida, soam inadaptáveis, mas Selvagens foi o contrário: é como se ele estivesse gritando para ganhar as telas.

Publicada originalmente em http://distopicamente.blogspot.com.br/
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