jeamendes 23/11/2013
O melhor!
Desde que Ethan, Link, Lena, Ridley e Liv voltaram da Grande Barreira, coisas estranhas começaram a acontecer em Gatlin. O equilíbrio do mundo Conjurador e Mortal foi quebrado, logo depois que Lena se invocou tanto pras trevas quanto para a Luz, o que desencadeou uma espécie de Apocalipse.
Depois de passarem praticamente Dezessete Luas inteiro separados, Ethan e Lena não querem ficar longe um do outro nem um segundo. Os poderes de Lena estão cada vez mais fortes e apesar de ainda estarem fora de controle na maior parte do tempo, agora que ela aceitou que é tanto das Trevas quando da Luz, ela está mais calma, não tão paranoica quanto antes.
Ethan sofre o tempo todo com medo de perder Lena, e com o retorno de John Breed, esse medo aumenta ainda mais. Ele vem tendo pesadelos estranhos, pesadelos mais ou menos do mesmo tipo que tinha junto com Lena, mas dessa vez ele está sozinho. Aliás, finalmente em algum livro dessa saga Ethan é realmente o protagonista, porque nos dois anteriores, ele podia ser o narrador e tecnicamente o personagem principal, mas tudo era ligado à Lena. As coisas que acontecem no decorrer do livro são sobre Ethan, e ele, apenas ele, tem que lidar com isso. Ele teve ajuda durante a história, mas no final, o que ele tem que fazer, tem que fazer sozinho.
Como todos sabem, Link agora é um tipo de Incubus. Ele atrai todas as garotas, está super forte, tem uma audição incrível, consegue Vijar e pode fazer mais outras coisas que no decorrer da história ele descobrir. A presença dele foi de extrema importância em muitas partes do livro, e, embora agora seja um "demônio", ainda é o Link engraçado, irônico e medroso em alguns momentos que conhecemos em Dezesseis e Dezessete Luas. Ele ainda é meu personagem favorito, e tenho a impressão de que vai continuar sendo.
Não tem muita coisa a ser dita de Ridley. Agora ela é Mortal, e não aceita isso de nenhuma forma. E ela vai fazer o que for preciso para virar conjuradora de novo. Também ficou bem claro em Dezoito Luas que ela gosta do Link, embora não admita.
Do lado mal do livro, temos Abraham Revenwood, um Incubus e Sarafine, uma Conjuradora das Trevas. Abraham quer acabar tanto com os mortais quanto com os conjuradores, e ele vai fazer isso não importa os meios que tenha que usar. Sarafine ainda é má até o último fio de cabelo, mas nesse livro as autoras descreveram sua real história, de como foi a Invocação dela e das consequências disso, e confesso que fiquei com pena dela.
John apareceu em quase todo o livro, e posso dizer que estou gostando dele. Em Dezessete Luas eu não o entendia, mas nesse livro a história dele é contada e suas verdadeiras intenções são reveladas.
Macon é um conjurador da Luz, e seus poderes são mais fortes do que qualquer um imaginaria. Ele continua sendo essencial para o desenrolar da história, e com sua calma e sabedoria faz tudo o que pode para ajudar aqueles que ama.
Liv agora é aluna de Macon, e vive nos túneis, já que depois do que aconteceu seria ilógico continuar morando com Marien. Continuo adorando ela, que com suas teorias e relógios malucos, sempre ajuda todos a entender melhor a situação das coisas.
Amma continua movendo o céu e a terra por Ethan, mas continua escondendo as coisas dele, mesmo sabendo que uma hora ou outra ele vai descobrir. Ainda assim, a história não seria a mesma sem ela e seus ossinhos poderosos.
Acho que posso dizer que esse é meu livro favorito da série até agora. Não sei se é pela forma como a narrativa foi se desenvolvendo ou se é pelos personagens que estão cada vez mais interessantes. Só sei que as autoras evoluíram muito desde o primeiro livro da saga, muito mesmo.
O livro continua com um cenário sombrio, denso e em alguns momentos assustador, mas, de alguma forma, mesmo sendo o mesmo cenário dos outros dois, esse me pareceu melhor. Talvez seja pela forma como foi descrito pelas autoras, não sei, só sei que me deixou mais curiosa e mais interessada do que nos dois primeiros. O final é chocante, inesperado e avassalador. Chorei nas cenas que tiveram nos últimos capítulos. Como diz a contracapa do livro "Algumas vezes é impossível voltar atrás. E dessa vez não há final feliz...". Levem isso ao pé da letra, sério.
O final só me deixou mais curiosa ainda pelo ultimo livro da saga, Dezenove Luas. Com essas autoras, tudo pode acontecer.