gleicepcouto 05/12/2012Realidade (?) que mais parece ficçãohttp://murmuriospessoais.com/?p=4984
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Ainda estão bem nítidas na memória minhas lembranças sobre o dia 11 de setembro de 2001. Estava em casa, escutando música, quando minha melhor amiga me liga: “Gleice, liga a tv agora! Bombardearam os Estados Unidos! É a 3ª Guerra Mundial!” Na hora, liguei a tv e vi chamas em uma das torres gêmeas. As informações eram poucas e acompanhei o quanto pude, pois tinha que trabalhar à tarde. Mesmo no trabalho, ligava constantemente para casa, a fim de obter mais informações. E assim foi ao longo do dia, semanas, meses… Os fatos foram, aos poucos, sendo elucidados e a palavra terrorismo ganhou uma amplitude tremenda. Tratava-se de um ataque terrorista aos Estados Unidos comandados pela Al Qaeda, liderada por Osama Bin Laden, que virou o inimigo número um dos norte-americanos.
A minha outra lembrança com o fato, me remete ao último período da faculdade de Jornalismo. A princípio, o tema da minha monografia (agora, chamado TCC) seria A Importância da Internet como Meio de Comunicação de Massa no Onze de Setembro. Fato notório que foi o veículo mais utilizado não só para propagação de informação, mas também contato de parentes com as vitimas daquela fatalidade. Meu orientador, porém, me fez mudar de ideia (graças a Deus, pois hoje percebo como não tinha base de pesquisa para tratar do assunto) e abracei o tema A Interatividade no Jornalismo Online.
Enfim, esse início contando sobre parte de minha relação pessoal com o 11 de Setembro é para mostrar que a data é emblemática. Todos se lembram do que faziam no dia, ou o tipo de ligação que tiveram com os atentados. Foi uma tragédia local (EUA), mas que teve repercussões globais. Então, quando soube do lançamento de Não Há Dia Fácil, de Mark Owen (pseudônimo), pela Editora Paralela, me empolguei. A promessa da obra era contar como a tropa de elite americana capturou e, consequentemente, eliminou Osama Bin Laden – após tantos “olês” que o terrorista deu nos americanos.
Mark Owen explica de antemão que o que narra do livro é baseado em suas lembranças exatas, porém, lógico, que omitiu certos detalhes com o intuito de preservar os colegas que também participaram da operação; assim como a própria operação para proteger a segurança nacional dos Estados Unidos.
O livro começa contando um pouco do início da carreira de Mark e os encalços pelos quais passou, até conseguir chegar ao Seal (tropa de elite americana) e, posteriormente, participar da operação. A narrativa flui bem e não é enfadonha, mesmo com os detalhes sobre armas etc etc etc. Talvez porque tenha tido a direção de Kevin Maurer, responsável pelo texto em si. Lá estão todos os detalhes (dentro do possível) sobre como foi arquitetada a operação e qual o seu papel nela. Gráficos, mapas e fotos fazem o papel de visualização do esquema. Ficou muito interessante e ajuda o leitor a se achar geograficamente
Não Há Dia Fácil é um livro interessante, que possui revelações atrativas ao cidadão comum. Mas é aquilo: se você é uma pessoa cética (como eu), continua duvidando dos fatos expostos. Acreditando ou não, o que não dá para negar é que o livro entretém e sacia a sua curiosidade.
Avaliação:(3/5)
Autor(a): Mark Owen, Kevin Maurer
Editora: Paralela
Ano: 2012
Páginas: 280
Valor: $20 a $30