A Elegância do Ouriço

A Elegância do Ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


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Gustavo.Martins 25/03/2022

Le concierge
O livro foi uma surpresa interessante, temos uma concierge num prédio de ricos em Paris, que consome belas obras, grande literatura e esconde isso numa carapaça de pessoa ignorante. Tinha tudo para ser pedante, com referências nada amigáveis e acesso restrito de cultura. Mas tenho que dizer que é divertido, Reneé e Manuela são personagens muito queridas, a menina Paloma tem uma irônia interessante, e Ozu é o grande catalisador desse livro, que da um caminho narrativo claro e que permite a evolução das duas, Reneé e Paloma.

O final é trágico e me incomoda um pouco: "você não é sua irmã", bem, na prática, faltou um destino diferente.

Fica aí ainda como recomendação (obrigatória): ler Ana Karenina e outras obras de Leon, o gato-autor de Reneé.
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Otávio - @vendavaldelivros 23/03/2022

“Mas e se, no nosso universo, existir a possibilidade de nos tornarmos o que ainda não somos...será que saberei agarrá-la e fazer da minha vida um jardim distinto do de meus pais?”

Uma rua em Paris, um prédio como tantos outros e pessoas comuns como tantas outras. O que de tão extraordinário pode sair de uma história com prerrogativas tão simples? O que de tão diferente faz com que “A elegância do ouriço”, da francesa Muriel Barbery seja tão marcante? Talvez seja exatamente isso, o comum é o extraordinário e cada pessoa, cada história, é um universo em si mesmo.

`Publicado em 2006, “A elegância do ouriço” narra a história de duas personagens principais que vivem no mesmo prédio em Paris: A concierge (algo como uma zeladora) Reneé, uma senhora viúva e que opta por esconder suas qualidades intelectuais dos moradores do prédio e da sociedade em geral, e a menina Paloma, uma jovem superdotada que logo no início diz que irá tirar a própria vida quando completar 13 anos caso não descubra motivos reais e fortes suficientes para continuar vivendo.

Quer dizer, o livro não narra as histórias, quem faz isso são as próprias personagens. Dividido em capítulos alternados, uns narrados por Reneé e outros por Paloma (sendo esses divididos em dois tipos diferentes), são as personagens que montam os cenários e apresentam os demais moradores do prédio, suas histórias, medos e reflexões. E muito da mágica desse livro está aí.

“A elegância do ouriço” é o tipo de livro que abraça e conquista a gente a cada página. O fato de Muriel Barbery ser professora de filosofia torna tudo profundo, mas saboroso, denso, mas leve e divertido. É como se estivéssemos dentro da mente das personagens e, ao mesmo tempo, fôssemos seus amigos, trocando ideias tomando chá, questionando a vida, a sociedade e a existência.

É impossível não se apaixonar pela história e por toda a filosofia que está impregnada em cada página. Não só isso, é impossível não sentir falta das personagens e da história a partir do momento que finalizamos a última página. Se esse livro está na sua estante e você não o leu, faça esse bem a si mesmo. Não adie mais uma experiência literária capaz de tocar e mudar tanto em nós mesmos. De longe, uma das minhas melhores leituras no ano e um livro que vai ficar gravado no meu coração de leitor.
Lívia 24/03/2022minha estante
Realmente, é impossível não se apaixonar pela história!


Otávio - @vendavaldelivros 24/03/2022minha estante
Tenho carinho até hoje pelas personagens.




Bru 22/03/2022

"A sra michel tem a elegância do ouriço: por fora, é crivada de espinhos, uma verdadeira fortaleza, mas tenho a intuição de que dentro é tão simplesmente requintada quanto ouriços, que são uns bichinhos falsamente indolente, ferozmente solitários e terrivelmente elegantes"..

Histórias que se misturam e fazem sentido. Leitura profunda, reflexiva.
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Illana2 19/03/2022

A elegância do ouriço é um monet
Talvez o erro tenha sido meu, que criei muitas expectativas em cima do livro... E a decepção subsequente veio à galopes ferocíssimos!

A verdade é que A elegância do ouriço é um livro Monet: de longe, chama a atenção, atiça a curiosidade e parece conter uma beleza exuberante em seu cerne.

A frustração vem, quando, cada vez mais próximo, você se depara com borrões e pinceladas disformes que destoam completamente da beleza que você enamorara antes...

Não me entenda mal, o livro contém alguns bons momentos filosóficos, algumas risadas e bons momentos.

Mas eu esperava BEM mais. Esperava algo mais profundo, com personagens mais profundos, e não esses personagens medíocres que encontrei.

Li a elegância do ouriço rezando para que eu estivesse errada. Mas não.

A elegância do ouriço é uma narrativa europeia semi-barata que tenta se esgueirar por uma filosofia que eu chamo de esquina (o tempo inteiro tentando se desaproximar disso, trazendo filosofia clássica para o texto como se, por si só, fosse fazer algo, mas vou te explicar melhor mais à frente).Não é que os personagens não são aprofundados, nem que sejam de todo chatos, eles são apenas europeus. Europeus chatos, de costumes chatos e pensamentos risiveis.

Particularmente, tudo que toca ao pensamento europeu e às suas "labutas", me são chatos.

Pretensiosos e antiquados. E o mais engraçado de se constatar é que, àqueles que mais querem fugir disso, dessa falha cultural dantesca, são justamente os mais orgulhosos, altivos e enfadonhos.

E, basicamente, todos os personagens do livro são, exatamente, esse tipo de europeu. Àquele que nega sua cultura, suas falhas e se acham ainda mais inteligentes do que àqueles à sua volta.

Ou seja, um típico europeu.

A narrativa trata muito de classe. E como a classe social de alguém pode ser uma marra para ela. Tanto da alta classe, quanto da baixa.

Mas, principalmente, sobre uma cultura europeia supérflua e descartável, sem vida e sem sentido. Sem objetivo. Carente. Vazia.

E todos os personagens da história se opõem, em algum nível, à esse conjunto social. Geralmente, pela "inteligência" (lendo livros "clássicos", vendo filmes bem longe do espectro Marvel, etc).

Mas todos, TODOS, acreditam que eles são os detentores de uma sabedoria única, ímpar. Que eles reparam a real beleza para além dessa cultura supérflua.

Coitados.

Eles são simplesmente um produto da mesma cultura que eles odeiam. Só que invés de se acharem incríveis pelo poder de compra, acham por acreditarem entender o mundo muito mais que os outros ao seu redor.

Ao invés de se darem conta de sua pequitude diante da amplitude da vida, de suas leituras os levarem a descerem de seus pedestais morais, não, os levam para o mesmo lugar.

Por isso digo que é uma filosofia de "esquina". Tem em si uma proposta filosófica, mas é tão mal elaborada, que quanto mais fundo se chega (quanto mais perto se olha), mais parecem disparates que quando mostram qualquer cintilar de originalidade e brio, parecem ter sido efeito da sorte.

Enfim, para mim foi um Monet. Europeus me são enfadonhos e ojerizantes. Para lutar contra essa cultura, primeiro, eles precisam descer de seu pedestal fantasioso.

Mas tenho total ciência de que o livro é bem escrito o suficiente para agradar leitores que não tem o mesmo posicionamento que eu.

Além disso, não sou tão irredutível e monstruosa ao ponto de negar que o livro tenha muitos pontos positivos e que valha a pena ser lido.

Apenas só não é tão belo para mim, quanto possa ser para você.

Mas também, eu prefiro Caravaggio!
Carolina.Gomes 05/08/2022minha estante
Adorei!! B




Biblioteca Álvaro Guerra 09/03/2022

Uma crítica a sociedade e um convite ao pensamento, mas em tom humorado, filosófico e repleto de belíssimas palavras. Como diz a própria quarta capa, o livro nos leva a refletir que nenhuma vida vivida a fundo deveria evitar: o tempo e a eternidade, a justiça e a beleza, a arte e o amor.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535911770
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lilimonetta 08/03/2022

comecei esse livro no turbilhão de finalização de tcc: abandonei... retomei... abandonei de novo... sentei em uma noite e terminei as últimas 100 páginas de uma vez. fui muitas desde o início da leitura, muita coisa se transformou em mim nos últimos tempos, mas sei que a minha versão de hoje tem vontade de dar 4 estrelas, algumas discussões sobre arte me incomodaram um pouco, outras guardei com carinho.
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Yas 28/02/2022

Sensível e maravilhoso
O que eu posso fazer dessa leitura sensível e delicada? Cheia de reflexões transformadoras, com uma crítica social e a eterna busca pelo que movimenta o mundo: acolhimento e afeto. Esse livro é de um liricismo absolutamente FABULOSO. É narrado por duas personagens distintas, mas complementares. É delicado, filosófico em prosa, agradável. Ambientado na minha cidade preferida do mundo, Paris ?, acompanhamos a concierge de um edifício, que não é o que aparenta, e a inteligente filha de um dos moradores. Além das aparências e da busca pelo mundano há muito que você não pode ver - e às vezes um simples ato de sutileza pode mudar tudo.
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Gabs 18/02/2022

esse livro é simplesmente impecável! eu amei cada segundo de leitura e saído querendo devorar a literatura russa haha
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Karen 14/02/2022

Um bom livro e só
Um bom livro. Inteligente e reflexivo.
Porém chegou tão carregado de adjetivos que esperava mais.
Acabou por não me provocar grande entusiasmo.
"Porque os maus de verdade detestam o mundo inteiro, sem dúvida, mas sobretudo a si mesmos. Vocês não sentem quando alguém tem raiva de si mesmo? Isso leva a pessoa a se tornar morta, embora esteja viva, a anestesiar os maus sentimentos, mas também os bons para não sentir a náusea de ser ela mesma."
Carolina.Gomes 03/08/2022minha estante
Muito incensado e, até agora, p mim, n disse a q veio. ?




Willian.Santos 12/02/2022

Livro com foco em detalhes do cotidiano.
O livro faz um excelente detalhamento de acontecimentos do cotidiano. Não é o tipo de leitura que eu escolheria, mas com certeza há muitas pessoas que gostam do tema.
Quanto à escrita, achei interessante, com riqueza de detalhes e trazendo à tona relevâncias do cotidiano que geralmente passamos despercebidos.
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Let 09/02/2022

Leon
Impossível não torcer por este romance e não querer um gato para colocar o nome de Leon. Paloma, uma pré-adolescente que vive em meio a uma família rica e fútil, infelizmente com pensamentos ruins e tristes. Um final inesperado e surpreendente.
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Lidiane 06/02/2022

Que livro lindo, parece uma poesia. Dei umas boas risadas, mas chorei muito também. Esse eu super indico!!!
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RaíssaSwiatovy 20/01/2022

Poético, profundo e filosófico
Demorei muito para terminar essa leitura, e não me arrependo. Há livros que precisam ser mastigados, engolidos e digeridos, e este é um deles. Não pode ser simplesmente engolido.
É incrível como a vida dos personagens se torna importante, instiga a vontade de saber mais sobre eles e o porquê de serem assim, de pensar como pensam.
E cada capítulo explica isso, traz à tona os demônios e as belas camélias sobre o musgo.
Tanta filosofia, belas reflexões, poesia pura e nua. Personagens verdadeiros, e também, a clandestinidade que todos carregamos em algum momento, ou uma vida toda.
Essa história entregou muito mais do que eu esperava, e no final, me fez triste, porém imensamente feliz.
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Amanda 18/01/2022

Impactada. Na verdade, foi uma leitura que me tocou. Não de início imediato.. mas não demorou muito pra mexer com meus sentimentos e pensamentos. A linha tênue em não querer parar de ler mas querer aproveitar cada pagina com a devida atenção.
Amei. Senti muito. E os meus livros preferidos sempre são os que me despertam sentimentos.
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Sol Belchior 01/01/2022

Recomendo (e peguem seus lencinhos ?).
"Aí vai, portanto, meu pensamento profundo do dia: a primeira vez que encontro alguém que procura as pessoas e que vê além. Isso pode parecer trivial, mas acho, mesmo assim, que é profundo. Nunca vemos além de nossas certezas e, mais grave ainda, renunciamos ao encontro, apenas encontramos a nós mesmos sem nos reconhecer nesses espelhos permanentes."

#MurielBarbery

Esse livro foi uma das BOAS escolhas feitas em 2021, que transbordaram pra 2022.
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