A elegância do ouriço

A elegância do ouriço Muriel Barbery




Resenhas - A Elegância do Ouriço


516 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Isa Talhaferro 18/03/2019

Genialidade ou chatisse?
O livro é narrado em 1ª pessoa por duas personagens (um capítulo cada). Uma delas é Renèe, uma concierge de um prédio de luxo de Paris, uma mulher na meia-idade que é extremamente inteligente, fã de Tolstói, de literatura no geral, na verdade, e de livros também. A outra é uma garota de 12 anos e decidiu se matar quando completar 13, pois julga que a vida não vale a pena e que todos vivem apenas por viver.
No decorrer do livro, ambas apresentam seus pontos de vista sobre diversos assuntos, a Renèe sobre questões mais sociais, e a garota (melhor não escrever o nome dele porque pode ser spoiler), sobre questões mais intimistas. Até que num certo momento surge um novo personagem, que também irá morar no prédio, o sr. Ozu, um japonês bem único e especial (amei esse homem).
O título da minha resenha é porque a garota, em alguns momentos, é um pouco irritante, e me lembrou um pouco o Haiden, de "O apanhador no campo de centeio", que também me irritou um pouco. Porém essa personagem surpreende bastante mais para o final do livro, o me fez criar um carinho especial por ela.
No geral, o livro é incrível, a leitura é super fluída, gostosa e viciante.
Vale muito a pena!
comentários(0)comente



Alcione13 07/04/2019

Um arraso
A ELEGÂNCIA DO OURIÇO
de Muriel Barbery

No mínimo inusitado,reunir vários personagens com nada em comum ou seria, tudo em comum?

Em primeiro plano temos a zeladora Renée que precisa manter sua aparência pobre/burra/aferrada às massas,quando na real, é culta e bastante esperta.Sua melhor amiga e escudeira que juntas amam rir da ignorância dos outros acerca disso e uma adolescente inteligente por demais e com ideias proprias.

Tem como sair algo daí?Tem!!

Muriel constrói uma trama engraçada,um humor negro e sarcástico numa crítica escancarada aos papéis que assumimos na sociedade.
As máscaras que usamos,as vezes nos escondendo de nós mesmos.

A junção desses personagens com a chegada de um japonês misterioso que vai sacudir as estruturas e misturar os papéis,nos rende boas gargalhadas (como a descarga com música).

Um bairro elegante precisa de uma zeladora meio lenta que vê TV em altos brados,come comida ruim,está sempre resmungando...esse é o papel representado por Renée,que no seu íntimo ama boa música,comida refinada,livros clássicos e cultos.
Mas a chegada de um senhor misterioso já citado,vai tira-la do casulo e mostrar seu verdadeiro eu, como no primeiro momento em que se vêem com uma introdução de um livro famosíssimo que um completa do outro.

Nossa espevitada e sarcástica Renée (amo isso,os inteligentes são sempre sarcásticos hahaha)vai trazer luz e emoções a muitos personagens secundários com seu enorme coração e sua sagacidade.
Falar mais seria spoiler,mas ver Renée circulando de um mundo a outro e derrubando máscaras foi sensacional. Além da adolescente doce que ...

Chega, pessoal ou estrago a graça da história.

Ufa, consegui.

?????

Cinco estrelinhas pro meu queridinho,sem dúvida!!!
??
comentários(0)comente



Jalu 12/05/2019

...um sempre no nunca.
comentários(0)comente



Ely Varella - terapias que iluminam 08/06/2019

Que grata surpresa. Esse livro te envolve com reflexões deliciosas. Vale a pena ler!
comentários(0)comente



Aline 09/06/2019

Excepcional
Avassaladora. Quem lê a sinopse, entende tratar-se de uma história singela, contando as agruras de uma zeladora. Simples assim. Só que a vida não é simples. Personagens maravilhosos, histórias emocionantes. Terminei a última página do livro chorando copiosamente e enxergando a vida e principalmente as pessoas de uma forma totalmente diferente.
comentários(0)comente



Renata.Firpo 01/09/2019

Maravilhoso!!!!
Acho que um dos melhores livros que li nos últimos tempos! Quanta sensibilidade, sentimentos e reflexões sobre a vida e seu sentido. Pra mim foi um divisor de águas. Essa leitura causou um profundo impacto sobre mim. Inesquecível!
comentários(0)comente



Mariana 09/11/2019

então, uma camélia
A Elegância do Ouriço fala da vida no edifício do número 7 da Rue de Grenelle, em Paris. Neste condomínio de ricos, em que convivem várias personalidades unidas pelo fato comum de terem muito dinheiro, surgem nossas duas narradoras: Renée Michel, de 54 anos, a concierge do prédio, e Paloma Josse, de 12 anos, criança superdotada e moradora do prédio. As duas nos apresentam suas percepções e vidas dentro daquele mundo francês-cartesiano-burguês-safado que se apresenta na Rue de Grenelle.

De cara nas primeiras páginas, uma curiosa contradição nos é posta: a concierge, filha de camponeses, nascida na miséria, é extremamente apaixonada por literatura, se interessa por filosofia, artes, e tudo aquilo que é digno de atenção dentro da cultura erudita formal. Faz análises sobre a luta de classes e enxerga com clareza as hipocrisias dos moradores do prédio, assim como sua incapacidade de ver além de suas próprias crenças narcisistas:

"Como sempre, sou salva pela incapacidade dos seres humanos de acreditar naquilo que explode as molduras de seus pequenos hábitos mentais".

A sra. Michel tenta ao máximo corresponder à crença social associada à sua profissão de governanta/zeladora do prédio. A sua máxima é que sua existência é mais uma das milhões de engrenagens que alimentam a ilusão universal de que a vida tem um sentido.

Já a menininha, a srta. Josse, esta pretende se suicidar no próximo mês de junho. De ar grave e recluso, extremamente debochada, é encantada com a cultura japonesa e crê com todas as forças que sua família extremamente rica é um completo desastre.

"Entre as pessoas com quem minha família convive, todas seguiram o mesmo caminho: uma juventude tentando rentabilizar sua inteligência, espremer como um limão o filão dos estudos e garantir uma posição de elite, e depois uma vida inteira a se indagar com pavor por que essas esperanças desembocaram numa vida tão inútil."

O livro é escrito em primeira pessoa pelas duas, como forma de registro do cotidiano e desabafo. A autora é filósofa e por isso, imagino, o livro é emprenhado de reflexões e críticas. Algumas mais sérias, outras gostosas de se ler por conta do tom de chacota.

"Nesses dias, em que soçobram no altar de nossa natureza profunda todas as crenças românticas, políticas, intelectuais, metafísicas e morais que os anos de instrução e educação tentaram imprimir em nós, a sociedade, campo territorial cruzado por grandes ondas hierárquicas, afunda no nada do Sentido. [...] Nesses dias, precisamos desesperadamente da Arte."

As divagações das personagens percorrem assuntos como a farsa das elites, a gramática, as tradições japonesas, o darwinismo, o consumismo, a falsa intelectualidade, a fenomenologia e as banalidades do dia-a-dia. Além disso, presta sincera homenagem à beleza da arte em meio ao absurdo da vida.

"Refletindo sobre isso, esta noite, com o coração e o estômago em migalhas, pensei que, afinal, talvez seja isso a vida: muito desespero, mas também alguns momentos de beleza em que o tempo não é mais o mesmo."

Narrativa inteligente, debochada, bonita. Foi o meu melhor livro de 2019 até agora (e olha que já estamos em novembro), não necessariamente por sua qualidade técnica/literária, mas porque li no momento em que devia ter lido. Lindo livro.
comentários(0)comente



Maiara.Alves 15/11/2019

Filosofia em forma de agradável prosa!
Trata-se de um livro com um delicado e envolvente clima filosófico. Uma concièrge, que por trás de sua função humilde em um edifício de luxo em Paris, viaja entre conceitos filosóficos, preconceitos, orgulhos e singelezas. Evitando os ricos moradores, encontra serenidade e respeito em um deles!
Amei o enredo, os personagens e o lugar.
Um livro acolhedor, com várias pitadas filosóficas do cotidiano, que nos ensina a ter um pouco de empatia, humildade e compaixão.
comentários(0)comente



Raquel.Lemos 14/12/2019

Livro tocante...
Se tornou um dos meus livros favoritos... pura filosofia que cativa e nos prende. Eu amei demais!
comentários(0)comente



nathaliart 15/12/2019

Que livro!
A princípio, não imaginei que A elegância do ouriço fosse me prender. E muito menos pensei que fosse encontrar o que encontrei: grandes reflexões sobre a vida, algumas lições de filosofia e, é claro, muita referência literária.

Em alguns momentos ele pode parecer difícil, principalmente pra quem sabe pouco de filosofia (meu caso), até confuso. A personagem Paloma às vezes se mostra bem chata, o que é plausível, visto que é uma adolescente de 12 anos.

Mas nada disso tira o valor dessa história recheada de boas sugestões de livros, músicas, filmes e obras artísticas. Ouso dizer que esse livro é, de certa maneira, uma espécie de homenagem à Arte (como diz Reneé).

Por fim, a leitura é bastante fluida, capítulos curtos... É possível terminá-lo rapidamente. E o final é devastador, e surpreendente! Recomendo!
comentários(0)comente



Jordanah 17/01/2020

Muito mais que arte pela arte
O livro a princípio pode ser subestimadamente visto como arte pela arte - ele descreve pinturas, filmes, músicas... Ele discute filosofia e propõe que desfrutemos as belezas da vida. Vida essa que, por mais sem sentido que pareça, está repleta de momentos lindos e únicos.
Desde que comecei a ler o meu universo expandiu, e isso é muito mais que arte pela arte. Produziu em mim catarse, uma vontade de viver e de chorar e de rir e de ser...
Com certeza um dos melhores livros que já li na vida.
comentários(0)comente



dtabach 14/02/2020

Da importância das camélias para a sanidade mental
Duas inusitadas narradoras, uma zeladorta letrada e uma pré-adolescente superdotada, que são de certa forma, a mesma personagem (alter egos da autora?), em fases de vida e classes sociais diferentes. Ambas superinteligentes e observadoras, cada uma dá o seu jeito de lidar com a pobreza de espírito no meio da riqueza material que as circunda.

A mais velha, conformada em levar uma vida externa medíocre, compensa isso com uma vida interior clandestina enriquecida com toda a arte, cultura e filosofia que sua condição social permite acumular. Essa idossincrasia é o caldo para uma miríade de observações ácidas sobre as relações intersociais, mesmo entre indivíduos que, teoricamente, sabem lidar de forma madura e justa com as questões de classe.

A mais nova simplesmente desiste de viver, mas quer dar um mínimo de significado para o seu projeto de se matar, relatando, com sua visão simples e intuitiva, profundas questões existenciais, além de crônicas divertidas sobre os costumes da alta classe francesa.

Em suas elucubrações, ambas nos brindam com insights interessantíssimos, que vão desde resenhas de entretenimento (colocar na playlist: Chuva Negra, Dido e Eneas, As irmãs Munekata...), até belas reflexões sobre o significado da vida, a passagem do tempo e a importância das camélias para a sanidade mental, além de um guia bastante esclarecedor para apreciar naturezas mortas holandesas!

Sou um chorão inveterado em salas de cinema, mas isso não costuma ocorrer com livros. O final deste Elegância do ouriço quebrou a regra. Ótima leitura, muito instigante e tocante!
comentários(0)comente



24/03/2020

Um livro que te faz rir e chorar na mesma proporção. O tipo de leitura que você agradece por alguém ter te indicado, então, indico a todos. Leiam!
comentários(0)comente



IvaldoRocha 29/03/2020

Elegante do começo ao fim.
Julgava ter perdido este livro, até que em uma das minhas arrumações eu o encontrei, feliz pelo reencontro, resolvi que iria lê-lo. Sábia resolução, um livro tão bom como esse não deveria ter ficado tanto tempo esperando na estante.
Se você é daquelas pessoas meio que autodidatas que gosta ou teve que buscar pelas suas próprias pernas, um maior conhecimento sobre literatura, música, arte de uma maneira geral, vai se identificar muito com este livro.
Você gosta de alguma representação artística pelo simples fato de ter gostado e não porque algum critico disse que aquilo era bom.
A diferença entre a pessoa que busca o conhecimento, pelo puro prazer de busca-lo e a alegria de apreender algo novo a cada dia, das que se sentem felizes e exultantes em poder exibi-lo.
A história se passa em um antigo prédio de alto padrão de Paris, onde a zeladora, viúva de aparência tosca e rude, não se preocupa em agradar, apenas se preocupa em realizar seus afazeres e parecer com o que esperam que ela se pareça, a última coisa que deseja é chamar a atenção sobre si. Deixa a televisão da sala ligada naqueles programas de besteirol de toda tarde, embora não assista, mas isto é o que se espera de uma simplória zeladora.
Uma moradora, jovem adolescente bastante crítica com relação a maneira superficial de como as pessoas encaram a vida, tem como meta achar um objetivo mais digno para a sua vida e tem que achá-lo antes de completar os treze anos, senão...
Um viúvo japonês que se muda para o prédio, provocando um verdadeiro frenesi, pois todos querem conhecer e se aproximar do novo e rico morador. Além uma diarista portuguesa que sente saudades da terra natal e que diz ter nascido para ser rainha.
Tudo transcorre de uma maneira calma e serena, sem grandes fatos ou atitudes empolgantes, mas fica muito longe da monotonia e da chatice. Muito sensível e altamente recomendado.
Ganhou o prêmio Jabuti 2009 pela tradução do francês de Rosa Maria Freire d’Aguiar.
comentários(0)comente



Lu Tibiriçá 30/03/2020

Dois ouriços elegantes
A elegância do texto é tamanha que a princípio você precisa de um tempo pra se acostumar com o texto. Dividido entre o diário de duas personagens, a autora te faz passear pela rotina, angústias e alegrias delas. Mas não se engane. Não são pessoas comuns. Escondem atrás de rostos comuns, inteligência e conhecimento literário, artístico e uma dose incrível de ironia. Apesar de uma personagem explicar e atribuir a outra a expressão que dá o título ao livro, ambas são ouriços...
Leia. Vale o passeio.
comentários(0)comente



516 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR