Yasmin 21/02/2023
Essa foi uma das minhas maiores decepções literárias
OK, vamos aos poucos...
"A Travessia" é um romance ficcional escrito por William Paul Young e publicado em 2012, 5 anos depois do lançamento de "A Cabana". A história descreve a trajetória inusitada do egocêntrico Anthony Spencer à uma nova vida, transformado pelo poder de Deus.
Assim como no best-seller escrito pelo autor, o personagem principal deste livro tem um encontro face a face com Jesus e com o Espírito Santo (nessa história, conhecido como "Vovó"), num lugar além desta realidade conhecida.
Considero "A Cabana" o melhor livro que li até hoje de ficção cristã. Por este motivo, "A Travessia" despertou em mim toda a animação em conhecer mais uma bela obra do escritor. No entanto, me senti como se estivesse lendo uma releitura. É óbvio que o enredo se desenvolve de modo distinto, mas ainda assim, as similaridades são, em alguns momentos, bastante decepcionantes.
A segunda crítica se resume à divergência teológica entre a minha crença e os "ensinos da publicação". Se o primeiro livro já era muito polêmico no meio cristão, esse já está cancelado! É difícil descrever de modo simples e direto, mas em palavras gerais, a trama envolve uma linha espírita, onde Anthony transita entre as pessoas como um espírito dentro delas, conversando e assistindo o desenrolar da vida de cada um, além de ter a missão de escolher uma delas para curar.
É claro que tive bons momentos durante a leitura (qualquer um que acesse meu histórico de leitura que o diga!)... Parando para pensar, esse foi o livro em que mais dei risada, muitas, muitas risadas! O jeito que Wiliam P. Young escreveu determinadas cenas fizeram muita diferença na minha impressão geral da obra.
O final já era previsível, mas ainda assim, era necessário um desenvolvimento maior para que algumas pontas soltas fossem ajustadas.
Se eu pudesse dar um conselho para você que já leu "A Cabana" e pensa em ler "A Travessia", das duas, uma: leia tendo em mente uma história bem parecida, com uma teologia não tão "cristã-reformada"; ou fique com a boa lembrança da primeira leitura.
Sinceramente, Yasmin