Resenhas - Fundação

EstanteAmpla 12/07/2023

Divertidamente compreensível e engenhosa
Apesar de não ser uma obra totalmente pé no chão (como achei inicialmente), é muito curioso ver como Asimov, um escritor tão racional, lida com a fantasia em meio a personagens tão "cabeças".
Se a dificuldade de leitura é algo que lhe vem à mente ao pensar em motivos para não ler essa obra, tenho que deixar claro que essa edição em específico é de fácil compreensão. Digo que ela é feita para o público em geral e, por isso, é diferente de qualquer outra obra do gênero que eu já tenha lido. São 900 páginas para serem lidas em poucos dias.
Não conheço outro autor que goste tanto de brincar com pontos de vista diferentes e resolver problemas por meio do raciocínio. Ver todo esse universo, que é um "playground acadêmico" do Asimov, compilado em uma obra de fácil acesso é nada menos que grandioso.

Helena Dias 12/07/2023

Pelo espaço!
Fiquei bastante impressionada com a escrita de Asimov. Achei que seria complexa e densa, mas foi muito tranquila. No início, demorei pra engatar na leitura (provavelmente por ainda estar me acostumando com a ambientação), mas com o tempo peguei o jeito e fluiu super bem.

"Fundação" é um caminho pela política, economia e a sociedade. Cheio de reviravoltas, este livro fala sobre a queda de um império considerado inquebrável e de toda a destruição causada pela decadência de um sistema intergaláctico impecável.

O universo que o autor criou é muito original, diferente de todos que já li nos mais diversos livros de sci-fi. Adorei as descrições dos planetas, suas tecnologias e cultura. Os personagens se destacam dentro de suas personalidades, e os diálogos são naturais e explicativos, o que facilita o entendimento dos eventos apresentados. Além disso, iniciar cada parte da história com trechos da Encilopédia foi uma ótima sacada, capaz de aguçar ainda mais a curiosidade do leitor.

Meu único arrependimento foi não ter lido esse livro antes.

Deskvice 10/07/2023

Diferente do esperado, mas amei.
Fundação, fala sobre não somente uma galáxia inteira de ordem e caos, movido pelo tempo e pela ciência, como também sobre Hari seldon, um matemático genial, capaz de realizar cálculo e probabilidades que podem prever o futuro, usando a psico história. Ao sair de seu planeta natal para visitar o império, em Trantor, a antiga capital do império, previu que todo o império e mais acabaria em ruína em 300 anos, e que começaria uma guerra sem fim, que só através da criação de uma nova fundação, seguindo os seus cálculos, poderia evitar uma guerra e ruína de 20 mil anos de conhecimento, reduzindo para no máximo mil anos.

A geração do hardin acabou... 80 anos se passaram desde que a fundação foi criada. Terminus conseguiu estabelecer um controle sobre os 4 reinos da periferia galática, através da psicoreligiao... Hardin acabou sendo muito inteligente por seguir os passos de seldon, muito legal, mas depois que ele estabeleceu esse controle, eles morreram e veio uma nova geração. A geração dos comerciantes, com Mallow, um comerciante de Smyrno, que mudou a rota, ao invés de controlar o povo com religião, o fez com o comércio, fazendo que através do capitalismo, pudesse controlar essa crise Seldon que ameaçava novamente, e depois de 3 anos, tudo se restabeleceu, fazendo Mallow virar também, mais uma lenda adorada pelo povo de Terminus.

Minha crítica negativa, e também positiva, foi as muitas gerações para acompanhar em um período tão curto de tempo, fico chocado como ele fala sobre monarquia e os tipos de políticas tão bem, e sobre o governo democrático, como ele transita entre esses e vários outros. A sua crítica ao sistema de poderes absolutos e autoritário, mas apesar de tudo isso, só através dele que está conseguindo chegar até onde Seldon acreditaria ser o único meio de não levar a uma ruína, a uma guerra infinita de poderes políticos intermináveis, evitando uma crise de mais de 20.000 mil anos.

O motivo que dei 4 estrelas e não mais, foram vários, principalmente pelo fato de estar me adaptando ao universo, de início me pareceu uma boa premissa, e era!! Um livro genial, com ótimos recortes sobre uma sociedade e política futura, mesmo sendo escrito em 1951, envolvendo os tipos de políticas e governos, foi muito bem escrito e pensando, e com uma uma grande porção maravilhosa de ficção científica, que deixa o universo muito mais imersivo e interessante.

Adamastor Portucaldo 10/07/2023

A saga da Fundação
Talvez seja mais ficção social do que 'científica', posto que trata da decadência de um império devido às mazelas da humanidade. Tal qual nas descrições dos reis de Israel, no livro santo, dentre os imperadores, quase todos fazem guerras, poucos se salvam (ou seja, poucos prestam, fazem administração decente), tem a política perniciosa e a população, principalmente a classe dominante, nada evoluiu, apesar do progresso científico, material e dos séculos ou milênios passados! Só falta fazerem bezerros de ouro. Daí surge uma ciência (psicohistória que é alta matemática, com estatística, sociologia e psicologia de massas) que deduz o óbvio - ou seja, a derrocada do sistema - mas vem com uma boa proposta de reconstrução. Tanto no material quanto da outra parte (...). Asimov optou por restringir o universo à via láctea, pela energia atômica e por estarmos sós (sem ETs). Sem robôs, IA ou grandes invenções, exceto os saltos no hiperespaço, que não teoriza muito. A ficção explora mais comportamentos (religião, comércio, tecnologia, força - a velha técnica do porrete). Em algumas áreas, realmente há evolução do ser humano. É uma saga, pode ser viciante.

Talow_. 10/07/2023

Um livro que realmente me botou pra pensar, essa ideia da psico-história foi algo muito bom, que foi relevante ate o final do livro, as discussões políticas são fantásticas, o modo que eles sumiram as crises seldon é muito bom e empolgante ao mesmo tempo. A minha parte favorita foi a dos principes mercadores, mesmo sendo meio curta. Em geral, é livro muito bom, 5/5, realmente é um dos maiores da ficção científica

Sol 08/07/2023

Gostei, mas ainda preciso de mais
Foi um livro que eu começei a ler no avião então tenho bastante memória afetiva, masss não foi um livro tão fácil e imersivo. Acredito que seja porque é só o primeiro livro de uma trilogia e é bem introdutória.
Porém, isso não quer dizer que o livro é ruim, pelo contrário o livro é bem legal, só acho q nao foi o momoneto certo para ler ele. Queria ter dado mais atenção ao livro ao invés de ler picotado antes de dormir em uma viagem cansativa.
Recomendo bastantee para quem quiser entrar no mundo da ficcao científica.

Carla.Floores 05/07/2023

Pelo espaço! Que livro espetacular!
Depois de fechar a boca e voltar à realidade, fiquei me perguntando o que eu poderia falar sobre esse livro que ainda não o tenham feito, e a conclusão é óbvia: nada. Principalmente depois de ler a resenha do Brujo, impecável!
Se o objetivo da resenha é passar minhas impressões e tentar te convencer a ler, então vamos lá!
No primeiro livro vemos a criação do alicerce, uma ciência que mistura a história, psicologia, matemática( geometria probabilidade e estatística) e sociologia denominada psico-história. Basicamente ela usa a probabilidade com base no comportamento de massas para prever o futuro. Seu melhor especialista, Hari Seldon, previu a queda do Império. O imperador, assustado, mandou-o junto com sua equipe de quase mil pessoas a um exílio bem distante no extremo da galáxia. Aí temos todo o desenrolar da criação da Fundação. Cada um dos principais protagonistas contribuem com um tipo de desenrolar do Plano; no geral, criando moda, crenças, artefatos; ou tornando-os obsoletos.
Hardin fez da ciência uma religião.
Mallow era um Ilusionista comerciante.
Ambas foram usadas como forma de dominação.
No segundo livro temos Mulo, que tem uma atuação incrível, se passa por um mas é outro e no fim não é nada disso. Ele, com sua forma peculiar de dominação, tenta encontrar a Segunda Fundação. Ebling Mis e Bayta fazem parte dessa jornada e têm a atuação impressionante, principalmente Bayta.
No terceiro livro a busca continua e tudo se mescla; tecnologia, crença, dominação, guerra, blefe, psicodistória.
Um ponto que me incomodou foi que alguns personagens entram mas não saem, simplesmente não se fala mais neles. Dito isso, preciso ressaltar que o tempo na narrativa se passa de forma absurdamente rápida.
Uma dica: se tu tiver boiando, continua lendo, só vai! Uma série de interrogações surgem ao longo da narrativa, e quando tu menos espera, uma lâmpada acende sobre sua cabeça, seu coração dispara e você solta um c******, genial!
Acredito que a estrutura do livro é sobre formas de dominação; de mundos, de pessoas e vice-versa.
Se decidir entrar nessa aventura vai ter pitadas de sarcasmo, suspense, humor ácido, política, drama, uma boa dose de ação, diálogos muito bem construídos que te levam a entrar na cena, muitos blefes e plots, e inteligência, muita inteligência!

Lucca 28/06/2023

Uma leitura OBRIGATÓRIA
Este livro é uns dos livros mais insanos que já li
Bem escrito ao ponto que eu devorei ele em 3 dias
Não é cansativo e extremamente envolvente
Não se deixe enganar pelo conteúdo futurista
Que sinceramente futurista são detalhes
Pois os debates existentes nessa história são mais atuais que nunca
Impressiona um livro da década de 40 escrever com tamanha precisão conflitos que estamos vivendo na sociedade atual
Enfim
Um clássico da literatura mundial
Merece ser lido e apreciado
Vou pro segundo da trilogia porque realmente tá valendo a pena
RECOMENDO

Maria 25/06/2023

Diferente
Esse ano está sendo muito complicado para minhas leituras. Sinto que estou numa ressaca eterna. Acho que isso afetou sim a leitura dessa obra.
Achei interessante, porém em vários momentos arrastado, daí não sei se o problema sou eu ou o livro ( provavelmente eu ).
Com o final até me deu vontade de ler a continuação, porém não no momento, talvez daqui um tempo.
De qualquer forma recomendo kkkkk

Lara07 23/06/2023

Tudo muito resolvido
Sou fascinada por ficção científica, principalmente quando ela foi escrita há tanto tempo atrás, um mundo galáctico já explorado com diversas culturas e costumes, não é todo autor que consegue desenvolver, mas ele, o brabo, sabe o quê faz.

No primeiro livro, é uma espécie de ambientação ao mesmo tempo em que o Asimov deduz que você já conhece o lugar (dá pra entender? É mais um sentimento meu rs), é bem puxado para o meio político e como vai seguindo a ?Fundação?.

Vinicius 20/06/2023

Passei por uma Crise Seldon durante a leitura.
Comecei a ler sem pesquisar nada sobre a obra - geralmente faço isso com todos os livros que leio, mas com A Fundação foi um erro ): se eu soubesse que o livro era lançado em formato episódico nos anos 50, tenho certeza que a leitura teria sido muito mais fluída.

Dito isso, me senti um pouco perdido no final do primeiro arco e início do segundo - e ainda mais no início do terceiro rs

Mas depois que tudo encaixou, foi revelada a grandiosidade desse livro. Definitivamente é um dos melhores livros do gênero de ficção científica; a psico-história, as crises e os desenrolares políticos e diplomáticos alinhados aos interesses imperialistas dos resquícios do império (oras!) são os temas centrais e que - não tão impressionante, ainda são muito atuais.

Leitura obrigatória!

Hmen0n 20/06/2023

O destino...
Não é possível prever o destino de uma única pessoa, mas de uma sociedade, usando a psico-história, uma mescla de história, sociologia e matemática avancada... já é outra coisa.
O mestre Asimov conta a história da queda e do levante do Império, e da Fundação, que apressaria essa restauração.

Guilherme.Luky 18/06/2023

Sem palavras.
Fundação literalmente é um livro que pega a gente de jeito e leva pra passear. Eu achei esse livro incrível d diversas formas mas até hoje não sei dizer o porquê gostei tanto dele. Não sei se foi a forma como a história foi contada, os acontecimentos, as reviravoltas ou simplesmente a forma inteligente de contar a história que Isaac Azimov encontrou mad foi simplesmente incrível.

Rozana 18/06/2023

50 anos em 5. Digo, 30000 anos em 1000
Seldon cria um plano para minimixar os efeitos da decadência do imperio e que não leve mais que mil anos (em vez de 30 mil) para que um segundo imperio se erga e se estabelece. O liberto contra como as crises previstas nos primeiros 200 anos foram contidas.

Brujo 14/06/2023

Fundação: A Maior Saga da Ficção Científica
Após colocar a poderosa Fundação de joelhos e comprometer o plano Seldon a um nível quase irreversível, o Mulo agora reina absoluto na Galáxia, sem nada que lhe faça frente. Mas isso não é o suficiente: ele deseja encontrar e subjulgar a mítica Segunda Fundação, objetivo quase alcançado no livro anterior, se não fosse pela astúcia de Bayta Darell. É assim que começa "Segunda Fundação", terceiro livro da trilogia principal da saga Fundação, simplesmente nomeada pelo famoso prêmio Hugo como a maior obra de ficção científica e fantasia de todos os tempos, desbancando "O Senhor dos Anéis", do não menos genial J. R. R. Tolkien.
O livro foi publicado pela primeira vez em 1953 pela editora Gnome Press, mas suas duas partes já haviam sido publicadas anteriormente como contos na revista Astounding Science Fiction (sempre ela !). A primeira foi publicada em janeiro de 1948 sob o título de "Now You See It" e a segunda nas edições de novembro de 49 a janeiro de 1950 com o nome de "Now You Don't".
Parte 1 - A Busca do Mulo:
Desde que viu o paradeiro da Segunda Fundação lhe escapar pelos dedos, o Mulo busca por essa organização de forma frenética e interrupta. À frente desta busca está o General Han Pritcher, antigo membro das tropas da Fundação, atualmente convertido mentalmente, o segundo em comando.
Após cinco anos de buscas infrutíferas, o Mulo coloca na liderança das buscas um suposto prodígio de suas tropas, chamado Bail Channis. Mas ele pode não ser exatamente quem diz ser. Paralelamente, a Segunda Fundação, liderada pelo Primeiro Orador, trama uma contraofensiva contra o mutante.
Parte 2 - A Busca pela Fundação:
Anos após a morte do Mulo, a Fundação volta a se levantar e se torna mais uma vez próspera, porém os tempos de calmaria não irão durar, já que uma guerra contra o planeta Kalgan (antigo quartel general do Mulo) está cada vez mais próxima. Além disso, em Terminus, um grupo de 5 conspiradores se reúne com o objetivo de localizar e deter a Segunda Fundação, cada vez mais presente nos acontecimentos, movendo das sombras suas peças como um jogo de xadrez intrincado.
Basicamente o contexto é esse. Enquanto eu escrevo esta resenha, não paro de me questionar sobre qual dos três livros eu mais gostei, e a verdade é que não há uma resposta certa, a cada vez que eu penso sobre essa saga, mais eu gosto dela por diversos motivos diferentes: o primeiro livro tem a base de tudo, vemos a introdução da psico-historia, a criação da Fundação pelo personagem mais importante da saga, o grande Hari Seldon e vemos como seu legado se torna praticamente onipresente durante a história, mesmo centenas de anos após a sua morte, sua presença ecoa por toda a Galáxia. Como se isso não fosse suficiente, temos no primeiro livro Salvor Hardin e Hober Mallow, dois grandes líderes da Fundação, de períodos diferentes; em Fundação e Império temos possivelmente o vilão mais interessante já criado: o Mulo! A forma como ele é apresentado, sua ascenção culminando com a queda da poderosa Fundação, tudo sobre esse personagem é facinante! E não podemos nos esquecer de Bayta Darell, finalmente uma personagem de respeito e com um grande peso na trama! Basicamente ela salva o plano Seldon, por muito pouco; Por fim e não menos importante, vem Segunda Fundação, que finaliza a história do Mulo de forma brilhante, colocando-o contra um personagem tão poderoso quanto ele, o Primeiro Orador. Além de tudo, temos a Arkady Darell - neta de Bayta - como uma personagem muito carismática e inteligente.
Este terceiro livro é bem frenético em seu andamento, ele tem diversas reviravoltas e, dos três, é o que me pareceu mais inteligente, pela forma como Asimov resolve todas as questões da trama. Por exemplo: a forma como é descrita a real identidade de Bail Channis e seu embate com o Mulo é de cair o queixo, com uma fluidez que cada vez aumentava mais, principalmente quando o Primeiro Orador entra em cena e derrota o mutante. Um outro exemplo é como a conspiração é desenvolvida de forma elegante, com os mistérios sendo resolvidos aos poucos, principalmente pelo Dr. Toran Darell, pai de Arkady, outro personagem genial! Além disso, este terceiro livro tem uma quantidade de plot twists absurda, quase vertiginosa: a revelação de um membro da Segunda Fundação dentre os conspiradores, a revelação da identidade do Primeiro Orador (que não é o mesmo que derrotou o Mulo e sim um de seus sucessores) e - claro - a maior de todas: a revelação da localização da Segunda Fundação! Embora eu tenha antecipado essa resposta, tudo aconteceu de forma tão brilhante que pra mim não perdeu nada do impacto quando a revelação acontece, nas últimas páginas do livro (Asimov segurou essa até o último minuto!). O encerramento com a fala que faz referência à frase "Todos os caminhos levam à Roma" ainda nos faz lembrar a maior inspiração para esta saga: a história da ascenção e queda do Império Romano.
Para finalizar, preciso parabenizar a editora Aleph por essa edição unificada que é lindíssima, cheia de ilustrações muito bonitas e extras muito interessantes: uma matéria descrevendo todos os fatos que interligam as sagas dos robôs, do Império e Fundação, uma lista cronológica dos livros dentro do "Asimoverso" e uma entrevista bem legal com o Bom Doutor. Um outro fator importante com essa edição é o emocional: este livro me foi dado de presente pela minha grande amiga (oi, Jaque!), que ainda escreveu uma dedicatória linda, só para deixar este tesouro de livro ainda mais precioso!!
Eu tinha planos de encerrar por aqui a saga de Fundação por um tempo, retoma-la posteriormente, mas eu estou tão empolgado com esta história que eu acabei comprando o box com os quatro livros restantes... E vou continuar na sequência cronológica para saber mais sobre a Segunda Fundação, para só depois ir para as prequels.

TS: Genesis - The Lamb Lies Down On Broadway (1974) e Foxtrot (1972)