O exército de um homem só

O exército de um homem só Moacyr Scliar




Resenhas - O Exército De Um Homem Só


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Karol 14/02/2020

Triste
Capitão Birobidjan é um idealista visionário ou um louco atrás de uma utopia? Essa é a dúvida que acompanha o leitor ao desvendar as páginas de "Exército de um homem só". Livro interessante e capaz de promover muitas reflexões.
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AndrA.BrandAo 22/04/2019

livro chato. li por causa do título da música de engenheiros do hawaii
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Ana 18/11/2016

"Quando a aurora chegar, plantem o trigo por mim. Quando o futuro chegar, quando os homens forem irmãos e se derem as mãos, plantem o trigo por mim. Quando as crianças puderem correr felizes pelos campos, sem medo da fome e da guerra, plantem o trigo por mim. Eu viverei nas espigas maduras..."
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Manu 13/02/2016

O Exército de um Homem Só é uma obra literária produzida por Moacyr Scliar e incorporada à literatura brasileira como uma das peças de ficção mais importantes da década de 70. O livro, cujo contexto é a ditadura militar, possui um pano de guerra no qual é abordado, em todas as partes da leitura, sobre a revolução russa, Stalin, socialismo versus capitalismo, dominação Israelense.
Mayer, protagonista, originário de uma família judia, na qual o pai, representante, aspira que seu filho se torne um rabino, líder religioso dos judeus, por meio dos estudos da Torá que poderiam desenvolver em Mayer o gosto pela futura profissão. Embora o pai insista em pregar a importância da religião, Mayer é um jovem excêntrico, revolucionário, que tem ideias totalmente avessas da família, pois deseja a construção de uma nova sociedade, frase que é retomada, constantemente, no decorrer da história, e, devido a isso, este com a sua astúcia e valentia, vai à busca dos seus objetivos com a força de um touro. Fisicamente, Mayer apresenta-se como um jovem frágil e magro, pois teimava em não comer a comida da mãe, teimava que queria comer porco, mas quando este era servido à mesa, ele teimava que não queria mais. O jovem idealista é amante de Rosa de Luxemburgo, Walt Whitman, com seus versos: “Pioneiros! Ó Pioneiros!”... , do livro dos piratas e etc. Junto aos seus amigos: Léia, Marc, José Goldman, companheiros da colônia coletiva, Mayer, na propriedade do pai de Marc, desenvolve seu projeto da Nova Birobidjan, recinto criado pelo personagem, o qual é representado como o lugar da libertação dos judeus, em que eles podiam estabelecer uma sociedade igualitária. Apesar da benevolência e do espírito de guerra que o personagem carrega sobre ele mesmo, o seu viés humanitário, por vezes, demonstra-se exageradamente aflorado, desencadeando uma confusão entre o real e o imaginário, o qual é responsável pela aparência de louco que Mayer vai adquirindo ao longo do tempo.
Em relação a essa característica marcante da personalidade de Mayer, é possível compará-la a Dom Quixote, personagem da obra literária “Dom Quixote de La Mancha”, pois tanto um quanto o outro possuem uma mente visionária, um jeito lunático que se assemelha à loucura, estado crônico dos dois personagens. Outro aspecto levantado no livro é a afinidade que Mayer tem com os animais, como a companheira cabra, o companheiro porco, e a companheira galinha, essenciais para cobrirem as responsabilidades do Comitê do Povo e, em um futuro próximo, cadáveres do Mausoléu – cemitério dos bichos falecidos.
Com relação a essa afinidade do personagem com os animais, é possível desenvolver uma análise de que os bichos são humanizados por Mayer, o qual os trata como companheiros bípedes, capazes de possuírem os mesmos atributos humanos, como a execução de um trabalho racional dotado de responsabilidades e prazos. Portanto, a loucura de Mayer é observada e mapeada pelo próprio leitor, por meio dessas conclusões de que o personagem não consegue distinguir um animal de um homem, ou, talvez, queira acreditar em uma verdade “Mayerana” de que no mundo do Capitão Birobidjan – Mayer -, há a possibilidade de um animal ser um ser pensante. A obra “A revolução dos Bichos”, de George Owell, desenvolve um tema em comum, pois os animais se espelham aos humanos, uma vez que estes pensam, falam e lideram. Os porcos, no caso, são a espécie dos ditadores que ordenam e escravizam os demais bichos. Um exemplo de que os porcos são reflexos dos humanos é o fato de que estes vão se metaforizando em uma formação bípede, ou seja, eles adquirem o arquétipo do homem. A obra é uma fábula que satiriza o autoritarismo, o egoísmo e a ambição, que, independente de ser um homem ou um animal, à busca pelo poder sempre existiu e existirá.
Enfim, a meu ver, “O Exercito de Um Homem Só” é um livro bem escrito, com uma sequencia de inicio, meio e fim completa, não deixando nenhuma lacuna solta para que o leitor ficasse em dúvida ou sem ligar um fato ao outro, pois todos os detalhes da historia foram significativos para a análise, a trama e a manifestação de diversos sentimentos que em mim se apresentaram. Moacyr Scliar soube desenvolver um enredo temático, onírico e emocionante. E, em homenagem ao velho, idealista e louco Mayer: - Iniciamos neste momento a construção de uma nova sociedade. Hastearei a bandeira ao mastro! Viva os pioneiros, viva os pioneiros!
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Fabio Vergara 09/03/2015

Dica de leitura: O Exército de Um Homem Só (Brasil. 1973).
Sinopse: Em 1916, judeu russo chega a Porto Alegre; lá, decide liderar revolução para instaurar novo modelo social.

Nota (0-10): 9.

Há dois alelos diretos em OEdUHS: “Dom Quixote” (Cervantes) e “A Revolução dos Bichos” (Orwell). Do primeiro, Scliar constrói Mayer Guinzburg, o “Capitão Birobidjan”. A obsessão, sonho, idealismo, e uma pitadinha de esquizofrenia fazem do Capitão um sujeito nada sadio. Da obra de Orwell, por sua vez, há a crítica ao sistema social, por vezes direta, noutras por metáforas ou prosopopeias (Birobidjan conversa com animais e objetos: Companheira Galinha, Companheira Enxada etc.). Aliás, as figuras de linguagem são espetaculares. Por exemplo, sua relação com a comida, que sempre há alguém lhe fazendo descer goela abaixo, numa “luta de classes à mesa” (que Mayer sempre perde). Além disso, Scliar abusa de repetições e verbos no futuro, que dá fluidez à leitura, apesar de algumas retomadas desnecessárias. Porém, isso também dá um tom divertido ao personagem, como no episódio do banheiro, impagável (“No passarán!”). Parafraseando Guinzburg: Encerro agora a resenha de uma excelente obra!
Manu 12/02/2016minha estante
como escrever uma resenha nesse site? Estou completamente perdida


Fabio Vergara 16/02/2016minha estante
Oi.

Você abre a sua estante e localiza o livro que você quer resenhar. Quando achá-lo, haverá um botão "+" em cima, clique nele. Uma janela surgirá. Do lado esquerdo, há várias opções, dentre elas "Resenha". Clicando ali, abre o campo para escrever o título e o texto da resenha.

Espero ter ajudado.




Késia R. 23/10/2014

Clássico. Muito bom!
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Natália 25/07/2014

O Quixote de Porto Alegre
Este é mais um dos maravilhosos personagens o gaúcho Moacyr Sciliar. O quixotesco, Mayer Guizburg desde criança é diferente das outra crianças judias da região, este sonha com uma sociedade igualitária e fraternal onde os judeus estariam livres das amarras do capitalismo e da religião. Este livro acompanha a vida e os sonhos do bem-humorado e contraditório Mayer, e a "Construção" de sua comunidade, a Nova Birobidjan.
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Pettmaster 23/06/2014

A Construção de Uma Nova Sociedade
É um livro fantástico, traz a trajetória de um verdadeiro sonhador, tudo o que sempre quis foi desenvolver uma sociedade nova sociedade integrada, onde todos trabalhassem para todos, longe da burguesia. Um típico sonhador socialista.

Desde pequeno pensava em desenvolver tal sociedade, arranjando companheiros, criando a horta da nova sociedade, o jornal A Voz de Nova Birobidjan, o Comitê Político, o Tribunal do Povo e outras instituições. Nenhuma vez prosperou, porém durante toda a sua vida não mediu esforços para desenvolver tal sociedade.

O Capitão Birobidjan tem sonhos tão fortes, tão fantasiosos, acarretando em momentos hilários e que com certeza trarão grandes risadas.

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Deividy 12/06/2014

Cheguei a este livro por uma música do Engenheiros da Hawaii, com o mesmo título do livro. ótima leitura. o tom quixotesco deixa a leitura ser demasiada agradável. uma espécie de policarpo quaresma mais moderno.
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Clio0 09/06/2014

"Em paredes de banheiro, nas folhas que o outono leva ao chão, em livros de História, seremos a memória dos dias que virão, se é que eles virão..."

Certo, vamos admitir uma coisa, quem tem mais de trinta anos, provavelmente pegou esse livro já (e talvez só) cantarolando a música.

Se Humberto Gessinger escreveu um dos clássicos do rock nacional inspirado nesse livro, verdadeiramente não importa. Pois, a obra não precisa disso para matar a pau um dos mitos da história nacional.

Se você não sabe do que estou falando, é melhor correr atrás de um livro de história e tentar procurar alguma coisa sobre colônias anarquistas no sul do Brasil. Ou não. Você pode simplesmente ler o livro e se deliciar com a típica cultura brazuca que (com o perdão da expressão) fode com tudo pretensamente sério - não por ser debochada, mas justamente por ser pé-no-chão.

O Exército de um Homem Só conta a história de um pseudo-ativista do anarco-comunismo no Brasil. Tudo na verdade começa sério e pesado, como talvez Germinal de Zola, ou qualquer outro clássico do mesmo tema. E assim, sem nunca divulgar o que realmente pretende, o autor vai impiedosamente dilacerando cada um dos passos do nosso "herói".

Não há lirismo aqui, não há pampa pobre ou continentes e arquipélagos, temos apenas a exposição nua e crua que tem mais a ver com a realidade e certas figuras atuais do que se pode imaginar.
Alessander.Oliveira 05/11/2021minha estante
?????????




spoiler visualizar
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Saionara.Zakrzevsk 06/01/2014

Bem, esperava mais do livro, mas ao ler percebi que exige uma maior sensibilidade do leitor, conhecimento sobre diversos assuntos e aborda até mesmo aspectos da saúde mental...
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Laura Bernardes 01/08/2013

O Exército de um Homem Só - Moacyr Scliar (Editora L&PM Editores)
Me surpreendi bastante com esse livro, não era nada do que eu esperava (de um jeito bom). O personagem desenvolvido por Scliar é muito intrigante, e o livro tem um certo humor e uma ironia que deixa o leitor bem envolvido com a história. Amei o enredo, essa ideia de uma sociedade socialista e um cara que queria mudar o mundo sozinho.
No início foi tudo ótimo, no fim perdi um pouco o ritmo de leitura, parece que a coisa não andava mais. Mesmo assim o fim é bom, mas me parece que enquanto vai passando vai ficando mais "pesada" a leitura.
Quanto à editora, letras em um ótimo tamanho, bem espaçadas, não encontrei nenhum erro de digitação, a capa também achei bem legal. Só as páginas que me intrigam um pouco, não gosto quando elas são brancas porque refletem mais a luz, prefiro as páginas mais amareladas. Mas só isso mesmo.
Uma ótima obra brasileira, que mostra todo potencial literário do país.
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sonia 13/05/2013

para passar o tempo
Apesar do estilo impagável, entre ironico e comico, do autor, o livro é meio cansativo. Há uma inspiração claramente autobiográfica nos personagens, judeus russos erradicados no Brasil, e criam-se situações divertidas quando o personagem principal começa a utilisar no Brasil todo um jargão potílico baseado em suas ideologias radicais, ligeiramente fora de contexto - aí começam as confusões, engraçadas, bem colocadas, inteligentes, porém, a meu ver, excessivas.
Em minha opinião, o assunto daria um excelente conto - que tem a qualidade de ser curto. Sem esgotar o tema, o leitor se diverte; alongá-lo tem o efeito oposto.
San... 23/06/2013minha estante
Não li este, mas não apreciei o estilo do Autor


leitorDedicado 25/06/2015minha estante
Todos os livros do Moacyr são cansativos...




Rafael 12/01/2013

tragicomico
Mayer Guinzburg me fez rir bastante, mas também deixa um certo gosto amargo, pelas situações que gera. Bem cara de Dom Quixote!
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