O demônio do meio-dia

O demônio do meio-dia Andrew Solomon




Resenhas - O Demônio do Meio-dia


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_bbrcam 14/06/2023

Ainda agora não acredito que terminei esse livro
Ele, com certeza, foi um divisor de águas para mim. Essa leitura me impressionou MUITO. Com casos reais e usando seus próprios exemplos, o autor faz um retrato da depressão. Trazendo diversas perspectivas e contextos, esse livro é incrível para compreender mais sobre essa doença e sobre pessoas que sofrem com ela.

INCRÍVEL.

"A medicina não nos reinventará. Jamais escaparemos da própria escolha. O eu de alguém reside em escolher, reside em cada decisão, a cada dia. Eu sou quem escolhe tomar remédio duas vezes por dia. Eu sou quem decide conversar com meu pai. Que escolhe ligar para meu irmão, ter um cachorro, sair da cama (ou não) quando o alarme dispara. E que também às vezes é cruel e às vezes absorto em si mesmo e às vezes negligente. Há uma química por trás de minha ação de escrever este livro, e talvez, se eu conseguisse dominar essa química, fosse possível atrelá-la para escrever outro livro, mas isso seria uma escolha. Pensar me parece uma prova menos convincente de minha existência do que decidir. Nossa qualidade humana não está em nossa química nem nas circunstâncias do mundo, mas em nossa vontade de lidar, com as tecnologias disponíveis, com o tempo em que vivemos, com nossa própria personalidade, com nossa idade e circunstâncias."

(Se você ler, saiba que existem informações MUITO antigas e algumas opiniões que eu não concordo sobre. Mas é um livro antigo, o autor mesmo fala que o que ele fala pode não valer anos depois. SAIBA DISSO ANTES DE LER!!! Pensando na perspectivas dos relatos, é uma leitura muito válida!)
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Thiago 05/05/2020

Muito Bom !!!
Livro extremamente completo referente a Depressão, o próprio auto narra a sua experiência com a doença. Ele explana até os remédios e procedimentos utilizados para o tratamento. Vale muito a pena ler !!!!
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Giulia 16/05/2020

.
O demônio do meio-dia é um ótimo companheiro para pessoas que têm depressão, ajudando a entender melhor esse mal do século e perceber que não estamos sozinhos nessa jornada.
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Gabms 19/05/2020

Excelente!
Para quem procura entender mais sobre o fenômeno da depressão esse livro é essencial. O autor fala de sua própria experiência, conta caso de várias pessoas e apresenta dados científicos sobre a depressão. É uma leitura densa, alguns capítulos são muito carregados de informação, principalmente os que focam em termos e explicações científicas. Aprendi muito sobre a depressão e aprendi a ter um olhar mais sensível. Esse livro me ajudou a perceber e entender diversas coisas. Muito bom, super recomendo!
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Caio Klauberg 23/03/2024

Não será fácil, mas valerá a pena
"O Demônio do Meio-dia" é, sem sombra de dúvida, uma obra prima! Uma verdadeira dissecção da depressão.
Sua leitura não é das mais fáceis, especialmente para aqueles que, como eu, não são da área da saúde e desconhecem termos e conceitos de medicina e farmacologia que envolvem as doenças mentais e seus tratamentos.
De toda forma, a clareza e didática de Andrew Solomon fazem até o maior do leigos compreender o que está sendo dito.
Indubitavelmente, o ponto alto da obra são os relatos reais apresentados, incluindo os do próprio autor. Dois deles, em especial, tocaram-me no "fundo da alma".
Como cereja do bolo, o capítulo final, intitulado "Esperança", traz acalento e ânimo para aqueles que sofrem com depressão, ou que convivem com algum doente. Dias melhores virão e, por mais que o caminho seja difícil, persistir valerá a pena!
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alemesquitaneto 20/02/2021

Livro difícil, porém necessário. Demorei bastante para terminar a leitura, porque apresenta passagens muito pesadas, entrevistas de pessoas que sofreram muito por causa da depressão ou antes dela. Ainda assim, uma leitura indispensável.
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Luis 20/08/2017

Para iluminar a escuridão
Há uma pequena fábula, muito popular no YouTube, que compara a depressão a um enorme cão negro que, faça chuva ou sol, acompanha fielmente seu portador, minando suas energias em cada atividade cotidiana. Pode por lá permanecer décadas, agressivo, rosnando e mostrando os dentes ou em suspeita hibernação, como vulcão, falsamente extinto. O curioso é que tal fera, muitas vezes, mostra-se invisível aos outros e talvez essa seja a maior contribuição de “O Demônio do Meio Dia” (Companhia das letras, 2014) : jogar luz sobre os becos escuros onde estão os que sofrem dos “males da alma”.
Andrew Solomon é jornalista e, partindo de sua própria experiência com a doença, consolidou um verdadeiro tratado sobre o assunto, pontuadas por diversos estudos de caso, mostrando as diferentes faces da depressão, dando voz tanto a pacientes, quanto a técnicos e especialistas do assunto. Todo esse imenso material (quase 600 páginas) embaladas em uma prosa elegante e de rara sensibilidade, herdeira legítima da melhor tradição do new journalism americano, não por acaso, o primeiro grande “rascunho” da obra foi publicado na New Yorker, bíblia do jornalismo literário.
O livro nos surpreende ao quebrar mitos que permeiam a discussão rala que envolve o tema, notadamente refletido nos muitos manuais de auto ajuda disponíveis no mercado. A trajetória de autor, que teve a sua primeira grande manifestação de depressão em um momento de plenitude profissional, quando lançava seu elogiado romance de estreia, ajuda a quebrar o paradigma que estabelece uma relação de causa e efeito entre surtos depressivos e episódios de frustrações e perdas, por sinal, situações que estão presentes na vida de todos, mesmo daqueles notadamente saudáveis. Ou seja, para quem tem a doença, até os momentos de sucesso podem desencadear crises.
Um outro aspecto interessante, entre os muitos abordados ao longo dos doze capítulos, é o que estabelece uma nova interpretação da distribuição social da depressão. Para muitos, trata-se de uma patologia de “rico”, impressão reforçada sobretudo pela crueldade que estabelece um funil no acesso aos recursos que permitem o diagnóstico e o tratamento adequados. “O Demônio do meio dia” nos mostra que a incidência se dá em proporções semelhantes em todas as classes, cabendo às mais abastadas, a facilidade na utilização dos recursos, consulta com psiquiatras e obtenção de medicamentos, que auxiliam a manter sob controle o ‘cão raivoso”, minimizando os impactos sobre suas vidas. Do lado dos pobres, a óbvia situação de privação ou limitação de tratamento, os deixam em situação de deprimidos crônicos. Até aí, não é difícil de intuir. A originalidade da discussão proposta por Solomon nesse tópico, está na pulverização da lógica de que a pobreza leva à depressão, quando, na verdade, tudo indica ser o contrário : a depressão, diagnosticada ou não, levando à pobreza, já que no auge de suas crises, o paciente é assolado por um estado intenso de apatia, o que arruína a sua produtividade e praticamente cessa suas chances de ascensão, reforçando um círculo vicioso que não raro se perpetua por gerações, lembrando que não é desprezível o traço hereditário da doença.
Baseado na minha experiência de quase 14 anos convivendo com pacientes em tratamento, posso afirmar que, embora existam fortes especificidades locais, principalmente no que concerne às questões que envolvem o nosso sistema público de saúde, os relatos e as reflexões propostas pelo autor americano são lições fundamentais, sobretudo para aqueles que lutam na trincheira da humanização das políticas aplicadas à aos processos de saúde mental.
Por fim, talvez a mensagem que resuma obra tão monumental é a de que o contrário da depressão não é necessariamente a felicidade, afinal, as tristezas fazem parte da nossa trajetória. O contrário da depressão é a vida. Clara e bela como o sol ao meio dia, sem estar ofuscado por nuvens cinzentas ou demônios.
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Carla.Parreira 01/02/2024

O Demônio do Meio-Dia (Andrew Solomon). Melhores trechos: "...Enquanto eu escrevia este livro, perguntavam-me frequentemente se a escrita era catártica. Não era. Minha experiência está de acordo com a de outros que escreveram sobre esse campo. Escrever sobre depressão é doloroso, triste, solitário e estressante. Contudo, a ideia de que eu estava fazendo algo que poderia ser útil a outros era gratificante; e o aumento de conhecimento me tem sido útil. Espero que fique claro que o prazer primordial deste livro é mais de comunicação literária do que libertação terapêutica da expressão pessoal... Quando se está deprimido, o passado e o futuro são absorvidos inteiramente pelo momento presente, como no mundo de uma criança de três anos. Você não consegue se lembrar de um tempo em que se sentia melhor, pelo menos não claramente, e com certeza não consegue imaginar um futuro em que se sinta melhor. Estar perturbado, mesmo profundamente perturbado, é uma experiência temporal, enquanto a depressão é atemporal. Colapsos o deixam sem qualquer ponto de vista. Muita coisa acontece durante um episódio depressivo. Há mudanças na função do neurotransmissor, mudanças na função sináptica, aumento ou decréscimo da excitabilidade entre neurônios, alterações de expressão de gene, hipometabolismo (geralmente) ou hipermetabolismo no córtex frontal, níveis elevados de hormônio liberado pela tiroide (TRH), perturbação da função na amídala e possivelmente no hipotálamo (áreas dentro do cérebro), níveis alterados de melatonina (hormônio que a glândula pineal fabrica a partir da serotonina), aumento da prolactina (o lactato aumentado em indivíduos predispostos à ansiedade trará ataques de pânico), diminuição de temperatura corporal durante o período de 24 horas, distorção da secreção de cortisol durante o período de 24 horas, perturbação do circuito que liga o tálamo, os gânglios basais e os lobos frontais (mais uma vez, centros no cérebro), aumento de fluxo sanguíneo para o lobo frontal do hemisfério dominante, diminuição de fluxo sanguíneo para o lobo occipital (que controla a visão), diminuição de secreções gástricas. É difícil saber o que deduzir de todos esses fenômenos... Se uma pessoa é submetida a estresse demais e a um nível excessivamente elevado de cortisol por tempo demais, começa a destruir os neurônios que deviam regular o circuito de feedback e a desligar o nível de cortisol depois de o estresse ter passado. Em última análise, isso resulta em lesões no hipocampo e na amídala, uma perda de tecido da rede neuronal. Quanto mais tempo se permanece deprimido, maior a probabilidade de ocorrer uma lesão significativa, o que pode levar à neuropatia periférica: sua visão começa a desaparecer e várias outras coisas podem dar errado. Isso reflete a necessidade de tratar a depressão não só quando ela ocorre, mas também impedir sua recorrência... O quietismo pode ser heresia, mas essa ideia é um dos dogmas centrais de minha fé. Você não tem que entender o que acontece. Eu costumava pensar que tínhamos que fazer algo da vida embora ela fosse desprovida de significado. Ela não é sem sentido. A depressão o faz acreditar em certas coisas: que você não tem valor e devia estar morto. Como se pode reagir a isso senão com crenças alternativas?... Meu guia espiritual me disse recentemente que o Espírito Santo usa meu inconsciente o tempo todo! Na terapia aprendi a levantar as barreiras ao redor de meu ego; na igreja, aprendi a deixá-las cair e me unir ao universo, ou pelo menos a uma parte do corpo de Cristo... Perguntei a meu sacerdote: ‘Qual é o objetivo desse sofrimento?’. E ele disse: ‘Detesto frases que contenham a palavra sofrimento junto com a palavra objetivo. Sofrimento é só sofrimento. Mas acredito que Deus está com você durante este processo, embora eu duvide que você consiga sequer senti-lo’... A luz estimula o hipotálamo, onde estão baseados muitos sistemas — do sono, da fome, da temperatura, do impulso sexual — que a depressão desregula. A luz também influencia a síntese da serotonina na retina. Um dia ensolarado oferece cerca de trezentas vezes mais luz que o interior de uma casa... Acredito que uma massagem prolongada, que desperta o corpo que a depressão separou da mente, pode ser uma parte útil da terapia... Não é apenas o interesse por sexo que se vai, há também uma perturbação física: não consigo sequer ficar excitada! Talvez eu tenha 2% de interesse durante a ovulação, e esse é o ponto alto do mês. Mas está tudo muito melhor. Meu marido é tão doce. Ele diz: ‘Não casei com você pelo sexo, isso não tem importância’. Acho que está bastante aliviado por eu não ser mais o monstro que fui logo depois do casamento. Nossa vida se estabilizou. Posso ver em meu marido as qualidades que eu desejava — a segurança emocional voltou. A sensação de aconchego voltou. Sou muito carente, e ele está preenchendo essas necessidades, e adora ficar abraçadinho também. Ele me fez sentir que sou uma boa pessoa. E me sinto feliz de novo por estar com ele. Ele me ama e isso agora é um grande tesouro. Pelo menos 80% de nosso relacionamento é maravilhoso... As pessoas que vivem bem apesar da depressão fazem três coisas. Primeiro, procuram compreender o que está acontecendo. Depois, aceitam que é uma situação permanente. E em seguida, têm que superar sua experiência de algum modo, aprender com ela e se colocar no mundo das pessoas reais. Uma vez que você já compreendeu e já superou, percebe que pode interagir com o mundo, viver sua vida e prosseguir em seu emprego. Você para de se sentir tão aleijada e tem uma enorme sensação de vitória! O deprimido que consegue deixar de olhar para o próprio umbigo não é tão insuportável quanto o que não consegue... Em parte, o mais horrendo da depressão, e especialmente da ansiedade e do pânico, é que eles não envolvem uma escolha: são sensações que lhe ocorrem sem razão alguma... O suicídio é a rebelião da mente contra si mesma, uma dupla desilusão de uma complexidade que a mente perfeitamente deprimida não consegue abarcar. É um ato voluntário para libertar-se de si mesmo. O tom menor da depressão dificilmente poderia imaginar o suicídio; é preciso o brilhantismo do autorreconhecimento para destruir o objeto desse reconhecimento. Por mais equivocado que seja o impulso, pelo menos é um impulso. Se não há outro conforto num suicídio não evitado, pelo menos há esse pensamento persistente de que ele foi mais um ato de coragem deslocada e força infeliz do que um ato de total fraqueza ou de covardia... Embora a melancolia estivesse em voga no final do século XVI, o suicídio era proibido por lei e pela Igreja, e a proibição era fortalecida por sanções econômicas. Se um homem na Inglaterra daquela época cometesse suicídio, sua família teria que desistir de todos os seus bens móveis, inclusive arados, ancinhos, mercadoria e outros pertences necessários para qualquer tipo de trabalho... A ansiedade e a depressão se correlacionam do mesmo modo que medo e sofrimento. Tememos um mal futuro; sofremos por um mal que já ocorreu. Assim, a ansiedade é desalento sobre o que acontecerá, e a melancolia é desalento sobre o que aconteceu. A ansiedade ocorre quando você quer algo que sabe que não devia ter e por isso não tenta obter, enquanto a depressão ocorre se você quer algo, tenta obtê-lo e falha... Embora a depressão seja um fardo terrível, é ainda mais traumática para aqueles com várias doenças físicas e psicológicas. A maioria dos indigentes deprimidos sofre de sintomas físicos e é propensa a ataques em seus sistemas imunológicos. Se é difícil fazer alguém acreditar que sua depressão e sua vida infeliz são coisas distintas, é mais difícil ainda convencer alguém com uma doença mortal de que seu desalento pode ser tratado. De fato, a aflição da dor, a aflição perante as difíceis circunstâncias da vida e uma aflição sem objeto podem ser separadas, e a melhora numa dessas áreas, por sua vez, melhora as outras... Não temos, neste momento, um sistema claro para classificar os diferentes tipos de depressão e suas diferentes implicações. É pouco provável que ela tenha uma explicação única. Se ocorre por inúmeras razões, precisaremos usar sistemas múltiplos para examiná-la. Há um certo descuido, próprio dos modos correntes de classificação, que pega uma pitada de pensamento psicanalítico, um pouquinho de biologia e algumas circunstâncias externas e os mistura numa salada maluca. É preciso desemaranhar depressão, sofrimento, personalidade e doença antes de poder realmente entender os estados mentais deprimidos... É também possível que a própria estrutura da consciência abra um caminho para a depressão. Os evolucionistas contemporâneos trabalham com a ideia do cérebro trino (ou de três camadas). A parte mais interna do cérebro, a reptiliana, que é semelhante à que encontramos em animais inferiores, é a sede do instinto. A camada do meio, a límbica, que existe em animais mais avançados, é a sede da emoção. A camada de cima, encontrada apenas em mamíferos superiores como primatas e humanos, é a cognitiva e está ligada ao raciocínio, às formas avançadas de pensamento e à linguagem. A maioria dos atos humanos envolve as três camadas do cérebro. A depressão é uma preocupação distintamente humana. É o resultado de disjunções de processamento nos três níveis, é a consequência inevitável de se ter instinto, emoção e cognição, todos funcionando simultaneamente em todos os momentos. A tríade do cérebro às vezes falha em coordenar sua resposta à adversidade social... Os depressivos veem o mundo com clareza demais, perderam a vantagem seletiva da cegueira. A percepção e o pensamento humanos normais são marcados não pela precisão, mas por ilusões positivas autoenaltecedoras com respeito ao eu, ao mundo e ao futuro. Além disso, essas ilusões parecem ser realmente adaptativas e promovem mais do que minam a saúde mental. Os levemente deprimidos parecem ter visões mais precisas de si mesmos, do mundo e do futuro do que as pessoas normais; e nitidamente não têm as ilusões que promovem a saúde mental das pessoas normais e as protege das contrariedades... Pessoas que passaram por uma depressão e estão estabilizadas costumam ter uma consciência aguda da alegria da existência cotidiana. Parecem capazes de uma espécie de êxtase imediato e de uma apreciação intensa por tudo que é bom em suas vidas. Em primeiro lugar, se são pessoas decentes, podem muito bem se tornar extraordinariamente generosas. O mesmo pode ser dito de sobreviventes de outras doenças, mas mesmo alguém que emergiu miraculosamente do pior câncer não tem a 'meta-alegria' — a alegria de poder experimentar e dar alegria — que enriquece a vida dos que passaram por uma depressão severa. Essa ideia está elaborada no livro Productive and Unproductive Depression [A depressão produtiva e improdutiva], de Emmy Gut, que defende que a longa pausa forçada pela depressão e a ruminação durante essa pausa muitas vezes fazem com que as pessoas mudem suas vidas de modos úteis, especialmente depois de uma perda... Muitos me perguntam o que fazer para ajudar amigos e parentes deprimidos, e minha resposta é simples: procure mitigar o isolamento deles. Faça-o através de xícaras de chá ou com longas conversas, sentando-se num aposento próximo e ficando em silêncio ou de qualquer outro modo que se ajuste às circunstâncias, mas façao. E faça-o com boa vontade... O ato de amar é estar lá, simplesmente prestando atenção, incondicionalmente. Se a pessoa está sofrendo naquele instante, é isso o que está fazendo, ponto. Você está participando daquilo — não tentando loucamente fazer algo a respeito... Nenhum de nós teria escolhido a depressão dentre as qualidades que o céu nos oferece, mas quando ela nos é dada, aqueles de nós que sobreviveram descobrem algo nela. É isso que somos... Você não derrota a depressão. Aprende a administrá-la e faz concessões a ela..."
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Marcos Nandi 03/09/2021

Bom!
O livro, aborda de uma forma muito interessante a questão biológica da depressão, por se tratar de uma doença não só química, mas também física. E que existe desde que o mundo é mundo. Inclusive, com o mesmo conceito, contexto e preconceito, desde a idade média. Importante dizer que no renascimento, surge a romantização da depressão, ou seja, o gênio - artista incompreendido e melancólico. O artista que consegue se expressar apenas com a arte e que é incompreendido por todos.

O autor aduz que a ciência não sabe conversar de forma simples. E que diferente de doenças como diabetes e HIV, a depressão ataca o físico e o mental, e não possui um padrão. Matando mais que as doenças citadas acima, além de matar mais que o câncer e as guerras.

Do ponto pessoal do autor, ele diz que desenvolveu a doença estando numa vida confortável e o começo da doença se deu na infância. Até que a mãe adoeceu. E acabou comentendo eutanásia. Essa parte foi emocionante.

Além disso tudo, ele ainda defende o uso de remédios aliados a terapia, fala sobre o eletrochoque, e usos de ervas sem comprovação científica. Gosto também, quando ele fala sobre orientação sexual. Achei bem tocante e me marcou...


E ainda, fala sobre depressão em adolescentes e idosos, como a depressão se confunde com a idade e sobre a questão do vício.. o vício que causa depressão ou o oposto?

Porém, nem tudo são flores hahaha há uma
discussão boba sobre quem tem mais depressão (homens ou mulheres). O autor se torna passivo-agressivo nessa parte. Mas concordo que o sistema biológico feminino é diferente do masculino.

Quanto a edição, me irrita que a nota de rodapé é no fim do livro e não no fim da página.

Isso não é nem 10% do livro. Vale a pena a leitura.
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Thejoaogrilo 30/06/2020

Depressão em sua totalidade
Solomon vai até o fundo e disseca tanto sua depressão como a de inúmeras pessoas ao longo do livro. É um livro denso porém honesto. Um retrato mais fiel a cerca da depressão, tão comum mas ao mesmo tempo tão misteriosa
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Nadla1 26/03/2024

Depressão
Esse livro foi o primeiro que li sobre o assunto.
Tinha acabado de ser diagnosticada com a doença.
Minha terapeuta pediu para que eu fosse ler saber mais do assunto e assim fiz. E criei esse nosso hobby de ler e foi a melhor coisa que fiz. Solomon trata do assunto de maneira cirúrgica!
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Flávio 11/04/2018

Informativo
O livro de forma geral é bastante interessante, o tema "depressão" é bem abordado. Por isso, em alguns momentos a leitura fica massante, mas, ainda assim, vale a pena lê-lo.
Minha crítica fica por conta da abordagem sobre os antidepressivos, pois, particularmente, não acho que esse seja o melhor caminho para quem tem uma depressão em um nível entre baixo e médio. Esses remédios para a depressão, geralmente, causam efeitos colaterais. O autor cita ao longo do livro prozac e afins, entendo que a depressão dele foi em um nível avançado e, por isso, existiu a necessidade de remédios, mas a forma com que ele fala sobre, me dá a impressão de que é necessário a medicação para se curar, o que nem sempre é uma verdade.
Talvez tenha sido uma impressão errada, visto que eu tenho um certo preconceito quanto ao uso de antidepressivos, pois ao meu ver estes devem ser usados apenas em casos extremos. A terapia (com psicólogo (a)) é o melhor método para o controle da depressão, digo controle pois para mim não existe cura, o depressivo pode superar a depressão, mas haverá sempre a possibilidade de recaída. É claro que em casos extremos de depressão se faz necessário o uso de remédios que, infelizmente, podem causar dependência.
OBS: É a opinião de um leigo, um alguém que passa por esta doença, não tenho nenhuma formação na área. Mas, os que tem conhecimento cientifico sobre o tema possuem opiniões que divergem, enquanto os psiquiatras acham que o caminho é a medicação com antidepressivos, os psicólogos optam por ensinar ao depressivo a enfrentar mentalmente a doença. Eu, prefiro a opinião dos psicólogos, por experiência própria.
melissa 29/11/2018minha estante
Acredito que isso ainda é o estigma do remédio psiquiátrico. Qual o problema de tomar? As pessoas não tomam remédio pra colesterol e fazem controle com nutricionista ao mesmo tempo? Dizer que só se deve tomar medicamentos em casos extremos é perigoso, pois aumenta o preconceito. Tenho a doença num nível que poderia ser considerado leve a moderado. Faço terapia e com certeza os recursos que aprendo lá são essenciais, mas o medicamento me permite uma vida normal, sem efeitos físicos da doença. Os antidepressivos atuais têm poucos ou nenhum efeito colateral, mas tem que ter paciência pra testar e ver qual o melhor tipo pro organismo. Tomei Prozac por um ano e não ajudou muito, mas o Bup sim, e não tenho efeitos. Espero que as pessoas parem de ser preconceituosas com remédios pra doenças mentais. Por trás disso está o discurso "Vc é fraco e não aguenta. Quem é forte sai sozinho da depressão" E isso não apenas não é verdade como é perigoso.


Flávio 30/11/2018minha estante
Oi Melissa, obrigado por sua opinião!
Como falo no texto sou leigo e tenho sim o certo pré conceito sobre medicação. Discordo de você no que tange ao "vc é fraco..." JAMAIS falaria um absurdo desses ate pq eu sinto na pele a doença, então não cabe esse tipo de julgamento da minha parte.
Meu pre conceito vem principalmente pq penso que a pessoa acabe por achar que o remedio é que esta fazendo ela bem e, assim, fique viciada. Passe a pensar que sem ele, ela não vai conseguir superar a depressão (deixo claro aqui, que não estou generalizando).
Eu vou lhe da meu exemplo, há cerca de 10 anos que enfrento uma depressão muito grave que teve como consequencia um transtorno de ansiedade. Eu lutei muito para não tomar remedio, em um dado momento vendo uma das minhas crises a psicologa que eu me tratava disse que não tinha jeito que eu precisava ir ao psiquiatra para me tratar.Lá fui eu, tomei prozac, ocadil... e não via resultado. Mas, não fiquei triste. Pois, eu tinha receio de que eu me sentisse bem com o remedio e ficasse com dependencia dele. Imaginava eu trabalhando e de repente algupem falasse para eu apresentar um trabalho e quando eu fosse tomar o remedio para me acalmar cade ele? Esqueci em casa. Imagine a crise que eu teria nesse momento? Então, eu venho enfrentando a depressão e a ansiedade sem rémedio mesmo, por mais dificil que seja eu sigo assim. Como disse na resenha os remedios são importantes sim! Se você esta tomando e te faz bem continue, mas não esqueça que faz parte do tratametno vai reduzindo com o tempo para não causar dependencia. Por sinal, é isso que quis dizer no meu texto, muito mais do que os efeitos colaterais ( que por sinal quando tomava prozac sentia uma pressão na minha cabeça ) o verdadeiro risco do remedio é o depressivo achar que se ele parar de tomar o remédio não vai conseguir ir em frente. E isso vire uma dependencia. Esse é meu medo, isso que me faz ter esse pre conceito.
Mas muito legal poder le o seu ponto de vista, com certeza refletirei sobre o mesmo. Grande abraço, e vamos sair dessa!!!




Simone355 16/02/2021

Um tratado sobre depressão
De forma clara o autor nos apresenta muitas questões sobre essa doença que tanto impacta nossas vidas (pelo menos comigo está sendo assim).
Através de sua própria vivência com esse transtorno e muitos outros exemplos, ele nos conduz por um caminho rico em esclarecimentos.
O que é a depressão, o caso de Solomon com seus colapsos, os tipos de tratamentos que já foram usados e que estão sendo usados atualmente, alternativas paralelas, como a depressão se manifesta através de diferentes grupos: homens, mulheres, crianças..., a relação entre depressão e vícios, a relação entre depressão e suicídio, como a depressão era tratada desde séculos atrás, o impacto da depressão em populações carentes, políticas para tratamentos psicológicos... enfim, uma gama de informações que nos faz crer que existe esperança para enfrentarmos tamanho obstáculo e seguirmos na vida construindo e realizando nossos sonhos... (pelo menos comigo está sendo assim).

...Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia... Salmo 91:5,6
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Leituras do Sam 01/05/2018

Depressão sem tabu.
1- O tema é importantíssimo e foi abordado sob vários aspectos que permeiam a depressão, como causas, tratamentos oficiais e alternativos, drogas, política e situação sociaeconômica.
2 - É bastante informativo para quem deseja saber mais sobre a doença e que não teve ou tem depressão, mas para quem teve/tem será bem cansativo e até desmotivador.
3 - Por ser grande, ter muitos termos técnicos e contar muitos casos de pessoas com depressão, recomendo uma leitura sem pressa.
4 - vc que tem, ou está depressão procure ajuda, não se envergonhe, não ache que é frescura.
Principalmente, vc que não tem depressão: apóie as pessoas que estão com depressão, se informe, busque meios de minimizar as crises, fale sobre, esteja a disposição, ame-as.

@leiturasdosamm
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