naniedias 08/07/2013O Azarão, de Markus Zusak
Intrínseca - 175 páginas
Um livro que parte de lugar nenhum e apenas dá voltas sem sentido.
Título: O Azarão
Título Original: The Underdog
Autor: Markus Zusak
Tradutora: Ana Resende
Editora: Bertrand
ISBN: 978-85-286-1643-9
Ano da Edição: 2012
Ano Original de Publicação: 1999
N de Páginas: 175
Série: Trilogia Irmãos Wolfe - Vol. 1
Sinopse:
Cameron Wolfe é o mais jovem de quatro filhos. Tem apenas quinze anos e não sabe muito bem quem é ou o que quer.
Admira o irmão mais velho, Steve, a quem vê como um grande vencedor. Tem inveja do romance vivido pela irmã, Sarah, e sempre se mete em enrascadas ao tentar acompanhar Rube, que é o mais próximo dele em idade.
Cameron se descobre infeliz com sua vida. Mas se apaixona e talvez isso possa mudar tudo, ou ao menos é o que ele pensa.
O que eu achei do livro:
Muito fraco.
Eu esperava mais, bem mais, do livro de estreia de Markus Zusak.
Gosto de livros que falem do cotidiano, que retratam a mediocridade entediante e inescapável da vida.
Eu realmente curto esse tipo de história que faz com que nos enxerguemos nos protagonistas e nos dão um banho na água enregelante da realidade.
Mas mesmo esse tipo de livro precisa de um propósito. Não necessariamente uma jornada intensa de autoconhecimento, nem mesmo uma história de superação, nem um final feliz. Mas definitivamente precisa de alguma coisa.
É terrível ler um livro sem objetivo. Uma história que simplesmente está ali e pronto. Talvez seja possível fazer uma profunda análise do livro e encontrar paralelos e metáforas que o tornem brilhante.
Boa sorte, caso queira tentar.
Eu simplesmente não me senti envolvida o suficiente para tentar algo do tipo.
A escrita de Markus Zusak nesse livro também não me agradou muito.
A leitura é rápida (até porque o livro tem poucas páginas), mas entrecortada.
O autor tentou inovar com uma pontuação diferente que desse um ritmo único ao livro e conseguisse transmitir ao leitor os sentimentos que afligiam o protagonista (ao menos, acho que essa foi a pretensão dele), mas eu não gostei da ideia que acabou tornando a leitura do livro mais pesada e até mesmo um pouco lenta.
Acrescento a isso os sonhos. Ao final de cada capítulo, é narrado um sonho maluco de Cameron. Os sonhos até têm ligação com a história, mas são tão estranhos (talvez, e mais uma vez essa é a visão que eu tenho, numa tentativa do autor de aproximá-los aos sonhos reais experimentados pelas pessoas em suas noites de sonho) que chegam a ser chatos e também são um entrave na leitura.
No final das contas, terminei a história sem conseguir entender muito bem a que ela veio. Não vi muito sentido ou diversão.
O segundo volume já está na minha casa e espero que traga algo mais interessante do que aquilo que encontrei nesse.
Nota: 3
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