Cisne

Cisne Eleonor Hertzog




Resenhas - Cisne


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Nelmaliana 09/03/2016

Cisne é um veleiro de alta pesquisa tecnológica e o lar da família Melbourne. Nele moram Henry e Doris, os pais e conceituados biólogos marinhos, juntamente com seus 8 filhos, que variam de idade entre 8 a 16 anos. Esse grupo de pessoas é o único responsável por todo trabalho na embarcação, e as crianças além das obrigações com o veleiro ajudam os pais nas pesquisas sobre a vida marinha da Terra.

Henry e Doris formaram-se na Escola Avançada de Champ-Bleux, e os filhos resolveram seguir os mesmos passos. Surpreendentemente todos os filhos que se candidataram, conseguiram a vaga e enquanto aguardavam o ingresso na escola, a família é envolvida em uma questão diplomática entre a Terra e Tarilian – único planeta habitado conhecido pelos terráqueos – sendo obrigados a aceitar a bordo do Cisne dois repórteres estagiários.

Em meio a essa tensão entre os dois planetas, os Melbourne precisarão evitar que essa frágil amizade se transforme em uma guerra, e ao mesmo terão que lidar com questões envolvendo seus filhos, que são muito maiores que os problemas interplanetários.

Vamos começar assim: a história do livro é muito interessante, e teria tudo pra ser uma das minhas melhores leituras. Porém a maneira como ela é escrita, é extremamente enfadonha. Lembrando que a partir daqui é exclusivamente minha opinião, minha experiência com o livro.

Esse livro entrou pra minha lista de querências desde o primeiro momento que o vi. E cada vez que via ou ouvia alguém falar sobre ele, só aumentava o meu desejo de lê-lo. No meio do ano passado consegui comprá-lo, porém ele nunca chegou nas minhas mãos (p.s. cuidado com compras em grupos na internet). Aí fiquei sabendo do book tour, e mais que depressa me inscrevi. E qual não foi minha felicidade ao ver que havia sido um dos blogs escolhidos. Mal pude suportar a ansiedade até recebê-lo. Porém, a alegria parou por aí.

As dez primeiras páginas foram excelentes, estava mega empolgada com a leitura. Mas a partir daí, infelizmente não foi bacana. A leitura começou a se arrastar interminavelmente. A escritora usa um estilo que eu nunca havia visto, pelo menos nunca num livro tão grande. Ele é narrado quase que totalmente através de diálogos.

E isso, com o decorrer das páginas se torna maçante. Vou relatar alguns detalhes logo do início, então não tenham medo de spoiler. Cada vez que o Cisne aporta em uma cidade, a tripulação faz uma festa pras pessoas que os aguardam. Em certo momento, eles chegam a um porto e as crianças Melbourne decidem fazer um teatro pros moradores locais, bacana, porém esse teatro é narrado em sua íntegra, são páginas e mais páginas assim. Existem repetições de diálogos, como por xemplo: personagem A conta algo a personagem B. Personagem A encontra personagem C e reconta a mesma história. É novidade pro personagem C, mas nós já sabemos. E isso se estende a quantos personagens precisem saber da história.

No meio do livro eu já estava cansada, e por mais interessante que a história fosse, o livro não me atraía mais. Pra mim a leitura é uma experiência ampla, que abrange uma diversidade de coisas. E por melhor que a história seja, o fato de ter sido uma leitura maçante e arrastada fez com que essa experiência não fosse das melhores.

Outra coisa que não gostei, foi o fato de muitos personagens não serem bem desenvolvidos. Em certo ponto não conseguia diferenciar algumas delas. Por ser narrado em diálogo a maior parte do tempo, também senti necessidade de mais informações sobre os ambientes onde a história se passa.

Como disse anteriormente, a história é muito interessante, tem aventura, ação, ficção, tudo que eu amo num livro, se não fosse o estilo narrativo escolhido. Isso, realmente fez com minha experiência não fosse boa.

Porém, não "desrecomendo" o livro. Como disse, é a minha opinião sobre a minha experiência, e se você não se importa com esses detalhes, leia-o, é bem possível que você tenha uma opinião diferente da minha.

Opinião postada originalmente no blog Profissão: Leitora

site: http://profissaoleitora.blogspot.com.br/2016/03/cisne-de-eleonor-hertzog.html
Raiane96 12/01/2018minha estante
Estou lendo esse livro e concordo com você. :/




Keth | Parabatai Books 08/01/2016

Livro impressionante!
Resenha:
A família Melbourne não é comum, eles vivem no barco chamado Cisne onde fazem suas pesquisas marinhas com seus filhos a bordo e eles são sua tripulação.
Diferente de outros biólogos Tarilianos eles são animados e vivem muito bem, mas nem todos gostam dessa alegria que ele trazem. Jean é uma dessas pessoas, que por ser uma jornalista Terráqueo não vê nada de interessante neles mas para sua surpresa ele acaba sendo contagiado por ela família fora do comum. Seu trabalho é fazer um reportagem sobre uma espécie de foca que foi encontrada e para continuar com seu emprego ele precisa escrever um bom artigo e mandar para o jornal, mas para isso ele precisa estar abordo com os Melbounes, será que conseguiria?
E ele conseguiu mas sua câmera ficaria de fora já que o barco é o lar deles, seria uma invasão de privacidade.
Em Porto Alto onde eles então Jean percebe o quanto aquelas pessoas gostam deles e passa a ver de perto tudo o que acontece por ali. Os filhos de Doris e Henry são boas pessoas porém bem astutos, sabem muito bem aprontar uns com os outros, e não são poucos filhos não, eles tem 8 filhos sete deles são biológicos e Peggy que é adotada.
A ventura não começa quando essas crianças aprontam, mas dão início quando Peggy começa a mudar, quando Henry precisa contar sobre o seu passado e quando continuar omitindo não é mais a melhor opção.
Peggy é uma jovem mutante e não sabe muito sobre sua vida, seus pais biológicos morreram e a jovem ficou sobre o cuidados de seus tios que sofreram um acidente de faleceram o que levou a menina a morar com Doris e Henry mesmo sabendo que para ela seus pais seriam mesmo outros, os pais de Pete.

site: http://parbataibooks.blogspot.com.br/2016/01/resenha-cisne.html
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Rafaella 03/01/2016


Há muito tempo eu tenho vontade de ler esse livro, mas nunca comprei porque imaginava que o livro ficaria abandonado na estante, e sei lá quando eu iria ler, admito que o tamanho intimida. Quando eu fui convidada para participar do Booktour, não pensei duas vezes antes de aceitar, pois com um prazo, eu não teria como fugir da leitura. E foi uma das melhores coisas que eu fiz, porque esse é um livro incrível.

Não sei em que gênero encaixar o livro, pois ele tem traços de uma distopia, fantasia, aventura e até ficção científica. No final, esses gêneros se encaixaram tão bem que o livro se tornou algo único e extremamente especial.

Os protagonistas dessa história são os membros da família Melbourne, que moram no Cisne, um dos mais avançados biolabs do planeta, um veleiro movido a energia solar. Eu adoro livros com famílias grandes, e a família Melbourne é simplesmente incrível. Doris e Harry são os capitães desse veleiro, e seus oito filhos são a sua tripulação, e nossa, que tripulação. São personagens incríveis, bem construídos e extremamente divertidos. Entre diálogos inteligentes, piadas, pegadinhas, você se apaixona por essa família, até o momento em que desejará fazer parte dela. A lealdade, amizade, amor, carinho estão presentes em cada página. É realmente uma grande família, em todos os sentidos.

"Sacudiu a cabeça. tornando a olhar as velas espalhadas do Cisne, que refletiam luar, estrelas e nuvens. Tinha algo de sonho, aquele veleiro... Talvez fosse a Lua, ou o marulhar leve das ondas, ou o balanço do barco... Ou talvez fosse aquela estranha família, deixando a bordo uma parte de sua magia. Magia? Sorrisos, alegria, um tapa nas costas, uma palavra amiga... Amizade da melhor qualidade."






Mas se engana quem pensa que a história é apenas focada na família e a bordo do Cisne. É algo bem maior, mais complexo, mas nem por isso entediante, confuso e maçante. Ao longo da história, vamos conhecendo outros personagens e vemos a dimensão que a história adquire. Descobrimos como Tarilian, um planeta do outro lado do sol, foi descoberta e como são os habitantes de lá, e como se relacionam com os terráqueos, como a tecnologia foi sendo desenvolvida, cientistas foram formados e contribuíram para o crescimento da Terra. O livro é cheio de mistérios, nos fazemos várias perguntas, e ao longo das páginas vamos obtendo as nossas respostas. É um livro surpreendente.

Apesar das mais de 700 páginas, a narrativa é extremamente fluída, com muitos diálogos, e não dá vontade de largar. Como é narrado em terceira pessoa, termos visões dos mais variados personagens, que mesmo sendo muitos, não ficamos em momento nenhum perdidos. Cada um é bem definido, com características que os tornam únicos. A única coisa que me incomodou foi o excesso de gírias utilizados, e que as vezes eu não conseguia entender exatamente o significado, e o final que foi um pouco mais arrastado do que o restante da história, atrapalhando um pouco a finalização do livro, mas mesmo descontando meia estrela por causa disso, foi sem dúvida, um dos livros mais incríveis que li em 2015.

A história aborda temas importantes, sobre como as vezes pequenos motivos podem causar grandes guerras, sobre saber lidar com as diferenças e a respeitá-las, e sobre ter coragem de ser você mesmo, mesmo que o mundo não queira saber.

" - Não se faça de desentendida. O Cisne é uma espécie de... lugar à parte do mundo. A gente ganha coragem de ser a gente mesmo, sem máscaras, sem fingimentos, sem poses - ele se lembrou de Giles. - Claro que há exceções."









Minha resenha não fez jus ao livro, mas, acho que mesmo se eu escrevesse mil páginas, não conseguiria exprimir todas as sensações que o livro me trouxe... e é muito legal descobrir a grandiosidade que a história toma por si mesmo, e eu não quero estragar a experiência de vocês. Então, a única coisa que eu digo é: não se intimide com o tamanho do livro, embarque nesse Cisne e descubra o maravilhoso mundo guardado nessas páginas. E em breve, eu trago para vocês a resenha de Linhagens.

"Lutar pela paz! Mundo mais louco onde até pela paz tinha que se lutar!"


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Marina 08/12/2015

O problema é que o curto prazo vem antes do longo prazo, e a paciência nunca foi o forte desse mundo atazanado.
Henry e Doris Melbourne são biólogos marinhos que vivem com seus filhos no barco Cisne. Tim e Tom, Ted e Teo, Lis, Pam, Bobby e a adotada Peggy compõem a filharada.

Henry e Doris formaram-se na Escola Avançada de Champ-Bleux, e os filhos resolveram seguir os passos dos pais. Enquanto aguardavam o ingresso na escola, a família Melbourne se vê envolvidos em uma questão diplomática entre Terra e Tarilian – único planeta habitado conhecido pelos terráqueos – sendo obrigados a aceitar a bordo do Cisne dois estagiários Tarilianos, um arrogante repórter, também de Tarilian, e um corajoso repórter Terráqueo. Mas nem tudo é o que parece...

Quando peguei o livro Cisne nas mãos fiquei assustada com a quantidade de páginas, o livro é enorme, e se eu não gostasse, teria que me “arrastar” até a última página. Mas esse medo durou apenas as primeiras páginas, logo me vi totalmente envolvida com o livro. Nem precisei ler muito para gostar do divertido Tim, do Jean, o “repórter cabeça de fogo”, e de toda a família Melbourne, os personagens são cativantes, e logo eu me senti amiga deles. O doutor Henry e a doutora Doris deixaram de serem “doutores” para se tornar “tios” para mim, e eu espero que eles não se importem em ter mais uma sobrinha.

A história do Cisne é muito interessante e bem construída, as Casas, Linhagens e informações referentes a outros planetas podem parecer complicadas no início, mas à medida que a leitura avança tudo vai ficando claro e simples de entender. A linguagem é descontraída, dei muitas risadas enquanto lia. Principalmente com tio Henry, que foi sem dúvida meu personagem preferido. Não consegui parar de pensar no livro e nos personagens nem por um minuto, sempre que tinha que parar de ler por algum motivo eu ficava louca para voltar para as páginas desse livro maravilhoso.

Apesar de ter muitos personagens, nenhum deles ficou apagado, uma coisa bem rara de acontecer quando a lista de personagens é grande. Até mesmo os personagens mais distantes da trama principal e os mais alienígenas (nos dois sentidos) tem seu charme, como Anton, que não sabe o que é música e está sempre emburrado, e Paul, que o tempo todo estava organizando tramoias e discutindo com Henry. Torci para eles fazerem as pazes.

E a capa? A capa do livro é linda! A imagem é tão perfeita que dá vontade de entrar naquele barco e viver ali! Quando olho para a capa do livro, eu me imagino em um barco, com o céu super azul acima da minha cabeça e o mar calmo e silencioso na minha frente. Acho que vou morar em um barco...

Cisne é um ótimo livro, do tipo que você está com ele mesmo quando o livro não está com você. Durante o tempo que estive lendo, não foram raras às vezes que me peguei pensando no Cisne até dormir, tentando entender os detalhes e os mistérios da história. Esse é o tipo de livro que não dá para largar antes do fim, dá vontade até de ler mais devagar para prolongar a história. Não é a toa que o volume um da série Uma Geração, todas as decisões ganhou um lugar especial no meu coração, como favorito. Não vejo a hora de ler a continuação!

site: https://marina-menezes.blogspot.com/
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Markus 05/09/2015

Muita, muita história pra contar!
Cisne é um livro de ficção narrado em 3ª pessoa e é o primeiro da série "Uma geração. Todas as decisões."
Na história, embarcamos num veleiro super moderno movido à energia solar e, se você imagina uma história de piratas e guerras marítimas... PARE!
O grande veleiro, que recebe o nome de Cisne é um dos mais equipados laboratórios do mundo e seus donos, no lugar de piratas, são dois dos mais bem sucedidos cientistas do mundo: Henry e Doris, o casal que constitui a família Melbourne.
O casal de cientistas tem oito filhos. Isso. Oito!
Teo e Ted, de 16. Tim e Tom, de 15. Pam, de 14. Lis, de 13. Bobby, de 8. E Peggy, de 14, mas que foi adotada.
É muito interessante como a autora conseguiu criar a personalidade e características de cada um. Geralmente, trabalhar com muitos personagens é arriscado e isso pode ficar massante, mas ela foi feliz nessa parte. Mas, claro, num livro de 724 páginas, você pode imaginar o quanto a autora é detalhista, né?
De todos os personagens, gostei mais de Tim. Ele é o mais engraçado e talz.

Mas então...
A história começa com o dia a dia dessa família bem diferente a bordo do Cisne e a tensão sobre os resultados de Cham-Bleux, uma escola avançada que forma grandes cientistas e tem um dos processos seletivos mais complicados do mundo.
Todos os filhos fizeram as provas e todos estão com medo dos resultados, pois isso irá mudar a vida de cada um.

Não posso deixa der ressaltar que, nesse tempo futurista, foi descoberto um novo planeta habitado muito próximo da Terra, chamado Tarilian.

Quando o veleiro é ancorado numa cidade tradicional, surge Jean, um jornalista cheio de mistérios e meio atrapalhado, que irá acompanhar os Melbourne e garantir muita diversão ao leitor.


Um livro recheado de aventura, mistérios e incríveis história com uma narrativa tão aconchegante que você não se assusta com o tamanho.

Quando Tarilian foi descoberto, os habitantes dos dois planetas tinham uma certa amizade, mas a busca pela ciência e outros acontecimentos acabam desestabilizando a relação entre eles. Cabe à essa geração tomar as decisões que irão afetar o mundo inteiro e talvez selar novamente a amizade entre os dois planetas.


Sobre a edição: A capa desse livro é muito linda e a edição está impecável. As folhas são amareladas, o livro tem orelhas e o melhor de tudo é que o livro não "enche" ou amassa por causa do tamanho. As letras são pequenas, mas é justificável pela quantidade de páginas.

Sobre a escrita: A autora é super detalhista, como eu já falei, e tem muita história pra contar. Muita mesmo. Com tanta história sim, faz-se necessário ter uma escrita que não apavore o leitor. E foi assim que a Eleonor fez. Escreveu calma e detalhadamente, de modo que você nem percebe as páginas passando.

site: http://www.mundoemcartas.blogspot.com.br/2015/05/resenha-cisne-eleonor-hertzog.html
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Lorrane Fortunato 05/06/2015

Resenha - Cisne / Dreams & Books
“Um mundo de distância pode ser muito perto se a gente gosta de verdade.”

Todos livros que começam com “Era uma vez...” são livros que te fazem viajar, que te transportam para lugares incríveis e que te encantam e apaixonam. Essas histórias sempre te marcam e você as leva no coração, independentemente de quanto tempo se passe.

Cisne começa com “Era uma vez...” e só essa frase já te transporta pra infância, pra uma época sem preocupações e repletas de histórias com de aventuras, com princesas, piratas, rainhas más e todas essas coisas. Livros que além de te divertir, ensinavam lições para a vida toda.

O livro escrito por Eleonor Hertzog é exatamente assim e uma das lições que ensina é de ser companheiro, o companheirismo entre a numerosa família é lindo e nos dá vontade de ser mais assim também.

Muitas vezes eu já disse em resenhas que um livro me surpreendeu. E ele o fez, de fato. Mas, até hoje nenhum livro me surpreendeu tanto quanto Cisne.

Normalmente após ler alguns capítulos de um livro, eu me vejo surpresa por estar gostando tanto da história e surpresa também por como ela foi escrita e pelo rumo dos acontecimentos. Mas, Cisne me surpreendeu na primeira página. E não precisei ler duas pra perceber que ele, com certeza entraria para a minha lista de favoritos.

O universo criado por Eleonor é tão incrível, tão complexo e cheio de surpresas. Quase a cada capítulo há algo novo revelado.

Demorei semanas para escrever essa resenha por que não conseguia colocar em palavras o quanto esse livro é incrível e eu ainda não consigo.

A história é maravilhosa, totalmente original. Por vezes me peguei pensando em como a Eleonor não ficou perdida nos fatos da história ou com os personagens. Há dezenas de personagens e ela conseguiu trabalhar direitinho a personalidade de cada um. Os meus personagens preferidos são Tim e Jean. E super shippo Ancheli (Anton e Michele). Tenho também outros shippers, mais o meu preferido de longe é Teu (Tim e eu). Hahaha.

Incrível também é a forma como Eleonor foi conduzindo o livro, houve muitos momentos em que eu dava gargalhadas das bagunças entre os irmãos Melbourne, eles sempre estão aprontando uns entre os outros. Mas, tiveram momentos em que eu fiquei emocionada, um em especial me fez chorar como um bebê.

“A solidão era avassaladora e sem remédio.
As montanhas vestidas de negro e vermelho, sem começo e nem fim, eram solidão.”

Cisne é um livro escrito para qualquer tipo de pessoa, pra quem curte aventura, pra quem curte romance, pra quem curte mistério, pra quem curte ficção cientifica, pra quem curte comédia, pra quem curte distopia... Há um pouco de cada em Cisne. Esse livro não foi escrito para um tipo especifico de leitores, ele foi escrito para ama ler e quer viver uma aventura que nunca irá esquecer.

Eu sou completamente apaixonada por livros com muitas páginas e esse virou o monstrinho preferido da minha estante. Sei que há muitas pessoas que têm medo de se arriscar a ler livros com essa quantidade de páginas, mas, vai por mim, dê uma chance a Cisne e você não vai se arrepender! As 726 páginas vão parecer poucas e você vai querer muito mais. A notícia boa é que pode ter!

Linhagens é o segundo volume da série Uma Geração. Todas as decisões. E já foi publicado e está disponível para compra. Assim que terminei Cisne, pedi a Eleonor para enviar o mais rápido possível Linhagens e já está na minha lista de leituras.

Essa edição que tenho em mãos é a segunda, a primeira esgotou com apenas 6 meses de publicada! O livro foi muito bem produzido, está tudo um amor. Eu prefiro a primeira edição azul e diva, mas, essa também está linda!Ela têm orelhas, as páginas são amareladas, no início de cada capítulo há um desenho do Cisne e há um espaço onde há comentários de alguns blogueiros sobre o livro.

No início o tamanho das letras me incomodou um pouco, mas, logo eu me acostumei. O único problema que encontrei com o tamanho do livro, foi pelo fato de que quando você começa a ler, o peso dele te incomoda muito. O livro é bem pesado e se você deixá-lo cair na sua cara, adeus nariz! Mas, não é nada de outro mundo, e dá pra ler sem desconforto após alguns capítulos.

O ritmo do livro é ótimo, nenhuma parte fica maçante, sempre há novas descobertas. Há uma parte, mais ou menos da página 80 em diante onde eles começam a falar sobre coisas que eu fiquei tipo: hã? Que isso? Mas, nada de desespero! Ao longo do livro tudo é resolvido e suas dúvidas sanadas.

Se alguém ainda tinha alguma dúvida quanto isso, eu venho dizer que recomendo sim Cisne! Vocês podem ler outras resenhas sobre ele e entender mais um pouco sobre o universo da serie no site da escritora.

Eu estava com dificuldade de falar sobre o livro, agora estou com dificuldades para calar a boca. Vou parar essa resenha por aqui. Na verdade, ela está grande assim pra combinar com o livro! ;)

Ei, você quer embarcar no Cisne comigo?

site: www.dreamsandbooks.com
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Tenda dos Livros 03/03/2015

Resenha: Cisne - Eleonor Hertzog
Olá gente linda, hoje vou falar de um livro super hiper mega legal, que me surpreendeu bastante (e positivamente) e que vai surpreender você também! Vocês já conhecem meu gosto por distopia, fantasia, aventura em geral e também ficção cientifica (Confira a resenha dos Ultimos dias de Krypton), que é o gênero deste livro. Como já disse em resenhas anteriores, eu levanto a bandeira dos autores brasileiros, tem muito livro bom por aí perdido só esperando você encontrar!!
Bom, mas você já viu que ele não é nada pequeno, né? kkkkkk Mas não me assustei com o tamanho não, só fiquei surpresa, porque é dificil ver um brazuca deste tamanho, achei super legal e já fiquei com vontade de ler, quando se mistura uma boa sinopse, uma capa linda e uma escritora muito boa, é isso que dá!!
Pois bem, marujos. Não vejo a hora de ter vocês na tripulação do Cisne, junto comigo e a família Melbourne. Engana-se quem pensa que a família se resume aos personagens. Pois todo mundo que está a bordo do cisne conosco, é família também!
Não fique impressionado com suas 724 páginas, a narrativa do Cisne é bem fluida e eu vou contar para vocês, minha maior dificuldade ao ler este livro foi: DORMIR. Gente, como é que dorme? Cada capitulo nos reserva uma surpresa diferente ou nos prepara para uma, os personagens não são o que parecem ser e não se engane, não tem nenhum mar calmo e cristalino nesse livro, ninguém é o que parece ser. Mas nem me peçam para contar nada mais a vocês, são assuntos de linhagem e eu não vou me meter!

Como vocês perceberam pela sinopse, o Cisne é um veleiro solar onde vive a familia Melbourne, seu lugar de trabalho e também a sua casa. De inicio você pode se perder no meio de tantos personagens, mas se você meu caro, já leu As crônicas de gelo e fogo, gravar o nome deles é fichinha kkkkkkk e além do mais, a autora conseguiu criar uma trama muito evoluida, onde tem espaço para todos (e bote todos nisso) e você não se confunde facilmente (no meio de tantos gêmeos, se não fosse um livro a gente se perderia sim kkkkk). Até porque, não vou lhe assustar. mas o casal Melbourne tem 7 filhos mais uma adotada, ai você junta um pessoal da cidade, com o pessoal da escola, do espaço, alienigenas, focas, golfinhos, crianças, etc. Acho que eu devo ter esquecido alguém kkkkk

O mais interessante de tudo é o modo como a terra é descrita, não estamos sozinhos no sistema solar, existem outras formas de vida no universo, inclusive outro planeta com água em estado liquido e população de seres humanos, Tarilian, com uma ciência superior a da terra, para nós terráqueos, recuperarmos o nosso orgulho, fomos nos aventurar pelo espaço. No livro nós ficamos íntimos de famílias de astronautas, de alienígenas, de cientistas e também descobrimos que um menino de 8 anos sabe mais biologia que a gente.
Uma história assim tão complexa, merece muita atenção por parte dos leitores, pois um detalhe perdido faz toda a diferença mais na frente, vá para um lugar calmo e desfrute desse belo livro. Fui muitas vezes a praia, perto do mar, me conecto mais ainda com esse mundo e com os meus personagens favoritos, claro.
É preciso mergulhar bem fundo para sentir a história verdadeiramente, poucos autores conseguem passar essa sensação aos leitores e Eleonor, com maestria, conseguiu isso muito bem. Eu senti ódio, quando eles sentiram (Dora aquela horrorosa), eu senti medo, eu fiquei apreensiva pelos resultados do teste para a escola avançada de Champ-Bleux, eu me diverti, eu chorei e eu ri muito.
Eu adorei essa capa, vocês não? É a da segunda edição, mas eu achei super linda, sem contar o meu marcador combinando, jogando na cara das inimigas kkkkkk É um livrinho pesado, mas eu carreguei para todos os lugares, meus pais vieram me visitar no carnaval, por isso demorei 5 dias para lê-lo, geralmente não demoro isso tudo. Mas foi muito bom pois pude me apegar aos detalhes com mais firmeza.
Eu recomendo o Cisne a todos que um dia falaram que a literatura brasileira não ia para frente, recomendo aos meus amigos que leem muita ficção cientifica estrangeira e nunca procuraram saber o que tinha aqui no Brasil. Recomendo este livro aquelas pessoas que leem por prazer e admiração, recomendo a você leitor, que sempre esteve aqui comigo e sobretudo recomendo a leitura deste livro, as pessoas que querem conhecer o amor. Sim, o amor.

Eu já disse que este não é um livro para pessoas rasas, já disse que precisamos mergulhar bem fundo para entende-lo, mas sobretudo, temos que ver nas entrelinhas, ver que o que está faltando na nossa terra e na terra do livro é o amor, é a paz, a harmonia.Porque tanta violência? Só conhecemos a paz se fizermos uma guerra para obtê-la. O preço a ser pago é muito alto, eu prefiro viver o amor e ser amor, só assim seremos verdadeiramente livres.

Quando fizeram os testes para a escola, os meninos sabiam que teriam que abandonar o barco e passar 10 anos longe de casa, para se aperfeiçoarem nos seus estudos. Logo lembrei de quando sai de casa a 2 anos atrás para seguir o meu sonho de ser engenheira, tudo no livro é uma questão de decisão, toda hora alguém faz uma escolha, certa ou errada, que vai ter que assumir e seguir em frente com as suas consequências, eu já tomei a minha decisão, quero ler o segundo volume da série imediatamente, Linhagens me aguarde!!!

Ainã Lisboa


site: http://www.tendadoslivros.com.br/2015/02/resenha-livro-cisne-eleonor-hertzog.html
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Brendinha 29/12/2014

Sou obrigada a confessar que quando o livro chegou me assustei um pouquinho com o tamanho, mas numero de páginas não quer dizer nada, e descobri isso logo ao começar a leitura, pois mesmo sendo grande é um livro empolgante.

Só tenho uma pequena reclamação a fazer dele, mas pelo que vi não sou a única a reclamar disso: os capítulos enormes rs’ são apenas 20 capítulos para 832 páginas, só que a fofa da Eleonor prometeu não fazer isso no próximo livro, então está tudo bem!

Vamos começar a falar da história, tudo gira em torno da família Melbourne que mora no Cisne (um veleiro solar), que são: os doutores Doris e Henry Melbourne (biólogos marinhos) e seus sete filhos de sangue: Tim e Tom (gêmeos idênticos), Teo e Ted (gêmeos idênticos), Pam, Lis e Bobby e sua filha de criação Peggy.

Doris e Henry foram formados pela Escola Avançada de Champ-Bleux, a escola mais conceituada de formação para cientistas, ninguém sabe seus critérios de avaliação. Para entrar a pessoa deve ter entre 13 e 18 anos, sendo que é quase impossível entrar aos 13 anos, e tem que fazer testes de conhecimentos e de psicoaptidão, os alunos não ficam sabendo em que errou. O curso em Champ-Bleux dura 10 anos e quem entrar na escola, só podem desistir com cinco anos de curso, isso quer dizer na metade, porém os testes de psicoaptidão são tão precisos que não há desistências.

Como durante a história há muitos personagens não vou falar sobre todos, só sobre os mais importantes, quando o Cisne para em Porto Alto, é recebido com festa pela população e lá conhecem o repórter Jean, que era correspondente do Paris Diário, e está em Porto Alto para fazer uma reportagem sobre a Douradinha, uma espécie rara de foca, é um repórter de opinião e foi isso que o fez ser demitido do Paris Diário, mas ganhou a enorme oportunidade de acompanhar os Melbournes. É também em Porto Alto que os filhos Melbourne descobrem que todos passam em Champ-Bleux, menos Bobby que é o mais novo e não fez a prova por não ter idade, até Lis que tem a idade mínima para entrar, conseguiu.

Gostei muito da ideia da autora, não há apenas a Terra de planeta habitável no sistema solar, existe também Tarilian, outro planeta que é habitado por pessoas, parecidas com humanos, mas com as orelhas pontudas e algumas características diferentes e tecnologia mais avançada que a da Terra, cientistas tarilianos faziam intercambio na Terra e cientistas terráqueos em Tarilian.

Ao sair de Porto Alto, os Melbournes foram acompanhados por Jean (repórter terráqueo), Giles (repórter tariliano que por sinal é super-arrogante) e os cientistas Turon e Tian (tarilianos).

Minha personagem favorita é Peggy, por ser misteriosa e ter sempre as melhores respostas. Tim é o mais bagunceiro e animado dos irmãos, consegue arrancar sorriso de caras fechadas. Um personagem que me fez ter raiva dele logo no principio da história: Giles o repórte chato de Tarilian, que por culpa do incidente no Barco Aurora Boreal, o Intercambio teve que colocar ele no Cisne, ele é folgado, se acha muito superior e é bastante intrometido, além de arrogante. E eu amei o "sacode" que ele tomou na entrevista com os Doutores Melbourne haha' ele mereceu!!!

Um livro que tem mais pontos positivos que negativos, e os positivos são: mesmo sendo um livro grande não é cansativo, não tem muita enrolação, me prendeu bastante na história, por ser uma história empolgante, nos leva a mundos alternativos, como disse no inicio, a outro planeta habitado por humanos. Mesmo com capítulos muito grande, não nos faz perder na história hora alguma, tem muitos personagens, mas suas características são tão bem explicadas, que consigo imaginar cada um em minha cabeça, sem me confundir durante a história. O livro é ótimo, a autora fez um trabalho incrível, que me fez imaginar, e até sonhar com a história rs’.


Não quero disseminar spoiler por ai, então paro por aqui, e digo apenas que fiquei encantada com a forma de escrita da autora um livro grande, mas muito bom de ler. A capa é linda e nem preciso falar sobre coerência. E só uma dica final: não para por ai, a série Uma geração, todas as decisões terá seu próximo livro lançado na bienal do Rio deste ano, o livro Linhagens, que estou com grande expectativa!!! Livro que eu SUPER-RECOMENDO ameeei!!!

site: http://livroaestantedavida.blogspot.com.br/2013/07/resenha-21.html
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Camilla 14/06/2014

Resenha postada no blog Segredos e Sussurros entre Livros
Primeiro livro de uma série bem longa (926 páginas), o nacional escrito por Eleonor Hertzog é um misto de aventura e ficção científica, com uma pequena dose de humor e muitos personagens. Meu exemplar é virtual, adquirido no Amazon e tem essa capa diferente.
A princípio, tive medo da leitura por causa da quantidade de nomes e pessoas visualizados na narrativa em terceira pessoa. Apesar disso, o foco da história é a família Melbourne, o que torna bem nítido o contexto global. Por causa do alto número de nomes, fiz bastante confusão, algo que só foi amenizado com o decorrer do livro, a partir da metade.
Não poderei me estender na resenha por razão de estar muito atrasada com a publicação das resenhas da maratona. Naturalmente, são muitas páginas para se condensar em apenas alguns parágrafos e, considerado que tive alguns problemas na compreensão de alguns fatos, quando relacionados a personagens que não apreendi, vou concentrar os pontos principais, focando na família Melbourne.
Cisne é nome do navio de pesquisa e moradia da família Melbourne. Os cientistas Doris e Henry, ao lado dos 7 filhos naturais e uma filha adotiva, agem como perfeitos bilólogos marinhos, mas boa parte disto é pura aparência. Na verdade, cada um deles esconde, ou pensa não ter, habilidades especiais. Como toda boa ficção científica, não poderia faltar uma boa dose de alienígenas. Sim, alienígenas são alguns dos personagens que atravessam as novecentas e tantas páginas, ao lado de uma conspiração que põe em risco a vida no planeta.
Basicamente, se eu for falar das dezenas de personagens importantes, será um rolo só e, portanto, basta dizer que um dos filhos do casal, esconde uma origem bem sinistra e que, cada um dos filhos possui um importante papel a desempenhar no futuro próximo. Os diálogos são um pouco cansativos, mas costumam acrescentar boas explicações à narrativa. Escrito em terceira pessoa, temos vislumbres de diversos pontos de vista, o que liga bem os pontos e mostra vários lados de um mesmo personagem (certo, Peggy?).
Apesar da estranheza que senti, gostei bastante da história, que possui mais volumes, tendo a sequência o título Linhagens. Alguns personagens me cativaram mais do que outros, especialmente o Tim, mas como já disse, não vou falar sobre eles.
No que tange a maratona literária, uma das propostas era citar uma música que tenha a ver com o livro. Neste caso, a música que mais me veio à cabeça foi To the sea, do Jack Jonhson, que me lembrou bastante a personagem Peggy e a relação, não só dela, mas de toda a sua família, com o mar.

site: http://ssentrelivros.blogspot.com.br/
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Cath´s 15/04/2014

Resenha Cisne.
Você simplesmente lê a sinopse e pensa que o livro irá seguir uma linha, mas na verdade ele segue várias linhas.
Quando eu terminei de ler, o que foi hoje, a ideia que ficou na minha cabeça é: esse livro pode ser o Harry Potter brasileiro.
Não porque eles sejam parecidos, não são, mas porque o potencial se assemelham.

Você irá conhecer a família Melbourne, que é imensa, os pais são Doris e Henry, seus filhos? Ted, Teo, Tom, Tim, Pam, Lis, Bobby e a filha adotada Peg.
"Teo e Ted eram os gêmeos mais velhos, com dezesseis anos; depois, vinha outro par de gêmeos, Tim e Tom, com 15 anos. Pam era a seguinte com quatorze, Lis tinha treze, e depois vinha uma pausa de cinco anos (nos dias de tédio, os filhos se divertiam especulando o que teria acontecido naqueles anos para os pais não terem procriado o filho anual) e vinha o caçula, Bobby, de oito anos. Peggy tinha quatorze anos como Pam, e havia se entrosado perfeitamente com eles desde o primeiro dia."
Todos vivem em um barco, chamado Cisne. Doris e Henry são biólogos marinhos e seus filhos sua tripulação.
Existe uma escola chamada Escola Avançada Champ-Bleux, que é a melhor, só entram duzentos e cinquenta alunos por ano, (quase) ninguém entende seus testes, mas sempre acertam, só entra realmente quem não desistirá, afinal são dez anos na escola.
Como vocês podem ver na sinopse, todos Melbourne entram em Champ-Bleux, com exceção de Bobby que ainda não tem idade para isso.
Esse é o primeiro enredo que você tem, inclua agora um outro mundo: Tarilian.
Terra e Tarilian tem relações tensas, o que ajuda a manter o laço é o intercambio de cientistas que fazem, só que colocaram dois Talirianos com o Doutor Orel, que detesta Talirianos desde que sua família faleceu, assim o doutor faz a vida dos dois Talirianos infernais, recusando dar alimento até.
Como isso afeta os Melbourne? Colocam os dois cientistas Talirianos + um repórter Taliriano no barco deles, que nem faz parte do intercambio, para ver se conseguem acalmar Tarilian.
Agora o problema é que enquanto os dois cientistas estão se acostumando com os Melbourne, o repórter Taliriano começa a inventar brigas e publicar noticias, então se transforma em uma crise em grande escala.

Acha que isso está bom de enredo? Vários filhos, cientistas, outro planeta, repórteres, briga, biólogos...
Mas a autora não parou por aqui e a verdadeira trama que se entrelaça com esses pontos está ali te esperando, e essa vai te conquistar, te amarrar, e te fazer ficar lendo até cansar e mesmo depois de cansar.
O que é? Digamos que está tudo ligado e tem um porque para tudo que acontece, e existe um universo todo para descobrir dentro do livro, que funciona totalmente diferente de tudo que podem esperar.

Eleonor criou uma história que reuniu elementos terráqueos e ideias totalmente originais, ela pegou um assunto que poderia ser banal como extraterrestres e criou um universo magnifico e imensamente vivo.
Eu me apaixonei instantaneamente por Tim, sempre engraçado, mas também muito inteligente e por Peggy que você vai descobrindo a importância que tem aos poucos. Todos os Melbourne são bem estruturados e acaba se apegando a todos por suas personalidades.
É uma história que vai se desenrolando aos poucos nas 832 páginas, você tem vários personagens e todos com suas singularidades.
Se tem uma coisa que pretendo é ler A Linhagem, continuação, eu me apeguei tanto aos personagens que agora sinto falta deles.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/03/resenha-cisne.html
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Leeh 17/03/2014

Cisne - Uma geração todas as decisões
"[...].Essa pessoa costumava dizer que uma vida só é bem vivida se há nela coerência entre o que se acredita e o que se vive, e que acreditar em valores tais como verdade, honestidade e coragem de nada vale se essa crença não se torna ação concreta. Viver essa crença é o que dá ao ser humano seu sentido de honra e integridade". pg:476

A escrita da autora:
Quando a Eleonor, topou ser parceira do blog eu pensei caramba a primeira pessoa que acredita nosso trabalho. Logo que Cisne chegou aqui em casa muito bem embalado e com uma dedicatória além de um autógrafo me senti realizada. Mas não vou mentir, me assustei bastante com o tamanho do livro. Já nas primeiras 50 páginas eu achei o livro muito engraçado e de certa forma interessante, minhas provas começaram e tive que parar a leitura. Voltei com tudo e ao chegar na página 200 eu comecei a tentar imaginar o que se passava pela cabeça da autora, como tanta coisa diferente e de certa forma interligada poderia passar pela cabeça de uma única pessoa. Infelizmente eu não consigo explicar esse feito, mas a escrita da Eleonor e explendida , é rica de detalhes e cheia de coisas novas a se descobrir, de certa forma as vezes é comíca, outras bem leve e na maior parte das vezes é pesada e curiosa ao mesmo tempo é aquela escrita que te joga mil coisas e te faz pensar . Eu gostei bastante disso.

O livro e minha opinião:
O Cisne é um veleiro solar e também a casa dos "biólogos marinhos" Doris e Henry Melbourne, com eles moram seus filhos Teo e Ted (os gêmeos mais velhos), Tim e Tom (também gêmeos), Pam , Lis, Bobby e Peggy a filha adotada da família. Todos sem excluir ninguém, são a tripulação do Cisne.

Nas páginas iniciais conhecemos a Escola Avançada de Champ- Bleux, cuja capacitação é de cientistas. Doris e Henry são formados por Champ- Bleux e agora seus filhos resolveram fazer as provas e estão na expectativa para saber qual dos 7 passaram. 7 porque a escola só admiti 250 alunos por semestre e desses 250, apenas jovens de 13 a 18 anos podem realizar os exames e Bobby é o caçula da família o único que não realizou os exames de admissão. Levando em conta também que jamais entraram tantos irmãos assim, a expectativa aumenta ainda mais, afinal uma família tão unida terá que se separar por 10 anos. A Escola Avançada de Champ- Bleux, forma os melhores cientistas do mundo e para isso precisam viver nela durante 10 anos em sistema de internato.

Em Porto Alto, onde o Cisne costuma fazer uma parada todos os anos a turma é bem animada e sua tripulação de filhos sempre faz uma apresentação para as crianças de dona Ana, uma senhora que cuida de muitas crianças. Sempre que o Cisne passa por ali, o lugar parece parar só para assistir a loucura e as trapalhadas dos Melbourne. Além de toda a aflição para saber o resultado dos exames da Escola avançada, os Melbourne irão precisar levar uma foca dourada para uma reserva e Jean um repórter Francês do Páris Diário está ali afim de fazer sua sondagem e garantir sua reportagem sobre os cientistas com a desculpa de reportar somente coisas sobre a foca. O que os Melbourne não esperavam e nem Jean é que o rapaz, tendo um bom caráter não falou nem um terço do que muitos outros repórteres falariam. Nessa loucura toda, os meninos recebem os resultado e também convidados a bordo do Cisne. Depois de várias desavenças com o Intercambio, Doris e Henry foram convidados a levarem Tarilianos ( Alienígenas) em sua viajem, eles estavam participando de um intercambio, mas infelizmente muitos problemas ocorreram no outro barco e a confusão entre Terra e Tarilian estava generalizada. O pior de tudo era que os Tarilianos carregavam consigo um repórter fofoqueiro e mentiroso, Giles. Entre Giles, a tripulação e todo o resto do mundo os Melbourne iriam ter muito com o que se preocupar por um bom tempo.

A leitura de Cisne foi bem preocupante e um pouco arrastada no inicio, em um certo capítulo fiquei tonta com tantos personagens. Acreditem os Melbourne são muitos, mas não são nem metade dos personagens que o livro apresenta. Os Capítulos são bem grandes e todos contam um pouco sobre algo muito importante que creio só acontecer de verdade em Linhagem que é a continuação. Ao longo do livro, podemos conhecer um pouco mais sobre os Melbourne, sobre tudo que envolve a família e alguns segredos que vão sendo revelados para o leitor. Peggy é uma menina especial e tem algumas habilidades que são controladas em seus treinamentos, Paul seu tio é uma pessoa enigmática e com uma mente cheia de tramoias. Além da Terra e de Tarilian o livro nos conta um pouco mais sobre outros planetas ( se é que são planetas) e como as pessoas que os habitam são importantes para aquele lugar.

Cisne é composto por 20 capítulos e esses, vão nos contando um pouco de tudo. Até que chegamos a diversas conclusões. Peggy é além de muito especial sabe muitas coisas, boa parte da narrativa a envolve e ela por ter apenas 14 anos e ser simplesmente uma menina, deixa-nos surpreendidos de tal forma que é difícil explicar.

Além dos Melbourne, outros personagens secundários me fizeram gostar bastante do livro como por exemplo: Michele , Anton, Pete, Loon e outros. Michele é também uma menina cheia de mistérios e coisas que vamos descobrindo ao longo do livro, seu pai o doutor Filip é um homem simpático e que aceita todas ou quase todas as conclusões que sua filha toma. Anton é um de muitos dos alienígenas que aparecem na estória. Ao contrário de outras estórias que apresentam alienígenas nessa eles são pessoas adoráveis e muito inteligentes de certo modo eu acabei gostando bastante deles.

O Livro envolve, fantasia, ficção-cientifica, e muito imaginação. Confesso que meu maior problema com o livro , foi o peso, demorei muito com a leitura por não conseguir segurar o livro por muito tempo, e também não o carregava para outros lugares para que ele não danificasse, na verdade eu encapei o meu livro, fiquei com medo dele rasgar ou algo do tipo. Os 3 últimos capítulos para mim foram os melhores, a estória toma rumos inesperados e coisas arrebatadoras vão acontecendo em um grau de rapidez que as vezes ficava sem folego. Porém o inicio foi bem arrastado e os assuntos mencionados me deixaram bastante confusa, e toda essa confusão foi sanada logo no meio da narrativa. O final é estupendo e me fez querer demais saber o que acontece depois. Portanto pretendo ler Linhagens e recomendo Cisne sim!, quem começou a ler e parou continue vale o risco.


site: http://maetoescrevendo.blogspot.com.br/2014/01/resenha-34-cisne-eleonor-r-hertzog.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 13/03/2014

Muito mais do que a sinopse motra
"Cisne" é o nome do barco (um veleiro solar) onde moram e trabalham os cientistas (biólogos marinhos) Doris e Henry Melbourne. Lá também moram os 8 filhos do casal: os gêmeos Teo e Ted (16 anos), os gêmeos Tim e Tom (15 anos), as meninas Pam (14 anos) e Lis (13 anos), o caçula Bobby (8 anos) e Peggy (14 anos, adotada há dois por Henry e Doris, seu passado é cheio de mistérios). Uma família grande, encantadoramente divertida e barulhenta.
A história se passa em uma época diferente da nossa, onde as coisas mudaram bastante na Terra: ser cientista é a profissão mais cobiçada e de maior destaque; foi descoberto um outro planeta habitado do outro lado do Sol, muito parecido com a Terra, seu nome é Tarilian.
"- Jean, qualquer terráqueo quer que a Terra alcance Tarilian, só não quer pagar por isso, o que é muito diferente! Querem um alacazam e uma cartola, e a Terra passa a ter a ultratecnologia de Tarilian! Só que mágica não funciona. Precisa tempo, gente talentosa e esforçada, equipamento e muitos recursos!
O rapaz não achou nem o que dizer, e Peggy prosseguiu:
- Ainda não alcançamos Tarilian, mas, graças a tudo que se investe em Ciência, não há ninguém passando fome na Terra, as doenças mais sérias estão sob controle, as pessoas têm facilidades em suas casas que nem sonhariam, dez anos atrás! A poluição é coisa do passado, desertos viraram fazendas, até se fala em emigração pra Lua e bases do espaço. A Terra nunca progrediu tanto quanto agora, Jean! Mexer nisso? Pra quê, afinal?!" (página 136)

Os filhos de Doris e Henry (exceto Bobby, que ainda não tinha idade suficiente) fizeram provas para entrar na Escola Avançada de Champ-Bleux, a mais disputada entre os que querem ser cientistas e a mesma onde seus pais se formaram. O livro começa mostrando a ansiedade dos jovens em saber se foram aprovados ou não.
Essa é só a primeira situação tensa pela qual essa turma vai passar: o medo de se separem dos pais e dos irmãos, de irem para uma vida totalmente diferente da que eles tiveram até então (e que era bem feliz por sinal).
As relações entre a Terra e Tarilian nunca foram totalmente boas; apesar de parecidos, as histórias e o modo de pensar desses dois mundos tem suas diferenças. Essas diferenças volta e meia causam atritos. Uma dessas confusões diplomáticas entre terráqueos e tarilianos acaba sobrando para a família de Henry.
Repórteres e cientistas não se dão bem nesse cenário. Cientistas são vistos como pessoas inacessíveis, esnobes. E repórteres adoram criticá-los. Henry acaba tento que aceitar em seu barco um jovem repórter terráqueo (Jean), dois estudantes e um terrível repórter tariliano, que causa muitas confusões, chamado Giles.

Mesmo sendo ficção, a história pode nos trazer várias lições; por exemplo, o impacto que nossas palavras podem trazer quando trabalhamos com elas e não as usamos de forma responsável. Foi o caso de Giles, um repórter que manipulou os fatos mostrando apenas o lado tariliano das coisas e quase causou uma guerra.
Sorte que Henry é um dos personagens mais incríveis que já conheci. De uma coragem e inteligência admirável. Mei cabeça dura, mas extremamente capaz de resolver qualquer problema.
" - Indômito Henry...
- Como, doutor?
- Indômito, Fabrian. Sabe o que é indômito?
- Indomado.
- É um sentido. De um modo mais amplo - invencível.
- Como, senhor?
- Sim, é isto que ele é: invencível. Sabe por quê? Não porque vença sempre, já perdeu diversas batalhas, este moço. É invencível porque nunca desiste de lutar. Não se pode vencer alguém assim.
Carl Janson abanara a cabeça, ainda sorrindo.
- Ainda vão dar o que falar, esses dois!" (página 393)

Os Melbourne são a família mais divertida que já conheci nos livros. "Cisne" tem mais de oitocentas páginas, e já nas trinta primeiras eu já comemorava o fato de o livro ser tão grande e eu ainda ter muitas páginas para ler e acompanhar as aventuras dos irmãos. Impossível não gostar do fofo Bobby, o caçula; ou de Tim, o terrível, o mais bagunceiro e engraçado de todos.
(Lis) "- Hm, mas que bem falante que você está aqui fora! Lá dentro nem se ouvia sua voz!"
(Tim) "- Sou doido, mas não tanto! Bem capaz que vou chamar atenção para mim com aquela Dora por perto! Imagine só se ela gosta!" (página 246)

Um dos meus trecho preferidos e que sintetiza bem os Melbourne:
"Sacudiu a cabeça, tornando a olhar as velas espelhadas do Cisne, que refletiam o luar e as nuvens. Tinha algo de sonho, aquele veleiro... Talvez fosse a Lua, ou o marulhar leve das ondas, ou o balanço do barco... Ou talvez fosse aquela estranha família, deixando a bordo uma parte de sua magia. Magia? Sorrisos, alegria, um tapa nas costas, uma palavra amiga... Amizade da melhor qualidade.
Olhou o céu. Estrelas. Eles tinham algo de estrelas." (página 149)

Além dos Melbourne e o pessoal do barco, muito outros personagens aparecem no livro, é até difícil lembrar o nome de todos, mas cada um tem seu brilho e sua importância na história. Jean e Giles entraram para minha lista de personagens favoritos de "Cisne", mesmo tendo jeitos tão opostos.
Também são contadas as histórias de outros personagens que não moravam no barco, mas tinham alguma ligação com a família Melbourne. Dessas, a de Michele (filha de um conhecido de Henry e Doris) e Anton (um mutante muito fechado), que também se inscreveram para Champ-Bleux, foi a minha preferida.

Mais trechos que gostei:
"- Ok. Enquanto não fala com eles, vá vestindo seu traje de festa! disse Augusto, e atirou certeiramente o colar de flores na cabeça de Paul.
- Ei, eu não...! começou Paul, e parou, olhando espantado para as flores.
- Trouxe de plástico para você, chefia não gosta de flores mortas penduradas no pescoço! riu-se Augusto. - Daí, assim pode? E o tradicional beijo de Ano Bom, também pode?!
Paul escapou por pouco do beijo, protestando:
- Por que não vai beijar sua mulher?!
- Eu vou, se você ficar com o colar esse ano!
- Ok, ok, com este de plástico, eu até fico!
- O que é o gosto da criatura! retrucou Augusto, rindo." (página 704)

" - Se quer uma pessoa que passe despercebida, não sei se Ali é o mais indicado... Ou você vai tirar o turbante daquele varapau de dois metros de altura?
- O varapau vai de turbante e tudo, mais a cara de bacalhau e a túnica fechada até o pescoço.
- De repente, Ali acaba chamando mais atenção do que Arthur chamaria.
- É outro tipo de atenção. Ali é um excêntrico esquisitão, Arthur equivale a uma atração permanente. As pessoas acostumam com esquisitões, mas não cansam de olhar um príncipe herdeiro. Não é, Ahmad?" (página 91)

"Cisne" não é um livro pequeno nem no número de páginas (832), nem no tamanho físico: ele é maior na altura e na largura do que os outros livros que tenho, o que faz com que ele não caiba direito na minha estante. Poderia ser diferente: o tamanho das letras, das margens e do espaço entre uma linha é outra é bom, mas podia ser um pouquinho menor; o que consequentemente faria com que o livro tivesse menos páginas, fosse mais leve, mais barato, gastasse menos papel, fosse mais fácil de carregar, enfim, com que o livro fosse melhor (além de poder atrair novos leitores que não leem "Cisne" por achá-lo grande demais, eu mesma demorei meses para começar a lê-lo por achar que seria uma leitura demorada, o que não se confirmou).
A capa do livro é muito bonita, as cores, a ilustração, tudo; mas ela não tem orelhas e o material usado é muito frágil para um livro desse tamanho. Ah, as folhas são amareladas.

Por ser o primeiro livro da série "Uma geração. Todas as decisões.", muita coisa fica sem ser totalmente esclarecida.

Desde que terminei a leitura de "Cisne", estou me segurando para não comprar "Linhagens", a vontade de acompanhar mais um pouco os Melbourne é muito grande.

Finalizando: "Cisne" foi uma boa surpresa, gostei muito mais do que esperava e é um livro que recomendo. Uma leitura cheia de trechos divertidos que me trouxeram incontáveis risos e sorrisos. Mais do que a parte científica, a existência de outro planeta ou os mistérios que envolvem Peggy; o que me encantou foi a parte humana do livro: a relação entre os irmãos e as outras pessoas, a vida dos jovens; "Cisne" tem um frescor, uma vitalidade que não sei bem definir.

site: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2014/03/resenha-livro-cisne-eleonor-hertzog.html
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Andrea 10/02/2014

Maravilhoso!
A família Melbourne é diferente de qualquer outra! Para começar, eles moram no Cisne, um barco. Os pais, Doris e Henry são dois biólogos marinhos importantes e reconhecidos. Depois, a família tem vários irmãos! Primeiro vem Ted e Teo, com 16 anos cada; depois Tim e Tom, com 15 anos; depois Pam e Peggy (essa foi adotada), com 14 anos; Lis, com 13; e Bobby, com 8. Uma baita família, não?

Doris e Henry estudaram em Champ-Bleux, a melhor escola avançada da Terra. Tim, um dos gêmeos, sonha em ser cientista, como os pais, e convence todos seus irmãos a prestarem os testes para entrar na renomada escola (menos Bobby, que é muito novo para prestar os exames).

O processo seletivo da escola é muito difícil - e poucos conseguem entrar: apenas 250 pessoas na Terra inteira por semestre! Não se sabe ao certo quais são os critérios para passar pela psicoaptidão (um teste que demonstra quem realmente tem aptidão para aguentar os 10 anos de curso) e também não se sabe quais foram os erros cometidos por aqueles que não passaram. Assim, a escola consegue formar os melhores cientistas do planeta - e faz com que todas as outras tentem copiar seus métodos.

Normalmente, o barco viaja apenas com a família. Dessa vez, porém, o Cisne parte viagem com alguns convidados peculiares. Jean é um repórter francês ruivo que conheceu os Melbourne durante uma reportagem e nem sonhava em acompanhá-los no Cisne. Além dele, dois cientistas tarilianos (sim, não estamos sozinhos no universo!) do intercâmbio inter planetar, juntamente com um jornalista de seu planeta.

Não que isso seja coisa boa. "Terráqueos não toleravam tarilianos. Tarilianos não toleravam terráqueos. Uma rivalidade havia surgido e parecia ter vindo para ficar. E aumentar" (p. 232). Uma agradável estadia desses cientistas extraterrestres no Cisne é essencial para evitar um conflito entre os dois planetas.

E, ao longo das 832 páginas (que passam rapidinho), ficamos cada vez mais intrigados com os mistérios que envolvem o Cisne, seus personagens, e o universo único que o livro nos introduz! E, é claro, ficamos cada vez mais curiosos para saber o que vai acontecer com cada um dos personagens!



Antes de tudo, vou fazer uma pequena crítica. Quando comecei a ler o livro, fiquei um pouco confusa com a falta de travessões. O personagem começava a falar, mas o término de sua fala não era um travessão. Mesmo assim, depois de me conectar com a história (o que não demorou muito), a falta dos travessões não me atrapalhou mais e foi super tranquilo de ler. No blog da autora, percebi que não era a única a fazer essa crítica. Ela anunciou aqui que já está modificando esse detalhe para a próxima edição que será publicada pela editora LetraImpressa.

Agora, vamos aos personagens. A que eu mais gostei foi Peggy, a filha adotada da família que está envolta em mistérios - não conhecemos direito o seu passado. Ela é uma garota alegre, inteligente, falante, que se entrosa facilmente e é de confiança de todos. Também gostei bastante de Tim - um dos personagens que é mais ligado à Peggy - e seu jeito inquieto de ser. Tim não para quieto um instante e está sempre aprontando alguma coisa. Eu adorei o personagem, mas tenho certeza que ficaria irritada se tivesse um Tim na minha vida (que nem alguns irmãos, que se irritam com ele)! O personagem, ao contrário do que eu esperava, é o que mais demonstra interesse em ser cientista - e se esforça ao máximo para conseguir alcançar seu sonho. Henry, o pai, também merece destaque. Ele é o tipo de homem que faz tudo do jeito que acredita ser certo. Ele não tem medo de ninguém e consegue se impor. Tem uma personalidade forte e consegue ser engraçado e carinhoso.

No geral, adorei a família. O modo como eles se comunicam entre si e com os outros é ótimo! Eles são super unidos, apoiam uns nos outros para as decisões que precisam tomar, se entrosam super bem em qualquer lugar, são sempre bem-vindos e se esforçam para fazer o bem para a população... Realmente é uma família de se admirar!

Também fiquei super curiosa quanto à alguns personagens que também irão para Champ-Bleux e adorei conhecê-los um pouco mais. Gostei de ter conhecido os amigos de Henry e de Doris - e de entrar um pouco em seu mundo e ver como tudo parece estar debaixo de algo bem maior do que imaginamos! Também adorei conhecer os tarilianos (principalmente Tian, que é mais sociável) e ver sua rivalidade com a Terra - mesmo que aparentemente gratuita.

Eu adorei o livro! Fiquei muito envolvida nesse universo criado pela autora, fiquei amiga dos irmãos Melbourne e também ansiosa para os testes de Champ-Bleux. E ainda estou super curiosa para descobrir os mistérios que envolvem a família e os personagens envolvidos! Agora só com a continuação, Linhagens, que foi lançado durante a Bienal do Rio de Janeiro, no último dia 1º! Recomendo para todos!


site: http://deia-galvao.blogspot.com
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Amanda Viana 09/02/2014

Resenha postada no blog Geek & Pop
~link ao final

Essa é uma resenha que foi um desafio escrevê-la. O livro da Eleonor Hertzog é um verdadeiro mundo à parte da nossa realidade, mas que ao mesmo tempo nos traz muitas reflexões sobre o desenvolvimento da humanidade ao longo dos milhões de anos na Terra, sobre história e a memória que temos dos nossos antepassados, sobre o avanço tecnológico e onde tudo isso possivelmente nos levará um dia. Na trama, podemos acompanhar diálogos e discussões que instigam o raciocínio lógico e vai muito além da fantasia.

"Era uma vez...
...Um mundo lá no cantinho da galáxia.
[...] O nome do mundo? Não podia ser mais comum.
Chamava chão, solo, pedra, areia.
Chamava Terra." (p. 7)

Tudo isso gira em torno da vida da família Melbourne, os tripulantes do Cisne, um dos mais famosos barcos científicos da Terra. Doutor Henry e doutora Doris Melbourne são para todos os efeitos biólogos marinhos (o que todos pensam) e tem uma penca de filhos como ajudantes. Teo e Ted (gêmeos) com 16 anos, Tim e Tom (gêmeos) com 15 anos, Pam que tem 14 anos, Liz com 13 anos e Peggy Saint-Mont (adotada) com 14 anos também. Eles estão todo uma pilha para saber se passaram no teste de ingresso na Escola Avançada de Champ-Bleux, uma nova forma de ensino que teve início com a intenção de formar aqueles que provassem ter aptidão para a ciência, num mundo em que esta seria a carreira dos sonhos. Tudo na história parecia que ia focar nessa situação, mas a medida que a leitura vai prosseguindo, descobrimos que vai muito além, com tramas que se entrelaçam e acabam por ser uma teia gigantesca.

"Tinha algo de sonhos, aquele veleiro... Talvez fosse a Lua, ou o marulhar leve das ondas, ou o balanço do barco... Ou talvez fosse aquela estranha família, deixando a bordo uma parte de sua magia. Magia? Sorrisos, alegria, um tapa nas costas, uma palavra amiga... Amizade da melhor qualidade." (p. 149)

Nessa outra dimensão que a autora imaginou da Terra, o homem se tornou tão capacitado em termos tecnológicos que tiveram a chance de explorar cada vez mais o espaço sideral. Um grupo de astronautas audaciosos o bastante, tiveram a ideia de contornar o Sol, numa viagem muito arriscada que ninguém acreditava poder dar certo. Mas aconteceu e acabaram descobrindo Tarilian, um mundo muito parecido com o nosso, com vida e seres como os humanos vivendo em sociedade. Eram também muito inteligentes, mas ainda não tinham chegado a explorar os céus como os terráqueos. Assim, os tarilianos começaram a aprender com os seus visitantes e logo já estavam fazendo suas primeiras viagens pelo espaço e visitando a Terra. A partir daí, ambos os mundos tomaram medidas de intercâmbios para aprenderem mais um sobre o outro. Só que os tarilianos foram se mostrando cada vez mais inteligentes que os terráqueos, com equipamentos mais avançados, aguçando a desconfiança dos seus vizinhos.

"Isto tinha acontecido dez anos antes do primeiro contato com a Terra. Quando os terráqueos chegaram, os tarilianos eram um povo unido, sólido e nada aventureiro, com a paz tão profundamente entranhada na cultura que não tinham sequer uma palavra para 'guerra' - guerra no sentido terráqueo da palavra." (p. 345-346)

A família Melbourne se vê no meio dessa disputa quando o Cisne é apontado como o barco que receberá dois estagiários tarilianos do programa de intercâmbio, junto com um jornalista arrogante, pretensioso e muito espertinho - um verdadeiro perigo em alto mar. Se o barco já é bem agitado só com os filhos dos doutores, agora sim que a confusão se torna um furacão. Henry e Doris têm muitos segredos a guardar, que envolve sua filha adotiva Peggy também. São segredos que podem colocar em xeque tudo aquilo que conhecemos sobre a humanidade. E assim fica bem difícil administrar tudo.

"Com um breve clarão verde, o Mentor de Kreganian se transportou." (p. 576)

No começo do livro eu me senti totalmente perdida. A narração é feita em terceira pessoa, mas no início o narrador fala pouquíssimas vezes, deixando apenas as falas sucessivas de cada personagem. Por isso, tive um pouco de dificuldade para entender, pois eram diálogos que não tinham uma explicação prévia ou posterior, ou quem estava falando. Não sei se estou deixando a minha ideia clara aqui pra vocês... Também me senti desconfortável em como a autora não colocava um indicativo de que a fala tinha terminado (um travessão, por exemplo). Mas depois fui me acostumando e isso aconteceu só no começo mesmo, assim como a quantidade enorme de personagens. Demorei um tempão pra conseguir lembrar quem era quem (principalmente os gêmeos).

Os pontos positivos: a forma como, de repente, a autora nos transporta de um ambiente que já nos acostumamos a outro, nos introduzindo a novos personagens e situações que de uma maneira ou outra estão todos relacionados entre si. Entre estes, me apeguei mais a Michele e Anton, o tariliano que tem medo do contato com os humanos. Nesse mesmo sentido, a autora sempre deixa uma descrição vívida dos cenários e as cenas, o que facilita o desenvolvimento da leitura.

Eu me senti verdadeiramente dentro da história, acompanhando as reviravoltas e me apegando a muitos personagens. Aliás, são tantos (eu já disse), mas todos muito bem estruturados com personalidades distintas. É um livro delicioso de se ler, em todas as suas 832 páginas, mesmo sendo grande foi uma leitura que terminou num piscar de olhos e deixou um gostinho de quero mais.

Bom, eu não quero - e nem posso - me prolongar mais. Eu poderia ficar horas aqui e ainda seria pouco, sem falar que estragaria toda a graça do livro. Basta dizer que a essência da trama - com todos os segredos - ficaram muito bem amarrados, apesar de ter deixado um gancho para sua continuação, Linhagens.

site: http://geek-pop.blogspot.com.br/2014/02/resenha-cisne-uma-geracao-todas-as.html
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