Rogerio 25/06/2013
“...seria imperdoável perder as cores do outono.”
Bom, vamos lá, a resenha de hoje é de Cores de Outono, um livro super especial pra mim e para o blog, pois, a Keila foi a primeira autora a conceder um exemplar de seu livro para resenha – imaginem minha alegria, haha. – Eu li a sinopse achei o livro interessante e entrei em contato com a Keila que deu sinal verde para a parceria, contudo, eu não tinha ideia da dimensão desse livro aqui na blogosfera...
“Cores” – como é chamado carinhosamente pela Keila - é cativante desde o início, desde a capa (haha), acho que o fato de ser narrado em 1ª pessoa traz uma cumplicidade com o leitor que passa a conhecer todas as emoções do personagem narrador, no caso, Melissa Wels.
No primeiro capítulo a protagonista nos conta sobre o acidente no qual a mãe e o padrasto morreram. Melissa está dirigindo, viajando de São Paulo para Campo Alto, uma pacífica cidade de montanha. Descobrimos, então, uma das principais peculiaridades dela: Melissa é desastrada, dirige mal, é cambaleante, está sempre caindo em situações constrangedoras na frente das pessoas.
“Sempre me considerei um ímã para o caos...” (Página 23)
O coração da jovem está mergulhado em um frio polar por causa das perdas e mesmo assim ela é forte e assume a responsabilidade de cuidar da irmã de cinco anos, Alice. Melissa está mais triste pela irmã, pois, acha que a menina, com a morte dos pais, perdeu muito mais que ela... Alice nunca saberia quão boa amiga a mãe Angelina era...
Alice e Melissa vão morar com o avô George (Opa), na Casa Amarela. Eu simpatizei com George à primeira linha de texto, gostei da personalidade paternal do homem que passou tanto tempo solitário, o espírito protetor, enfim, um avô que todos nós gostaríamos de ter.
Melissa é uma garota normal, não é do tipo que chama atenção, eu não tenho certeza disso... talvez ela só seja insegura, lembremos que ela está contando a estória, é o ponto de vista dela e tem um fato que me faz duvidar dessa normalidade: Melissa é muito cobiçada e desejada, principalmente pelos vizinhos.
Vou deixar de enrolação, haha, vamos aos romances.
Arthur é um amigo/inimigo de infância e ele roubou algo importante de Melissa nessa fase (eu queria contar, mas pode ser considerado spoiler). Arthur tornou-se um homem bonito com olhos dourados, mas sua personalidade divertida, muitas vezes é inconveniente, ele não tem papas na língua. Eu estava disposto a ser do #TeamArthur mas não deu... haha. Bom, o vizinho da Casa Azul - Arthur é o vizinho e mora com os pais que são donos do restaurante italiano no centro e amigos da família Wels – nutre uma paixão por Melissa e não esconde isso dela... as famílias torcem para que Melissa e Arthur se entendam... O Arthur seria o cara comum que daria uma vida segura a qualquer mulher, sabe o casamento longo, feliz e sem perturbações?! Contudo, as leitoras (blogueiras - haha) estão mais dispostas a se derreter pelo homem assustador vestido de negro.
Vincent Dippel é o cavalheiro carrancudo com os olhos azuis turquesa intensos por quem Melissa, (e todas as blogueiras), se apaixona e sofre frequentemente ataques de borboletas acrobatas em seu estômago sempre que o vê. No início Vincent é antissocial, sem amizades na cidade, na verdade, a cidade inteira tem medo dele, e, por isso, torci para a Mel se apaixonar pelo Arthur. Entretanto, com o desenrolar da estória, Vincent se mostra mais amigável com Melissa, protetor... apesar das suas constantes mudanças de humor. O casal impossível, enfim, ganha a torcida do leitor, a minha torcida.
A relação do casal é muito difícil. Melissa tem um gênio forte. Vincent tem muitas mudanças de humor. A gente pensa que vai ficar tudo bem entre eles e acontece algo pra colocar em dúvida a certeza que eles tem sobre o que querem...
É claro, o triângulo amoroso está formado. Façam suas apostas, haha.
Até esse ponto da estória tudo está normal, nos limites da realidade, a trama é um romance envolvente, mas lembram da sinopse? Do mundo mágico com elfos, magos e fantasia? No capítulo Bistrô, o mais longo do livro, todas as respostas são respondidas, é de tirar o fôlego, o enredo entra de cabeça na fantasia e não assusta, pois, estamos sendo preparados desde sempre para enfrentar essa realidade paralela... todos os acontecimentos anormais de repente se encaixam. É mágico... E ainda acontecem muitas coisas com o casal, coisas pelas quais torcemos, sabem?!
“Melissa, faça o certo, não o fácil.” (Página 237)
Outro ponto muito importante da trama é Alice que em alguns momentos parece ser o ponto fraco da irmã, mas muitas vezes é a força de Melissa. Alice é sua responsabilidade e ela vai lutar para proteger a criança de qualquer perigo.
Ops, acho que me excedi um pouco.
Espero que tenham gostado.
Eu preciso agradecer imensamente à Keila, por ser tão carinhosa com o blog, por acreditar nesse projeto. Eu sou fã dessa autora, adoro quando ela escreve “Corei”, haha, estou aguardando a continuação de “Cores”, Sombras da Primavera e também já estou de olho no último livro da trilogia, viu. Muito obrigado e sempre que quiser pode usar este espaço.
http://uma-dose-de-palavras.blogspot.com.br/2013/06/resenha-cores-de-outono.html