Resenhas - A escrava Isaura

Luísa Anjos 26/10/2021

Foi uma história interessante de se conhecer à fundo, visto que ocupa um espaço notório na nossa Literatura. Até leria de novo, mas para um fim específico/acadêmico. Acho que foi um texto dentro do esperado, mas não nego que me surpreendi com alguns diálogos e certas reviravoltas que deram o ar da graça na história. Os personagens são todos bem separados e estereotípicos, e o romance reúne todas as características da Escola Literária. Acho que seria muito bom pra se trabalhar em sala de aula.

Hellen 17/10/2021

A Escrava ISAURA
Abandonei esse livro muito tempo atrás, e esse ano tive coragem de ler, foi difícil mas consegui terminar. A linguagem também é difícil por isso dificultou a leitura, mas superei.

Mara Fernandes 07/10/2021

Uma boa leitura, mas com alguns problemas.
Uma obra famosa e com adaptações para a TV. Conta a história de uma escrava branca que após perder a mãe, devido as crueldades de seu senhor, é acolhida por sua dona que a cria como uma filha.
Ao crescer, Isaura se torna uma moça fina,de educação exemplar e dona de uma beleza deslumbrante fator que só contribui para seu martírio. O livro segue narrando a luta de Isaura pela liberdade, enquanto tenta escapar das investidas dos diversos admiradores, sendo o pior deles Leôncio, seu cruel dono.
É um livro de leitura rápida e sem muita enrolação. O autor tem uma escrita bem feita, por vezes poética, com enredo que prende o leitor, tornado a leitura prazeirosa.
No entanto, existem alguns problemas que não podem ser ignorados, e que mesmo levando em consideração a época em que foi escrita, ainda assim incomodaram bastante.
Um deles é que em várias ocasiões em que Isaura era exaltada como modelo de beleza e perfeição, por vezes era dito que devido esses atributos ela não ?merecia? ser escrava, como se alguém que não tivesse as mesmas oportunidades que ela ou não fosse tão bonito quanto, merecesse essa condição. Esta observação pode ser atenuada por alguns discursos contra a escravidão feitos por Álvaro.
E um segundo ponto que não ficou nada bem é a forma como o senhor Belchior (jardineiro de Leônico) é tratado por todos, sendo humilhado inclusive pelos protagonistas devido sua condição física. Esses fatos na minha opinião destoam do sentido que a obra deveria ter, já que a mesma tratar da luta pela liberdade e igualdade.

Keuly 25/09/2021

Razoável
Eu não comecei o livro com muita expectativa por isso eu não fiquei chateada, essa versão adaptada, a linguagem é fácil de entender e algumas palavras eles colocam o significado ao lado. Não tem muito o que dizer da história, só que o Leôncio é um babaca, o romance eu achei fracoo. É bem rapidinho de ler só tem 64 páginas.

Betânia 14/09/2021

A escrava Isaura
O livro tem uma linguagem própria da época mas ainda assim, uma narrativa suave e que prende o leitor. Com todo seu contexto histórico, é uma obra rica em cultura e vale muito a pena!

Jéssica 09/09/2021

Esperava um final melhor.
Gostei bastante da leitura, no início pensei que ia demorar muito pra ler, e que não ia conseguir ler a história, por causa da época que o livro foi escrito, ( Não estou acostumada a ler clássicos) mas me surpredi que não só consegui compreender a história, como gostar bastante dela, ( só a Isaura me irritou um pouco, por aceitar assim tão fácil a sua condição de escrava, mas acredito que ela era assim porque foi educada a pensar dessa maneira, mas mesmo assim me irritou.) Mas o final foi meio decepcionante, quer dizer, ele acabar da forma que acabou, sem saber o que aconteceu com os personagens, queria muito ler um desfecho mais completo. Mas gostei muito, mas estou dando três estrelas por esse final meio "mééé".

_Tpwk_ 09/09/2021

Um belo clássico
Eu particularmente gostei do livro, nunca tinha lido um clássico antes, devo ressaltar que o motivo foi : preconceito contra livros clássicos!

Essa obra abriu minha mente sobre a beleza dos clássicos, uma narrativa tão suave e detalhista, palavras tão elegantes e complicadas, acredito que sai desse livro com umas trinta novas palavras pra usar na redação do enem kkkk

Mas nem tudo e as mil maravilhas, acredito que faltou explicação em alguns pontos da história, e que o final ficou muito solto... Leôncio se matou e fim... faltou um futuro de Isaura, de Malvina de Álvaro e etc.

Senti que esse livro poderia ter sido bem mais trabalhado, com mais paginas e mais drama e suspense,
Porém, o livro é sensacional, recomendo muito que leiam,
No começo eu passei muita raiva pelo fato de Isaura ser uma personagem tão fria e triste, acredito que ela não se destacou como personagem principal... mas como um troféu aos rivais Álvaro e Leôncio;
Também sentimos raiva do machimos e assédio presentes nesse livro, eu como mulher, senti raiva pelo fato dos rapazes se apaixonarem tão instantaneamente por Isaura, so pela sua beleza, sua voz e seu corpo!

Porém,
Leiam, e muito bom??

Kethlyn 19/08/2021

Escrita floreada e tratamento incômodo à protagonista
A obra narra a história de Isaura, uma escrava branca que foi criada como filha pela família que a possuía. Assim, ela é protegida pela matriarca, que prometeu libertar a escrava após sua morte, porém não é isso que ocorre. Isaura torna-se propriedade de Leôncio após a morte dos pais dele. Álvaro entra na história para tentar resgatá-la de Leôncio.

Gostei da história e de mergulhar um pouco no contexto da época. A escrita floreada demais me incomodou um pouco, mas não esperava que fosse diferente pelo período em que a obra foi publicada.

Demorei mais tempo que levo normalmente para ler um livro tão pequeno como este.

A questão da protagonista ser admirada apenas pelos atribustos fisicos e por ter sido criada como 'branca' em meio aos escravos me incomoda durante a narrativa, mas torna-se compreensível pelo contexto social em que foi inserida a história.

No geral, é um bom livro, que vale a pena ser lido.

Mateus 19/08/2021

Um clássico!
Resumo: As desventuras de Isaura, uma escrava branca mestiça, se passa em meados do século 19 em plena campanha abolicionista. Isaura teve uma educação esmereda e foi criada como filha de sua senhora, conseguindo facilmente se passar por uma mulher livre. Por causa de todos os seus atributos, ela é alvo constante de investidas "amorosas" de todos os lados, desde o jardineiro até o que viria a ser o seu senhor, o jovem, leviano, devasso e insensível Leôncio, filho do Comendador Almeida.

Isaura sofre perseguições de Leôncio, agora, seu senhor, porém, sua esposa, Malvina, acabara por saber dessas investidas, e neste momento o casamento deles fica abalado. Malvina deixa uma única opção para Leôncio, deixá-la ou livrar-se de Isaura. Relutante, o sinhô não toma um partido definido. Logo, seu casamento cai em ruína, e em meio à seu planos "lasciviosos", Isaura consegue fugir com seu pai, o antigo e bondoso Feitor da fazenda.

Estando agora em Pernambuco, Isaura e Miguel (seu pai), vivem às escondidas com grave receio de serem descobertos. Porém, durante uma cavalgada, o nobre e rico herdeiro Álvaro, "descobre" esta criatura divina e encantadora que agora se chama Elvira. Álvaro convida pai e filha para para um "baile". Estando no baile dão de cara com uma figura avarenta e desprezível, Martinho, que já teve conhecimento, através de um cartaz de escravo fugido, que uma cativa branca de grande beleza e estudo, estava fugida com seu pai.

Após alguns desenrolos, Álvaro livra Isaura de Martinho, porém tarde demais para livrá-la de Leôncio que foi à Pernambuco e levou a sua escrava de volta ao Rio de Janeiro. O nobre mancebo ( Álvaro), no entanto, não desiste de seu amor e acha uma brecha para salvar a cativa da lascívia de seu sinhô.

Minhas palavras: o livro (pelo menos a minha edição, 1988), tem uma linguagem bem própria à época do mesmo, ou seja, o leitor irá se deparar com muitas palavras fora do nosso atual vocabulário, mas isso não impede o entendimento geral da obra, claro que será uma leirura mais imersiva se tiveres um dicionário por perto (ou mesmo o "famigerado" Google). O autor traz várias descrições do ambiente, das vestimentas e fisionomias enriquecendo nossa leitura e imaginação.

Naiana 16/08/2021

Para que gosta de ler clássicos
A Escrava Isaura é um livro muito gostoso de ler para quem gosta de história, literatura romântica, com idealização da musa e os empecilhos para alcançar o amor ideal é um livro perfeito, entretanto tem que gostar de ler com um dicionário ao lado também, muitas palavras já em desuso cujo significado temos que estar sempre em busca, para mim isso não é um problema e engrandece a leitura.
Adorei a forma como Bernardo Guimarães narra a história também, como se presenciasse os fatos e conhecesse os pormenores dela, ele conta detalhadamente cada etapa e vai e volta a medida que se torna necessário introduzir novos elementos ou personagens a trama e mostrar como eles se encaixam ali.
Foi para mim uma leitura muito prazerosa.
A Escrava Isaura narra a história de Isaura, uma escrava branca que fora criada com mimo e esmero por sua senhora, como uma filha e possui dotes e ares de uma verdadeira dama. Contudo, após a morte de sua senhora velha e seu senhor velho, Isaura passa a pertencer a Leôncio que a deseja e faz de tudo para conseguir tê-la e assim começa o calvário de Isaura e sua busca pela liberdade, junto a seu pai.

Meg 14/08/2021

Bernardo Guimarães escreveu um romance ambientado no Brasil escravista que relata os dissabores da vida de Isaura, uma cativa branca, criada como filha por sua senhora, e que recebeu uma educação refinada, comparável com a educação de qualquer moça da sociedade na época.
Um amor até certo ponto egoísta, pois sua madrinha se negava a conceder a sua alforria. Acreditava que com a liberdade, Isaura a abandonaria ou tomaria um rumo errado na vida. Como era de praxe a sociedade da época acreditar que o liberto entregava-se a vícios e criminalidade após a alforria. E como cativa, Isaura estaria protegida desses perigos.
Mesmo com toda dedicação de sua senhora e o testamento concedendo a alforria após o seu falecimento, Leôncio, o herdeiro do comendador, não respeitou a vontade de sua mãe e transformou a vida de Isaura em um inferno.
Após fugir da fazenda e dos castigos que estava sendo submetida, Isaura conhece o amor de sua vida, Álvaro, que iria lutar por sua liberdade.
O livro relata o cotidiano escravagista brasileiro, os castigos dispensados aos escravizados, os preconceitos de uma sociedade imperial.
A escrava Isaura é um romance do período imperial com uma linguagem pouco comum para os nossos dias. É considerado por alguns leitores açucarado demais, porém devemos levar em consideração a sociedade na época em que foi escrito, e o público que consumia esse tipo de literatura.
Achei o livro uma leitura agradável, prazerosa e ágil. Apenas senti que nas páginas finais, o autor encerra a história abruptamente.

Nubia.Costa 13/08/2021

A mulher como posse do homem
Toda uma "boa educação e bons modos" porque a negra nasceu com a pele mais clara, mas esta não é uma crítica. Mas sim, as "oportunidades" dadas para que esta"mulata" seja exibida como um ser exótico, para exibir a "boa-fé" de seus senhores brancos. A verdade que sempre somos objetificados. Esse é o primeiro ponto.
Depois um senhor que se acha no direito da posse de sua escrava a ponto de querer não só seu corpo como seus pensamentos.
A verdade que todo seu percurso para se tornar livre, fugindo, se escondendo, tudo isso é retratado e como sua vida é apenas trocada da posse do seu senhor branco, para depois pro seu pai, seguindo pro seu "libertador".
A história de Isaura é o retrato do homem que independente dos seus motivos, sempre se acha no direito de tê-la, de possuí-la, de protegê-la.
Sabe, se não vivêssemos sendo perseguidas e ameaçadas, por homens, a verdade que nunca precisaríamos de sua "proteção".

Raquel512 07/08/2021

Não gostei
Achei o livro muito muito triste, mas fiquei feliz que a Isaura foi libertada graças ao Álvaro. Ele foi um amor.

Agora o Leôncio deveria ter tipo um final pior do que sair da casa e se suicidar.

E eu também gostaria de saber o que seria da Malvina.

Deborah.Genovese 05/08/2021

Melhor do que eu esperava
Tentei ler esse livro 1 vez, há uns meses atrás, mas abandonei poucas páginas depois, porque a escrita antiga dificultou meu entendimento, e hoje comecei de novo, por conta de um trabalho de escola.

Se eu gostasse um pouquinho mais de romance, eu teria dado nota maior, porém fiquei sem paciência do meio ao final (apesar da história ser boa).

Costa81 03/08/2021

RESENHA | A Escrava Isaura
A Escrava Isaura conta a história de Isaura, uma branca escravizada que tem sua dor fetichizada por Leôncio e Álvaro.

Isaura é fruto de uma relação birracial, assim nascendo branca. Por conta disso, mesmo sendo uma pessoa em situação de escravidão, acaba por receber tratamento diferenciado de todas as pessoas a sua volta. Sua vida vira um inferno quando Leôncio começa a puni-la por ela recusar suas investidas românticas/sexuais, forçando Isaura a fugir, onde acaba encontrando Álvaro, o suposto mocinho da história.

Apesar do nome da Isaura no título ela não é protagonista, ela é apenas o troféu pelo qual os verdadeiros protagonistas, Leôncio e Álvaro, duelam para conseguir após ambos se apaixonarem instantaneamente por Isaura.

Por ser um clássico aclamado eu tinha certas expectativas para com a obra, mas terminou por ser bem abaixo do que eu esperava. O livro é escrito com um português que não se usa mais o que foi um estranhamento num primeiro momento mas nada que atrapalhasse o entendimento. Mas a escrita tem muitos floreios o que me incomodou, além do livro ser extremamente piegas, com desenvolvimento superficial, personagens rasas e cheio de clichês datados que talvez fossem novidades para a época, não sei. As 148 páginas que poderiam ter sido lidas em um tarde se arrastaram por um pouco mais de um mês, de tão insosso. Talvez clássicos não sejam para mim.

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