Um Motim No Tempo

Um Motim No Tempo James Dashner




Resenhas - Um Motim No Tempo


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Moonlight Books 29/03/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, http://www.moonlightbooks.net
Este é o primeiro livro da série Infinity Ring, composta por sete volumes, sendo cada um escrito por um autor diferente, exceto o primeiro e o sétimo, que são de autoria de James Dashner (Mazze Runner). O conceito desta série foi ideia da Scholastic, editora americana que idealizou outra série de livros, 39 Clues. Ao decidir ler este livro, uni dois desejos, conhecer o trabalho de James Dashner e ler algo da Scholastic, então quando a Editora Seguinte ofereceu a prova do livro, eu disse, manda aí, sem nenhuma dúvida.

Eu amo livro infanto - juvenil, são livros cheios de aventura, energia e muito bom humor. Protagonizados em sua grande maioria por crianças, são sempre diversão garantida e com Um Motim no Tempo, não foi diferente. Tudo começa com uma conversa entre duas crianças, Dak e Sera, que do topo de uma árvore observam o mundo e sonham com uma promessa de um futuro melhor.

Ambos são super inteligentes, tidos como nerds, e especialistas em assuntos diferentes. Sera é a expert em ciência e tecnologia, enquanto Dak em história. Eles tem um laço de amizade muito forte, algo raro na realidade em que vivem, um época em que tudo o que conhecemos deixou de existir, um mundo dominado pela organização SQ, que leva todos sob julgo de censura e tirania. Temos aqui uma sociedade ameaçada por um cataclismo e vários desastres naturais, levando o povo à esperar pelo fim próximo. Esta situação é decorrente de Fraturas no Tempo, ou seja, fatos que aconteceram, desde os primórdios da humanidade, mas não deveriam ter ocorrido, como por exemplo a morte de Alexandre, O Grande ou a descoberta da América pelos irmãos Amâncio, ao invés de por Cristovão Colombo.

Os Guardiões da História, lutam contra o domínio da SQ, e sabem que para salvar o mundo é preciso voltar no tempo e consertar estas fraturas, porém como fazer esta viagem, é um mistério. Então é aqui que nossos amiguinhos entram, já que os pais de Dak fizeram o Anel do Infinito, um dispositivo que permite viajar no tempo, mas falta um toque final para fazê - lo funcionar, e Sera consegue dar este toque na invenção. Eles então resolvem testar o Anel, mas a viagem não dá muito certo, e os pais de Dak não voltam. Sem saber o que fazer, as crianças dão de cara com os Guardiões, e descobrem que o dispositivo poderá salvar o mundo da SQ, assim eles embarcam nesta missão, e tentam consertar uma das Fraturas, a descoberta da América.
"O tempo havia saído dos eixos - era nisso que os Guardiões da História acreditavam. E, como as coisas não podiam mais ser consertadas, só havia uma esperança... voltar no tempo e corrigir o passado."
Narrado em terceira pessoa, o livro começa com ar de distopia, mostrando um futuro aterrador, num mundo triste, sombrio e longe do que sonhamos. Porém não ficamos presos nesta realidade, o clima distópico, dá espaço à um clima histórico, e usando o tema viagem no tempo, o autor nos conduz em uma grande aventura. Pode parecer confuso, pois os temas apresentados são variados, mas Dashner conseguiu uni-los com maestria, e o resultado foi uma história que surpreende a cada página e não nos deixa largar o livro nem um minuto. Tem bom humor a cada linha, com diálogos pontuados com piadas que tentam suavizar a situação tensa que todos vivem. Puxa vida, é uma pena ser tão curtinho, pois acabei a leitura com aquele desejo de passar mais tempo nesta trama, junto com personagens muito cativantes.

Sim eu gostei muito de Um Motim no Tempo, me apaixonei por Dak e Sera. Ela uma figura, sem um pingo de paciência (que muito lembrou esta pessoa aqui) , que vive puxando as orelhas de Dak, mas não troca o amigo por ninguém e ele um garoto totalmente sem bom senso, que sempre diz a coisa errada, na pior hora, criando situações constrangedoras e hilárias. Eles são energia pura, e dão uma dinâmica muito boa à história, totalmente opostos, se completam, e ao lado do Guardião Riq, vão desvendando enigmas e enfrentando muitos perigos, afim de impedir o surgimento da Fratura.
"... Dak, seu eterno melhor amigo para sempre (ela sabia que era uma redundância, mas gostava de dizer isso mesmo assim), e algo dentro dela gritava que a amizade dos dois não era apenas fruto do acaso. Alguma coisa importante parecia aguardar por eles no horizonte de suas vidas."
Os elementos criados para ilustrar a obra foram muito bons, as Fraturas por exemplo, são fatos que conhecemos, mas que aqui, aconteceram de forma diferente, e nos fazem pensar se realmente tivesse sido assim, onde estaríamos hoje. Eu pensei mesmo, pois há uma parte no livro, que mostra que livros impressos são raridade, estão quase extintos, e nosso Dak, que ainda prefere ler assim, sofre bastante para encontrar seus amigos nas poucas bibliotecas que a SQ ainda mantém. Gente, eu não sou adepta de e-books, então senti uma dor no coração. Existem também as Reminiscências, sentimentos estranhos, que muito me intrigaram durante a leitura, dada suas características ímpares.
"Um sentimento de perda misturado com uma incerteza enlouquecedora."
É uma história cheia de surpresas e muito viva, eu virava as páginas com muitas expectativas, e a cada conquista de nossos heróis, eu vibrava com eles, isso é muito bom, ser contagiado pelos acontecimentos do livro, sentir as emoções dos personagens. É como se a luta deles, fosse a minha também. Fiquei muito feliz com esta mistura de distopia, ficção e história, viajei, literalmente, neste livro.

O final fecha esta primeira aventura, mas não a história. Existem outras Fraturas que precisam ser consertadas e Dak ainda não encontrou seus pais. Então, vamos ter que aguardar a sequencia, escrita por Carrie Ryan, para ver o que acontece e confirmar se este ritmo gostoso vai continuar. Confesso que estou mais ansiosa pelo terceiro livro, pois conheço o trabalho da autora Lisa McMann, de outra série de livros, Wake, e amo de paixão. Fica a dica.
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Regiane 26/03/2013

Um ótimo livro de aventura!

“ Ele avançou na direção de Sera, e Dak saiu aos tropeções para impedi-lo. Ele caiu no colo da amiga ao mesmo tempo em que Riq estendeu a mão para tocar em seu ombro. Ouviu-se um clique e um bipe. Então o mundo inteiro se transformou em luz e eles foram sugados do quartel-general dos Guardiões da História. ”

Confesso que fiquei bem ansiosa para ler esse livro quando eu vi que abordava viagem no tempo. As expectativas foram altas, que felizmente foram superadas. Na verdade, é melhor do que eu imaginava. Antes de mais nada, quero deixar claro que essa é uma prova que foi enviada pela editora, para análise. Um Motim no Tempo já está em pré-venda e o lançamento está previsto para o dia 04 de abril.

Os amigos inseparáveis Dak Smyth e Sera Froste acabam descobrindo um grande segredo: a possibilidade de viajar no tempo, através de um dispositivo, mais conhecido como Anel do Infinito. Mas essa descoberta trará consequências sérias, como o envolvimento deles em uma guerra secreta que perdura há séculos, com o intuito de mudar o futuro do mundo.

De forma repentina, os dois acabam sendo convocados pelos Guardiões da História, pertencentes a um grupo oculto, que nasceu com seus antepassados desde da época Aristóteles, para corrigir as Grandes Fraturas, viajando no tempo. Eles contarão com a ajuda de Riq - um jovem guardião em treinamento. O primeiro ponto de parada é na Espanha no ano de 1492, onde um navegador conhecido como Cristóvão Colombo corre o risco de ser lançado ao mar, por conta de um terrível motim. Será que esses garotos, mesmo que despreparados irão conseguir cumprir a importante missão que foi destinada a eles?

Um Motim no Tempo possui uma leitura gostosa e envolvente, que me prendeu do começo ao fim. A obra de James Dashner não dá a menor chance à monotonia. Quando eu virei a última página, eu imaginei que ficaria sossegada, mas me enganei totalmente. Na verdade, eu fiquei até mais ansiosa, pois o final é muito intrigante e aguça demais a curiosidade.

A narração segue em 3º pessoa, e apesar do livro conter mais diálogos, achei que os detalhes foram bem precisos e na medida certa, isto é, sem faltar e sem sobrar. Apesar da leitura ser leve e simples, a forma como as palavras foram conduzidas, acabou resultando em uma história bem elaborada e empolgante.

Os personagens são bem interessantes e cativantes. Adorei Dak. Ele é bem humorado e com uma língua bem afiada, que me rendeu boas risadas, principalmente quando ele dava umas respostas bem atravessadas ao Riq. Sera é muito inteligente e bem segura da sua capacidade. Não tem problema algum em não ser modesta, e isso me fez admirá-la muito, tornando-se a minha personagem preferida. Já Riq não me afeiçoou. Ele é meio apagado, e quando decide entrar em ação, acaba fazendo o papel de chato. Talvez no próximo livro, seja revelado seu lado legal. Gostei muito do personagem Olho Grande, apesar da sua aparência intimidadora. Seu linguajar peculiar chega a ser cômico, tornando impossível não cair em suas graças.

Um Motim no Tempo me surpreendeu bastante. Como eu disse de início, mais do que eu esperava, pois não é qualquer um que consegue escrever histórias sobre viagem no tempo, sem soar bobo e contraditório. Fiquei feliz que nesse ponto, o autor demonstrou que teve muito zelo na hora de compor essa obra. Ele sabia muito bem onde estava pisando. Não foi um tiro no escuro. Espero que os outros autores que irão escrever os próximos livros da série, mantenham o mesmo nível de qualidade.

Essa obra é repleta de mistérios e quebra-cabeças bem interessantes, que te obrigam a querer fazer parte da história. Sou suspeita para falar de livros que conseguem surtir esse efeito em cima do leitor, pois eu sempre fico fascinada.

Se você é fã de histórias cheias de aventuras, suspenses e enigmas, com certeza irá simpatizar-se com Um Motim no Tempo: um livro capaz de agradar tantos as crianças e adolescentes, como os adultos. Recomendo!
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Robson 21/03/2013

Infinity Ring #1: Um Motim no Tempo
Hey readers, o que me contam? Bom, hoje veio contar-lhes que finalmente recebi a prova antecipada de Infinity Ring – Um Motim no Tempo, da nossa parceira Editora Seguinte. Eu mal recebi a prova e já estava lendo loucamente, não aguentei esperar o termino de outros livros que estou lendo e já me afundei no universo reconstruído de Infinity Ring. Eu me surpreendi bastante com o livro, eu realmente não esperava muita coisa deste lançamento, principalmente por ser uma série idealizada pela editora e escrita por vários autores.
Bom, a série Infinity Ring foi idealizada pela editora americana Scholastic, também idealizadora da série 39 Clues. A série será composta por sete livros, sendo cada um deles escrito por um autor diferente, com exceção do ultimo, que também será escrito por James Dashner.

A narrativa de Um Motim no Tempo se inicia em um século XXI totalmente diferente do nosso, com tecnologias diferentes e um regime “quase” ditador, liderado pela chamada SQ. O mundo está prestes a entrar em colapso, os desastres naturais são cada vez piores e mais difíceis de serem previstos e estão acabando com o planeta aos poucos.

O plot de Infinity Ring já me conquistou desde o inicio, eu simplesmente AMO essas coisas de viagem no tempo e tudo que envolve ficção científica. Já neste fato, a série acumulou pontos positivos comigo aí e com o desenrolar do livro eu pude perceber que seria tudo muito bem elaborado. A editora Scholastic foi audaciosa ao criar um enredo onde o foco principal seria os danos causados caso os fatos históricos famosos fossem alterados, e posso dizer, está audácia deu certo, pois não ficou algo sem pé nem cabeça e sim algo bem estruturado e congruente.

A narrativa que me foi apresentada se demonstrou leve, bem estruturada e de uma leitura rápida que me prendeu a cada minuto. O autor James Dashner conseguiu colocar uma narrativa bem gostosa, com bastante conteúdo e nada mal explicado. Por conta desta narrativa leve eu li o livro em poucas horas e olha, a sensação que eu tive ao termina-lo foi: EU PRECISO DE MAIS AGORA.

Confiram a resenha completa em: http://perdidoempalavras.blogspot.com.br/2013/03/resenha-um-motim-no-tempo.html
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Ceile.Dutra 14/03/2013

Resenha retirada do meu blog - www.estejali.com
Toda inocência e inteligência da infância em uma aventura cheia de descobertas.

Dak é um menino apaixonado por História e adora falar dela sempre que surge uma oportunidade - aliás, mesmo quando não surge. Sua melhor amiga, Sera, é o oposto: ela adora Física e Química Quântica. Um dia, Dak acha a chave do laboratório dos seus pais e logo chama Sera para saber o que de tão importante tem lá para eles guardarem a chave em cofre. Ela fica ansiosíssima, pois para ela, amante da ciência, entrar em um laboratório de verdade é quase a realização de um sonho. Eles então se deparam com o projeto do Anel do Infinito - algo que os pais de Dak estão trabalhando há anos e Sera encontra o elemento faltante e torna possível a viagem no tempo.

Quando os Guardiões de História descobrem o objeto, sequestram Dak e Sera para servirem de viajantes em um plano para corrigir Faturas no tempo e tirar o mundo do controle da SQ. As Faturas são eventos que mudaram a história do mundo, mas não da forma como era para acontecer. Eles desconfiam que a SQ estava envolvida nestes fatos para conseguir chegar no poder. A primeira aventura dos dois é ir para o ano de 1.492 e evitar um motim contra Cristóvão Colombo na viagem em que a América foi descoberta. E não é só isso: eles ainda precisam encontrar os pais de Dak que não voltaram para o "presente" na viagem experimental.

Eu vou logo confessando que nunca leio livros assim, apesar de morrer de vontade. Eu sou muito curiosa e fico até fantasiando ler um livro cheio de pistas a seguir, enigmas, surpresas na história, descobertas... Mas a verdade é que nunca peguei realmente um livro que tenha tudo isso para ler. Até que a Companhia mandou email falando que estava disponível a prova de Um Motim no Tempo. Era a minha oportunidade. Mas uma coisa foi decisiva para eu pedir: o terceiro volume será escrito por Lisa McMann. GENTE! Eu AMO a série Wake e sou doida para ler outras coisas da autora.

Este primeiro volume é bem introdutório, onde temos os fatos, mas poucas informações. Só que a falta de esclarecimentos mal dá pra ser notada, pois o livro é extremamente rápido e envolvente. Ele possui 240 páginas (o que já é pequeno), mas a sensação é de 100 páginas. Além da narrativa ágil, ele é narrado em terceira pessoa e com muitos diálogos - que são bem divertidos. Diversão é uma palavra que também cabe bem neste livro: apesar de estarem em uma situação bem delicada, os melhores amigos na companhia de Riq (um adolescente com bons conhecimentos de idiomas que viajou com eles no tempo) têm conversas/discussões hilárias - o que contribui ainda mais para a leveza da história.

Esta nova série infanto-juvenil foi idealizada pela Scholastic - a mesma de 39 Clues (série que ainda não li #mimimi) e tem tudo para dar certo. Mal posso esperar pelos próximos volumes para seguir descobrindo e viajando com estes personagens tão bacanas. Como eu disse, sou muito curiosa, então o livro me deixou querendo loucamente a continuação, pois aquele final é de roer as unhas! A notícia boa é que já têm previsão de lançamento para todos os demais volumes (este primeiro livro será lançado dia 04/04, a previsão do segundo é julho/13 e a série deve terminar em outubro de 2014 com o último livro escrito pelo mesmo autor do primeiro - cada um deles será escrito por um autor diferente).
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Livy 14/03/2013

Uma viagem na história!
Um Motim no Tempo é o primeiro livro da série juvenil Infinity Ring, que contará com sete volumes. Os próximos volumes serão escritos por Carrie Ryan, Lisa McMann, Matt de la Pena, Matthew Kirby e Jennifer Nielsen (e o Dashner volta para escrever o último). A série foi idealizada pela Scholastic, editora americana que também criou a série 39 Clues, onde os leitores poderão aprender muito sobre história, ciências e muito mais, se divertindo. Além disso, a série será multimídia, ou seja, contará com jogos e atividades.

Eu amo quando um livro trata de um assunto do qual eu sou fascinada ao extremo: viagem no tempo. Eu sempre amei e adoro as implicações que este tipo de tema causam. Uma de minhas principais motivações para gostar tanto do assunto é toda a possibilidade que se aplica quando a viagem no tempo é o cerne de um livro. A famosa Teoria do Caos, ou mais especificamente o Efeito Borboleta, onde uma pequena ação pode causar uma reação sem tamanho, se aplica muito bem ao caso. Principalmente nesta série.

Mas antes de mais nada, penso que, quando um autor se aventura por este caminho e resolve criar uma aventura com esta temática, deve tomar muito cuidado. Pois dependendo de como desenvolva sua história a coisa toda pode perder o sentido muito facilmente. Já vi muitas delas parecerem muito promissoras (principalmente em filmes) e acabar decepcionando. Não pelo tema ser batido ou não, mas por ser um assunto realmente delicado. Imagine as implicações de se viajar no tempo!? Claro que o autor tem toda a liberdade que lhe cabe ao criar um história fantástica e fantasiosa e fugir um tanto do que seria crível, apesar de se tratar de algo inatingível (será!?) no momento, apenas um sonho.
Esmiuçando um pouco o assunto, podemos pensar um tanto, né!? A famosa frase "E se..." pode ser aplicada aqui. "E se tal coisa tivesse acontecido?". "E se fulano não tivesse morrido?". O bacana é que a viagem no tempo permite que infinitas possibilidades sejam aplicadas. O interessante é ver como determinadas ações influenciam e afetam outras ações, vidas e até mesmo o futuro de determinadas pessoas ou de toda uma nação. (Sim, sim eu poderia divagar eternamente sobre o assunto... então, continuemos com a resenha).

Quando soube do grande lançamento da Editora Seguinte, fiquei realmente ansiosa para conferir o resultado. E adorei! James Dashner está de parabéns. Já conhecia seu trabalho em Maze Runner - Correr ou Morrer (um de meus livros favoritos), e não esperava menos do autor. Apesar de ter usado um estilo um pouco diferente, continua mostrando sua habilidade narrativa de forma muito talentosa. O livro tem apenas 248 páginas, mas poderia ter mais 500 e não cansaria nem um pouquinho. Sim, tio Dashner tem este efeito sobre mim. E o melhor, ele introduziu o tema com maestria. O livro é realmente bom e a série é muito promissora.

Neste primeiro livro somos apresentados aos prodígios juvenis Dak e Sera. Amigos inseparáveis e nerds assumidos. Dak ama e entende tudo relacionado à História, o garoto tem a mania de, nos momentos mais inoportunos, dar uma verdadeira aula. Um tanto avoado e desengonçado em alguns momentos de apuro, Dak conta com a ajuda da mente sempre centrada de Sera para o ajudar. Sera, por sua vez, é calma e madura, e é apaixonada por Ciências. E não qualquer tipo de Ciências, mas tudo o que há de mais complexo, envolvendo até física quântica, por exemplo. Ambos tem uma mente prodigiosa e um talento sem igual para solucionar problemas. E me cativaram.

Agora, imagine que eles vivem em um mundo dominado por uma organização denominada SQ. Esta organização (que existe há mais tempo do que se possa imaginar) dita leis e regras à sociedade. Vemos neste livro, uma realidade diferente da que estamos acostumados (apesar de toda a tecnologia empregada na história do livro e de os personagens viverem em uma sociedade um pouquinho diferente da que conchemos não torna o livro um distópico, ok!?), uma realidade onde cataclismos terríveis, causados por grandes Fraturas ocorridas nas história, ameaçam a vida na Terra. Estas Fraturas seriam acontecimentos que não deveriam ter sido levados adiante. Como por exemplo, os irmãos Amâncio terem descoberto a América no lugar de Cristóvão Colombo. Uma consequência destas Fraturas no tempo são as Reminiscências, uma espécie de déjà-vu ao contrário, que traz uma sensação horrível de perda e tristeza. A sensação que se tem, la no fundo da mente, é de que algo deveria estar acontecendo ou ter acontecido, mas está perdido. Ou se sente a falta de alguém, que se sabe que deveria existir, mas não existe.

Quando os pais de Dak criam o Anel do Infinito, um dispositivo que permite a viagem no tempo, e Sera consegue fazê-lo funcionar, a aventura através da história tem inicio. Na viagem inicial de teste, os pais de Dak desaparecem. Os jovens se veem no meio de um grupo que se denomina Guardiões da História, e irão fazer uso do dispositivo para corrigir as Fraturas. O que no fim das contas fica a encargo de Dak, Sera e mais um integrante, o Riq (também, mas um jovem prodígio). Eles viajam para o ano de 1492, e têm que evitar que um terrível motim aconteça, e que Cristóvão Colombo seja jogado ao mar. Mas devem tomar cuidada com os Guardiões do Tempo, pessoas treinadas para identificarem viajantes do tempo, e evitarem que as Fraturas sejam consertadas.

Não vou entrar muito em detalhes sobre as organizações e a minucias da trama, pois o bacana é ir descobrindo as coisas conforme a leitura se desenvolve. E garanto, vale a pena conferir!
Gostei muito dos personagens. Recheado de fatos históricos e referências cientificas, com quebra-cabeças, enigmas e muita inteligência, James Dashner construiu um livro introdutório fantástico, com personagens incríveis, sagazes e envolventes. Com diálogos inteligentes e tiradas sarcásticas Dak e Sera, e tantos outros personagens se entrelaçam para criar uma trama cativante, que me fez devorar o livro. Muito fácil de ler, garante uma leitura divertidíssima e prazerosa!

Espero que Carrie Ryan (autora de A Floresta de Mãos e Dentes) consiga manter o mesmo ritmo do primeiro livro, pois eu o amei! Estou ansiosa pela continuação da saga, e para ver os resultados que a viagem dos garotos causou no futuro (ou melhor, no presente).

Se você está ansioso para ter o livro em mãos, fique esperto: o lançamento está previsto para o dia 04 de Abril e já pode ser encontrado em pré venda na Travessa e Livraria Cultura.
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tiagoodesouza 13/03/2013

Um motim no tempo | @blogocapitulo
Infinity Ring é uma série de sete livros escrita por autores diferentes. O primeiro e o último livro são escritos por James Dashner, autor da trilogia Maze Runner. Um motim no tempo vai contar a história de Dak Smyth e Sera Froste que precisam consertar as Grandes Fraturas da história mundial. Para isso, eles usam um dispositivo que lhes permite viajar no tempo - O Anel do Infinito. Mas não será fácil restaurar a história para o que realmente deveria ter sido. Uma organização poderosa está envolvida nos maiores acontecimentos mundiais que geraram as fraturas e não deixará que os garotos atrapalhem seus planos.

As fraturas são momentos significativos na história do mundo que deveriam ter acontecido, mas não aconteceram. No começo do livro, temos um mundo em que Colombo não descobriu a América. Envolvido em um motim, ele nunca chegou a realizar um dos maiores momentos da história ocidental. As reminiscências são, por sua vez, memórias inconscientes que as pessoas não lembram exatamente de ter vivido, mas sentem falta. E, portanto, são sinais de que algum momento da história sofreu uma fratura.

Eu achei o livro um pouco confuso no começo por conta das fraturas e das reminiscências. E, também, pela falta de explicação mais imediata sobre o poder que a SQ, tem sobre as pessoas. Ela é uma organização que quer dominar o mundo e, para isso, mudou fatos importantes da história mundial que geraram as fraturas. Para tanto, a SQ tem contado com um grupo chamado Guardiões do Tempo presente nos momentos definitivos da história mundial. Contrabalanceando esse grupo, temos os Guardiões da História que são responsáveis por documentar a história secreta para, em algum momento futuro, ela ser corrigida.

Os personagens são prodígios e isso os deixa fora da realidade. Dak é um fanático por História e Sera uma expert em questões científicas capazes de colocar qualquer universitário no chinelo.O fato de Sera conseguir concluir a criação do Anel do Infinito quando dois grandes cientistas não conseguem pode incomodar um pouco. Mas eu normalmente costumo relevar esses fatos, porque eu lembro de quando eu era garoto e gostava muito de me imaginar vivendo histórias normalmente impossíveis para uma criança comum viver. A narrativa flui de forma acelerada, pincelando alguns pontos que eu espero que sejam mais explorados e aprofundados nos livros seguintes.

A série é organizada pela editora Scholastic, que também produziu a série 39 Clues que tem a mesma mecânica de um livro escritor por um autor diferente. É um livro ótimo para quem gosta de História. Apesar de mostrar fatos que não aconteceram, a proposta de restaurar os acontecimentos pode despertar a curiosidade de quem lê e fazer com que busquem mais informações sobre eles. Além do mais, a série traz uma dinâmica bem interessante, envolvendo jogos onlines e outros conteúdos exclusivos. Recomendo!

- Dake, Sera, o mundo está todo errado. Ele saiu dos trilhos e nós precisamos da viagem no tempo para colocá-lo de novo na rota certa.
Pág. 83.

PS: o livro está em pré-venda em algumas lojas, com previsão de lançamento para 4 de abril. A série tem previsão de conclusão para o ano de 2014. Então, é claro, não será uma espera muito agoniante por continuação, né?
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Mila F. @delivroemlivro_ 12/03/2013

História, Aventura... Ação!
Infinity Ring é uma série que será composta por sete livros, o diferencial dessa nova série que será lançada pela Editora Seguinte é que cada livro será escrito por um autor diferente com exceção do primeiro e do último que será escrito pelo mesmo autor: James Dashner. Acredito que essa dinâmica possa ser bem interessante já que cada autor tem uma forma de escrever bem peculiar.
O enredo nos mostra que viagens no tempo são possíveis! Os Nerds Dak Smyth, menino louco por história e Sera Froste, garota dos cálculos ao invadirem o laboratório científico dos pais de Dak acabam descobrindo que eles estão envolvidos em um experimento importante, entretanto o experimento, que é um anel do infinito, não está concluído, mas a super Sera sabe como concluí-lo e o conclui. Com este anel é possível fazer viagens no tempo.
Eis que eles se envolvem em um projeto criado para tentar combater a SQ [deve ser algum tipo despótico de governo, isso não foi explicado no livro] e acabam descobrindo que há os Guardiões da História que almejam voltar no tempo para poderem corrigir as fraturas, eliminar as reminiscências e, por conseguinte, evitar o cataclismo que está prestes a ocorrer.
Mas as coisas não serão fáceis, após o sumiço no tempo dos pais de Dak eles acabam sendo levados para os Guardiões da História que explicam a ideologia Aristotélica que eles seguem e o verdadeiro objetivo das viagens temporais, sim, a história precisa ser mudada, mas isso vai de encontro com os interesses da SQ e dos Guardiões do Tempo. Então, após acontecimentos drásticos e impossibilitados de uma preparação para viajar no tempo Dak, Dera e Riq (especialista em várias línguas) acabam viajando no tempo para tentarem impedir um Motim na caravana que levaria Colombo a descobrir a América.
As viagens no tempo são recheadas de aventuras, emoções, mistérios e quebra-cabeças. O pior de ser um viajante no tempo é não saber em quem se pode confiar!
O enredo parece meio louco, não é mesmo? Isso é só o começo das aventuras desses três personagens que logo cativam o leitor. Como Nerds Dak gosta de se exibir, Sera gosta de dar uma de sabichona e Riq é um cara misterioso, pouco ficamos sabendo dele nesse primeiro volume da série.
A narrativa é fluida e logo nas primeiras páginas o leitor é levado para dentro da história sendo impossível soltá-la até chegar ao seu fim... e que fim: O quê? Exatamente, por se tratar de uma série e ser o primeiro livro é normal ele nos introduzir nesse ‘novo mundo’, nos apresentar os personagens principais e terminar de uma forma tão louca que nos faça almejar logo a leitura da continuação.
Contudo, tem algumas coisas que eu acredito que poderiam ter sido melhor explicados como o personagem Riq eu fiquei muito curiosa com ele, já ele tinha um maior contato com os Guardiões da História e pouco falou sobre esse contato, sobre sua origem. Também senti falta de uma melhor descrição de ambiente e dos costumes da época para a qual eles viajaram, não que isso tenha sido omitido, deu a entender, é claro, mas poderia ter sido melhor desenvolvido, outro ponto que preciso comentar é que apesar de saber que isso pode ser explicado melhor nos próximos volumes eu não consigo deixar de me questionar: o que é essa SQ?
Embora seja uma literatura juvenil este livro é capaz de agradar qualquer faixa etária, basta que o leitor seja curioso, goste de aventuras e, o principal, esteja disposto a viajar no tempo e se deparar com fatos históricos e novas culturas! Mais do que indicado eu amei a leitura!

Camila Márcia
http://delivroemlivro.blogspot.com.br/
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naniedias 11/03/2013

Um Motim no Tempo, de James Dashner
Um Motim no Tempo, de James Dashner
Seguinte - 239 páginas
Alguns acontecimentos históricos estão fora dos eixos - isso transformou o presente e pode destruir completamente o futuro.
Dak Smyth e Sera Froste irão tentar mudar isso.


Título: Um Motim no Tempo
Título Original: A Mutiny in Time
Autor: James Dashner
Tradutor: Alexandre Boide
Editora: Seguinte
ISBN: 978-85-65765-11-4
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2012
Nº de Páginas: 239
Série: Infinity Ring - Vol. 1


Sinopse:
O presente no qual vivem Dak Smyth e sua melhor amiga Sara Froste não é como deveria ser. As coisas estão bagunçadas, erradas - há muitos desastres naturais que podem levar ao fim do mundo. Tudo isso é resultado das Grandes Fraturas - modificações na ordem natural de eventos históricos que refletiram de maneira negativa através do tempo.

Ao descobrirem uma maneira de arrumar esses "defeitos", os dois amigos se juntam para tentar garantir o presente da humanidade e a sua continuidade.


O que eu achei do livro:
Legalzinho.

A mesma editora responsável pela série The 39 Clues, Scholastic, decidiu criar uma aventura completamente nova (a primeira série continua dando frutos já que seus personagens irão protagonizar mais livros), com novos personagens e nova trama. Entretanto, ainda está usando a mesma ideia geral: diferentes autores são responsáveis por cada livro, cada volume da série foca em um acontecimento ou personagem histórico e há bastante conteúdo extra, como jogos online.

Acho essa ideia fantástica (assim como em The 39 Clues): muito bacana inserir fatos históricos no meio de histórias de aventuras - uma maneira interessante de fazer com que as crianças e pré-adolescentes se interessem pelos assuntos tratados no livro e estudem sem perceber e se divertindo bastante. Também acho bem bacana colocar diferentes autores responsáveis por cada livro! Estou curiosa para ler o segundo livro dessa série (ou mesmo de The 39 Clues) para poder ver o quão diferente ele será do primeiro, já que será escrito por outro autor.

A história em si é bem parecida com a que encontrei em O Labirinto dos Ossos. Assim como o outro livro, esse é divertido, mas tem alguns furos que me incomodaram. Vou falar aos pouquinhos.

James Dashner é um autor muito competente e tem uma narrativa bem gostosa de acompanhar - a leitura de Um Motim no Tempo é bem rápida e bastante agradável. Eu ainda não havia tido a oportunidade de ler nada do autor, mas a primeira impressão foi excelente (mal posso esperar para ler Maze Runner que está aqui na minha estante).

Nesse livro não há aquela questão de uma só família que engloba todas as pessoas importantes do mundo - e isso já me deixou mais feliz.
Além disso, também não há aquela história das crianças viajarem o mundo sozinhas. Ou meio que há, na verdade, só que de uma maneira um tanto diferente e mais verossímil.

Em Um Motim no Tempo, as crianças também são protagonistas da história e devem salvar o mundo - mas nesse caso os adultos iriam junto e seriam responsável por correr os maiores riscos. Isso mesmo, tudo no futuro do pretérito, porque algo dá errado e daí as crianças terão que passar por tudo sozinhas e encarar todos os perigos para conseguir salvar o mundo.
As viagens, portanto, são feitas apenas pelas crianças, mas elas não passam por alfândegas sem ter que se explicar - elas viajam pelo tempo e as companhias de aviação tradicionais ainda não oferecem esse serviço. Portanto, eles fazem isso de uma forma especial - através de um dispositivo. Ou seja, dá para aceitar perfeitamente as viagens dos meninos e a maneira como elas são feitas.

Então o que me incomodou?
A primeira coisa que me desagradou foi encontrar crianças competentes demais. Um menino sabe tudo sobre História (claro, a história com as Grande Fraturas - será bem bacana ter que vê-lo reformular os seus conhecimentos quando conseguir fazer que com a História volte ao seu rumo original), a menina sabe tudo sobre Ciências (de forma geral! A garota entende de física quântica) e o garoto mais velho fala nada menos do que dezesseis línguas!
Por que isso me incomodou tanto? Porque simplesmente não é verossímil... se fosse apenas um garoto que gostasse de História (e poderia até mesmo saber bastante, mas não tudo), uma menina que gostasse de Ciências (mas, peraí, física quântica?) e um adulto que soubesse várias línguas (dezesseis? Poxa, eu ainda estou sofrendo para a aprender a terceira e nem posso dizer que sei verdadeiramente as outras duas - nem mesmo o Português - porque ainda há tanto a aprender sobre elas) seria mais aceitável. Eu não gosto muito de personagens que são bons demais em alguma coisa, porque eles fazem com que eu me sinta mal (e isso tudo nem mesmo é justificado com superpoderes ou algo do tipo - porque aí estaria tudo bem, já que eu sou normal. Eles também são pessoas normais e são bons assim). Fico imaginando que as crianças também não devem se sentir muito bem (ou talvez elas nem liguem).

Outra coisa que me incomodou bastante vem justamente desse fato dos super-protagonistas (que na verdade são crianças normais, só que sabem mais do que qualquer adulto que eu conheça): Sera simplesmente consegue terminar uma invenção que dois cientistas super estudados não conseguiram.
Ok, sei que às vezes estamos emperrados em um problema e não conseguimos enxergar a solução simplesmente por estarmos envolvidos demais no projeto. Mas, ei, Sera é apenas uma criança. E o projeto em questão deveria ser algo totalmente não compreensível e complexo.
Não deu para comprar...

Eu sei que é um infanto-juvenil!
Entretanto, sei que mesmo esse tipo de livro (sim, eu já passei um pouquinho dos 12 anos - só um pouquinho -, mas continuo adorando as aventuras escritas para esse público!) pode ser mais verossímil. Desconfio (na verdade, tenho certeza) que o público-alvo não vai ligar muito para essas questões que me incomodaram, porém por causa disso não consegui me envolver tanto com a história, embora tenha gostado da leitura.

Acho que esse livro é uma ótima opção para ser usado em sala de aula. Dá para fazer um trabalho em conjunto e estudar Português e História - no mínimo - usando esse livro, já que ele trata das "Grandes Navegações". Realmente considero uma ideia bacana para tratar o assunto de forma mais divertida com os alunos.

Um Motim no Tempo não é um livro perfeito, mas é uma leitura bastante divertida - principalmente para quem curte aventuras infanto-juvenis.
Aguardo ansiosamente os próximos livros da série.


P.S.: O livro ainda está em fase de pré-venda e será lançado em 04 de Abril - anotem a data na agenda!
A notícia boa é que outros dois livros da série ainda estão previstos para esse ano (o segundo em julho e o terceiro em novembro) e os outros quatro restantes devem sair já no ano que vem! Ou seja, a espera pela conclusão dessa aventura não deverá ser longa se tudo sair como previsto.


P.P.S.: A ideia da série é ser interativa e a Seguinte trouxe parte dessa interação para os leitores brasileiros!
No hotsite nacional de Infinity Ring é possível jogar um pedaço da primeira parte do jogo: "Episódio 1: O Rei dos Diamantes".
Curiosa que sou, entretanto, fui ao site original da série para conferir o jogo deles.
E, poxa... a Seguinte tentou, mas o jogo original é muito mais bacana! A versão brasileira traz apenas quatro pedacinhos da aventura que é na verdade muito maior. O jogo começa exatamente onde o primeiro livro termina e continua contando a história. É simples de jogar, mas muito divertido, principalmente por ter uma trama por trás. Eu não cheguei ao final do jogo, mas é possível fazer uma conta no site e salvar o progresso, para continuar mais tarde.
Devo dizer que adorei a carinha que deram para os personagens e as vozes também.


Nota: 6


Leia mais resenhas no blog Nanie's World: www.naniesworld.com
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Luara Cardoso 08/03/2013

Esse livro chegou no melhor momento possível. Fazia algum tempo que não gostava tanto de um livro e eu realmente precisava disso. Não tinha muitas expectativas para ele, afinal, só fui conhecer a série de livros esse ano porque a editora Seguinte iria lançá-la. Mas, quando comecei a ler, me vi presa, algo que eu não esperava nem de longe. E preciso dizer: já está na minha lista de favoritos.

Dak e Sera são dois prodígios. O primeiro é um grande conhecer de história e a segunda ama química quântica. Eles vivem em um mundo em uma organização chamada SQ quer tomar o poder de tudo e ela vem tramando isto ao longo de toda a história do mundo. Quando os pais de Dak desenvolvem um dispositivo chamado Anel do Infinito, que é capaz de realizar a viagem no tempo, os dois amigos entram para um grupo chamado Guardiões da História, onde sua missão é consertar as Grandes Fraturas, ou seja, eventos que nunca deveriam ter acontecido e que mudaram permanentemente o rumo da história. Ao mesmo tempo, eles têm que achar os pais de Dak, que se perderam durante uma das viagens do tempo.

Dak sentiu a presença de algo em sua mão. Ele reconheceu o objeto pela toque: era o Anel do Infinito. Não havia tempo para pensar, e ele simplesmente o agarrou. As luzes brilharam com mais intensidade, e o barulho se tornou insuportável. Dak gritou, mas o som de seu berro se perdeu no meio daquela balbúrdia.
Então tudo terminou. Dak e Sera estavam de volta ao laboratório.
Mas não havia sinal dos seus pais em lugar nenhum.
p. 73

Como já falei por aqui, são poucos os livros infanto-juvenis que conseguem me encantar. Um que conseguiu esse ano foi Quem poderia ser a uma hora dessas? do autor Lemony Snicket e depois dele, esperava que fosse demorar um bom tempo até que outro aparecesse e fizesse com que eu sentisse essa vontade de querer saber mais e mais. Felizmente isso aconteceu com Um motim no tempo.

Por ser o primeiro livro de uma série de sete volumes, esse é um livro um pouco mais introdutório, onde conhecemos tudo o que está acontecendo no mundo de Dak e Sera, a influência da organização chamada SQ e todos os outros grupos envolvidos nessa trama. Então a verdadeira aventura só começa lá pela metade do livro, mas de maneira nenhuma decepciona.

E é exatamente essa parte que mais me encantou. Nesse primeiro volume, eles irão corrigir a Grande Fratura envolvendo Cristóvão Colombo, que é envolvido em um motim e jogado ao mar, e assim não seria ele a descobrir a América. Como uma grande aficionada por História, colocar uma parte dela dentro de uma aventura deixou tudo ainda mais gostoso de ser lido.

Os personagens são maravilhosos. Dak, com sua mania de sempre dar uma explicação histórica em toda oportunidade que surge; Sera, com sua incrível habilidade de programar o Anel do Infinito e até Riq, um Guardião do Tempo especialista em idiomas que está na missão com a dupla. Eu, particularmente, não consegui decidir qual personagem eu mais gostei. Todos eles têm sua especialidade e fica difícil imaginar a história sem algum deles.

– Não só isso – garantiu Riq. – Tem também a cidade e a data específica. Precisamos estar em Palos de La Frontera no dia 3 de agosto de 1492.
Dak reconheceu a data e o local. Só havia uma explicação possível para eles serem instruídos a ir para lá. (...)
– Foi de lá que saíram os navios que acabaram descobrindo as Américas. Niña, Pinta e Santa Maria. A viagem dos irmãos Amâncio!
p. 128/129

O mais interessante da série é que cada um dos livros é escrito por um autor diferente (com exceção do último, que será do mesmo autor que esse primeiro), exatamente nos mesmos moldes da série The 39 Clues. E estou em uma grande expectativa para ver se isso vai dar certo. Principalmente para o segundo volume, já que esse primeiro terminou de uma forma que deixa qualquer um de boca aberta e até implorando para ter logo a continuação em mãos.

Não importa a idade, nem preferência literária. Qualquer um que der oportunidade para este livro irá gostar dele. Com certeza é uma série que irá conquistar muitos fãs. Então, não percam tempo e programem-se: Um motim no tempo será lançado no dia 04 de abril de 2013.

Observação: a editora Seguinte lançou um jogo fantástico baseado no livro. Eu já joguei e adorei. Quem quiser conhecer o jogo basta ir até o site: http://www.editoraseguinte.com.br/infinityring/.

Blog Estante Vertical - http://www.estantevertical.com/
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Lu 07/03/2013

Eu não conhecia essa série até ela ser me apresentada pela editora, mas assim que li sobre o que se tratava soube que iria amar, e foi exatamente o que aconteceu nesse primeiro livro, e o que me deixou mais ansiosa para os outros livros da série.
Como em todos os primeiros livros de uma série, ele é bem inicial, somos introduzidos ao que se trata a série, mas isso não impede que o autor transforme a história em algo completamente excitante. Logo no começo do livro ele nos apresenta um mundo muito diferente do nosso, onde várias coisas diferentes aconteceram como, por exemplo, Colombo não descobriu a América, só que o fato de essas coisas não terem acontecidos mudaram o curso da histórias, pois elas deveriam ter acontecido, o que gera um caos na sociedade e também faz com que algumas pessoas tenham o que eles chamam de “Reminiscências”, que é sentir falta de algo que nunca tiveram.
E para resolver essa situação contamos com Dak Smyth e Sera Froste, dois gênios, para voltar no tempo e consertar as fraturas, ou seja, garantir que aconteça o que deveria acontecer. Os personagens são a melhor parte do livro. Dak é um gênio da história, ele sabe tudo sobre ela, ele também é muito engraçado, pois ele começa contar fatos históricos nas situações mais inusitadas. Já Sera é uma gênia na área da física quântica, ela sabe tudo sobre as partículas menores que um elétron e como elas funcionam. Juntos Sera e Dak formam um par incrível, pois a suas habilidades se completam e cada uma delas ira ajudar muito nessa jornada. Há outro personagem, que é mais secundário, Riq, ele é muito bom em aprender idiomas diferentes, e ele ira gerar uma tensão na história.
Esse é um daqueles livros em que você aprende muito lendo, e gosto disso. Nunca fui uma grande amante de história na escola, mas esse livro despertou a minha curiosidade para eventos que eu nunca tinha achado interessante, e em física (que é uma das matérias que mais gosto) fiquei louca para aprofundar o pouco que sei sobre física quântica. E a narrativa ajuda muito nessa parte, pois ela não se torna cansativa quando discorre sobre esses detalhes mais complexos.
O livro me fez questionar muitas coisas, algumas coisas que até são comuns no nosso dia a dia, como por exemplo, “e se aquilo tivesse acontecido, seria diferente?” São perguntas que não temos as respostas, mas os “e se” é algo que faz parte de nós, e que se tivessem realmente acontecido nos levariam para algum lugar muito diferente. É algo que eu sempre me questionei, e agora posso ver, pelo menos na minha imaginação como alguns desses “e se” teriam acontecido no que se trata de história, e que nem tudo é como eu imaginava, nem tudo é para o bem.
Um Motim no Tempo é um livro com muita ação e que deve agradar todos os públicos, só não gostei de o livro ser curto, pois a história estava tão boa, que se tivesse pelo menos umas cem páginas a mais eu apenas apreciaria. E o mais legal dessa série, é que os próximos não demoraram tanto para lançar -pois o final foi maravilhoso, mas ao mesmo tempo me deixou muito curiosa para a continuação - e que a história continua no jogo da série (que ainda não sei exatamente como funciona, mas assim que tiver mais informações conto tudo para vocês).


Resenha publicada em: http://lendoaoluar.blogspot.com.br/2013/03/resenha-um-motim-no-tempo.html
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