Rachel 13/03/2016
Quando peguei esse livro, foi por impulso consumista, mas não me arrependi de forma nenhuma, adorei a forma crua como ela expõe a sexualidade dela como mais uma faceta da Sophie, não como uma condição para estabelecer um relacionamento, eu particularmente adorei, ele é muito melhor que várias adaptações sobre o tema que foram publicadas.
Agora vamos ao que interessa, ao livro, eu gostei muito dele de cara, primeiro porque eu me identifiquei com a Sophie, uma mulher comum com desejos diferentes. No começo do livro acompanhamos a história dela, sua infância, sua adolescência, sua família, e vamos descobrindo que a vida dela é igual a de tantas outras de nós, normal, sem grandes acontecimentos, ela é uma moça que batalha, trabalha e mora sozinha e descobre-se masoquista. Isso mesmo, Sophie gosta de sentir dor durante o sexo, e de ser humilhada, embora essa parte fique meio contraditória. Porque ela detesta ser humilhada, mas sente prazer em ser humilhada, se detestava por gostar e no meio desse turbilhão, vamos nós acompanhando a jornada de descoberta dela como submissa e do próprio BDSM como estilo de vida.
O bacana é que ela sabe que agora não tem volta e pauta suas escolhas para parceiros que também aceitem suas preferências. Torci muito por ela, acompanhei suas angústias, suas descobertas, seus medos. Sim porque além de tudo ela é metódica e perfeccionista, não aceita menos que o melhor, até mesmo em sua entrega a esse estilo de vida.
É um relato bem cru, em forma de diário e escrito a partir das vivências da Sophie. As cenas de sexo/ BDSM são facilmente imagináveis, algumas são mais fortes e algumas marcantes. A parte disso ela tem uma vida social, amigos e um trabalho que ama em um jornal local.
Recomendo a leitura para quem tem vontade de conhecer mais sobre o Universo BDSM, ela explana sua vivência como submissa e pessoa normal.