Resenhas - Retalhos

euthalitalves 12/09/2022

não gostei muito, a história foi lenta e sem graça, o final foi muito corrido e não teve muita explicação
recomendo pra quem não tem algo bom pra ler

isabel_fmelo 19/05/2023

Craig.
Acabei de terminar, e confesso que no início fiquei muuito angustiada com as situações que ele enfrentou na infância, tive que parar um momento para não absorver todas as dores. Meus quadrinhos favoritos foram os que ele voltou a se conectar com o irmão, belíssimo! e amei os desenhos da Raina, mas nunca achei que ela era genuinamente apaixonada por ele, que bom que ele seguiu em frente.

Djullie 21/12/2020

Sensacional
Uma das melhores HQs que já li esse ano. Se não for a melhor...
Adorei a abordagem do romance, das decisões, do questionamento com Deus, das comparações e metáforas. Do jeito doce de Craig.
E da relação da colcha de retalhos com as memórias que ele conta na HQ, tudo um emaranhado de histórias sobre a sua vida.

Tauana Mariana 24/01/2014

<3
Das HQ`s que eu li até agora (e não li muitas, confesso) essa já é a minha preferida. Uma história linda e triste. Talvez, triste não, mas verdadeira. A mais dura e cruel realidade.

Craig, o protagonista da história é um menino tímido, maltratado na escola e integrante de uma família de cristão fervorosos. A HQ inicia na [epoca de sua infância, uma época em que ele começou a ser amedrondato pelas consequências dos pecados. Ainda menino, ele sempre pensa no que Deus irá pensar, que Deus irá castigar. Com uma infância sofrida, ele só queria dormir e desenhar, mas depois de uma aula de catolicismo, só queria encontrar o céu.

Ele cresce, e em um dos acampamentos da igreja, encontra uma turma de ~excluídos~, assim como ele. Nessa turma, ele conhece Raina, a menina por quem irá se apaixonar e viver uma linda e breve história.

Com o fim do acampamento, os dois passam a se corresponder por cartas por algum tempo, até que Craig resolve viajar e passar duas semanas na casa de Raina. Chegando lá, é acolhido pela família da moça, conhece seu irmãos, passa a viver a sua rotina e ganha uma linda colcha de retalhos que Raina fez para ele. Essa é a parte mais lindinha da HQ, pois os dois beijam-se pela primeira vez, declaram-se apaixonados e dormem juntos. Assim, conhecem-se e descobrem-se, em um amor pleno.

Mas ambos sabem (de alguma forma) que aquela relação não se estenderá para além daqueles dias. Craig volta pra casa, sente falta de Raina, e tenta suprir essa ausência com ligações. Mas, com o passar dos dias, ela vai sentindo necessidade de afastamento, de tempo, de espaço e diz que não está pronta para um relacionamento à distância. Finaliza a ligação dizendo: "você é um amigão, eu te amo". Craig não contesta a decisão da menina, e depois de algumas ligações para saber de Raina, liga pela última vez para dizer adeus. Junta todas as carta, fotos, fitas, tudo que Raina lhe deu e coloca fogo. Só não tem coragem de queimar a colcha de retalhos, então a coloca em um saco plástico e guarda num quartinho de sua casa.

Após isso, Craig começa a perceber as contradições presentes na bíblia, e acaba perdendo a sua fé. Sai da casa dos pais, vai para a cidade grande, trabalha, conhece pessoas, descobre bibliotecas e cresce. Em um dos natais que passa em casa, ele reencontra a colcha de retalhos, e isso lhe remete aos tempos em que passou com Raina. Em uma conversa com seu irmão, ele comenta que às vezes vivemos coisas que parece que não aconteceram, mas o nosso consolo é que outra pessoa também viveu aquilo, provando que tudo não era sonho, mas algo real.

A história também nos faz refletir sobre a família, principalmente sobre os irmãos. Vendo a dedicação e o companheirismo que Raina tem com os irmãos adotivos, protegendo-os e defendendo-os da maldade do mundo, ele percebe que, na verdade, nunca defendeu seu irmão mais novo, e que, depois de crescidos, os dois viraram dois estranhos. Voltando pra casa, após a visita a Raina, ele passa a conversar e querer "conhecer"o irmão mais novo.

Iris 19/01/2021

Retalhos
Indico de olhos fechados, as ilustrações e descrições são a sensação de que você está vivenciando a história e faz parte daquelas lembranças...
Já havia lido durante a adolescência e agora ao fazer a releitura me sinto ainda mais contemplada em ver como o tempo não mudou a satisfação que sinto em ler essa obra linda do Craig.

lucascp 08/11/2009

Mindblowing
Você já terminou de ler algo e achou TÂO bom que queria, no mesmo instante em que terminou, começar de novo?

As narrativas normalmente tem um ritmo de progressão, e atingem a catarse pouco antes do fim, para depois finalizar. Retalhos começa já muito bom e não tem altos e baixos, apenas melhora, até a catarse ocorrer, no momento em que fecha-se o livro e sente-se vontade de reler.

Retalhos é indescritivelmente bom. Li um exemplar emprestado, e quero comprar o meu apenas para poder emprestar para os outros, e deixar na cabeceira para reler de quando em quando antes de dormir. É uma daquelas poucas coisas que depois de achar, você se sente realmente feliz por isso.

Indispensável.

imsow 15/10/2023

"Eu tentava sonhar."
Eu não sei muito bem o que escrever sobre essa história, não entendi quase nada. Mas acho que não me arrependo de ler, mesmo não sendo meu estilo de leitura, a experiência foi interessante.
Os personagens são bem diferentes e a história aborda muitas coisas diferentes também.

Gui 28/12/2009

Um dos livros mais bonitos que já li. Naturalmente a história da vida do protagonista ajuda, mas a sensibilidade dele, traduzida tanto no ritmo da história como no traço, torna o livro uma grande obra de arte.

Mateus 09/03/2022

Uma infância/adolescência de traumas
Tem alguns momentos e situações q são muito relatáveis, principalmente se você também cresceu em uma família cristã, o autor Craig Thompson mostra mt bem como essa obsessão por uma vida seguindo dogmas pode limitar experiências humanas e criar adultos com problemas psicológicos.

Agora falando dos traumas, o Craig e o irmão dele sofrem muita pressão dos pais, simples brincadeiras de criança são repreendidas como se fosse pecado e são colocados pra dormir no sótão como punição, também é mostrado que eles sofreram abusos sexuais de um dos amigos da família, e como o Craig se culpa por não ter feito nada.

A relação entre os irmãos é retratada em segundo plano enquanto o Craig vai crescendo e se relacionando com a Reina, uma amiga que ele faz no acampamento cristão, ele é tímido e focado nos estudos da Bíblia, ela é extrovertida, tem amigos, vai a festas e sequer acredita em Deus, os dois começam a trocar cartas por meses até que o Craig viaja até a casa dela.

Lá eles passam um mês juntos, realmente a relação deles é muito boa, eles se completam e quando estão juntos até esquecem seus problemas, literalmente almas gêmeas, pelo menos é o que todo adolescente pensa quando se apaixona, depois que o Craig volta pra casa, a distância faz com que os dois cortem laços.

O Craig se forma, vai pra outra cidade e entra na faculdade, mas é explícito como a infância e adolescência formou ele e o ponto de ruptura q foi conhecer a Raina, ele se torna outra pessoa depois que eles terminam, até a expressão dele de jovem cristão esperançoso muda pra um olhar de adulto depressivo de coração partido da pra ver que ele sente que perdeu o amor da vida dele, pra finalizar tem um diálogo entre ele e o irmão que eu achei muito bonito.

Gio119 07/04/2021

Fui ler sem saber da sinopse e fiquei chocada quando vi que tinha um foco no caminho espiritual do craig, gostei demais de como a questão foi abordada deu uma leveza necessária ao assunto.

brenda 03/08/2021

as dores de crescer
eu não acreditaria se alguém tivesse virado pra mim e dito que esse livro me deixaria aos prantos.
foi a melhor representação das dores de crescer, de conhecer a si mesmo, se questionar e aceitar quem você é que eu vi até hoje.
é muito doloroso pensar que muitas pessoas tem um passado igual ao de craig. e muito impressionante ter me sentindo tão compreendida lendo sobre um personagem que não se parece nem um pouco comigo.
a história te dá um choque de realidade e depois um abraço. e fica nesse ciclo até o fim da leitura.
é um livro extremamente profundo, mas ao mesmo tempo rápido de ler, com ilustrações lindas de chorar (literalmente), e com um tom de nostalgia e ao mesmo tempo de esperança.
foi uma das melhores leituras que já fiz, essa história vai viver comigo a partir de hoje, com toda certeza.

Nanda511 21/01/2023

Primeiro livro (bem, HQ) do ano
Faz tempo que eu não escrevo uma resenha...

O livro conta a história do Craig desde a infância até a adultez, de maneira intercalada. Você conhece seu irmão, pai e mãe cristãos, a Reina (da capa), e o acompanha durante os problemas de conciliar a fé com a arte e com novas experiências. Pra mim foi como observar uma janela que dá pra outro mundo: eu não moro no centro-oeste americano, não sou da igreja, não sou um homem e não tenho um irmão, então não conheço nem penso muito sobre as experiências que o autor teve e que compõem a vida dele. Essas pequenas experiências e vivências são o nos compõe e fazem a nossa vida ser nossa de fato, e é um privilégio que o autor tenha compartilhado isso conosco.

10/10, recomendo!

Lorenadexx 14/03/2023

Achei lindo, triste porém realista. Retrata como se apegamos as coisas pra fugir da realidade triste e sempre manter a esperança, mesmo que depois a gente perceba que isso não era exatamente bom.
As ilustrações são lindas e complementam muito bem a história, muitas vezes deixando implícitas coisas que não são necessariamente faladas.
Para quem já foi da igreja e saiu é muito bom se identificar também com toda a culpa e as experiências comuns de todos nós.

SPOILER:



Fiquei triste quando percebi que as páginas estavam acabando e o Craig e a Raina ainda não tinham se reencontrado.

clara :) 28/04/2022

lindo & tocante
as artes são lindas e a história é de quebrar o coração. o autor conseguiu passar toda o sentimento que poderia em algumas frases e expressões de desenho. é magnifico.

alexememo 03/01/2022

Amadurecer
Amadurecer não é igual para todos.

Neste quadrinho Craig Thompson nos apresenta um protagonista criado numa família cristã. Onde a culpa o acompanhará até ter a maturidade necessária para entender como lidar com seus conflitos.

A história acontece na cultura norte americana, por esse motivo não sei dizer se o autor criou situações exageradas para que conseguíssemos assimilar melhor os conflitos do protagonista, ou se os valores representados naquele tempo e espaço correspondiam à realidade.

De qualquer maneira, amadurecer é um processo particular e aqui pudemos acompanhar uma história muito bela e delicada.