Mariana 01/12/2020OS LIVROS QUE A GENTE SE OBRIGA A LER...As Violetas de Março estava em minha estante há anos. Estava por lá há tanto tempo, que eu nem consigo me lembrar de qual momento eu o comprei e decidi que ele seria uma boa leitura. Bem, devo confessar que esse tipo de história não é uma das minhas favoritas. Não costumo ter muita paciência para "mistérios" familiares que existem porque as pessoas não são francas o suficiente ou não encaram de frente questões mal resolvidas do passado. E é exatamente isso que acontece neste livro.
O livro de Sarah Jio segue Emily, uma escritora que há anos enfrenta um bloqueio criativo e que está se divorciando do marido após descobrir uma traição. Ela então decide viajar para a ilha de Bainbridge, local onde passava suas férias de verão durante a juventude. Por lá, ela encontra um antigo diário escrito por uma mulher misteriosa, que pode estar entrelaçado com a vida de sua própria família.
A premissa do livro era interessante, porém o seu desenvolvimento... que decepção! Diálogos rasos, personagens desprovidos de carisma ou qualquer traço de personalidade e sem motivação alguma para as decisões que são tomadas. A dita como personagem principal não faz nada de relevante na história além de passear na beira da praia, ler e beber drinques com senhoras idosas (queria eu estar vivendo esse sonho).
Emily mais parece uma pré adolescente que está vivendo sua primeira paixonite do que uma mulher madura. Ela conhece um cara por, exatamente, duas semanas, tempo em que eles apenas saem para jantar uma vez, e ela diz coisas do tipo "não quero nunca mais sair do seu lado". Ainda no quesito romance, a autora não decide apenas criar um casal principal, como um triangulo amoroso que é tão fracamente desenvolvido que parece piada.
A única parte que se sai um pouco melhor no livro é a história contada no diário encontrado por Emily, trazendo um pouco mais de emoção e sentimento ao livro. Porém, mais uma vez, a falta de carisma dos personagens deixa tudo morno e bem mais ou menos.
Bem, o que posso dizer é que estou feliz em ter lido As Violetas de Março, pois agora consegui mais espaço livre na minha estante, rs.