Adeus, Por Enquanto

Adeus, Por Enquanto Laurie Frankel




Resenhas - Adeus, por enquanto


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Carol Minardi 02/07/2013

Muitos lenços de papel
Uma leitura envolvente, um livro lindo e moderno, atual.

A autora escreve de forma surpreendentemente simples e bonita, e a história é muito original! Indico muito, mas não esqueçam os lenços de papel, pois eu estou fungando até agora...

Sam e Meredith são um casal daqueles que a gente quer ser quando crescer.
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Marcela Pires 25/06/2013

Resenha Adeus Por Enquanto
"Odeio beisebol", disse Meredith.
"Você adora beisebol", disse Sam.
"Eu adorava. Agora odeio. Agora tudo me faz lembrar dela."
"É por isso que devíamos ir. Para dizer adeus."
"Não quero dizer adeus."
"Não adeus para sempre", disse Sam. "Adeus por enquanto. Adeus por alguns meses. Adeus como se ela estivesse indo para a Flórida amanhã." p. 48

Laurie Frankel é escritora de "Atlas do Amor"que já resenhei aqui no blog.
Em "Adeus por enquanto", Laurie conta a estória de Sam, um cara de trinta e poucos anos que trabalha numa empresa de relacionamentos online. Ele é um nerd programador que desenvolve um software com a finalidade de cada cliente encontrar o seu par perfeito. Por meio dele, Sam encontra Meredith, sua alma gêmea.

“... é difícil sentir saudades de uma pessoa que você mal conheceu.
É difícil sentir saudades de alguém que você não se lembra. Sentir saudades é se lembrar.
São o mesmo o ato. São partes integrantes uma da outra.”

O namoro dos dois é perfeito, até que a avó de Merde morre, o que a deixa desolada, Sam para consola-la, acaba criando um software que consegue usar as informações obtidas em e-mails, mensagens e vídeos para fazer com que o "espectro" da avó continue mandando e-mails para a neta.

Mas será que isso dará certo? Até que ponto podemos mexer com os sentimentos das pessoas, mesmo por uma boa intenção?

Esse livro é lindo! Apesar de tratar de um tema pesado como a morte, ele consegue ser totalmente meigo e encantador.
Laurie Frankel tem o ponto certo entre o amor, a dor, a razão e as emoções.
Ela constrói muito bem o enredo e os personagens, as vezes sinto que ela se prolonga um pouco em determinados pontos, mas mesmo assim consegue surpreender os leitores, emociona-los e eu confesso que queria um software como esse também! Quem não queria? Quem não tem um ente querido, que se pudesse te-lo de volta nem se fosse de "mentirinha" uma vez, não faria?

Mas a escritora consegue mexer com os pontos negativos dessa idéia também, consegue nos fazer pensar, e refletir sobre as perdas, culpa, sentimentos e o momento.
É um livro meigo, ideal para quem gosta de romances com drama
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Karen581 15/06/2013

Morte, perda, dor e sofrimento!
Você já perdeu (falecimento) alguém importante? Um parente, amigo?
Como você reagiu? Como as pessoas às sua volta reagiram? Como você superou?

Algum amigo seu já perdeu alguém importante para ele? Como você reagiu a isso?

São dois pontos diferentes, sua dor e a dor de outrem!

É sobre isso que o livro se trata: morte, sobretudo de como as pessoas que ficam se comportam, lidam com ela e a superam!

É uma narrativa contemporânea e envolvente sobre um casal e sua tentativa de aliviar a dor da perda!

Sam é um gênio da computação e inventa um software que é capaz de colocar sua nova namorada (Meredith) em contado com sua avó recém falecida. O programa apenas pega seus e-mails, sms, e conversas por vídeo e reorganiza para que eles respondam a novos e-mails e novas conversas por vídeo como se ela ainda estivesse viva. É apenas um eco, porém funciona e eles juntamente a Dash (primo de Meredith), decidem montar um negócio em cima disso. Oferecer conforto a pessoas que perderam seus entes queridos é o objetivo desse trio, mas com o passar do tempo descobrem que é muito mais que isso. E descobrem que não agrada e também pode não fazer bem a todos.

Quando li várias resenhas e até mesmo a sinopse deste livro, pensei que se tratasse de mais um romance bobo e fútil. Porém, encontrei na leitura desse livro muito mais que isso, é claro, há um romance entre Sam e Meredith, mas não se concentra só nisso. Narra todo o processo de luto de seus clientes e, até mesmo porque a vida das pessoas não é só o relacionamento.

Discordo plenamente do REDBOOK'S SIZZLING SUMMER READING LIST que diz que é uma história de amor levemente melancólica. Tratar de morte não é levemente melancólico. É bastante melancólico em várias partes, mas também é engraçado, alegre e amável e outras. Chorei, sorri, perdi o fôlego e me surpreendi! Esse livro é simplesmente demais! Vale a pena, esse é um livro que todo mundo deveria ler!
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Moonlight Books 15/06/2013

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, http://www.moonlightbooks.net
E se o amor continuasse além da vida?

Acredito que o amor nunca morre, quem morre são as pessoas, mas para aqueles que ficam, o sentimento continua, agora mesclado com saudades e por um bom tempo, a dor da perda. Este livro nos mostra o quanto é complicado lidar com o luto, muitas pessoas têm dificuldades de seguir em frente, outras nem conseguem superar, e isso causa sofrimento não só nelas, mas em todos ao seu redor.

Quando Meredith perdeu sua avó, deixou de ser a garota alegre e ativa que sempre foi, tornou-se uma pessoa triste e absorta em seus pensamentos. Ela não notou o quanto isso afetava seu namorado Sam, e na tentativa de ajudá-la, ele criou um programa de computador que permitia que Meredith falasse tanto por ligações em vídeo, quanto por e-mails, com a avó falecida.

Sam, um talentoso programador, usando todos os rastros que Meredith e a avó deixaram na internet, conseguiu compor a base de dados de seu programa, recriando perfeitamente a pessoa falecida, numa junção e combinação de todas as informações trocadas entre as duas, o programa, batizado de Repose, criou novas conversas e permitiu à Meredith adiar a despedida, deixando para depois o adeus para sempre, dizendo somente, adeus por enquanto.

Com grande talento e tato, em uma narrativa em terceira pessoa, a autora Laurie Frankel abordou neste livro alguns assuntos já conhecidos, mas a forma como fez isso foi inovadora e isso dá uma roupagem excelente a história, deixando o leitor interessado e envolvido. Ao falar de imortalidade ela não usou o sobrenatural, usou tecnologia, e não nos empurrou conceitos absurdos, tudo foi bem explicadinho e fundamentado, fazendo esta possibilidade ser crível. Mas não é uma imortalidade comum, de corpo sólido, é uma imortalidade de presença, de imagem, de sons, pois o Repose mantém as pessoas em contato com os que morreram de forma virtual, eu até defini este conceito como a rede social dos mortos, no entanto se formos pensar em como agimos nas redes sociais, não funciona diferente do Repose, afinal a pessoa não está ao nosso lado de verdade, a diferença é que sabemos que está viva.

Leia a resenha completa em http://www.moonlightbooks.net/2013/06/resenha-adeus-por-enquanto.html
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Mari 17/05/2013

Um mix de Nicholas Sparks, com David Nichols e Black Mirror
A velha máxima que “hoje em dia nada se cria, tudo se copia” pode ser atribuída perfeitamente ao mercado editorial, principalmente no que tange aos livros direcionados ao público feminino.

Aqueles que inovam, seja recaracterizando personagens conhecidos (como Crepúsculo), ou seja com sacanagem aliado ao romantismo (50 tons de cinza), sem entrar no mérito de bom ou mau, acabam criando um filão para muitos outros autores. É só perceber quantos livros com romances sobrenaturais surgiram depois da saga de Stephenie Meyer, quantos prometendo doses cavalares de sexo e romance ocupam as prateleiras dos best-sellers, e quantos surgiram depois de “O segredo”, “O Código da Vinci”, tentando decifrá-los, e por aí vai.
Outros autores, buscando ser um pouco mais criativos, pegam um pouquinho daqui e dali para criarem suas histórias, como é o caso de “Adeus, por enquanto” de Laurie Frankel, cuja própria contracapa já menciona “Um dia”, de David Nichols. Mas não é só o fenômeno de Nichols que influencia fortemente a história; “Uma carta de amor”, de Nicholas Sparks, reforça a melancolia como um xeque-mate para arrematar lágrimas dos leitores.

O que pode ser o diferencial na proposta de Frankel, é a parte tecnológica, que tenta dar um aspecto modernizado a uma história de amor que senão fosse esse detalhe, seria tão clichê quanto as outras. No romance, Sam trabalha como programador em uma empresa de relacionamentos e desenvolve o algoritmo perfeito, programado para ligar a pessoa a sua alma gêmea, e é assim que conhece Meredith. O relacionamento está indo muito bem, eles são a prova que o algoritmo funciona, até que Meredith perde sua avó, Livvie, e fica devastada.
Para tentar ajuda-la com a perda, Sam desenvolve um novo programa que permite a Meredith ter uma última conversa com Livvie, e para isso, cria uma projeção dela, programada para agir e responder exatamente do modo que ela costumava em vida. Mais uma vez, o programa funciona perfeitamente e então eles abrem um negócio para ajudar as pessoas enlutadas.

Interessante, não? Teria achado até genial senão tivesse visto a mesma coisa num episódio de Black Mirror (veja o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ld9m8Xrpko0), cuja premissa é exatamente a mesma.

O livro não é exatamente ruim, dá p/ ler tranquilamente e passa bem o tempo, mas falta autenticidade. Apelar para o sentimentalismo exacerbado e uma crítica velada ao “isolamento causado pelas redes sociais”, para mim, já são assuntos muito batidos e não é a junção de ambos na mesma narrativa que faz a diferença.

Também não pude deixar de ter a impressão, que não sabendo como concluir a história, porque não havia mais o que ser dito, Laurie Frankel simplesmente apela para chavões típicos de auto-ajuda, com pretensões filosóficas ao falar do sentido da vida, e encerra até com uma “moral da história”, do tipo: saia da internet e viva sua vida.

Em suma, acho que a pretensão de ser profundo teve o efeito
justamente contrário.

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Karine 03/05/2013

Adeus, por enquanto
E se o amor continuasse além da vida?

Adeus, por enquanto é um livro um tanto quanto excêntrico: ele nos traz uma realidade fictícia, onde é possível, de certo modo, conversar com as pessoas que já faleceram. Já imaginaram como seria discutir sobre assuntos cotidianos com a sua falecida avó? Ou com o seu falecido filho? A ideia, é, de fato, extraordinária e incomum. Contudo, essa é a situação com a qual se depara Meredith, cuja a falecida vó ainda a chama para conversas no Skype.

Esse é um dos tipos de livro dos quais, se eu ficar aqui contando uma sinopse ou tentando dar uma ideia geral da história, acaba perdendo a graça. Então, não contarei a vocês mais do que já disse aqui. Hoje a situação é um pouco fora do habitual. Assim, o resto da resenha será mais voltada às minhas impressões e opiniões sobre o livro.

De início, esperava um P.S.Eu te amo com mais tecnologia, mas estava errada. O livro está longe de ser isso. Essa leitura nos faz refletir sobre o luto, sobre como as pessoas em luto o encaram, sobre como as pessoas ao redor delas agem e tudo que o luto nos proporciona. Perder uma pessoa amada não é fácil, normalmente a pessoa ainda é bem viva em nossa memória e é tão difícil se desapegar e seguir em frente... A maioria das culturas impulsionam as pessoas de luto a seguirem em frente. Só que cada um tem seu tempo. Cada um tem direito ao seu momento de luto. Agora, imagine se pudéssemos dizer todas as coisas não ditas? Acertar o pontos e relembrar o passado de uma forma mais viva do que a morte em si?

Julguei errado esse livro. Julguei que a leitura ia tomar um rumo que não tomou. Julguei o foco da história diferentemente. O livro é uma história de perda, superação, impacto da morte nas pessoas e na sociedade. É engraçado até se pararmos para pensar, desde sempre sabemos que todos morrerão algum dia, e ainda sim, quando chega tal momento, não nos conformamos e sempre achamos que o luto é algo que pertence somente ao vizinho, nunca a nós. Sendo que, na realidade, todos perdem entes amados. Alguns lutos são mais difíceis que outros. Algumas mortes nos pegam mais desprevenidos.

"Uma pessoa não é um evento - pessoas não 'acontecem'. Você não é a melhor coisa a acontecer comigo. Você é a melhor coisas a acontecer no universo. Você é a melhor coisas que existe ou que já existiu. Eu nem sabia que existia felicidade como essa."

Adeus, por enquanto me surpreendeu no fim e no meio. O começo também foi uma surpresa, porém gostei mais do livro após a segunda parte (sendo o livro dividido em três partes). Uma leitura gostosa, tranquila e curta. Uma das coisas das quais gosto em livros são de capítulos curtos, o que fez com que esse livro ganhasse pontinhos comigo nesse quesito. Não foi uma leitura que entrará para meus favoritos, mas foi memorável. Fez com que eu refletisse e pensasse muito sobre a morte e como ela é algo duro de se superar. Um tipo de livro que, dependendo de como ele te pegar, vai fazer você até chorar. Chorar por compreender os sentimentos, por saber como é. Quem nunca perdeu alguém, afinal?
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anacarolines_ 23/04/2013

Resenha - Adeus, por enquanto.
Adeus, por enquanto (Goodbye for now) é o segundo livro da autora Laurie Frankel – também autora de O Atlas do Amor, o livro foi lançamento de março da Companhia das Letras.
Até onde o amor por um ente querido pode ir? E até que ponto a saudade de um ente querido pode te levar?
Sam Ealling é um programador, que perde seu emprego por criar um algoritmo que era bom demais para sua empresa; ele conhece Meredith, com quem começa um relacionamento. Mesmo muito apaixonada, Meredith não consegue superar a morte da avó, Livvie. Mais uma vez pensando no bem-estar da moça, Sam cria um algoritmo perfeito, que permite que Meredith converse com sua avó querida.
O programa funciona tão bem que a moça não quer deixar de usá-lo, e com a ajuda de Dash – primo de Meredith – eles (Sam, Meredith e Dash) criam um negócio para que outras pessoas utilizem o serviço, porém o que Sam não poderia imaginar é que ele teria que usar a sua própria invenção.
Imagine um livro sensível e tão bem escrito que é capaz de tocar profundamente o seu coração, e não estou exagerando, pois foi assim que me senti durante a leitura de Adeus, por enquanto. Laurie tem uma narrativa tão simples, tão sensível e cativante que quando o leitor menos imagina, já está completamente apaixonada (o) pela história.
Foi impossível não se lembrar de Um dia, de David Nichols. Sinceramente, adoro essas histórias de amor que são suficientemente reais, a ponto de você acreditar que o seu vizinho está passando ou já passou por isso.
As personagens são muito bem desenvolvidas, Sam e Meredith são ótimos, e os diálogos deles são muito bem produzidos.
... Em uma galeria no andar de cima, Sam recebeu uma mensagem de Meredith que dizia: “Te peguei. Olhei para baixo durante a reunião hoje de manhã e vi que estava usando um sapato azul-marinho e outro preto”.
“E por que isso é minha culpa?”, escreveu Sam.
“A ausência deixa você louco”, respondeu Meredith.
O diálogo deles é fantástico! É adulto, porém divertido e o leitor consegue sentir a cumplicidade existente entre eles, com certeza esse é um dos pontos mais positivos da história. O relacionamento chega a um ponto de amadurecimento, que confesso que desejei ter algo muito parecido com isso.
Durante a leitura, imaginei como seria conversar, até mesmo via computador, com alguém que já se foi, confesso que me deu um desejo enorme de ter esse programinha no meu PC, porém, acredito que essa “invenção” é uma faca de dois gumes. Como foi abordado no livro, ao mesmo tempo em que as pessoas estão felizes, elas estão pulando etapas do luto e quem já passou por isso sabe do que estou falando.
É difícil lidar com ele, é difícil passar por ele, e Sam acaba descobrindo da pior forma possível. A autora ainda faz uma tênue crítica à sociedade de hoje, e eu concordei com ela em cada ponto.
Hoje, vivemos mais preocupados em viver conectados com a internet, ninguém mais consegue ficar sem um smartphone, quem hoje tem mais amigos reais do que virtuais? As pessoas passam tanto tempo vivendo virtualmente que esquecem o quão legal é viver de verdade.
“Todo mundo passa mais tempo no Facebook do que com pessoas, mais tempo clicando em perfis do que saindo, mais tempo jogando tênis no videogame do que tênis de verdade, e tocando guitarra no videogame do que guitarra de verdade. As redes sociais não são tão sociais assim. Na verdade, é isolamento. Na verdade, é ficar sozinho. Então ao menos eu não sou assim, certo? Ao menos eu tenho você.
“Não, Sam”, disse Meredith. “Você está sozinho, de verdade.”
Adeus, por enquanto é a minha grande surpresa desse ano, a capa é até bonita e reflete muito bem a história, porém eu não esperava algo tão cativante
“Amar é perder, Sam. Infelizmente, é simples assim. Talvez não hoje, mas algum dia. Talvez não quando ela seja jovem demais e você é jovem demais, mas você está vendo que ser velho não ajuda. Talvez não sua esposa, nem sua namorada, ou sua mãe, mas você vê que amigos morrem, também. Eu não pude poupar você disso da mesma forma que não pude poupá-lo da puberdade. É a condição inevitável da humanidade. É exacerbada pelo amor, mas também simplesmente por sair de casa, por ver o que há lá fora no mundo, por inventar programas de computador que ajudam as pessoas. Você tem medo do tempo, Sam. Algumas tristezas não têm remédio. Algumas tristezas você não consegue melhorar.”


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* 01/04/2013

Que tipo de revolução aconteceria no mundo se alguém dotado de uma inteligência assombrosa criasse um software capaz de encontrar sua alma gêmeas com apenas alguns cliques e uma conexão de internet?

Sam trabalha em um site de encontros pela internet. Os famoso sites de encontros, que muitas pessoas usam, mas poucas veem resultado. Afinal, ninguém fala a verdade nesses questionários de personalidade obrigatórios para cadastro. Quando o presidente da empresa dá um cheque mate na equipe, para que alguém crie algo que aumente os rendimentos Sam tem uma ideia brilhante. Ele cria um software revolucionário e preciso. Em vez de o programa fazer a junção dos questionários para formular os pares. Ele os ignora e utiliza tudo que há no HD da pessoa (email, conversas em chats, fotos, vídeos) para descobrir virtualmente a essência da pessoa, e fazer sua junção com alguém parecido. Totalmente preciso e a prova de erros. Os lucros eram tudo que Sam visava, mas ele acaba ganhando algo mais com sua invenção...

... Testando seu próprio programa ele chega até Meredith uma moça que trabalha na mesma empresa. E dito e feito. Eles são perfeitos um para o outro, e sabem disso no momento em que seus olhares de cruzam. Acreditando piamente no programa e em suas sensações eles embalam neste relacionamento de cabeça, como se fosse algo normal, como se, se conhecessem a anos. Mas algo acontece para abalar o recém formado casal, a depressão de Meredith após perder sua avó.

Que tipos de mudanças aconteceriam no mundo se alguém dotado de uma inteligência assombrosa criasse um software capaz de lhe permitir conversar com alguém que já morreu?

Novamente Sam revoluciona e surpreende a si mesmo e a todos, modificando seu software do amor perfeito até encaixa-lo de uma maneira, que permitiria a utilização das informações do HD de uma pessoa morta, (emails, fotos, vídeos, conversas, qualquer coisa) para que essa pessoa respondesse emails, ou tivesse uma conversa de vídeo com um parente vivo. Claro, não seria a pessoa em si, mas sim uma projeção igual a ela, que fala como ela, sorri como ela, e totalmente inteligente para interagir os parentes vivos virtualmente.

A metódica do programa é simples. O software junta tudo que a pessoa tem em seu HD e cria uma espécie de pessoa em cima dessa informações. Ou seja, se você quisesse mandar um email para um amigo que já morreu. O programa responderia esse email para você da conta de seu amigo morto, da mesma forma que ele faria, se utilizando de todos os email que ele já te mandou em vida como base. Claro que conversas novas, que você nunca teve com a pessoa enquanto ela estava viva não serão possíveis com as projeções, afinal elas não aprendem e sim reproduzem. Mas...

Que tipo de loucura você faria para ouvir alguém que você ama, e que infelizmente já partiu, dizer EU TE AMO novamente?

Sam criou o programa por amor... Por Meredith, para ajuda-la a se recuperar de sua perda e poder fizer adeus a sua avó no tempo certo, ele não esperava lançar o programa ao mundo, mas é isso que acontece. Ele também não esperava ser obrigado a se tornar um usuário de seu próprio programa, mas foi!


Embora seja uma leitura leve e doce, não deixa de ser um dos temas mais polêmicos da atualidade. A onde começa a vida e a onde ela termina? Criando uma projeção de um ente querido falecido você seria capaz de aceitar a perda e dizer adeus, ou se tonaria um viciado no programa que não consegue esquecer? A alma do seu familiar sofreria algum dano? Ele descansaria em paz? Imaginar essa possibilidade abriria muitas portas. Eu daria de tudo para conversar com minha avó novamente, e posso apostar que todos os leitores pensaram em uma pessoa especial enquanto liam a descrição do livro. É inevitável, mas esse programa teria duas vertentes. Para umas pessoas seria ótimo, mas para outras seria o fim, o inicio de algo sombrio e perturbador.

O livro se Resume em Sam, Meredith e XX, primo da moça apresentando ReVive O programa, ao mundo. E os efeitos disso nos usuários e nos próprios personagens que comandam este milagre. Podemos acompanhar o desenvolvimento de todos os personagens principais e dos usuários também, que chegam engatinhando e saem andando, mas é um processo lento e difícil. Corações mais moles preparem a caixinha de lenços, não é uma história linda, afinal ela é cercada pela morte, por historias tristes de perdas, mas também é uma historia sobre aceitação, sobre a verdade do mundo e do amor.

Todos os personagens são ótimos, não tenho reclamações. É o tipo de livro gratificando onde você vê todos se desenvolverem e aprenderem, você termina o livro com orgulho de todos, e simplesmente não há como nãop se identificar com algum dos usuários que mesmo com suas dores nos fazer dar algumas risadas. Como por exemplo, uma senhorinha que contrata o programa para conversar com o marido e gritar com ele como nunca gritou em vida.

O livro tinha tudo para ganhar a admiração e as lagrimas de todos, mas comigo faltou alguma coisa. Uma invenção dessas geraria muito mais polemica do que causou no livro, talvez eu tenha achado que faltou um pouco de veracidade para com mundo a fora, embora o mundinho de dentro dos personagens tenha sido bem construído. Com uma invenção dessas os problemas não seriam apenas alguns repórteres, lideres religioso e mais alguns que posso contar. Tente imaginar o que aconteceria? Na minha cabeça seria uma guerra, uma fila de pessoas, assedio diário. Pessoas vendendo as casas e os carros para participarem. Embora tenha sido construído eu esperava mais do pânico. Mas entendo que a história esta voltada para outro lado, para a aceitação e o amor.

E embora tudo seja muito lindo, inclusive o casal principal eles não conseguiram alcançar meu coração, não derramei uma lagrima se quer. Não tocou no fundinho da minha alma como pensei que faria, mas com certeza irá tocar em muitas. Por isso tirei uma estrela.

4/5
Lulu Nóbrega 14/04/2013minha estante
Agradeço muito sua resenha e entendo totalmente essa sensação do livro não nos tocar totalmente. Tem muitos livros que li de sucesso, que não me tocaram tanto quanto eu queria...
Enfim, queria agradece, pois me esclareceu muito mais do que se tratava o livro e quais são suas abordagens.
Abraços =)




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