Humilhados e Ofendidos

Humilhados e Ofendidos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Humilhados e Ofendidos


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Isotilia 08/05/2013

Humilhados e Ofendidos
O tema central desse livro é perdão.
Mas o que mais me tocou foi o tema secundário do orgulho. A mãe de Nelli se apaixona, foge com o dinheiro da família, dá todo dinheiro ao amante e este a abandona. Nas palavras do autor: "Em geral, para esses canalhas, é ótimo lidar com criaturas chamadas elevadas. Elas são tão nobres que é muito fácil enganá-las e, depois, elas sempre se limitam ao nobre e elevado desprezo, em vez de fazer uso prático da lei, quando é possível usá-la.".
A mãe tinha todas as provas para levar o príncipe a julgamento e ter sua fortuna de volta(que aliás, nem era dela e sim do pai), mas ela preferiu cair na miséria com sua filha, a se expor publicamente. Isso é orgulho egoísta.Se ela o tivesse denunciado, Dostoievski teria que escrever outro romance.
Essa ideia também é mostrada quando o autor descreve Nelli:"Parecia se deliciar com sua dor, com esse sofrimento egoísta, se é que se pode expressar assim. Esse cultivo e prazer da dor era-me compreensível. Era o prazer de muitos ofendidos, ultrajados, oprimidos pelo destino e conscientes da injustiça dele."
É tão difícil alguém ser humilhado e ofendido e ter a lei ao seu favor, mesmo assim a mãe de Nelli escolhe não ir à Justiça por vergonha de se mostrar enganada e roubada publicamente. Por outro lado o pai de Natacha entrou num processo judicial e perdeu tudo que tinha, mesmo estando com a razão. Ele não tinha como provar que não roubara o príncipe, ele não tinha nenhuma evidência. Mesmo assim, ele lutou com todas as forças, após perdido o processo, não aceitou o dinheiro de 'presente' do príncipe, o chamou para um duelo, após a recusa dele, ainda assim o procurou mais uma vez. Ao contrário da mãe de Nelli, ele reconstruiu sua vida.
Os dois personagens são humilhados e insultados pela vida. Ele não tinha como conseguir justiça, ela tinha. Ele luta até o fim com esperança, ela desiste sem lutar! Dostoievski é o mestre na descrição da alma humana. Um excelente romance. Tudo que o Dostoievski escreveu tem um toque inconfundível de genialidade.
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Natali 07/12/2012

Dostoiévski "Mal dizido"
Estou acostumada com as traduções do Boris Schnaiderman da Editora 34, que busca direto do Russo e traz a essência verdadeira do livro. A tradução da Nova Alexandria desanima a leitura.
Steph.Mostav 21/08/2015minha estante
Natali, a edição da Nova Alexadria também é traduzida diretamente do russo por Klara Gourianova.




HelielmaK' 18/10/2012

o começo achei que eu ia devolver porq tava chato, mais quando comecei a ler chonei
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Vamos levar uma Prosa [e Poesia] 21/05/2012

Entre as cores e as facetas do ser humano
Pensar em Dostoiévski é pensar em ritmo absoluto e contínuo. Não diferente, em Humilhados e Ofendidos observa-se o "tudo pelo" dos personagens em relação aos sentimentos a que mais nos apessoamos. A comoção e a tragédia se propagam nas demências dos personagens prontos e radicais, às vezes exagerando no contraste entre as atitudes e a personalidade. A marca da hipocrisia no conflito é oferecida pela vontade de sobrepor-se através de uma estratégia cuja humilhação e a ofensa ficam ao encargo dos interesses daqueles que mais possuem riqueza e poder (inclui-se o poder da tortura).
Em Humilhados e Ofendidos as emoções fortes e um desenrolar alucinante da trama revelam a dissecação dos diversos tipos de amar. Tão logo, nos jogos dos interesses, a realidade social da época é explorada nos aspectos mais sombrios, acredita-se, visando ao "humanismo dos humilhados" acima das desgraças. Obra reveladora das cores nobres e comuns em contraste com as facetas do ser humano.
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jefftavaresjuni 27/03/2012

Humilhados e Ofendidos, de Dostoiévski
Nas quatro partes desta magnífica obra, Dostoiévski faz com que duas histórias, que por si mesmas seriam objeto de dois romances distintos não menos esplêndidos, cruzem-se e se interliguem de tal forma que o resultado torna o livro inesquecível e deixa uma impressão profunda.

Em uma das ramificações da história, o narrador-personagem Ivan Petróvitch nos conta sobre a sua relação com a família Ikhméniev, composta pelo patriarca Nikolai e sua mulher Anna Andreyevna, bem como o fruto da relação do casal, a querida e doce Natasha.

A família vivia em um ambiente harmônico permeado por amor, cumplicidade e afeto no pacato interior da Rússia até que uma tragédia se abate sobre eles. O inescrupuloso príncipe Valkovski, dono das terras de que Nikolai tomava conta, acusa-o de desonestidade no trato com seus negócios. Junta-se a esta acusação o surgimento de boatos na vizinhança de que Natasha teria seduzido o ingênuo filho de Valkovski, o inocente e por vezes leviano Aliocha.

Nikolai embarca para Petersburgo com sua família a fim de juntar condições para defender-se das calúnias impostas pelo príncipe. Embora a relação com Valkovski esteja deteriorada, os Iknhméniev continuam a receber Aliocha com honras e convivas. Porém, para piorar a situação do orgulhoso homem, sua filha acaba se apaixonando pelo filho do príncipe, saindo de casa e deixando o pai aterrado, humilhado e ofendido em sua dignidade. Ele não poderia suportar tamanha afronta ainda mais por se tratar do filho de seu algoz.

Durante este tempo, Ivan já residia em Petersburgo onde tinha levado a cabo seus estudos e já havia adquirido certa fama como escritor. Inesperadamente, ao procurar um novo apartamento para alugar, Ivan acaba se envolvendo com um senhor taciturno e misterioso que falece pouco tempo depois. Ivan se interessa pela história, aluga o apartamento onde ele residia e aguarda a aparição de parentes do velho. Uma menina completamente compenetrada e absolutamente temerosa surge procurando notícias sobre seu avô.

A partir daí desenrola-se uma trama densa e quanto mais Ivan escava coisas mais escabrosas vêm à tona. Ele se comove pela história de sofrimento de Nelli(apelido de Elena, a pequena garotinha) e resgata a criança das mãos da malvada Búbnova, com quem ela morava desde a morte de sua mãe.

Ivan se divide entre cuidar de Nelli e socorrer Natasha, sua paixão platônica desde os tempos de criança. Aliocha se mostra cada vez mais volúvel e indeciso. Ele passa o tempo todo percorrendo o trajeto entre a mansão da condessa, com cuja filha seu pai exige que ele se case, e a casa da sua devotada Natasha.

Aos poucos, Natasha percebe que Aliocha está mais ligado à amável, inteligente e bondosa filha da condessa. Natasha entende que a separação é inevitável e está disposta a abrir mão de sua felicidade pela de Aliocha, tamanho o seu amor. No entanto, antes disso, o malvado príncipe Valkovski consegue atingi-la em sua honra ao fazer uma indecente proposta: para afogar suas mágoas ela poderia cair nos braços de um lascivo conde, amigo de Valkovski.

Dois fatos concorrem para a reaproximação entre o pai ofendido e a filha ultrajada: a partida de Aliocha com a condessa para Moscou e o emocionado relato de Nelli, a pequena órfã, filha de uma mulher com uma história similar à de Natasha e que morreu miserável, sem o perdão do pai. Quando Nikolai decide ir pedir perdão à filha, esta adentra sua casa e os dois caem nos braços um do outro, num momento sublime de reconciliação.

Além do fascinante enredo, a construção psicológica dos personagens é impressionante. Alguns deles carregam em si a mais convicta altivez, uma incondicional honestidade e corações incrivelmente bondosos, enquanto outros são vis, levianos e repulsivos. Os diálogos entre os personagens são um espetáculo à parte, fazendo com que o leitor possa sentir junto com eles naquele momento e tão precisos que nos levam ao local dos acontecimentos. Cada nova situação é surpreendente e imprevisível e o desfecho traz uma abnegação quase sagrada.

Dostoiévski conseguiu se tornar um dos maiores escritores da história sem pedantismo, mas também sem subestimar a inteligência dos seus leitores. A sua forma de escrever é fluida e logo de cara estabelece uma relação íntima com o leitor. O cenário para suas histórias está no século XIX, mas elas são universais e com isso podem ser lidas, compreendidas e sentidas em qualquer época ou cultura.
Tom 06/05/2013minha estante
A sua resenha é boa, porém muito extensa.
Abraço.




Gláucia 19/07/2011

Humilhados e Ofendidos - Fiódor Dostoiévski
Um de meus preferidos do autor, não é tão complexo quanto os outros, sua leitura chega a ser leve quando comparada aos seus títulos mais aclamados. Talvez uma boa sugestão para se iniciar na leitura sombria dos clássicos russos.
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Jumpin J. Flash 19/04/2010

Um Dostoiévski menor
Esse o mestre deve ter escrito só para pagar algumas contas. Uma obra menor, com certeza. Não sei se o autor quis fazer surpresa com a revelação da paternidade de Nelli, mas qualquer pessoa deduz isso desde a metade do livro. Romancezinho burocrático...
Dom Ramirez 14/05/2013minha estante
precisava contar pra quem não leu?




Orlando 31/03/2010

Os limites aos quais a mente humana pode chegar
Como é característica das obras de Dostoiévski, "Humilhados e Ofendidos" é de uma profundidade psicológica ímpar. O genial autor russo vai explorar a mente de suas personagens até o limite, em um cenário sem cores, marcado pela miséria, pela tragédia e pela humilhação, diante do qual o ser humano muitas vezes se encontra em uma posição análoga à de um animal. Ainda assim, em meio a um ambiente de podridão e sofrimento, sentimentos de nobreza e bondade afloram, de onde menos se espera. O início do livro é bem traçado, contudo, infelizmente, a obra acaba se encaminhando para uma dramaticidade um tanto quanto excessiva, o que acaba desqualificando a magnitude que o romance prometia tomar.
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Joyce 18/11/2009

Gostei desse livro por algumas partes lembrarem certo período da minha vida. Livro interessante, que mostra as relações interpessoais de uma maneira nua e crua. Aliocha nos deixa inquetos com sua falta de compromisso e opinião, Natacha tb, que coloca Aliocha como a condição de sua felicidade.
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