Humilhados e Ofendidos

Humilhados e Ofendidos Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Humilhados e Ofendidos


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Vamos levar uma Prosa [e Poesia] 21/05/2012

Entre as cores e as facetas do ser humano
Pensar em Dostoiévski é pensar em ritmo absoluto e contínuo. Não diferente, em Humilhados e Ofendidos observa-se o "tudo pelo" dos personagens em relação aos sentimentos a que mais nos apessoamos. A comoção e a tragédia se propagam nas demências dos personagens prontos e radicais, às vezes exagerando no contraste entre as atitudes e a personalidade. A marca da hipocrisia no conflito é oferecida pela vontade de sobrepor-se através de uma estratégia cuja humilhação e a ofensa ficam ao encargo dos interesses daqueles que mais possuem riqueza e poder (inclui-se o poder da tortura).
Em Humilhados e Ofendidos as emoções fortes e um desenrolar alucinante da trama revelam a dissecação dos diversos tipos de amar. Tão logo, nos jogos dos interesses, a realidade social da época é explorada nos aspectos mais sombrios, acredita-se, visando ao "humanismo dos humilhados" acima das desgraças. Obra reveladora das cores nobres e comuns em contraste com as facetas do ser humano.
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bobbie 08/11/2018

A dor pode ser eventual; a permanência nela pode ser uma escolha.
Este é um daqueles livros que parecem "ter pouca história para contar". No entanto, na maioria das ocasiões, é na simplicidade que está as maiores lições. Humilhados e ofendidos nos mostra como, às vezes, a imersão no sofrimento pode ser consequência de nossa própria escolha. Que melhorar uma situação pode estar ao alcance do mero abandono do orgulho próprio, e que levar a má sorte para o túmulo pode, certamente, ser um caso de livre arbítrio.
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Ana 13/08/2018

Amor..
Toda a história se resume em amar alguém e as consequências que este sentimento traz consigo.... O amor paternal/maternal e sua força se mostra mais forte que as tradições daquela época e o amor entre os amantes é tão forte que os personagens se sacrificam o tempo todo em prole daqueles que amam. Todas as ofensas e humilhações sofridas decorrem desde estado de espírito que é amar... O final e profundo e emocionante..
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Viktorya Zalewski 05/06/2018

Humilhados e Ofendidos, de Fiódor Dostoiévski, me intrigou de muitas maneiras. Em primeiro lugar, é inevitável dizer: é um livro bastante romanesco. Há mocinhos, há o vilão, há cenas com um drama exagerado, especialmente para os dias de hoje, e alguns personagens sofrem de doenças causadas "pelos nervos ou por tristeza", originando cenas clássicas de livros do século XIX que nos cansam um pouco.

Mas não deixe isso te parar, pois há muitos pontos singulares na obra. E um deles, é claro, é a maestria do "psicólogo" Dostoiévski ao fazer personagens com sentimentos tão complexos e sinceros. É o caso dos pais Ikhmenev com sua filha, Natasha. De classe média, terão de enfrentar hierarquias e o orgulho social para manter o cuidado pela família.

Natasha e Alyosha, provavelmente, são os personagens mais interessantes do romance: nem heróis, nem vilões, mas pessoas com sentimentos confusos, que sofrem e fazem sofrer. No final, Natasha explica o porquê de amar Alyosha - uma descrição de sentimentos que eu achei de uma profunda complexidade. A personagem Helena também tem um desenvolvimento muito interessante.

E, com certeza, o maior tema do livro é o perdão. Quem já foi traído ou machucado, sabe como perdoar não é fácil. Dói muito. E ver os personagens nesse processo é muito lindo.
Por isso recomendo ao livro a quem ousa se deixar tocar e também consegue relevar alguns dramas exagerados. Para quem não se interessa pela complexidade humana dos sentimentos, sugiro a leitura de outra obra.
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Monique 20/04/2018

Primeiro livro de Dostoievski
Dostoievski tem supremacia em sua escrita, desenvolvimento de história, personagens e conclusões. Tenho certeza de que ele não deveria ter outra função, senão esta.
Ele tem aptidão para contar a história de cada personagem, envolvê-los numa trama, desenvolver suas historias e seus finais. Chega ser difícil pensar em uma unica palavra que o defina e o qualifique tão bem.
Já não é o primeiro livro que leio dele e sempre fico estarrecida e sem palavras com a sua desenvoltura, sua inteligência e racionalismo.
Humilhados e Ofendidos foi o primeiro livro a ser lançado por ele e já prova como o autor tem o domínio da história e de seu desenrolar sem rodeios, sem apresentar dificuldades no relato ou furos de história. Tudo é muito bem fechado.
Me emocionei no final da história, foi difícil de me conter e de não ter empatia com tal situação. As pessoas narradas nesta história são ofendidas pelo destino e humilhadas por suas condições.
Uma leitura suprema, agregando um conhecimento intelectual que nenhum autor contemporâneo é capaz de fornecer. Sem dúvida, Dostoievski é um clássico de mesma magnitude que Tolstoi, Chalamov, Tchekhov, Gogol, Bulgakov, entre outros altamente conceituados na Rússia.
Ele é o pai do Realismo.
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Gláucia 19/07/2011

Humilhados e Ofendidos - Fiódor Dostoiévski
Um de meus preferidos do autor, não é tão complexo quanto os outros, sua leitura chega a ser leve quando comparada aos seus títulos mais aclamados. Talvez uma boa sugestão para se iniciar na leitura sombria dos clássicos russos.
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Marcos5813 05/06/2017

O perdão
Dostoiévski entre tantos romances exprime caracteres que foge a narrativa do enredo de seu romance para pulsar a razão da existência. Livro luminosos e primoroso onde a alma humana está em constante agonia apesar de um olhar as vezes crítico as vezes compassivo do narrador. Esta fuga é que engrandece a obra, tanto pelo seu estilo linguístico como pela autenticidade de suas personagens. Em "Humilhados e Ofendidos", tanto tempo se passa em um ano, mas preso ao passado estamos condenados a sermos humilhados e ofendidos. Um dos poucos romances onde o perdão morre no tempo. Mas apesar de tudo sempre há uma ponta de esperança para terminarmos uma obra, uma romance, uma vida, e distante da redenção vivemos a experiência de encontrar pessoas que nos trazem sentido a vida. É o segundo livro que leio do autor. Dostoiévski é talvez o autor mais significativo e que mais profundamente determinou em suas personagens o vigo da literatura e cultura mundial. Não há quem passe despercebido sem ter lido seus romances. Estou apenas iniciando! Ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo’. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus, pois que Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. (Mateus 5:43-45). Perdoar é antes de tudo constrição. Obra magnífica depois do ato!!!
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Afonso 11/08/2013

Gostei sim. ...é... gostei pois...
é... essa coisa de rico e de pobre....e essa coisa de amor e desamor ..e essa coisa de dar o braço ou nao pra torcer....e essa coisa de morrer na paz ou na guerra...

oras.. acabei agora mesmo o livro..isto deu lagrimas ein...

22:00 da noite. vou tomar cafe.. la fora. pra comemorar.


5 estrelas. e porque nao?
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natasha 03/10/2015

Dilacerante
Obra magnífica, que explora os laços sociais na sua forma mais pura. Investiga por meio da vida desses personagens, que sofrem ate a alma em suas condições de humilhados e ofendidos, o que o ser humano tem de pior e de melhor.
O autor (Vânia- com alguns traços autobiográficos) discorre os fatos de forma clara (viciante) e com um acalorado discurso indireto dos acontecimentos. Fala-se, então, de perdão e orgulho. Sordidez e fé. De amor e amizade. De dores reprimidas, culpa, compaixão e sacrifício pelo outro, de forma intensa e ideológica.
Quantas boas lágrimas não me caíram com a historia da pequena Nelli, quebra qualquer coração.
E quanta raiva não tive dos discursos mesquinhos do príncipe. E da falta de ação do filho.
É um retrato da vida social, da dura realidade, por isso mesmo, dilacera por dentro, machuca e nos ofende. Nós seres humanos, na condição de humilhados, entramos em desespero para recuperar o orgulho perdido e nem sempre agimos conforme a nossa razão, nos tornamos vulneráveis.
Dostoievski mostra mais uma vez, que é de uma genialidade ímpar.
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HelielmaK' 18/10/2012

o começo achei que eu ia devolver porq tava chato, mais quando comecei a ler chonei
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bebebeb 25/04/2024

Linda obra
Bem escrita e estruturada.. Tudo se completa e faz sentido se não desistir de lê-lo.
Mas o ser linda demais é por causa do que transmite, a marca óbvia que deixa na mente sobre a necessidade do perdão.
Principalmente sobre escolhas que podemos tomar; levar e carregar ofensas e humilhações, ou não. E como o não já teria resolvido tudo: mas ainda assim, na nossa vida
escolhemos levar o peso do orgulho, da ofensa, do desamor. E não amar, não expressar belas palavras por culpa destes.

Foda meno, recomendo dimaize
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Ana 29/03/2015

Sabe quando você termna de ler um livro e sente imediatamente a vontade de lê-lo de novo, só para saborear melhor as palavras e as situações? Foi o que aconteceu comigo ao ler "Humilhados e ofendidos". Eu me conectei com os personagens, de verdade. Sofria junto com Nelli, com Anna Andreiêvna, com Nikolai Serguiêtch, com Vânia e Natacha. Eu me senti imersa numa versão do programa "Casos de família" passada na Rússia do século XIX, e não quero diminuir o livro ao dizer isto. Amei o drama, os conflitos, as intrigas, os problemas, os diálogos, os personagens, tão maravilhosos e dignos de pena. Um escritor que só pode narrar a história que queria vivenciar, uma jovem que ama um tolo, uma menina louca de amores por um homem que só tem olhos para outra, uma velhinha que vive à espera da filha, e que atura o marido como ninguém, um velho dividido entre o orgulho ferido e o amor sem fim que clama por perdão, um homem-menino cabeça de vento que mal entende o mundo ao seu redor e o sofrimento que causa, uma história trágica que se repete. Os personagens parecem reais; durante a leitura, eu conseguia ver o rostinho enrugado e preocupado de Anna Andreiêvna e o olhar penetrante de Nelli. Quase pude sentir o desespero que sentem, a humilhação e a ofensa que lhes é imposta. Poucos escritores conseguem criar uma história, personagens, situações e diálogos tão fortes assim, que me prendem ao sofá, na ânsia de descobrir o que acontecerá a seguir, tal como num filme. Dostoiévski é maravilhoso!!!
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Isotilia 08/05/2013

Humilhados e Ofendidos
O tema central desse livro é perdão.
Mas o que mais me tocou foi o tema secundário do orgulho. A mãe de Nelli se apaixona, foge com o dinheiro da família, dá todo dinheiro ao amante e este a abandona. Nas palavras do autor: "Em geral, para esses canalhas, é ótimo lidar com criaturas chamadas elevadas. Elas são tão nobres que é muito fácil enganá-las e, depois, elas sempre se limitam ao nobre e elevado desprezo, em vez de fazer uso prático da lei, quando é possível usá-la.".
A mãe tinha todas as provas para levar o príncipe a julgamento e ter sua fortuna de volta(que aliás, nem era dela e sim do pai), mas ela preferiu cair na miséria com sua filha, a se expor publicamente. Isso é orgulho egoísta.Se ela o tivesse denunciado, Dostoievski teria que escrever outro romance.
Essa ideia também é mostrada quando o autor descreve Nelli:"Parecia se deliciar com sua dor, com esse sofrimento egoísta, se é que se pode expressar assim. Esse cultivo e prazer da dor era-me compreensível. Era o prazer de muitos ofendidos, ultrajados, oprimidos pelo destino e conscientes da injustiça dele."
É tão difícil alguém ser humilhado e ofendido e ter a lei ao seu favor, mesmo assim a mãe de Nelli escolhe não ir à Justiça por vergonha de se mostrar enganada e roubada publicamente. Por outro lado o pai de Natacha entrou num processo judicial e perdeu tudo que tinha, mesmo estando com a razão. Ele não tinha como provar que não roubara o príncipe, ele não tinha nenhuma evidência. Mesmo assim, ele lutou com todas as forças, após perdido o processo, não aceitou o dinheiro de 'presente' do príncipe, o chamou para um duelo, após a recusa dele, ainda assim o procurou mais uma vez. Ao contrário da mãe de Nelli, ele reconstruiu sua vida.
Os dois personagens são humilhados e insultados pela vida. Ele não tinha como conseguir justiça, ela tinha. Ele luta até o fim com esperança, ela desiste sem lutar! Dostoievski é o mestre na descrição da alma humana. Um excelente romance. Tudo que o Dostoievski escreveu tem um toque inconfundível de genialidade.
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Carina 19/02/2014

A Complexidade das Classes
Humilhados e Ofendidos, talvez eu não consiga descrever o tanto que me identifico com esse livro e com os livros do Fiódor Dostoiévski. E mesmo depois de ler ele algumas vezes, sempre encontro mais alguma coisa, uma parte que passou despercebida e que quando leio novamente me surpreendo. Os livros dele são assim, tem sempre uma coisa nova nessa incrível literatura velha.
Fiódor é envolvente, faz com que a gente enxergue as duas faces da mesma moeda de um jeito que nenhum outro escritor faz. E é por causa disso que, para mim, ele foi e sempre será o melhor escritor que já existiu.

Numa narrativa atraente, o livro foi elaborado para os dois seguintes temas: "Orgulho x Perdão".

Um amor até que correspondido, mas de maneiras diferentes. Vânia (Ivan) queria Natacha como sua. Para ela, ele era um irmão. E é assim que ele se comporta durante todo o livro. Ela teve uma paixão pelo filho de um príncipe, um cabeça de vento, leviano. Uma fuga. Um pai humilhado pelo bestial príncipe e ofendido pela filha, que o abandonou. Uma mãe que chora. No meio dessa trama toda surge uma criança: Elena, mais conhecida como Nelli. Nelli, pobrezinha. Uma criança terrivelmente maltratada. Maltratada pelo infeliz destino que teve e que no decorrer do livro você descobre que ela está ligada a tudo e a todos. Nelli consegue fazer com que o pai de Natacha, Nikolai, perdoe sua filha quando ela foi deixada pelo filho do príncipe. E para conseguir fazer Nikolai perdoar sua filhinha, ela teve que vencer o seu próprio orgulho e contar a sua história de vida.
É uma história extremamente complexa, com diálogos inteligentes e envolventes, que te faz querer ler o livro de uma só vez.
Um livro para ser lido e relido.
Recomendo!

CGM
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