As Brumas de Avalon

As Brumas de Avalon Marion Zimmer Bradley




Resenhas - A Senhora Da Magia


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Mahalia 30/09/2022

Deusa x Deus
Muito boa leitura.

Apensar de ser uma ficção, o que mais gostei da história/da narrativa foi questão da religiosidade. Mas não só ela isoladamente, como também a crítica e conflitos entre práticas religiosas tão antagônicas - como entre druidas e cristãos.

Esse livro fez-me refletir sobre algumas questões, mas destaco aquilo que se tornou a intolerância cristã aos diferentes. Que matou e impediu outras culturas de conviverem. Que tornou o mundo um lugar hostil para aqueles que não acreditavam no Deus único, masculino e impiedoso com as mulheres.

Que pena que o cristianismo conseguiu triunfar!

A história terá continuação nos próximos volumes. Deixarei para comentar das personagens e suas vivências/experiências mais a frente.
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Mari Fourquet 02/12/2022

O segundo melhor, na minha opinião
Adoro ver a história do Uther e da Igraine e como a história de amor deles pode ou não ter sido uma manipulação do Merlin e da Vivianne.

Conhecer a Morgana jovem e inocente também é ótimo, observar ela desde o início, de uma jovem inocente para o que ela se torna nos livros seguintes é demais!

Gosto de ver, por causa da releituras, como o final estava predito desde as primeiras páginas e como isso é, de fato uma das coisas mais legais dessa série.
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Bianchi 11/11/2022

Bom
Quando o destino está em suas mãos e você não sabe exatamente o que fazer,e tem duvidas se você é mesmo dona de suas escolhas.
É o que acontece com Igraine na primeira passagem do livro e com Morgana na segunda passagem, as duas precisam fazer suas escolhas e talvez essas escolhas as machuqem e ferem os próximos.
Gostei da história, mas confesso que esperava mais, achei a história um pouco parada por ser fantasia e me decepcionei com a Igraine na segunda passagem do livro, ela era tão forte e determinada na primeira, depois só lamentação.
Não consegui gostar da Viviane e fiquei várias vezes com dó da Morgana, aliás a única personagem que consegui me apegar.
O final me deixou confusa, um pouco enojada e triste com os acontecimentos e não me deu vontade de ler a continuação, ainda mais depois das polêmicas da autora.
Uma história emocionante, mas que não me prendeu tanto como eu esperava, gostei de ler, entretanto sem vontade de continuar.
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Matheus 27/03/2013

A Senhora da Manipulação
Definitivamente eu não me lamento por ter decidido iniciar a leitura deste livro depois de ter lido a trilogia arturiana de Bernard Cornwell. As diferenças entre os autores são tão evidentes, não apenas quanto ao enfoque da temática, mas também quanto ao estilo narrativo, que foi impossível sentir como se estivesse relendo uma história já conhecida. Nem mesmo senti repudia por cenas que Bradley teria deturpado com relação à verdadeira história de Artur e seus asseclas, até porque pouco me importo com a legitimidade do mito ‘original’.

Todavia, há muitos outros pontos no livro que de fato eu lamentei.

A premissa principal da autora é de que as mulheres britânicas daquela época sofriam dominação social e cultural imposta principalmente pelas figuras de poder masculinas cristãs, encarnadas na trama pelos padres e pelos nobres. No intuito de se rebelarem contra esta dominação, estas mulheres recorrem à antiga tradição religiosa cujo folclore anuncia a emancipação da mulher, devolvendo-lhes a responsabilidade por seu próprio destino, o que também lhe dá acesso exclusivo a uma ferramenta de transformação poderosa: a magia.

A literatura de Bradlay flui rapidamente, sem que o leitor tenha a necessidade de precisar situar o tempo todo os personagens dentro da trama. Como num jogo de xadrez em que as peças nunca mudam de cor, o branco é branco e o preto é preto, na fantasia de Bradley, o branco são os descendentes de Avalon, filhas da Deusa, e o preto são os descendentes de Roma, filhos de Cristo.

O que desequilibra completamente a trama é de ela ser narrada exclusivamente do ponto de vista das peças brancas, o que a torna tendenciosa e maçante. E o pior: já que às mulheres não era pertinente fazer nada além de sentar à fogueira, tricotar e lamentar suas malditas vidas, boa parte do livro descreve-as fazendo exatamente isso. E como lamentam! Se a autora pretendia que seus leitores sentissem na pele aquela angustia toda, ela teve grande sucesso.

A trama só sai de dentro dos castelos quando é levada até a mítica ilha de Avalon, que é comandada por uma grã-sacerdotisa de grande dotada de intenções nebulosas. Ali são ensinados os verdadeiros princípios da natureza que são encenados em rituais pra lá de exóticos e incompreendidos pelo mundo lá fora.

Durante toda a leitura deste primeiro livro eu me senti desconfortavelmente manipulado pela autora. Espero que esta primeira impressão seja logo desfeita durante o amadurecimento da trama nos livros subsequentes, pois, do contrário, será a primeira série de livros que eu comprei e terei de abandonar.
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Fernanda Reis 28/03/2013

“Neste enorme e emocionante romance, a lenda do rei Artur é contada pela primeira vez através das vidas, das visões e da percepção das mulheres que nela tiveram um papel central. Igraine, Viviane, Guinevere, Morgana. Elas revelam, com as suas vidas e sentimentos,a lenda de Artur, como se fosse nova de, ao mesmo tempo, levam o leitor a integrar-se na história, de maneira natural e profunda. Assim, esta obra proporciona uma narrativa soberba de uma lenda, e a recriação dessa lenda, bem como a brilhante contribuição para a literatura do ciclo arturiano”.

As Brumas de Avalon é uma saga de quatro livros que conta desde a ascensão à queda do famosíssimo rei Arthur. E o mais inovador, conta sobre o ponto de vista das mulheres da sua vida.
Essa saga é a escolhida para a minha resenha de hoje por ter sido a primeira que eu li, ainda no começo da adolescência.
Poderia falar de toda a saga em uma única resenha, mas decidi que ela merece mais atenção, e por isso falaremos de um livro por vez. Talvez não toda semana, mas ainda assim eu falarei sobre todos eles.
É que escolher o livro que vou resenhar é como música, filme ou quase tudo na minha vida: vai do meu humor. Rsrs.
Hoje acordei bem rei Arthur! Rsrs.
O primeiro livro é o que eu li mais rápido, porque estava tão intrigada com os acontecimentos que não conseguia largar, mesmo nos momentos em que mais me irritava com ele.
Vou explicar para vocês o motivo da minha irritação: a história se passa em um momento de transição na Inglaterra, quando a religião pagã da deusa estava sendo esmagada pelo Cristianismo.
Nesse primeiro livro a religião pagã ainda é a dominante e não corre perigo, digamos assim, mas Viviane, senhora de Avalon, já sabe o que será do futuro e começa a mexer as cartas do baralho para evitar isso.
Ela age como a dona do mundo, manipulando as pessoas para cá e para lá, tudo para o bem da sua religião. Aí a pessoa aqui se irritou muito, mas consegui entender as atitudes dela.
E no fim, sem tudo isso nada seria como acabou sendo, e como tinha que ser para começo de conversa.
Nesse primeiro livro somos apresentados à Igraine, que por um acaso é a mãe do nosso querido Arthur.
Igraine é nascida em Avalon e foi criada dentro da fé pagã, mas ainda muito nova é dada (sim, exatamente dada) ao Duque da Cornualha para casamento.
Desse casamento infeliz de que me lembro claramente as cenas em que a pobre Igraine fica olhando o mar rebelde pela janela em uma introspecção angustiante, nasce Morgana, que será a narradora de maior parte da história.
Morgana é idêntica a sua tia Viviane (fisicamente) e uma típica filha de Avalon, por isso é levada por sua tia para ser educada lá, onde aprenderá tudo que é necessário.
Quando Morgana ainda é pequena, Viviane brinca de jogadora com a vida de Igraine e a obriga a se envolver com Uther, o Grande Rei da Bretanha.
Ter uma discípula da fé pagã com o Grande Rei era uma oportunidade e tanto, né?
Para a sorte de Igraine, ela se apaixona verdadeiramente e intensamente por seu novo rei, e do fruto dessa união nasce Arthur, a criança que já veio predestinada a salvar a Bretanha dos saxões, segundo as previsões de Merlin e Viviane.
Morgana é criada em Avalon e Arthur por seus pais, e eles não sabem nem como é o rosto um do outro. Eles só se encontraram muito tempo depois durante um ritual da fé pagã que mudará a vida dos dois e tudo, para sempre.
Depois desse ritual Morgana está “iniciada” e pronta, e logo se apaixona por Lancelot (quem não? Rsrs).
Aí a história do livro começa a engrenar de vez e vamos ficando a par da vida de Arthur e de todos os acontecimentos que o levaram a ser essa lenda.
Claro que é um livro de ficção e muita coisa não é como foi contada, mas é interessante ver o ponto de vista das mulheres da vida de Arthur, que sinceramente é tratado como um homem que é manipulado por elas quase o tempo todo, e como o jogo religioso sempre existiu, independente de qual religião era essa.
Eu me irritei bastante com Viviane. Odeio gente manipuladora.
Mas ela estava defendendo a fé dela, então dá para entendermos, mesmo que sem aceitar.
Esse é o primeiro livro de uma saga que mudará sua visão da vida do rei Arthur.
Talvez seja um livro mais fascinante de ser lido na adolescência do que na vida adulta, mas ainda assim vale muito a pena conferir. Eu simplesmente o adoro!

Resenha originalmente publicada em: sonhosecontosdamaribell.wordpress.com
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Matheus 04/04/2013

A boa e deliciosa fantasia
Simplesmente as melhores personagens femininas que já vi. E acho que esse título continuará por um bom tempo, pois acho que dificilmente alguém superará Igraine, Viviane, Morgana e Guinevere.

Estas personagens mostraram para mim, que a fantasia não sobrevive apenas contando com os heróis, os cavaleiros ou os Reis. Mas que este gênero também se torna muito mais rico quando vemos as heroínas, as sacerdotisas e as rainhas. E diferente de tudo que eu estava acostumado, as personagens femininas são realmente femininas, e não arquétipos masculinos em corpos de mulher.

Acho que não encontrarei mulheres mais apaixonantes que estas em nenhuma outra obra.

Ainda estou apenas no primeiro volume, e ainda vi muito pouco da historia em si, mas já sinto que As Brumas de Avalon está sendo marcante para mim, e a cada página eu me surpreendo mais com essa magia especial que só os livros fantásticos proporcionam.
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Kathleen 02/05/2023

Mágico
Demorei pra escrever uma resenha porque sinto que é um livro que precisa ser mastigado, apreciado. A história traz uma narrativa bem feminina, forte e com visões diferentes sobre várias escolhas das mulheres. Sobre ir de esposa a guerreira, de serva a sacerdotiza. As várias facetas das várias formas e como tudo se desenvolve. Um relacionamento materno distanciado, uma maternidade delegada, um amor fraterno forçado, abandono por falta de amor, o desenvolvimento de uma mulher.
É muito legal ver esses desenvolvimentos, essas versões e visões, até em relação ao amor e como ele pode ter outros posicionamentos no mundo.
Achei em dado momento o livro muito parado, é uma história muito sobre desenvolvimento e por isso, talvez, mais arrastada ainda. É muito boa de ler, mas não achei tão fluida.
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Bianca 31/05/2020

Interessante
Me exigiu longa pesquisa sobre a história da Grã-Bretanha, mas depois de compreender o contexto histórico da narrativa, o livro melhorou 100%
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mayconessa 29/06/2020

Leitura demorada
Há uns anos peguei todos livros da série e fiquei travada nesse primeiro, não era uma leitura fácil, pra ler no metrô.
Abandonei na época e agora, ficando em casa, consegui retomar.
O livro surpreendeu e me envolveu.
Vou ler os próximos da série.
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Paloma 29/04/2013

Motivos do abandono
Abandonei por questões de prioridade! rs
Tinha muitos livros que ainda não havia lido, e esse, pelo menos para mim, tem a leitura muito cansativa. Assim, quando você começa a lê-lo não quer parar mais, mas assim que para não sente avidez em voltar. Não é aquele tipo de livro que te faz querer voltar a lê-lo. A fonte minúscula e as páginas muito brancas(claras) não colaboram muito pra evolução da leitura. Você lê, lê e lê e parece que nem saiu do canto. A história é muito boa, e pretendo voltar a lê-lo em breve. Mas é um livro que tem que ser lido com muita calma, sem ter nenhum outro em mente. Formula-se com muitos detalhes, ou seja, qualquer falta de concentração poderá facilmente prejudicar o seu entendimento mais a frente.
No mais, é um livro muito bom, mas que requer paciência!
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Valfloripa 11/05/2013

O enigma da Névoa.
Estava com muita saudade de descreve através das palavras, as variam emoções que a leitura provoca em mim.
Por isso a minha escolha foi magnífico e belíssimo clássico As Brumas de Avalon- A senhora da Magia é muito bom ter em mãos um livro onde o ponto de vista é repassado pela visão feminina de grandes senhoras do período medieval período de rupturas de dois mundos.
A apresentação dos quatros mulheres que são os pilares da qual toda a história do grande Rei Arthur vai se consolidar. Mulheres fortes e com os seus destinos já descritos Igraine mãe de Morgana e Arthur,Morgause a irmã invejosa que deseja o poder a todo custo,Viviane a grande sacerdotisa do mundo de Avalon.E a mais famosa bruxa de todo os tempos Morgana.
Esse primeiro volume é em torno da história da guerra dos saxões ao lado de Ambrósio Aureliano, o grande rei da Bretanha, Cristãos em outra palavra é a luta de poder entre as religiões onde se destaca a esmagadora caminhada do cristianismo em relação às outras.
Para quem gosta de história e busca compreender as antigas lendas (causa e efeito) dos fatos essa coleção é muito boa.
Jenny 13/05/2013minha estante
As mulheres tanto são o pilar de tudo como podem ser uma destruição,temos poderes q só nós mulheres sabemos usar desde os tempos antigos até hoje e sempre será ....


Valfloripa 14/05/2013minha estante
É minha linda Jenny.
A figura feminina é em muito momento representada de varias maneiras com o seu magnífico poder ao longo da constituição da própria sociedade: (Mãe Terra; A queima do sutiã década 60; Manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial; Juíza baiana Luislinda Valois para o cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia)
Você minha querida também faz parte dessa construção de sociedade que através do bom senso das mulheres desejamos sempre o melhor para si, e principalmente para quem está ao nosso redor.
Mesmo sendo uma belíssima e magnífica obra literária de todos os tempos é assim que eu vejo As Brumas de Avalon com mulheres fortes e determinadas, parabéns pela sua analise.
Beijos!


Jenny 15/05/2013minha estante
Obrigada minha amiga querida,como sempre muito gentil...

bjão !!!




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Luana | @pauta.literaria 31/05/2020

Há tempos tinha vontade de ler As Brumas de Avalon e tive até receio de não gostar.
No início não sabia como seria o desenrolar da história e me surpreendi. Uma história com profecias e repleta de misticismo.
A série conta a lenda de Rei Artur na perspectiva de suas heroínas.
Em a Senhora da Magia, a história é contada antes mesmo do rei Artur nascer. Conhecemos Igraine (mãe de Artur), Viviane (a Senhora do Lago) e Morgana (irmã de Artur).
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Andra265 10/09/2023

Clássico estranho
Quando me deparei este ano com a série de livros publicada décadas atrás me questionei fortemente o que teria feito ela ser esquecida.
A autora e seu histórico criminoso certamente não ajudaram. Contudo, a história de Avalon não foi feita para os dias de hoje.

Admirei Igraine por sua força e tive grande decepção quando foi convertida. Acredito na complexidade de Viviane, mas não consigo ignorar o cruel destino de Morgana.
Há muitos traços supremacistas que me incomodaram profundamente. Principalmente no que diz respeito à pureza de sangue. É importante saber que o livro foi escrito num contexto diferente, mas isso não tira dele os problemas.
Arthur virou rei. Virou uma lenda.
Morgana foi usada. Virou uma demônia aos olhos do povo.

Adoraria destacar a dualidade religiosa e a escrita que muda de ritmo de forma muito surpreendente, mas essa história precisa urgentemente ser atualizada.

Enfim, fica aqui minha resenha sincera. O livro é marcante, viciante e reflexivo, mas ao trazer um suposto empoderamento feminino contempla apenas as pessoas brancas e trata incesto como aceitável.
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