Flavinha 02/02/2016
Simplesmente "maravilindo"!
Até que enfim, lido!
Quem estava em dúvida na hora de se deliciar com esta obra pode se deixar levar e mergulhar fundo nessa história maravilhosamente escrita por Kristin Hannah. Quando vi esse livro na estante da livraria, meus olhos brilharam com a beleza que é sua capa. Sim, a princípio eu me atraí pelo seu exterior e quem nunca fez isso? Ainda mais sendo um autor que ainda não conhece? Em seguida olhei o preço e, como eu estava lendo outras obras, esperei pra ver se o livro ia entrar em promoção. Não q ele estivesse caro, mas a livraria onde eu compro meus livros sempre faz promoções bacanas. E então eu esperei. . .
Um dia, no meu aniversário, eis que meu noivo me presenteia com essa belezura, porém era época de aulas na faculdade então tive que adiar a leitura, pois eu precisava ler os vários textos das aulas. Todos os dias eu o olhava na minha estante e sempre precisava resistir a vontade de conhecer a história de Jardim de Inverno. Não resisti e, assim que minhas aulas deram uma trégua, zás. . .
Debrucei sobre a linda história de Meredith e Nina. A princípio, achei que a história ia se desenvolver em torno das questões do envelhecimento inevitável sobretudo o envelhecimento da mulher.
Atualmente, em nossa sociedade, as pessoas vivem dominadas ou aprisionadas numa ditadura da beleza eterna e envelhecer passou a parecer um crime hediondo. Hannah, talentosamente, transfere essa preocupação com a idade para a personagem Meredith que é uma mulher de 40 anos, casada, mãe de duas filhas em idade de 18 e 19, e muito preocupada a família e com o bom funcionamento dos negócios do pai, o senhor Evans. Contrastando com essa personagem está o personagem de Nina 37 anos, fotojornalista, solteira e que vive viajando o mundo; sem eira nem beira, como diria a irmã Mere. O contraste das duas personagens, Meredith e Nina, também se reflete no local em que a história individual cada uma delas acontece. Meredith está sempre perto dos pais idosos em um lugar tranquilo, limpo e onde sempre neva. Nina passa a maior parte do seu tempo registrando, com sua máquina, as terríveis histórias de um povo esquecido no território africano, lugar em que a higiene é pouca e o calor é insuportável. Suas melhores fotos são as que retratam o pior sofrimento das pessoas. A relação das irmãs com sua mãe, Anya, não é das melhores, principalmente no caso de Meredith que está sempre por perto e participando de todos os acontecimentos da família. Com a morte do Senhor Evans (não é Spoiler) as duas irmãs tiveram tomar decisões, inclusive atender ao último pedido do pai, com relação à convivência das irmãs com a própria mãe e, para isso, elas deveriam convencer a mãe a contar uma história de conto de fadas todos os dias. A partir desse momento, o leitor começa a querer saber o desfecho da história, porém, com o seu desenrolar , isso vai acontecendo de forma mais amadurecida e não apenas com aquela ideia anterior que era mais voltada para uma simples história de família. A autora de Jardim de Inverno aborda, lindamente, um acontecimento histórico que, na sua essência, não é nada lindo.
Dentro de uma obra aparentemente suave, Hannah nos presenteia com uma história dura com um final surpreendente.
Bom... não posso mais contar...
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