Tulio.Gama 05/10/2021Ficção (bem) Científica Michael Crichton é sempre um nome que costumo devotar minha atenção. Eu era adolescente quando “Jurassic Park” (o filme) foi lançado, e a obra foi um divisor nas artes para mim. Descobri ali que ficção científica podia ter mais ciência do que ficção. Não que eu esperasse algo mais técnico, mas sim uma hipótese baseada em ciência de verdade, que possa catalisar uma grande aventura. Não precisava ser cientificamente possivel, mas minimamente provável. Em miúdos, viagens no tempo e monstros espaciais estavam ficando chatos e repetitivos demais.
Este livro, “O Enigma de Andrômeda”, parte daquela premissa que mais me encantara: ciência que desencadeia uma história. Não é sobre fantasiosos extraterrestres que invadem a terra com intenções aleatoriamente malignas – não exatamente. Crichton pesquisava demais para dar base lúcida e crível às suas composições, e é de possibilidades verossimilhantes que ele tirava suas narrativas. “Enigma de Andrômeda” foi o seu primeiro esforço bem-sucedido nisso, tanto no aspecto comercial quanto literário.
Gostei demais do livro porque me levou àquele encantamento.