Paulo, o Vitor 30/10/2020
Então eu li Will&Will
Contextualizando a minha situação ao ler esse livro: é mais ou menos assim, fazia muito tempo que eu não lia livros infanto-juvenis e meio que eu "amadureci" minha leitura esses últimos tempos então estava mais focado em tramas mais complexas, profundas e até quem sabe melhor elaboradas.
Contudo, apesar de não estar mais tão acostumado com esse tipo de leitura isso não desvaloriza e muito menos não desvalida o conteúdo e os assuntos abordados nessa obra.
O livro conta a história de dois "Will Grayson's", que por circunstâncias da vida (coincidência ou destino ?) se encontram em uma sexshop, Will 1 que não pôde entrar num show e estava desorientado, triste por ter sido deixado para trás por seus amigos (Tiny e Jane) e Will 2 que estava a procura do seu crush que conheceu na internet. Ponto alto do livro que só ocorre a partir do capitulo 7 por aí meados do livro.
Nisso também temos Tiny que, amigo de Will 1 ( como ele faz questão de enfatizar em todo santo capitulo é super GAY), ele quem vai movimentar todo o livro construindo a sua PEÇA MAIS QUE FABULOSA SOBRE ELE MESMO.
Bom sem mais delongas, o livro não é muito movimentado, não acontece alguma coisa extraordinária, são adolescentes com seus dramas e isso pode ser um ponto negativo se você espera algo grandioso nesse livro, porque ele não passa de um clichê adolescente com moral no final, o que no começo me incomodou bastante, visto que drama de adolescente é chato
O que se pode aproveitar da história além de dar umas boas risadas e aquecer o coração com umas coisas fofinhas, é reconhecer alguns gatilhos de identificação que o autor coloca no personagem Will 1 o garoto que não se importa e o Will 2 o sadboy gay um prato cheio para adolescentes introspectivos. Porém, através de seus personagens principalmente Tiny (que inclusive deveria ter seu nome na capa do livro também) ajuda-os a enfrentarem suas dificuldades e fraquezas, a se reconhecerem e identificarem.
É um bom livro, cumpre com o que promete, embora dê uma leve enrolada no fim que se não estiver atento se perde, adolescente, John Green com seu humor e David Levithan com seu drama se completam em uma obra divertida e equilibrada.