O Fim de Todos Nós

O Fim de Todos Nós Megan Crewe




Resenhas - O fim de todos nós


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Queria Estar Lendo 14/07/2014

Resenha: O Fim de Todos Nós
Eu e minha incrível habilidade de ler livros ótimos e não saber falar decentemente sobre eles depois. Estou numa baita ressaca literária por causa desta obra em questão, e acho que vai ser difícil sair dela. Foi pura curiosidade que me fez comprar O Fim de Todos Nós, para falar a verdade. Já tinha ouvido falar sobre, mas nada relevante demais, e o encontrei por acaso na livraria. Optando por ele ao invés de Partials, achei que estava me arriscando, já que sobre Partials eu já tinha mais conhecimento, mas achei bom mesmo assim. E não é que deu muito certo?!

O vírus tem uma voz, e não é muito feliz..

O Fim de Todos Nós é um livro muito profundo, ligeiramente desolador, mas que combina esses sentimentos devastadores com uma bela pitada de esperança. A história é narrada por Kaelyn no formato de um diário. Ela descreve os acontecimentos na ilha onde mora de maneira a relatá-los para um grande amigo que se mudou para longe; ela espera que possa se redimir com ele dessa maneira, já que houve uma briga que os separou por um longo período.

Tudo parece normal na vida de Kae até que uma estranha doença começa a se alastrar pelos moradores de sua pequena ilha, doença causada por um vírus desconhecido e muito perigoso, responsável por tirar as inibições das pessoas. Ao mesmo tempo em que seu organismo definha, você perde a capacidade de controlar o que fala, de modo que pode ofender quem odeia ou mesmo quem ama.

Cada vez que olho em volta, mais alguma coisa se quebrou.

Acho que essa foi a compra sem querer mais proveitosa que eu já fiz na vida. Devorei o livro em dois dias e ele entrou para a minha lista de favoritos. A narrativa é leve e regada de frases intensas. Temos personagens muito bem construídos, como Kaelyn, cuja missão durante o livro te trás orgulho pelo crescimento que ela teve, ou Gav, que aparece lá pela metade. É um rapaz muito bem intencionado e que busca um melhor pela população daquela malfadada ilha. Na verdade, a partir do momento em que a epidemia se torna algo catastrófico a ponto de o governo isolar a população em quarentena, vemos uma luta entre a honra e a sobrevivência. Conhecemos a dura realidade do que seria estar dentro de um local isolado do mundo, onde o contato com o exterior foi cortado e o pesadelo da contaminação te rodeia no ar.

Mas não importa como aconteceu [...] Só quero que isso acabe. Quero que as lojas reabram e que as pessoas possam conversar sem máscaras cobrindo-lhe os rostos, e que mais ninguém morra, nunca mais.

O clímax do livro foi surpreendente, e deixou aquele gostinho de quero mais. Megan Crewe conduziu o livro com maestria, me cativou em cada capítulo, sem falhar em nenhum momento. Houve suspense, drama e romance na medida certa. Ah, sobre o romance, deixa eu apenas comentar que MY SHIP IS A CANON, PEOPLE! Não, eu não poderia ficar essa resenha toda quieta sem comentar que o casal que eu shippava se tornou real. Megan, eu te amo, sério.

Minha personagem favorita foi, sem sombra de dúvidas, a Kaelyn. Ela é determinada, tem medo, mas quer mudar isso. Kae quer ser forte para ajudar quem ela ama, mas sabe que não pode fazer de tudo para salvá-los. Tem o pé no chão e grande coragem, além de muita esperança. Gostei da maneira como Megan conduziu sua evolução durante as mais de duzentas páginas do livro.

Se eu voltar, talvez erre outra vez. Mas talvez ajude, mesmo que minimamente [...] Talvez eu não seja boa em praticamente nada além de observar, porém às vezes, quando olhamos, vemos coisas que do contrário não teríamos percebido. Coisas importantes. Como o que realmente é assustador aqui, e o que a pessoa que sou pode fazer para ajudar.

São tantos os meus trechos favoritos nesse livro que fica até difícil controlar quais colocar aqui, mas optei pelos que realmente me marcaram. Esse último, em especial, devido à cena em que Kaelyn está presente.

Leiam esse livro e o façam com o olhar atento, porque ele tem uma incrível habilidade de mexer com seu psicológico. O Fim de Todos Nós é altamente recomendável.

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Gostou da resenha, quer mais? Então acesse o blog 'Só mais um' e venha viver este vício conosco! :)

Esta resenha foi feita por Denise Flaibam, membro do blog 'Só mais um', e a reprodução integral ou parcial da mesma é proibida. Plágio é crime.

Só mais um
blogsomaisum.blogspot.com.br

site: http://blogsomaisum.blogspot.com.br/2013/07/resenha-o-fim-de-todos-nos.html
Estela | @euviestrelas 20/01/2015minha estante
Como não shippar esse casal?


Megs 16/09/2015minha estante
que resenha maravilhosa


Andreev 29/01/2018minha estante
parece que não fez muito sucesso pois a continuação não saiu, ou estou errado




Bianca Camillo 31/12/2021

O livro tem "fim" só no título mesmo, mas na história...
Sim, senti falta de um final. E isso me deu uma leve decepção por chegar na última página e não encontrar as respostas que queria.

A história é intrigante, e a forma como é contada, em formato de cartas, é muito interessante. Também gostei da protagonista e fiquei realmente muito curiosa com os acontecimentos que a cercam.

A decepção da falta de final incomoda um pouco pois o livro trabalha na sua curiosidade desde as primeiras páginas, mas não a supre, nem mesmo em seus últimos parágrafos. Depois da leitura, descobri que o livro contém uma sequência, mas mesmo assim, acho que essa primeira parte poderia ser melhor encerrada.
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Lavinia166 28/04/2021

O vírus tem uma voz, e não é muito feliz ;/
Quando eu pensava que estávamos longe de viver uma coisas dessas que só se falam em livros - pandemia, quarentena, vírus - a vida vem e demostra que não é bem assim.. (quer fazer Deus rir? conte seus planos para ele), brincadeiras a parte.

Uma capa mega atrativa não é? E esse título? Desde a primeira vez que vi esse livro, vi que precisava ler ele urgente, fala de mais ou menos um contexto apocalíptico em que o mundo é dominado por um vírus misterioso, levando as pessoas que mais amamos, um contexto que algum tempo atrás eu denominava como improvável. Os personagens passam por muitas e muitas situações em todo enredo, amadurecem, vão em busca de novas alternativas de sobrevivência e só no final encontra-se uma solução. O livro para mim foi satisfatório, fiquei muito presa a narrativa, e só agora vim descobrir que tem uma continuação ;@
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Kaleo Santiago 14/07/2023

Livrão
Ler esse livro em 2023, tendo passado por tudo que passamos com a cvd19 é quase inacreditável que esse livro tenha sido escrito em 2013, a gente simplesmente se vê em meio aos pensamentos da Kae sobre como lidar com as situações da pandemia. O final poderia ter sido mais elaborado, mas mesmo assim gostei muito.
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naniedias 03/06/2013

O Fim de Todos Nós, de Megan Crewe
Intrínseca - 267 páginas
Um vírus desconhecido ataca com força total e não será fácil para os habitantes dessa ilha sobreviverem.


Título: O Fim de Todos Nós
Título Original: The Way We Fall
Autora: Megan Crewe
Tradutora: Rita Sussekind
Editora: Intrínseca
ISBN: 978-85-8057-330-5
Ano da Edição: 2013
Ano Original de Lançamento: 2012
Nº de Páginas: 267
Série: Trilogia Fallen World - Vol. 1
Comprar Online:
Inglês: Amazon / Book Depository
Português: Amazon / Cultura / Saraiva


Sinopse:
Kaelyn voltou a morar na ilha depois de alguns anos fora. Mas Leo, seu melhor amigo, não está mais morando por ali. Depois de alguns desentendimentos, os dois ficaram sem se falar, mas ela ainda gosta demais dele e resolveu escrever um diário para poder contar como está se esforçando para se tornar uma menina mais sociável, o que ele com certeza aprovaria.

O que a adolescente não poderia imaginar é que um novo vírus iria surgir na ilha e ela relataria no diário que começou escrevendo para o seu amigo os momentos de tensão e perigo vividos por todos os habitantes.


O que eu achei do livro:
Bom.

Uau, o livro é realmente muito bom!
Vou começar falando da versão nacional, que ficou maravilhosa! A começar pela capa que é linda e tem uma textura diferente nas letras do título.
Além disso, a tradução/revisão ficou muito bacana e tornou a leitura bem mais agradável.
A Intrínseca só pecou em um ponto: em lugar algum do livro é dito que O Fim de Todos Nós é parte de uma série. Nem no verso, nem nas orelhas ou no interior do livro.
Isso pode não ser um problema para quem conheceu o livro pela internet, mas quem se deparar com ele na livraria poderá levar sem saber desse detalhe e ficar bastante confuso quando chegar ao final.

Isso porque infelizmente o defeito do livro é, na minha opinião, um dos maiores defeitos de livros seriados: não tem fim! Eu detesto livros que acabam no meio da história e deixam os leitores a ver navios. Esse é totalmente o caso de O Fim de Todos Nós, que termina em um momento bastante tenso.
O segundo livro já foi lançado no exterior, mas não consegui encontrar uma previsão de lançamento dele aqui no Brasil. O terceiro deverá ser lançado só no início do ano que vem. Se o segundo terminar como o primeiro, haja coração para aguentar a espera!

Ainda assim, apesar desse pequeno detalhe de não ter uma conclusão, vale muito a pena degustar essa leitura.
A narrativa da autora é muito gostosa e dinâmica. Com capítulos bem curtos narrados em primeira pessoa pela protagonista, vamos conhecendo tudo o que está acontecendo na ilha.
Gostei bastante da forma como a autora narra sua história, ainda mais considerando que ela está sendo escrita para Leo, um personagem que não faz parte ativamente da trama, já que não mora mais no local.

A maneira como a autora mostrou a evolução da doença também é bastante cativante. Ela deixa claro o quanto pesquisou sobre o assunto e consegue fazer com que o leitor se embrenhe nas aflições e nos temores dos personagens.

Mas o que mais me cativou mesmo no livro foi a forma como as pessoas lidaram com tudo o que estava acontecendo. Acho que Megan Crewe foi realmente muito feliz ao tecer as atitudes de seus personagens, protagonistas ou secundários.
Alguns agem com muito medo, outros entram em pânico, uma parcela simplesmente começa a agir como vândalos, enquanto outra tenta fazer o máximo possível para ajudar. Há ainda as atitudes do governo e as da protagonista.
Realmente uma delícia de acompanhar - tudo bastante realista e um tanto chocante.

O único pecado de O Fim de Todos Nós é não ter uma conclusão decente, mas isso é facilmente esquecido frente à leitura deliciosa que o livro proporciona.
Espero que a Intrínseca não demore a lançar o segundo volume da série porque eu estou realmente curiosa pela continuação.


Nota: 7



Leia mais resenhas no blog Nanie's World: www.naniesworld.com
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RunaSu 15/06/2022

Déjà vu
Primeiramente, CADE A CONTINUAÇÃO??? Não sabia que era uma trilogia até a metade do livro, e percebi também que os próximos volumes não foram lançados aqui no Brasil. Agora é só chorar, porque queria muito saber como essa história termina.
Segundamente, não fazia ideia que o tema desse livro era tão parecido com toda essa situação de pandemia 2020, e quarentena, e vacina etc. Tanto que foi publicado 7 anos antes do covid aparecer, será que a autora previu o futuro??
No final, gostei, achei bem emocionante todo o trajeto da Kaelyn descobrir que ela faz a diferença, nem que seja de uma maneira diferente, e como ela foi forte por aguentar todas as perdas. Agora é criar várias fanfics do final do livro na minha cabeça, e passar curiosidade até ler o volume 2 em inglês, oque vai demorar.
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diliterando 08/05/2020

Um descrição bem próxima ao covid19
Livro: O Fim de Todos Nós ⁣
Autor: ⁣Megan Crewe⁣
Editora:⁣ ⁣@intrinseca
Pg: 267⁣
🅡🅔🅢🅔🅝🅗🅐⁣⁣
⁣Essa história narrada em diário pela Kaelyn uma adolescente de 16anos.
Um dia um estranho vírus desconhecido, mutável, contagioso e letal surge na ilha onde mora, causando milhares mortes, alastrando pelo local, chegando ao estágio de Epidemia rapidamente.⁣
O seu pai médico está na Linha de Frente no Hospital para descobrir, controlar e curar os contaminados.⁣
▪️ Kae perde amigos e familiares próximos.
Em meio a epidemia o uso de máscaras é obrigatorio, fique em casa para se prevenir, hospitais lotados, a escolha de quem vive e quem morre, comércio fechado, furtos e saques, quarentena, falta de energia e internet, isolamento social. Parece próximo não???⁣
▪️ Vamos descobrindo em uma narrativa leve, coloquial os desdobramentos de um assunto tão sério,como os efeitos da doença interfere drasticamente na vida de Kae, acompanhamos sua evolução e temos orgulho de suas atitudes. ⁣
▪️ A epidemia se torna catastrófica e a ilha é isolada pelo governo, os mantimentos são oferecidos por eles, que não é suficiente para toda a população.
Kaelyn luta para sobreviver e ajudar quem consegui, junto com Gav. Um rapaz igualmente corajoso que vai atrair sua atenção.⁣
Em meio a essa turbulência a autora Crewe cria uma personagem otimista, mais realista, cheia de defeitos, falhas, inseguranças e medo do futuro, mas inteiramente solidária, corajosa, esperançosa em meio a tantas perdas que sofre ela só quer sobreviver, é quando ela quase pensa em desistir de uma forma trágica, ela tenta novamente. Uma personagem muito bem construída que inspira o leitor. ⁣
💭 O final me deixou um gostinho de Quero +, por algumas questões em aberto queria ter lido o desfecho que ficou subentendido com uma interpretação feliz.⁣
💭 Fazer essa leitura no momento que vivemos a #pandemia mundial pelo covid19 foi surpreendente, muitos fatos é uma descrição aos acontecimentos de agora, é quase uma premonição de um livro publicado em 2013. Chega a ser assustador tamanha semelhança que a autora Megan Crewe conseguiu realizar nesse livro.
Indico para todos.
#diliterando #book #bookgram #resenhadelivro

site: https://www.instagram.com/diliterando/?hl=pt-br
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bizzu 16/02/2020

É uma boa história, mas sem grandes reviravoltas ou surpresas. Não me deu vontade de ler o restante da saga.
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Brunette3 11/04/2021

"O fim de todos nós" é um livro incrível que eu vivo relendo. eu acho particularmente importante a leitura dele no período de pandemia que estamos passando afinal o livro fala sobre um vírus novo, contagioso, mortal, uso de máscaras e a ilha isolada do resto do mundo. o livro fica incrível a cada capítulo novo e o final e surpreendente a única coisa ruim é que a Intrisceca não traduziu os últimos dois livros e eu não sei o final.
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spoiler visualizar
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kathrein.oliveira 21/12/2020

Dolorosamente familiar
Li esse livro em uma sentada só. Tinha ele há muitos anos na estante e nunca tinha dado uma chance, de repente peguei ele pra ler no domingo e não consegui largar o dia todo.

O livro fala de uma pandemia semelhante a gripe (parece familiar?) que acontece em uma ilha próxima a um continente. E como tudo se desdobra a partir disso.

Dolorosamente familiar o livro tem um ritmo intenso e capítulos curtos de duas páginas no máximo. O que torna a leitura rápida mesmo tendo quase 300 páginas.

Recomendo a todos mas deixo aqui o alerta, pra quem está pisicologicamente instável nessa pandemia o livro possuí um milhão de gatilhos, eu por várias vezes me senti pessoalmente abalada durante a leitura.

O livro faz parte de uma série que a editora ainda não trouxe os outros volumes para o Brasil, mas pra quem quiser ler vale a pena conhecer e o final não é dos piores.
Livinha 21/12/2020minha estante
Já adicionei a minha lista!


kathrein.oliveira 21/12/2020minha estante
Bom demais viu!!




Bruna 08/05/2021

O livro é muito melhor do que eu esperava.
O formato do livro é interessante, em diário. Nas primeiras páginas a história se arrasta um pouco, pois as personagens são ordinárias, mas mesmo assim aparecem detalhes importantes desde o começo o que torna o enredo instigante.
A trama parece previsível mas não é. O vírus em questão chega como um resfriado mas afeta o sistema nervoso e faz a pessoa perder o controle e a noção, e por fim, a vida. Ele é extremamente mortal. Se curar desse (ou de qualquer outro) vírus é um presente, não é questão de merecimento. "Será que eu ia poder abraçar ela de novo?" Isso nos remete tanto aos dias de hoje. Não poder tocar nas pessoas que amamos, temos que nos afastar por amor e ao mesmo tempo não ter a garantia de que vamos ficar bem.
"É preciso se afastar de algumas pessoas para se proteger" e nem sempre o vírus é o motivador. Devemos nos afastar da ignorância, da maldade e também do negacionismo. "Será que o governo desistiria de nós?" "Cada vez que olho em volta alguma coisa se quebra"
Por mim a última página do livro seria excluída. É bom deixar coisas em aberto e ninguém precisa de um salvador. Algumas coisas não tem solução e outras tantas só o tempo cura.
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Leitora Viciada 10/07/2013

Após conferir o projeto gráfico da trilogia The Fallen World, fiquei muito satisfeita em ver que a Editora Intrínseca manteve a capa original. O Fim de Todos Nós é o primeiro volume de uma saga apocalíptica voltada ao público jovem. A capa é muito mais bonita ao vivo, porque o fundo é brilhoso e o título em relevo levemente áspero.
A capa avisa que o enredo aborda um tema delicado, pois no centro e ao fundo do título, dentro de letras que "arranham" estão de mãos dadas duas personagens em meio a um caminho desolado. São duas pessoas importantes no livro, embora sejam apenas suas silhuetas. E há um detalhe no M especial.
Gosto da simplicidade aparente da capa, mas de seu significado implícito. Assim como o livro é: Simples na leitura, complexo na absorção.
O trabalho gráfico contribui para o clima de perigo se ampliar, através de uma diagramação um pouco grunge e desconexa com riscos manchando algumas páginas estratégicas: Início, intercâmbio entre as partes e final.

O livro é dividido em três partes: Sintomas, Quarentena e Mortalidade. Exatamente como o vírus fatal e desconhecido se desenvolve, a história acompanha esta evolução, tornando-se cada vez mais crítica.
O interessante é a narrativa. Ela é completamente feita em um diário pessoal, escrito pela adolescente de dezesseis anos Kaelyn, moradora da ilha bruscamente afetada por uma doença desconhecida, voraz e mortal.
Além de possuir partes principais, o livro é estruturado em inúmeros curtos capítulos, quase sempre datados. Os relatos da jovem se iniciam em 22 de setembro, quando ela viu seu melhor amigo partir da ilha para o continente. Ela resolve então, escrever para ele o diário.
É uma narrativa especial: Além de conter confissões e informações dos acontecimentos, o diário é quase uma carta; não sabemos se é um desabafo e se será entregue por Kaelyn a seu amigo Leo. É uma mistura e uma escrita muito agradável de se ler.

Embora aborde um desastre de saúde e social, uma doença incurável que apresenta sintomas inéditos, a autora mantém a narrativa leve. Mesmo nas partes mais duras e chocantes, existe uma simplicidade na escrita de Megan que segura o leitor até o final, sem causa mal estar. No entanto, consegue atingir o objetivo de provocar variadas sensações, reflexões e curiosidade.
Por ser narrado por uma única pessoa, temos um único ponto de vista, mas isso é positivo. Kaelyn já está acostumada a fazer observações e a catalogar comportamentos e desenvolvimento de sociedades animais. Ela estuda esquilos, furões, coiotes e diversos outros bichos nativos do local. Ela os analisa e os estuda, sempre em forma de diário. Kaelyn, que sempre sonhou em estudar a vida animal e contribuir com descobertas científicas nesse meio, não imaginaria que seu "diário-carta-confissão" acabaria se tornando um documento com todo o desenvolvimento da doença fatal assombrosa.
O livro se transforma no relatório mais fiel sobre as mudanças sofridas pela população da ilha. Certamente Kaelyn cria um espetacular cotidiano da ilha enfrentando o vírus. Da luta pela vida.
Por outro lado, seus textos quando focados nos acontecimentos pessoais quase levam o leitor às lágrimas. Percebemos que mesmo contando o seu dia a dia, confissões e ideias íntimas, Kaelyn tenta focar mais no lado dissertativo sobre a ilha.
Esse é o ponto forte do livro: Encontramos confissões de uma adolescente sobre sua família, sua escola, mudança de rotina e sofrimento pessoal, mas também lemos sobre o desenvolvimento do vírus na ilha como um todo, como afeta o funcionamento do ambiente, do hospital, da população.
O ponto fraco está na carência de diálogos mais espontâneos. Embora Kaelyn os relate com precisão, são todos na forma indireta; um resumo de suas conversas.
Eu prefiro diálogos pontuados com travessão; não importando se são longos ou curtos; com ou sem descrições intermediárias. Aqui, logicamente, os diálogos estão entre aspas e nos relatos pessoais da protagonista.
Apesar de eu não gostar desse tipo de estrutura, assumo que foi a melhor escolha para o livro.

Leia a resenha completa no blogue.
Desculpe, porém após sofrer inúmeros plágios, as resenhas somente são publicadas na íntegra no blogue, onde o script possui proteção anti-cópia. Obrigada pela compreensão.

site: http://www.leitoraviciada.com/2013/07/trilogia-fallen-world-volume-1-o-fim-de.html
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Livy 28/08/2013

Não sai ilesa desta leitura!
Terrível, triste e devastada. É assim que me senti ao término da leitura de O Fim de Todos Nós. E posso garantir que são estas e tantas outras definições de mesmo nível que definem o livro. Estava um tanto ansiosa para conferir a história de O Fim de Todos Nós, e ao mesmo tempo um tanto receosa, e confesso que de início não esperava muito do livro.

Ao começar a leitura deste primeiro volume da série Fallen World, estranhei um pouco a narrativa de Megan Crowe. A autora utiliza de Kaelyn como narradora em primeira pessoa, através de um diário que a garota está escrevendo para seu ex-melhor amigo Leo, ao qual ela menciona diversas vezes, e utiliza de datas para iniciar seus relatos. De início, achei a narrativa um tanto superficial em alguns pontos, e muito detalhada em pontos que não via necessidade alguma. Também senti falta de descrições dos personagens, por exemplo. Mas esta estranheza foi apenas no início. Outro detalhe é que a trama se desenrola aos poucos e demora um pouco para engrenar, mas quando engrena... É de tirar o fôlego. Mas não por ter ação, não! Mas por todos os acontecimentos que se sucedem e nos arrancam o ar. Que nos fazem prender o fôlego sem perceber!

Ao decorrer da leitura, não só me vi totalmente envolvida com a narrativa de Crowe, como também não consegui largar o livro até chegar à última página! Sua narrativa se tornou viciante e me envolveu de uma forma que realmente não esperava. E... UAU! A autora me pegou de jeito em diversos aspectos. E um deles foi que, no fim das contas, eu acabei gostando muito do livro, algo para o qual simplesmente não estava preparada. E adoro este tipo bom de surpresa.

Crowe conseguiu criar uma trama tão real e amedrontadora, que nos dá medo e nos faz pensar: e se isso acontecer? E se isto estiver acontecendo neste exato momento? Mas digo mais: isto já aconteceu! Claro, não do mesmo jeito apresentado no livro, mas, vemos através dos tempos, e em um passado não tão distante, que desastres envolvendo novos tipos de vírus já surgiram e dizimaram milhares de pessoas ao redor do mundo. Talvez você já tenha ouvido falar da Peste Negra que dizimou um terço da população durante a Baixa Idade Média, uma verdadeira pandemia causada por uma bactéria. E mais recentemente vimos a Gripe Aviária e a Gripe Suína com seus vírus H5N1 E H1N1 infectando milhares de pessoas.

E então podemos nos perguntar: o livro O Fim de Todos Nós, de Megam Crowe é uma ficção? Pois para mim, não, não é! É claro, é um livro totalmente ficcional, mas com fatos e acontecimentos muito reais.

Kaelyn, é uma garota que sofre um tanto pela perda de seu melhor amigo Leo. Há alguns anos eles tiveram uma briga, antes do rapaz sair da ilha onde moravam, e nunca mais se falaram. Desde então Kae se sente muito sozinha e tenta, depois de muito tempo, se enturmar com outras pessoas. Reforça sua amizade com Rachel e Mackenzie, e decide mudar certas atitudes e ser mais sociável. Mas acontece que o que ela realmente gosta é ficar sozinha observando a natureza e os costumes de animais. Além, de alimentar a esperança de reencontrar com Leo e poder se desculpar.

Mas Kae talvez nunca tenha esta chance, pois do nada um vírus surge na ilha. Um vírus novo e desconhecido. Os sintomas iniciais são: espirro, tosse e uma insistente coceira que não passa. Depois vem a desinibição social: a pessoa fala tudo o que pensa e faz coisas estranhas, tendo alucinações, gritando, perdendo o controle. E então vem a morte.

A doença parece estar sendo controlada de início. O governo do continente, não muito distante dali, promete estar ajudando sempre com mantimentos e medicamentos, e coloca a ilha em quarentena. Mas a verdade: não há como controlar a doença, que se espalha rapidamente, e dizimando os habitantes da ilha. Não há controle, não há saída. Não há ajuda! Todos os habitantes estão presos na ilha sem poder sair. Ninguém entra também. E com o tempo até mesmo o que parecia seguro e certo, começa a perder o sentido e a força. Surgem o: desespero, caos... e a esperança, ou a perda total dela!

[...] Só quero que isso acabe. Quero que as lojas reabram e que as pessoas possam conversar sem máscaras cobrindo-lhes os rostos, e que mais ninguém morra, nunca mais. pág. 100


Kae é umas das personagens que têm de enfrentar o vírus e fazer de tudo para se proteger. Através dela conhecemos também tantos outros personagens importantes, como seu pai que é um microbiologista e ajuda no hospital da ilha e no centro de pesquisa para achar uma cura para o vírus; sua mãe e seu irmão, Drew. Conhecemos também Meredith, sua priminha de 7 anos, que se mostra muito madura para sua idade. Tessa, namorada de Leo, que acaba se tornando amiga fiel de Kae na diversidade e se mostra um porto seguro nesta luta pela sobrevivência. Gav, um dos sobreviventes, que se torna amigo e um algo mais de Kae. E Quentin, que acaba não lidando muito bem com as dificuldades. Enfim, entre tantos outros que não destaquei e são muito importantes.

Ao decorrer da trama conferimos a luta de Kae pela sobrevivência não somente dela mas de todos aqueles que ama. E em determinado ponto, vemos o quanto a vida é frágil e tudo pode mudar rapidamente. É triste ver como o vírus toma conta da ilha. É triste ver como os recursos e os meios se tornam escassos e difíceis. Como em determinado ponto não só o vírus é perigoso mas as pessoas também. Kae acaba se deparando com diversas questões sobre o que é certo e errado; o que realmente tem valor ou não. Tudo muda drasticamente e o que antes parecia ter importância de repente já não significa mais nada, num piscar de olhos.

Conforme avançava na leitura, me vi envolvida de tal forma que me despedacei junto à Kae e me desesperei com toda a situação da ilha. Com uma situação mais assustadora do que em um vírus que ataque e transforme todos em zumbis. Pois isto é real!

Nosso vírus é muito mias esperto do que aqueles que aparecem nos filmes de zumbi: não deixa as vítimas cambaleando por aí, babando e resmungando, de modo que qualquer um em sã consciência se afaste. Faz com que elas se aproximem das outras pessoas, para poder tossir e espirrar na cara delas. pág. 86


E também tenho que confessar que a autora me despedaçou com sua história. Pegou meu coração, apertou entre os dedos, jogou no chão e pisou em cima. Parece meio pesado e drástico falar assim, mas não consigo pensar em uma definição melhor de como me senti ao ler este livro. Ele é denso, forte, cheio de emoções e tem uma carga triste que abala. Não há como evitar. Eu não sai ilesa!

[...] Pessoas cujas presenças permanecem nos porta-retratos das mesas de cabeceira, nos bilhetes deixados nas bancadas das cozinhas, nos brinquedos espalhados pelo chão das salas e nos pôsteres pendurados nas paredes dos quartos. Porém nenhuma delas vai voltar. pág. 185


Tiro meu chapéu para Megan Crewe e dou o braço a torcer. Além da bela edição, realmente gostei bastante de O Fim de Todos Nós, e aguardo ansiosa pela continuação.

site: Confira mais resenhas no blog: http://nomundodoslivros.com
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Léo 12/10/2013

A epidemia começa aqui
O enredo começa quando um vírus se espalha pelos habitantes de uma ilha. Os sintomas são os de um simples resfriado, como tosse e espirros. Depois de um tempo, o paciente começa a sentir uma coceira pelo corpo. Em seguida, o vírus toma conta da cabeça da pessoa e ela perde o controle de sua fala e de seus atos. Tudo piora gradualmente, até que finalmente a pessoa morre.

Quando li a sinopse do livro, nunca imaginei que esses indícios eram resultantes de um vírus mortal. Achei que não havia ameaça nenhuma, que era só um vírus comum. Epidemias são algo comum, como se entrosar com uma história que não inova em nada? Porém, no decorrer da narrativa, percebi a crueldade da doença ao notar que por parecer algo tão inocente ninguém desconfiaria do real perigo. A sociabilidade das pessoas no estágio mais avançado da doença faz com que esse vírus se espalhe facilmente.

Megan Crewe soube nos apavorar na medida certa. Conforme íamos nos aprofundando na leitura, mais personagens morriam e nada de alguém descobrir a cura. Ao mesmo tempo, o governo dava as costas para os habitantes da ilha que ainda tinham chances.

Kaelyn é a narradora da história. Através de um diário escrito para seu antigo melhor amigo Leo, ela nos conta tudo que acontece na ilha durante a epidemia e como assiste seus familiares e vizinhos morrerem aos poucos. Sem nenhuma forma para se comunicar com o continente, a menina se agarra a Tessa, a namorada de Leo, e a sua prima Meredith para enfrentar o caos que a ilha se transformou.

O Fim de Todos Nós é o primeiro volume de uma série. A autora fechou várias pontas, mas deixou algumas perguntas em aberto para a continuação. A diagramação e revisão do livro estão impecáveis, um excelente trabalho da editora.

Recomendo a todos!
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