O Último dia de um condenado

O Último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Anna 18/09/2023

Conto pequeno que me deixou milhares de reflexões. recomendo muito, principalmente pra quem curte essa temática mais realista e sobre consciência.
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Karime 15/09/2023

Vingar se é atributo do indivíduo, punir é de Deus.
O último dia e um condenado tem o discurso distinto sobre a Pena de morte a forma como ela era e ainda e aplicada e executada, deixando transparecer a hipocrisia do sistema penitenciário e o quê realmente e justiça.

Acompanharmos as semanas, dias e horas de um homem condenado à morte, após o julgamento o mesmo enfrenta uma espiral de negação, medo e aceitação da morte que lhe espreita a cela enquanto ele busca algum tipo de perdão para seu crime.

Essa é minha primeira leitura do Victor Hugo, quero ler Os Miseráveis e queria algo curto do autor antes de ir para o calhamaço.
Já imaginava que seria uma escrita densa e particularmente e um escrita que me agrada, onde encontramos a riqueza dos detalhes e de bons questionamentos do tema abordado, leiteira rápida e que vale a pena.
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Douglas 13/09/2023

A institucionalização da dor, o espetáculo da guilhotina
A presente obra foi um dos marcos iniciais para os protestos que vieram a abolir a pena de morte na França, e nos traz uma reflexão acerca dos direitos humanos e princípios fundamentais penais, principalmente em relação a pena de morte e guilhotina.
antes de entrarmos nestes tópicos precisamos abordar o contexto histórico da época, a pena de morta na França é utilizada desde o reino medieval e foi evoluindo com a passagem das eras, os suplícios perduraram até o final do século XVIII, quando foram substituídas pelas penas de prisão, alterando assim o objeto da pena do corpo para a alma. a guilhotina se tornou um espetáculo excêntrico na época, o corpo do condenado era o objeto de punição, a guilhotina tinha como objetivo intimidar a sociedade de forma que não viessem a delinquir, mas acabou se tornando um espetáculo aberto ao público.
podemos fazer um paralelo com a obra Vigiar e Punir de Foucault. nela Foucault trata da evolução das penas de suplício até as formas de controle que estão inseridas no sistema prisional e nas penas. podemos notar em ambas as obras o panoptismo nas prisões, assim como as formas de controle e repressão das penas, entretanto Victor Hugo irá utilizar essa realidade para acentuar a mitigação dos direitos fundamentais dos condenados. ambos irão tratar do mesmo contexto histórico, Victor Hugo irá focar no sofrido processo que o indivíduo passa, desde a prisão até a guilhotina; enquanto Foucault irá tratar da estruturação desse sistema penal, e de que forma ele afeta o preso.
Vitor Hugo traz a tona em sua obra a pauta dos direitos humanos, com uma crítica certeira a estrutura das prisões e ao funcionamento das penas. ele pretendia defender qualquer homem que fosse condenado a pena de morte, pois para Vitor Hugo não importava a causa ou a razão da condenação, tampouco o passado do indivíduo, por conta disso não sabemos o passado do protagonista da história, nem as razões de sua condenação. o autor lança na obra uma proposta de reflexão, ao não especificar a trajetória do condenado, ficando claro que a vedação da pena de morte se pauta na essência do ato condenatório e não nas particularidades do preso, nem no crime do cometido.
o cerceamento dos princípios da dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais são abordados a todo instante na forma dos pensamentos do personagem, na sua passagem pela prisão de Bicêtre ele descreve um ambiente de trevas e condições inumanas evidenciando que a pena capital não era indolor nem rápida (como era defendida na época). além disso ele nos mostra também que o estado não somente ceifa a liberdade e a vida do encarcerado, como também comete o crime de punir pessoas inocentes (as famílias dos condenados), que muitas vezes são sustentados pelos sentenciados, e acabam ficando sem amparo do estado e a mercê da sociedade.
a estrutura dos presídios também se mostrava um enorme problema, o personagem descreve as condições das celas, as torturas físicas e psicológicas em que ele e os colegas passavam. a sistematização da pena de morte e dos suplícios dentro da prisão se tornou algo corriqueiro, podemos ver vários relatos deste tipo na obra: o recurso que demora a ser julgado, o padre que por conta dos seus discursos repetitivos não conseguia trazer conforto aos presos, o grande espetáculo que se tornou o dia da execução, a humilhação que o preso passava durante o transporte e durante o ato da execução, enfim, são vários exemplos de como a pena de morte se tornou algo institucionalizado.
para concluir o autor nos mostra que a pena de morte não se dá na guilhotina, mas sim durante todo o processo que o condenado passa até o dia derradeiro, todas as torturas, angustias, todo o sofrimento que antecede a morte, todo sofrimento dos inocentes que ficam a mercê dos estigmas sociais. podemos ver claramente a institucionalização da dor, da vingança, do estado que age sem motivação, da criação de um espetáculo que cerceia os direitos fundamentais, literalmente um ESPETÁCULO com direito a cadeira vip, pipoca e todas as atribuições que uma peça de teatro poderia ter. portanto podemos ver claramente que a pena de morte não foi e jamais será um método de correção efetivo, pois ele é estruturado na dor, na vingança, na punição. a institucionalização da dor e o espetáculo da guilhotina nos servem de exemplo para que nunca mais cometamos o mesmo erro, pois como vimos o estado pode ser injusto, criminoso e ser razão de uma barbárie sistematizada.
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Albert Lucas 04/09/2023

Reflexivo
Esse é um manifesto contra a pena de morte. Nesse livro curto, Victor Hugo crítica uma das penas mais abusivas que existe e a hipocrisia da sociedade que defende esse tipo de coisa e ao mesmo tempo exalta valores como fé e humanismo.

De forma brilhante, Hugo nos leva a uma viagem pelo interior de um homem, um criminoso, e nos mostra que por trás dessa fachada monstruosa e desumana que construímos para nós satisfazermos e justificarmos nossa maldade, existe um pai, uma pessoa que sente como nós, tem medos e receios, vai deixar uma filha órfã e principalmente, se sente impotente e humilhado.

Se fosse escrito nós dias de hoje, esse livro seria considerado LACRAÇÃO e Victor Hugo estaria agora sendo chamado de Woke, esquerdista, Comunista e diriam pra ele levar um bandido para casa.

Mas assim... É clichê porém todo mundo quer pena de morte mas quando é pra um parente seu, aí já n é mais a favor...

Não desumanizem as pessoas por pior que tenha sido o erro delas, é essa a mensagem que posso tirar desse livro.
Nota: 3,0
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maria1691 02/09/2023

O último dia de um condenado | ?
"Quem sabe se esta leitura não torne a mão deles menos ligeira na próxima vez de jogar uma cabeça que pensa, uma cabeça de homem, naquilo que chamam de balança da justiça?" ? Uma leitura interessante sobre pena de morte, sociedade, criminalidade e a espetacularização da violência.
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Carlinha 27/08/2023

É bom livro pra se começar a ler Victor Hugo, porque é bem curto e muito fluido.
Vai contar sobre esse homem condenado à morte e suas angústias finais antes da execução da pena, um tema difícil, não é uma realidade nossa mas ainda assim é um tópico sensível e o autor trabalha muito bem desenvolvendo os sensações e angústias do personagem.
É um bom livro, gosto da escrita do autor e pretendo continuar lendo seus livros
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Caroline1016 26/08/2023

A morte
Diante da morte encontrar-se-a algum ateu?
Aquele que tanto a morte desejou, diante da impossibilidade de escapar-se dela, tudo que queria era mais uma chance.
Porém, sem demonstrar algum arrependimento.
Uma leitura rápida, fluída e reflexiva.
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Thiago275 21/08/2023

Tocante
Publicado pela primeira vez em 1829, O Último Dia de um Condenado foi escrito por Victor Hugo décadas antes de seus romances mais famosos, como Os Miseráveis, O Homem que Ri e Os Trabalhadores do Mar. Apesar disso, aqui já encontramos o poder que o autor tinha de tocar o nosso coração com suas palavras certeiras e suas frases de efeito.

Victor Hugo foi um homem que fazia questão de participar das questões nacionais e que não tinha medo de entrar em polêmicas. Radicalmente contra a pena de morte, ele poderia escrever manifestos e discursos sobre o tema. Mas por que não escrever ficção? E mais: um livro sob o ponto de vista do condenado? Afinal, "preferimos as razões do sentimento às razões da razão".

É isso o que ele faz aqui. Não conhecemos o nome nem o crime do narrador, mas acompanhamos suas últimas semanas de vida, em que ele vai do orgulho de recusar a pena de trabalhos forçados ao amargo arrependimento de sua decisão, passando pela negação, pela aceitação de sua condição e pela esperança de um perdão que nunca chegará.

Victor Hugo mostra como o pior da pena de morte não é a execução em si, mas toda a tortura psicológica a que o condenado é submetido enquanto a espera.

Além disso, vemos como a execução era um trabalho mecânico e burocrático para todos os envolvidos: juízes, jurados, carcereiros, carrascos e até mesmo o padre que supostamente tinha que ser a voz da fé. Para eles, era só mais uma cabeça que rolaria no chão. Mas essa cabeça pertencia a um homem que tinha mãe, esposa e filha.

O Último Dia de Um Condenado pode ser considerado uma obra panfletária, mas isso não diminui sua importância e sua força. O verdadeiro artista sabe defender suas posições sem sacrificar seu talento, e Victor Hugo seguramente era mestre nisso.
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Mama 03/08/2023

A cruz substituirá o cadafalso. Eis tudo.
Que obra maravilhosa! Desde o início já lhe prende com esse prefácio atípico do próprio Victor Hugo. Apesar de que, provavelmente, para mim, as questões políticas não tiveram o mesmo impacto social que devem ter tido na época de publicação, esse fluxo de consciência do condenado me causaram muitas reflexões.
É possível criar uma analogia da ?guilhotina? moderna, o espetáculo em praça pública que se observa hoje em dia nas redes sociais. Os que riem, aplaudem, enquanto alguém é exposto em cima de um cadafalso virtual e a lâmina cai em seu pescoço.
O tempo passou e as pessoas da atualidade parecem ainda estar presas no Salão retratado no prefácio; questionando-se o que suas vidas têm a ver com o sofrimento e as agonias de um condenado.
Eis Victor Hugo, um homem à frente de seu tempo.
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rogerbeier 13/07/2023

Um romance contra a pena de morte
Um ótimo livro de entrada para quem deseja conhecer Victor Hugo. A leitura é muito fluida, a história é curta e de compreensão bastante fácil. Escrito em 1829, este romance busca trazer argumentos contra a pena de morte, então em vigor na França. A estratégia de Hugo é mostrar o sofrimento e a angústia psicológica de um condenado à guilhotina nos últimos dias de sua vida. Interessante e bem executado, o livro vale a leitura, entretanto não deixou marcas profundas em mim. Talvez porque a pena de morte, entre nós, já foi abolida há mais de século e os argumentos apresentados na obra já são velhos conhecidos. Apesar disso, recomendo a leitura.
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Lari 12/07/2023

Incrível
Que livro genial. Hoje a pena de morte ainda é uma questão em diversos países e esse livro tão antigo e tão atual consegue tocar de forma comovente o tema.
Através dos sofrimentos e da colocação no lugar do outro conseguimos entender o verdadeiro suplício dos condenados.
A única coisa clara na história é a alta classe do condenado e sua convicção na culpa que lhe é imputada.
Não importa a classe social, o crime ou o condenado em si,mas importa da sociedade como um todo não se transformar em criminosa.
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Cintia295 09/07/2023

Maravilhoso, fluido e rápido. Victor Hugo sabia escrever né (ele e vários outros), retrata as últimas semanas e principalmente o último dia do condenado, sua angústia talvez até tenha medo, mas não vi nenhum sentimento de remorso, do tipo "puts o que foi que eu fiz???". Super indico.
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Gabrielli 08/07/2023

Curto e profundo
Victor Hugo é magistral em nos trazer sensações diferentes nessa obra. Com este mini tratado contra a pena de morte, faz com que o leitor sinta compaixão do condenado, mesmo sabendo que a pena seria justa.
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Lucas Lobo 07/07/2023

O último suspiro
Um livro bem curtinho, com uma narrativa bem fluída e de fácil compreensão, uma obra perfeita para quem começar a ler Victor Hugo.
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