Luiza Helena (@balaiodebabados) 17/07/2017Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/Desde que terminei meu projeto com Os Bridgertons, estava atrás de uma família de época para me adotar por um tempo. Eis que resolvi dar uma chance a uma série que uma amiga minha há 84 anos pede para eu ler. E pode ter certeza que fui super conquistada pelos Hathaways.
Antes de começar a resenha propriamente dita, devo dizer que as capas dessa série são MARAVILINDAS!!! Nesse quesito, a Arqueiro sempre faz um bom trabalho, mas acho que essas capas são as mais bonitas de todas as capas ever!
Os irmãos Hathaways são formados pelo único homem e mais velho Leo(buste) e as quatro irmãs Amelia, Winnifred, Poppy e Beatrix. Logo nos primeiros capítulos percebemos que eles não são uma família aristrocrata nos padrões que a sociedade londrina impõe.
Enquanto o irmão mais velho se afoga na bebida e vícios, Amelia tomou pra si o papel de chefe de família e faz de tudo para que não falte nada para seus irmãos, sempre se deixando em segundo plano. Apesar de tentar seguir as regras da sociedade londrina, Amelia é uma mulher bem centrada, planeja tudo antes de colocar em prática e quando bota algo na cabeça ninguém tira. Foram que compartilhamos o mesmo TOC de bater os pés quando estamos nervosas/ansiosa. E foi essa personalidade particular que encantou o cigano Cam Rohan.
Por Cam ser cigano já foi um incentivo para esse livro. Afinal, não lembro de ter lido algum romance de época com personagens assim. Meio irlandês, meio cigano, Cam nunca se encaixou direito na sociedade londrina e nem no seu clã, mas vai levando a vida do jeito que dá, trabalhando como gerente em um clube de jogos. Cam tem a língua bastante afiada, exala sensualidade, mas no fundo é um cara que se torna leal e protetor a todos que ele se importa. O que mais gostei mesmo nele foi o modo como ele lida com o preconceito das pessoas. Em nenhum momento ele deixa as palavras o atingirem e sempre tem uma ótima resposta na ponta da língua.
Vamos acompanhando Cam tentando seduzir Amelia e Amelia tentando (foco na palavra tentando) fugir de seus jogos como o diabo foge da cruz, mas situações acontecem e sempre colocam os dois no mesmo caminho (mesmo lugar, mesmo quarto). Apesar de Amelia não querer se envolver com Cam por motivos que vão além do fato dele ser cigano, creio que a maior aceitação foi por parte dele mesmo. Ele não aceita muito o estilo de vida dos gadje e quando percebe que está se apaixonando por uma, ele tem que passar por cima de alguns próprios preconceitos.
Já Amelia desde o começo aceitou Cam do jeito que era pelo fato de ter sempre vivido com um cigano, Merripen. Estando na família Hathaway desde que foi salvo, Merripen é praticamente um irmão para todos. Bem, quase todos…
Falando um pouco dos irmãos de Amelia, gostei de quase todos, exceto Leo. OK que todo mundo me disse que ele é o que mais cresce durante toda a série e tals, mas no momento ele só ganha meu ódio eterno e a vontade de fazer espetinho com os olhos dele. As irmãs de Amelia - Win, Poppy e Beatrix - são maravilhosas. As quatro tem personalidades e pensamentos um tanto diferente, mas é bonito de ver a cumplicidade e a relação entre elas. As irmãs são bem gratas por todos os sacrifícios que Amelia faz pela família, mas não querem que ela carregue esse fardo sozinha. E Cam está lá pra isso também, já que praticamente adota toda a família e seus problemas.
Adorei a escrita da Lisa e o modo como ela conduziu a história. Apesar de boa parte focar em Amelia e Cam, o livro não deixa de introduzir os outros personagens que ainda terão sua própria história, deixando aquele gostinho de quero mais. Fora que ela conseguiu logo dar umas pinceladas no casal do próximo livro aqui, sem destoar e fugir do rumo da história.
Desejo À Meia-Noite foi o início maravilhoso de uma série que eu tenho certeza que vou amar. Terminei a história querendo essa praga a boa sorte que Cam tem. Migo, se tu não quer dinheiro, tem quem queira.
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