Lisse 23/04/2018
Cura pra ressaca <3
Depois de um longo tempo em que a ressaca literário foi minha companheira, agora consegui engrenar uma leitura que me deixou com o coração aquecido e recordar como é bom pegar um livro bom. Já olhava pra ele muitas vezes no catálogo do Ubook (veja aqui) e finalmente tomei coragem em começar. Foi a melhor coisa que fiz!
Dando uma olhada no Goodreads descobri que esse é o livro de estréia da autora Eleanor Prescott. E que bom que escreveu, porque Par Perfeito é um chick-lit muito gostosinho e que mexeu com minhas emoções por se tratar de uma agência de relacionamentos e não ser nada clichê. Bom, pelo menos eu não achei. Foi uma leitura bem refrescante.
Nessa história contada em terceira pessoa vamos percorrer a vida de alguns personagens, mas a principal delas é a Alice, uma mulher que acredita que sabe bem quando duas pessoas estão destinadas a ficar juntas. Ela trabalha para a Audrey que é bem conhecida no ramo por ser bem sucedida na agência Par Perfeito, mas sente que a patroa a odeia. Mas Alice não liga para isso, pois tem certeza que seu objetivo maior é: deixar os clientes satisfeitos em seus encontros, e o faz muito bem.
Quote: "Como se esperasse o momento certo, a plateia se inclinou para a frente em tensa expectativa, preparando-se para descobrir os segredos esquivos para se encontrar o Par Perfeito."
E em paralelo temos duas amigas inseparáveis: Kate e Lou. Kate está muito frustrada de que nenhum encontro progrede para um relacionamento duradouro e decide contratar os serviços da Par Perfeito, visto que a última palestra da Par Perfeito que assistiu encontrou Alice e foi convidada a se inscrever no pacote premium da agência. Em contrapartida, Lou é totalmente cética de que isso vá funcionar, já que sua tática em relacionamento é outra. Ela vai de cabeça e não se importa se será duradouro ou não.
Quote: "Durante toda a sua vida as pessoas a haviam chamado de sonhadora. Alice concordava. As coisas eram muito mais excitantes quando coloridas por um pouco de fantasia. Era a vida real, só que melhorada com photoshop."
Cada capítulo é contado sobre o ponto de vista de um desses personagens, deixando a leitura bem abrangente e como se fôssemos parte do que cada um deles está passando, bem dentro da cabeça deles e adoro isso. Cada personagem tem sua própria história de vida nesse livro, mas também se relacionam com outros de um jeito bem legal.
Quote: "A vida fica muito mais divertida quando abrimos as portas do coração para surpresas."
Alice quer manter o emprego que acha que é sua vocação na vida. Audrey tem um pequeno problema pessoal dentro da empresa que não pode deixar que ninguém saiba, mas tenta á todo custo através de John fazer com que se torne realidade, além de uma inimiga de peso. Kate quer encontrar seu par perfeito, mas tem padrões muito elevados no seu conceito. Lou apesar de ser muito alto-astral, tem problemas que precisa consertar, como o conceito que tem sobre si e o tipo de relacionamento que se envolve. E John, que além de ser um dos mais bem personagens masculinos bem construídos que já vi, é também o dono de um carisma fantástico.
Quote: [...] Não que eu tenha algum problema com os homens nem nada disso. É só que eles são como os ônibus. Ou seja, você espera durante séculos e quando finalmente aparece um, está lotado. E aquela velha história de que logo atrás vem outro vazio… bem, isso é só um mito, certo?"
Não gostaria de contar mais nada além disso para não estragar a boa experiência que ele livro pode proporcionar. Mas acredite quando digo que essa capa não faz muito jus a toda carga positiva que esse livro tem em espalhar a mensagem de acreditar no amor, ter bons conceitos sobre relacionamentos, mas principalmente acreditar em si mesma. A capa americana é muito mais bonita e de uma sutileza...
Amei muito Par Perfeito e espero que a Editora Valentina possa traduzir o outro livro da autora: Could It Be I'm Falling Love.
Quote: " O Daily Post diz que nos próximos anos a Grã-Bretanha terá uma epidemia de solteiras. Aparentemente, teremos um futuro sombrio, com mais horas de trabalho, aposentadoria mais tardia e sem nenhuma das coisas boas, como bebês, família e um marido para complementar nossa previdência. Estou te dizendo, Lou, Sex and City não era comédia: era um alerta!"