Na Companhia das Estrelas

Na Companhia das Estrelas Peter Heller




Resenhas - Na Companhia das Estrelas


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Pedro Almada 02/10/2013

Na Companhia de Um Livro Sensacional!
Hig e seu cão, Jasper, tentam sobreviver à completa solidão que assolou o mundo depois do vírus que matou a todos, quase como uma nova Peste Negra. O homem passa seus dias solitários sobrevoando as redondezas de seu "lar" com seu modesto avião batizado de Fera. Mas esses não são suas únicas companhias. Bangley, um velho de caráter sombrio, fecha o seu círculo de amizades, sua família pós-apocalíptica. A vida, a princípio se resume a manter as provisões necessárias e uma conversa aqui e ali, apenas para manter a sanidade.
Hig, com o tempo, passou assumir mais riscos, ser menos cuidadoso - o motivo das brigas entre ele e Bangley. Apesar disso, e mesmo que eles não admitissem, formavam um time e tanto, sobrevivendo sozinhos contra as gangues, os poucos imunes que sobreviveram à doença. E um pouco de complicação vez ou outra acabava ajudando. Impedia Hig de pensar demais em como sua esposa morreu.
Mas, como toda boa parceria, sempre tem um fim ou um "até breve". Hig teve sua cota de despedidas, especialmente quando decidiu deixar Bangley por algum tempo, prometendo, sem certeza alguma, voltar um dia pra casa.

A história elaborada por Peter Heller não traz, em si, uma trama muito complexa. Dá pra resumir tudo nas andanças sem rumo de um sujeito com passado e sem futuro, apenas esperando uma resolução pra sua vida. E é justamente essa atmosfera que torna a história tão realista, sem nenhuma pretensão em achar uma cura, tentar restabelecer algum governo, sem aquela esperança de que, no futuro, o mundo será o mesmo... Nada disso, o mundo simplesmente caiu, e agora os imunes à doença precisam sobreviver. E é justamente isso que é tão legal no livro! A falta de um enredo cheio de tramas, a aleatoriedade de acontecimentos...
Aleatoriedade, aliás, é o que define essa narrativa. Em primeira pessoa, entramos no mundo de Hig e entendemos toda a sua vida, desde jovem até sua atuação situação. O autor deixa transparecer, em alguns instantes, a falha na sanidade do narrador, quando Hig conta, entre um caso e outro, lembranças do seu passado, uma espécie de fuga da realidade adotada por ele. E essa franqueza, sua capacidade em se abrir com o leitor tão facilmente, é o que torna o protagonista tão cativante. Inclusive, personagem com profundidade é o que não falta nessa história. Até mesmo Jasper, o cão amigo, tem lá sua humanização (bem moderada, mas tem sim).
Mas aviso de antemão, a narrativa é bem diferente, pouco tradicional. Ele aprofunda bastante nas sensações, nos sentimentos e lembranças, e os diálogos são indiretos, narrados pelo próprio Hig. Mas isso não restringe o leitor de "ler" um personagem como ele é, sua personalidade, seu modo de agir... Infelizmente o livro não me ganhou por completo, por causa de alguns trechos que chegam a ser bem maçantes e, por vezes, você prefere correr os olhos com pressa só pra passar aquela 'cena'.
Uma leitura bem diferente, mas seletiva. Não é todo mundo que vai curtir, mas vale a pena conferir. Afinal, você não vai saber enquanto não começar.
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Simonevandinha 02/10/2013

O final deixa com gosto de quero mais...
Livro bastante arrastado,poderia ter sido escrito em 50 páginas no máximo.
Qd ele começa a ficar interessante acaba
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Renata 01/10/2013

Hig é sobrevivente em um mundo pós apocalíptico que foi dizimado pela “gripe” , ele vive com seu cachorro e co-piloto Jasper e o que ele consegue chegar mais perto de um ser humano é de em contato com seu vizinho Bangley, que não gosta muito de outros seres humanos! Hig é piloto e mantém um avião Cesna de 1950 que ele chama de Fera, é uma de suas distrações entre a obrigação de se manter vivo e se alimentar!
Ele perdeu a esposa e todos que conheciam, para manter-se em segurança, usa a fera para sobrevoar áreas ao redor do seu abrigo, para certificar de que não há nenhuma aproximação indesejada, seja de animais perigosos ou de outros sobreviventes em busca de abrigo e alimento! Em um dos seus passeios, Hig consegue contato com uma outra torre, apesar de ter sido muito rápido ele consegue identificar a localização! Sua vontade de contato humano é tamanha que um dia ele decide ir buscar a origem de seu contato!
Na Companhia das Estrelas é narrado brilhantemente em primeira pessoa pelo Hig que nos mostra seu ponto de vista peculiar e sensível de tudo que ele passou e por suas experiências atuais! Um homem sensível, poeta inclusive que procurar permanecer além de vivo, humano, mesmo precisando se defender e caçar para se alimentar, ele não quer esquecer a sua condição!
A história é muito tocante, a estrutura do texto do Peter é bem singular, é como se o Hig estivesse escrevendo em um diário em fluxos de pensamentos, o que deixa a história ainda mais interessante! A narrativa às vezes chega a ser aflitiva, e muita coisa é revelada durante a história que o protagonista no conta, coisas que a mim pareciam que ele queria esconder até dele próprio! Muitos sentimentos me acometeram durante a leitura, ansiedade em saber o que estava por vir, medo, tristeza com alguns acontecimento, mas o principal que o próprio Hig nunca esquecia e não nos deixava esquecer jamais, era o sentimento de esperança, na vida, no ser humano e na possibilidade do restabelecimento de uma condição de vida ao menos semelhante à quele tivera um dia!
A capa do livro é linda, tem muito a ver com a história, é um resumo dela na verdade! A diagramação é única e as letras grandes com textos bem espaçados fazem a leitura ficar rápida e dinâmica, apesar de eu ter demorado bastante pra terminar, confesso que estava com dó de ver o livro acabar, mesmo querendo muito saber o final!Na Companhia das Estrelas é uma gota de esperança em meio ao caos do destruído e desconhecido, e está super indicado para as pessoas que gostam de história pós apocalípticas mas que tem como foco principal a esperança!
” É algo parecido com o riso. Como pode uma flor ser tão pequena, tão efêmera e um floco de neve ser tão grande, tão persistente? A simplicidades improvável. Suspirei. Por que não existe uma palavra pra expressar o sentimento entre o riso e o choro?” (p.154)

site: http://epigrafe.org/?p=1356
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Núbia Esther 30/09/2013

O mundo foi devastado por uma epidemia de gripe, uma doença que dizimou boa parte da população e que condenou muitos dos sobreviventes a uma doença que apareceu após a gripe. Hig conseguiu escapar às duas doenças, mas assistiu a gripe levar consigo todos que conhecia, inclusive sua esposa. Agora ele sobrevive em um hangar de um pequeno aeroporto abandonado, na companhia de seu cachorro Jasper e de seu único vizinho, Bangley, que parece odiar tudo e todos. Ao passo que o vizinho parece odiar a humanidade, Hig se apega a centelha de esperança de que ela ainda possa existir e em seus voos diários com Jasper em um Cesna 1956, ele busca por algo mais, por algum sinal que lhe indique a presença de gente em algum lugar. E quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem Hig decide que essa é uma busca que ele precisa fazer, mesmo com todas as chances disso acabar em tragédia.

Na Companhia das Estrelas pode até trazer um mundo devastado, vazio de gente, vazio de bicho, com as pessoas tendo que lutar e muitas vezes matar para garantir a sobrevivência, mas, em meio ao caos e ao apocalipse que a Terra se transformou, Peter Heller foca-se na humanidade de Hig e em sua esperança das coisas melhorarem. E, por focar no indivíduo, em especial um indivíduo calejado, que não gosta de solidão e que sente falta de contato humano, há uma grande espaço para questionamentos, porquês, anseios e esperanças e com isso, o livro acaba atingindo um tom filosófico. Há toda a brutalidade do mundo, mas ela acaba-se tornando uma névoa em meio ao negrito que são os pensamentos de Hig. Para quem gosta de elucubrações e papos filosóficos o livro irá agradar, para os que esperam um pouco mais de ação pode ser decepcionante.

Eu até gostei da vertente abordada pelo autor, propõe um diferencial em meio aos tantos livros que abordam uma Terra e uma humanidade falida em sua história. Ele poderia ter facilmente enveredado por algo que lembrasse um romance zumbi, as pessoas de quem Hig e Bangley viviam se defendendo poderiam bem ser figurantes em The Walking Dead, mas ele abre mão da ação para dar ênfase aos pensamentos e à relação entre Hig e Jasper, Hig e Bangley, e Hig e todo o resto. Só que as intermináveis reminiscências de Hig em alguns momentos acabam cansando, e sem uma ação para sacudir essa história (tirando os ataques ocasionais ao aeroporto e a busca de Hig), acompanhar seu relacionamento com Jasper e com Bangley, acaba sendo um dos poucos alentos nessa história.

“Eles criavam cães para tudo, até para mergulhar em busca de peixes, porque não os criavam para viver mais tempo, para viver tanto quanto o homem?”

A premissa da história é boa, os personagens são interessantes, mas a forma como o autor estruturou a narrativa acabou por deixá-la confusa. Heller não utilizou nenhum marcador textual em seus diálogos, nada de travessão ou aspas, e, além disso, a estruturação textual feita por ele não nos permite muitas vezes distinguir o que são diálogos e o que são os pensamentos dos personagens. Tudo nos é apresentado de forma bastante uniforme e a confusão em alguns trechos é tanta que você tem que reler um trecho mais uma vez para perceber o que Hig realmente está falando e o que ele está esmiuçando em seus pensamentos. É um exercício cansativo e que acaba emperrando a leitura. É impossível não imaginar o Se. Será que com uma estruturação diferente, uma forma diferente de contar essa história, acompanhar a aventura de Hig não seria mais interessante?

[Blablabla Aleatório]

site: http://blablablaaleatorio.com/2013/09/30/na-companhia-das-estrelas-peter-heller/
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Bia 29/09/2013

Depois de ler a sinopse, fiquei bastante instigada a ler o livro. Pensei que se tratasse de algo como um mundo pós-apocalíptico, e como adoro histórias assim, não perdi tempo e comecei ler.

Uma misteriosa epidemia explodiu no mundo todo e a maioria dos infectados acabaram morrendo, poucos sobreviveram. Hig, é um desses sobreviventes, agora ele, seu cachorro Jasper e seu vizinho Bangley (uma pessoa nem um pouco sociável) vivem em um hangar de um aeroporto abandonado, tentando sobreviver, dia após dia.

Cansado das mesmices de seu dia a dia, Hig decide pegar seu avião e ir em busca de algo melhor. Até que certo dia, acabada recebendo uma mensagem de rádio vindo de algum aeroporto e pensando na possibilidade de haver mais pessoas vivas, vai em busca do possível dono da mensagem.

A história criada por Heller é bem sensível e tocante, mas creio que a ideia não tenha sido bem desenvolvida. Enquanto lia o livro, pensei que tivesse vendo o filme "Eu sou a lenda", um homem tentando sobreviver a um novo mundo, tendo como companhia seu cachorro, mas com o desenrolar da história, pude perceber que cada uma segue um rumo diferente.

A narrativa do autor me decepcionou um pouco, embora seja bem refletiva e poética, é muito descritiva e sentimentalista, o que tornou a leitura um pouco cansativa em certos pontos. Outra coisa que me incomodou foi o fato de não haver aspas ou travessão indicando o início de uma fala, o que me deixou confusa, pois não sabia se se tratava de uma fala ou pensamento.

Em relação ao trabalho da editora, só elogios. A diagramação está maravilhosa, letras grandes, boa margem e folhas amarelas. Eu me apaixonei pela capa, a cor de azul meio cinza com o efeito metalizado me encantou, é realmente muito bonita.

Embora não tenha gostado 100% do livro, indico a leitura a todos, pois a história é tocante e vale a pena ser lida.

site: http://www.escrevendomundos.com/2013/09/resenha-na-companhia-das-estrelas.html
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Fun's Hunter 27/09/2013

Resenha | Na Companhia das Estrelas
Sabe aquele livro que você começa a ler e não consegue parar? Quando a leitura flui de forma tão gostosa, que você não vê nem a hora passar? Pois é! Esse é um livro que se enquadra perfeitamente nessas características.
A forma como o autor escreve é apaixonante. Toda tristeza, alegria, dor, angústia, medo e solidão do personagem, é sentida claramente por quem está lendo.

A história toda se passa num mundo devastado, onde as pessoas foram quase totalmente eliminadas por uma doença misteriosa.
Hig, Grande Hig, como ele se nomeia, é o protagonista, e também, um sobrevivente que nos conta como é viver nessa realidade onde tudo e todos que amava se foram.
Nove anos após a grande epidemia, Hig e seu amigo de quatro patas, Jasper, vivem num hangar isolado, tendo como única companhia o teimoso, mas eficiente quanto a segurança, Bangley. Cada um com suas dores e sentimentos conflitantes.
Hig passa por situações incríveis, onde além de sobreviver, ele tem que conviver com decisões extremas. Será que num mundo tão diferente, os conceitos morais infundidos naquela sociedade destruída, ainda devem ser levados em conta? Será que sobreviver, mesmo tendo que matar para isso, é algo aceito por Deus? Será que ainda pode ser considerado um ser humano, ou mero animal com instintos de sobrevivência?

Amanhã farei tudo de novo, mas o menino não. Eu o enterrei sem qualquer sensibilidade nem arrependimento, mas inteiro, com sua pena de falcão.
Pág. 66

Por alguns momentos, a história lembra o filme “Eu sou a lenda”, porém, e felizmente, sem zumbis ou vampiros assassinos. No lugar deles, pessoas com uma doença sanguínea, quase inofensivas e condenadas a uma vida curta e sofrida.

Hig, sempre faz algumas viagens com seu avião, um Cesna 1956. Porém, só um sofrimento insuportável, foi capaz de fazê-lo se arriscar em uma viagem para longe de seu perímetro de segurança. Fora do hangar e sem a proteção de Bangley, ele busca esperança e motivação para prosseguir vivendo, mas como dizem: “Nada como o seu lar!” Como se isso fosse possível!

...durmo do lado de fora e posso fingir que existe uma casa em outro lugar, com alguém nela, alguém para quem voltar.
Pág. 45

Realmente, o livro mereceu todo o reconhecimento que recebeu. Pesquisando sobre o autor, encontrei inúmeras notícias dizendo o quanto esse livro é fantástico e quão premiado se tornou.
É um livro extremamente fascinante, comecei a lê-lo e não conseguia parar. A cada capítulo terminado, era impossível conter o desejo de prosseguir a leitura. Difícil não se emocionar em diversas partes da história, principalmente uma envolvendo Jasper, o cão.

Não posso deixar de comentar duas observações, uma positiva e outra negativa. De positiva, eu achei a capa muito bem elaborada, o homem observando as estrelas ao lado de seu cão, passa a sensação de solidão vivida pelos personagens. De negativa, e única, não gostei do fato dos diálogos do livro não possuírem travessões ou aspas. Porém, deixo claro que isso não prejudicou de forma alguma o livro em si.


Esse entra para a lista dos livros que não posso deixar de ler novamente um dia. Adorei lê-lo e, com toda certeza, recomendo à todos, independente do estilos de leitura a qual se interessam, acredito que irão se apaixonar também.

site: http://www.funshunter.com/2013/09/ResenhaNaCompanhiaDasEstrelas.html
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Poly 27/09/2013

O que nós conhecemos hoje não existe mais, pois uma terrível gripe matou quase toda população da Terra. As pessoas agora vivem isoladas umas das outras e matar um visitante é questão de sobrevivência. No meio desse caos, vive Hig com seu cachorro Jasper e o vizinho Bangley.
Os três, apesar da tensão, vivem bem no hangar de um pequeno aeroporto abandonado. Hig faz patrulha aérea com seu velho avião (Fera) e Bangley observa tudo por terra. Desse modo eles repelem qualquer tentativa de invasão e garantem sua sobrevivência.
O difícil do livro é sobreviver às 100 primeiras páginas. Até pensei em desistir porque eu não conseguia acompanhar a leitura e estava achando bem cansativa, mas depois que consegui ultrapassar as 100 primeiras páginas tudo melhorou.
A narrativa do Peter Heller é diferente e foi difícil me acostumar. Ele escreve de forma poética e as falas dos personagens não são separadas por travessão ou aspas, são em parágrafos distintos, sem indicar propriamente que são falas. Algumas delas se misturam com o pensamento do Hig, então no início eu achei um samba do crioulo doido. Mas depois de me habituar com os personagens, a história e a narrativa tudo correu bem.

"Mesmo assim estamos divididos, há rachaduras na união. Sobre princípios. Os dele: culpado até… Até nada. Atire primeiro, pergunte depois. Culpado, depois morto. Contra o quê? Os meus: deixe que um visitante viva mais um minuto até que ele prove ser humano. Porque sempre é. O que Bangley dizia desde o início: nunca, jamais negocie. Você estará negociando a própria morte.
P. 129"

Me arrependo muito por ter sido preguiçosa e quase desistido do livro no primeiro momento, pois ele é belíssimo. Tem uma história bem comovente. A amizade de Hig com Jasper (e até mesmo com Bangley) é linda e há emoção a cada parágrafo.

"Engraçado como podemos viver a vida inteira à espera, sem perceber.
P. 275"

Quem gosta de distopias precisa ler essa, é diferente de qualquer outra que você já leu.
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Amy 27/09/2013

Na Companhia das Estrelas
Introdução

O livro se assemelha muito ao filme Eu Sou a Lenda, pois se passa em um mundo pós colapso. Apenas lembra, não se aprofunda em comparações. Hig e o protagonista do filme não se parecem e nem agem da mesma forma. porém estão sozinhos na companhia de um cachorro. Ambos tem conflitos internos e batalham para sobreviver na esperança de que um dia tenham contato humano. E para por ai.

Narrativa

Hig perdeu toda a família e amigos. O livro trabalha o conflito que o personagem é inserido. O único ser humano que mora em um hangar (Hig é um piloto). Hig tem um vizinho, Bruce Bangley, porém isso é a vários quilômetros de distância. Houve uma grande pandemia uma gripe que devastou a humanidade. O livro gira em torno das lembranças, sentimentos e conclusões feitas por Hig, seus questionamentos, vivencias e dores. A relação com Jasper é bastante significativa, tendo em conta que está solitário, mas quando está com Jasper tem com quem interagir.

O livro talvez não agrade geral pelo fato de trabalhar a poesia juntamente com uma narrativa clássica. A mistura de ambas sempre me agradou, como disse recentemente na resenha de Sal. Livros assim sempre dispertam interesse pois isso deve ser feito de modo sutil e ao mesmo tempo bem específico. Não se pode sair soltando palavras sem ter um motivo.

Embora tenha uma veia poética clara, o livro não é cansativo. Foi um livro em que li em um tempo apropriado pela quantidade de páginas. As coisas acontecem num tempo mais lento, o que também pode afetar os leitores apressadinhos. Mas o tempo de alguém que está só é bastante ocioso. Então, o ritmo ditado pelo autor é bastante acertivo.

Quote Favorito

O medo é como uma lembrança de um enjoo. Você não consegue se lembrar do quanto era ruim ou que você quase pediu para morrer. – 19

Considerações Finais

É um dos livros mais profundos e complexos que li no ano. Peter é um ótimo autor. Fez um livro sensível, de um personagem forte e que luta para sobreviver mesmo que muitos não pensariam dessa forma. Hig é um nadador contra a corrente. Um sobrevivente herói.

Link: http://il-macchiato.com/?p=7852
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Ká Guimaraes 27/09/2013

Resenha feita pela Carolina Durães
Quando terminei a leitura, o primeiro pensamento que me veio foi o filme "Eu sou a lenda" protagonizado pelo ator Will Smith.
Em "Na Companhia das estrelas" temos um homem bom Hig atormentado pela sua solidão. Todas as pessoas que ele amava já não estão entre os vivos e ele conta apenas com a companhia de seu cão Jasper. A narrativa algumas vezes chega a ser tão pessoal, quando nós lemos sobre os pensamentos e sentimentos de Hig, que é como se estivéssemos com ele naquela terra de ninguém. É possível sentir a solidão de Hig nas pequenas tarefas, nos pequenos atos do seu cotidiano.

"Tudo isso, os movimentos, a sequência, a tranquilidade, o regato e o gorgolejo apressado, as ondulações do riacho e o vento sussurrando nos galhos das grandes árvores. Enquanto coloco a linha na vara de pescar. Eu já fizera isso centenas, provavelmente milhares de vez. Tratava-se de um ritual que dispensava pensar. Como calçar meias. Porém, esse ritual me punha em contato com algo que era muito puro, o que significava que, ao pescar, o melhor de mim sempre vinha à tona". (p.78)

Observamos alguns sobreviventes, que realmente sobrevivem, algumas vezes com ações violentas e cruéis. Um livro que fala do comportamento humano, da solidão existente em cada um de nós e da nossa existência de uma forma geral. Inicialmente a narração não me agradou muito, mas conforme fui avançando nas páginas, fui me acostumando com os debates internos. Se por um lado Hig e Jasper representam a esperança da humanidade, por outro temos seu vizinho Bagley, representando a sobrevivência. É possível que os dois lados coexistam em paz? É possível chegar a um equilíbrio?

"Existe uma dor da qual você não consegue se livrar. Não tem como se livrar dela falando. Se houvesse alguém com quem falar. O que posso fazer é andar. Um pé após o outro. Inspirar, expirar". (p.151)

A trama é repleta de debates internos, lembranças e poesia. Um livro de temática forte, mas ao mesmo tempo escrito de forma suave, convidando o leitor a se aproximar de Hig e Jasper. Uma obra com personagens marcantes e uma mensagem inesquecível.

"Fiquei no fundo do novo jardim contemplando o Sol tocar as montanhas, tingindo de vermelho a terra revolvida e os filetes de água. Posso dizer que havia algo se mexendo dentro e mim, parecendo um tipo de felicidade". (p.84)

Em relação a revisão, diagramação e layout a editora realizou um excelente trabalho. A capa é simples, mas muito bonita e totalmente cativante.

"O prazer quase me partiu em dois como um tomate assado recheado. Como se meu coração tivesse inchado e minha pele ficado cada vez mais fina em meio ao calor daquilo tudo. Da companhia". (p.260)


site: http://www.acordeicomvontadedeler.com/2013/08/resenha-na-companhia-das-estrelas-as.html
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Euflauzino 25/09/2013

Sempre um novo começo
Recomeçar pra muitos é uma tarefa difícil. Digo isso por experiência própria. Sou forjado na rotina, no dia a dia, sem isso fico perdido. Basta ter que refazer uma tarefa e já fico estressado.
Alguns chamam a isso de TOC, eu não tenho um nome pra coisa, apenas sinto. Então quando me deparo com um romance em que tudo acabou, por causa de uma catástrofe natural, epidemia ou seja lá o que for, fico aturdido, pensando em como seria se isso acontecesse comigo.

Pois é disso que trata Na companhia das estrelas (Novo Conceito, 407 páginas). Hig é um homem imune à gripe que devastou todo o mundo conhecido. Todos os seus estão mortos, resta seu cão Jasper e seu vizinho Bangley, um sujeito esquisito que odeia a tudo e a todos. Infelizmente eles não são os únicos sobreviventes e têm que defender seu espaço dos invasores.

Hig é um sujeito esperançoso, que pilota um Cessna da década de 50, que serve para observar todo o perímetro em volta do espaço em que vivem. Sonha com o que poderia ter sido a vida se todos aqueles a quem amou não tivessem morrido. O livro é de uma sensibilidade ímpar, fundamentalmente original e que capta o sentimento de alguém que não tem mais nada a perder, mas que ainda assim insiste em viver distribuindo afeição, ensinando-nos a sermos um pouco melhores.

Confesso que já li inúmeros livros com esta temática, todos premiados, livros que em minha opinião superam a história de Peter Heller, best-seller do The New York Times. Posso citar alguns: “A última esperança sobre a Terra” do querido e recentemente falecido Richard Matheson, que possui algumas versões na telona, a última na pele de Will Smith com o título de “Eu sou a lenda”, quem não conhece? Há também a escrita árida de Cormac McCarthy em “A estrada”, dissecando a solidão. Ou ainda, a espetacular história do velho mestre Stephen King, “A dança da morte” com seu maniqueísmo explícito. E me vem à memória um brasuca, Marcelo Rubens Paiva (o mesmo do premiado “Feliz ano velho”) e seu “Blecaute”, um livro que só fui compreender após uma segunda leitura, de forma mais madura.

O início da leitura é doloroso, apenas morte e eu me questionando – será que qualquer ser humano em condições extremas pode matar?

Matar por uma Coca-Cola:
“As mãos abaixadas olhando pra mim. Matá-los por causa de uma Coca. Não seria por um alimento necessário, mas sim um luxo. Antes matávamos por diamantes, por petróleo. Não. Nos dias de hoje, não.”

Leia mais em:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/09/resenha-na-companhia-das-estrelas.html
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Literatura 25/09/2013

Sempre um novo começo
Recomeçar pra muitos é uma tarefa difícil. Digo isso por experiência própria. Sou forjado na rotina, no dia a dia, sem isso fico perdido. Basta ter que refazer uma tarefa e já fico estressado.

Alguns chamam a isso de TOC, eu não tenho um nome pra coisa, apenas sinto. Então quando me deparo com um romance em que tudo acabou, por causa de uma catástrofe natural, epidemia ou seja lá o que for, fico aturdido, pensando em como seria se isso acontecesse comigo.




Pois é disso que trata Na companhia das estrelas (Novo Conceito, 407 páginas). Hig é um homem imune à gripe que devastou todo o mundo conhecido. Todos os seus estão mortos, resta seu cão Jasper e seu vizinho Bangley, um sujeito esquisito que odeia a tudo e a todos. Infelizmente eles não são os únicos sobreviventes e têm que defender seu espaço dos invasores.




Hig é um sujeito esperançoso, que pilota um Cessna da década de 50, que serve para observar todo o perímetro em volta do espaço em que vivem. Sonha com o que poderia ter sido a vida se todos aqueles a quem amou não tivessem morrido. O livro é de uma sensibilidade ímpar, fundamentalmente original e que capta o sentimento de alguém que não tem mais nada a perder, mas que ainda assim insiste em viver distribuindo afeição, ensinando-nos a sermos um pouco melhores.




Confesso que já li inúmeros livros com esta temática, todos premiados, livros que em minha opinião superam a história de Peter Heller, best-seller do The New York Times. Posso citar alguns: “A última esperança sobre a Terra” do querido e recentemente falecido Richard Matheson, que possui algumas versões na telona, a última na pele de Will Smith com o título de “Eu sou a lenda”, quem não conhece? Há também a escrita árida de Cormac McCarthy em “A estrada”, dissecando a solidão. Ou ainda, a espetacular história do velho mestre Stephen King, “A dança da morte” com seu maniqueísmo explícito. E me vem à memória um brasuca, Marcelo Rubens Paiva (o mesmo do premiado “Feliz ano velho”) e seu “Blecaute”, um livro que só fui compreender após uma segunda leitura, de forma mais madura.

Veja a resenha completa no site:


site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/09/resenha-na-companhia-das-estrelas.html
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Raffafust 04/09/2013

O que me ajudou a ter lido esse livro super rápido foram dois fatos : estar de férias e com preguiça de sair porque estava um temporal terrível no Rio.
Tenho certeza de que se o levasse para o trabalho demoraria mais de uma semana para terminá-lo. " Na companhia das estrelas" não é um livro ruim e muito menos mal escrito, o tema é interessante e o personagem chega a prender nossa atenção em muitos momentos, no entanto, nada que justifique as 408 páginas com exagero de detalhes de um homem que não morreu depois de um apocalipse por causa de uma gripe que dizimou a todos -inclusive sua esposa - e vive em um aeroporto desativado pilotando um avião mega velho ao lado de seu cão fiel Jasper.
O único que sobrevive com ele ( Hig) é uma mala chamada Bangley, o velho é tão chato que se o aeroporto não estivesse desativado aposto que o teriam despachado.
Não tive a emoção que esperei sentir lendo o livro, há um peso sobre a história que não a faz emocionante mas sim maçante, com isso uma história que é vendida como de esperança passa longe disso ao ser tediosa , o leitor se vê no marasmo junto com o personagem, o que para uns pode servir como uma linda história mas para mim em um dia chuvoso debaixo do edredom me fez dar boas bocejadas.
Uma pena, porque imaginei tanto que o livro fosse maravilhoso e li muitas resenhas positivas, mas o bom da leitura é isso, eu não gostei, mas você pode se encantar com a história.
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crpaiva 14/08/2013

Gostei muito
Demorei um pouco para me habituar ao modo da narração. Segui adiante até o fim, bem envolvido com os personagens. Uma história bem explorada pelos filmes de ficção científica, onde o tema é o da PANDEMIA que destroi grande parte da população e os que sobram lutam para se manter vivos diante a escassez de alimentos e de energia.
Em alguns momentos o livro me emocionou. Recomendo a leitura.
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day 06/08/2013

bom!!
um mundo novo,devastado por uma doença...fome,canibalismo,violência...
Esse livro conta a história de Hig,piloto de avião que foi um dos sobreviventes da gripe que devastou a humanidade.
Tudo que lhe restou foi seu avião e seu amigo inseparável o cão Bangley.
o livro traz a narrativa de Hig sobre as coisas que vieram após essa gripe e também passeia pelas lembranças de sua antiga vida com sua esposa Melissa a qual ele viu morrer pela gripe.
Ao longo de sua jornada ele sempre está com seu cão,pescando,caçando e procurando novos lugares com a esperança de encontrar gente que como ele sobreviveram a doença.
Achei o livro bem realista e triste,parecido com o livro A estrada,na questão da sobrevivência.
uma parte que chorei lendo esse livro,quando Hig sempre visita alguns menonitas que tem a doença:

"Uma garotinha deu um passo á frente.O nome dela era Matilda.Segurava um buquê de Ásteres. Atravessou até o meio da zona,colocou-o no chão e sorriu para mim. colhi essas flores hoje,disse-me.Para você. São um presente? Ela que fez que sim.Sorriu ,bonita com sua pele cor de cera e olheiras fundas. Obrigado,disse.Obrigado .Então desabei.Fiquei ali parado na frente deles todos e chorei,chorei descontroladamente,sacudindo os ombros e sorrindo para a garota por entre as lágrimas. Na companhia das estrelas página 182


uma bela poesia também me chamou atenção no final do livro:
Quando estarei em casa?
quando estarei em casa? Não sei.
Nas montanhas,em meio á noite chuvosa,
o lago de outono inundou.
algum dia estaremos juntos novamente.
E a luz de velas nos sentaremos á janela com visão para o oeste
então lhe direi o quanto me lembrei de você
esta noite,nessa tormentosa montanha.
Li shang-yin

vale a pena ler o livro,tocante,simples e maravilhoso.

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br/2013/08/na-companhia-das-estrelas.html
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