Danika 17/07/2020Acho tão satisfatório quando uma adaptação é fiel ao livro. Não que esse tenha sido 100%, sei que as vezes isso é quase impossível. Mas foi quase.? Já conhecia outras obras do Jonathan Tropper e tinha esse livro ainda lacrado na estante. Quando vi que chegou o filme na Netflix, corri para ler antes. E adorei!
Imagina um cara que pega sua esposa em casa o traindo com seu chefe. Sem mulher e sem trabalho, o que mais pode acontecer? A morte do seu pai vem para completar a cereja do bolo.
E não me julguem, não sou eu que uso deste humor questionável. O Tropper abusa disso em seus livros e sempre deixa a tragédia um tanto cômica. E é isso que eu gosto nele. Ele narra diversos fatos que acontecem com qualquer um - geralmente são problemas pessoais - e coloca umas boas doses de ironia em cada situação vivida.
Já não bastava o chifre, ter largado o trabalho e o pai morto, agora Judd Foxman, nosso amado protagonista, precisa passar sete longos dias com sua família para o shivá, dias de luto segundo a religião judaica. Família, diga-se de passagem, nada normal. Cada um com seus problemas compartilhando a mesma casa por uma semana.
É engraçado o modo que o autor aborda os assuntos e o drama de cada um, com suas histórias vividas e não vividas, tornando os personagens mais reais.
É um bom livro para dar umas boas risadas mas te fazer pensar que mesmo em meio às diferenças, a família sempre será família. E é importante manter contato e estar por perto, mesmo quando não estiver.