Sete Dias Sem Fim

Sete Dias Sem Fim Jonathan Tropper




Resenhas - Sete dias sem fim


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Rebeca 03/08/2014

Já é um dos meus favoritos!
SETE DIAS SEM FIM - Jonathan Tropper. Que leitura fantástica, problemas comuns em uma família que podia muito bem ser a minha ou de qualquer outra pessoa. Sete dias, muitas lembranças, uma família, medos, receios e muito amor! Me sinto privilegiada de ter lido esse livro!!! Nota: ★★★★★, apesar de merecer muito mais.
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Mila F. @delivroemlivro_ 03/08/2014

Que história louca! Que família doida!
Esse livro é bem interessante e conta a história de Judd, que pegou sua mulher, Jen, na cama com seu chefe e para completar o fato do escândalo ter sido enorme e ele, obviamente, ter saído de casa, o pai de Judd faleceu de câncer. Morton Foxman, o pai falecido, já andava muito doente, portanto isso não foi uma novidade tão devastadora, o pior saber por sua mãe que o último desejo do pai era reunir a família num Shivá, que seria uma cerimônia judeu de despedida ao morto, em que a família toda deveria passar sete dias de luto sob o mesmo teto.
Então quando tudo não parecia piorar, as coisas pioram, Judd e seus irmãos: Wendy, Paul e Phillip não se dão muito bem e os cunhados Barry, Alice e Tracy parecem piorar tudo ainda mais. Além disso, o fato do drama particular de Judd comove a todos que aparecem para o Shivá e a mãe Hillary parece jogar o filho nos braços de qualquer mulher.
Na verdade Sete Dias Sem Fim nos coloca diante da confusão de sentimentos de Judd que, claramente, não superou a traição de Jen com Wade e sofre profundamente e amargamente por tudo, afinal de conta o amor de sua vida e seus sonhos já não pode ser mais os mesmos. Portanto durante a Shivá além de ter que conviver com seus irmãos sob o mesmo teto, eles tem que sobreviver a todos os problemas familiares e tentar superá-los. Muitos segredos, brigas e decisões serão tomadas nestes sete dias que serão irrevogáveis e imutáveis.
Judd tem uma família bem peculiar, louca e envolvente, cada irmão e até mesmo a mãe dele tem uma história complexa de amor e de abnegação, todos tiveram que deixar algo para trás e tem que viver com essas escolhas.
O que mais me surpreendeu em Sete Dias Sem Fim foi tê-lo lido pensando que seria apenas um livro de comédia, com romantismo e algumas safadezas [o que de fato é], mas ele é mais que isso, há toda uma reflexão e uma moral por trás da história louca e da família mais bizarra que já vi na literatura. Sarcástico, irônico e divertido, este livro é escandalosamente engraçado e honesto de uma forma até cruel, mas possivelmente aceitável. Desde o começo do livro a família Foxman me surpreendeu, creio que não haja ninguém naturalmente normal entre eles, todos são de uma loucura descontrolada e completamente honesta, no entanto, devo confessar que isso me assustou, pois, na verdade, ninguém é tão honesto assim no mundo.
Sem dúvida se você, caro leitor, gosta de livros de comédia e quer dar boas risadas: Sete Dias Sem Fim é uma boa pedida. Participar de um Shivá com os Foxman provavelmente, será uma experiência única e inexplicável para todos os leitores.


Camila Márcia

site: http://www.delivroemlivro.com.br/
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Beatriz B. 23/07/2014

O que dizer de Sete Dias Sem Fim? Apenas que o AUTOR DEVERIA HONRAR O TÍTULO DO LIVRO E REALMENTE SER SEM FIM.
Judd Foxman é o típico cara que acha que tem tanto potencial para ser alguém na vida quanto seus músculos para impressionar uma garota: ZERO. Durante toda sua existência sempre viveu medianamente, tanto no tamanho da sua sorte quando dos seus sonhos. Nunca se destacou na escola, nunca foi motivo de admiração para os pais. Por isso, quando conheceu Jenn (que na época ele não sabia, mas se tornaria sua futura ex-esposa), abriu mão da qualquer esperança de melhoria em sua vida, pois achava que isso era o mais próximo do topo que poderia chegar.

Bons dez anos de passaram e a vida de Judd não poderia ser mais normal. Tanta normalidade que até entediava. Trabalhando em uma rádio, cujo chefe era o narrador de programas polêmicos, propositalmente longe da família e há muito sem visitá-la, imerso em um casamento morno, cuja sombra dos filhos perdidos ainda pairavam entrelaçado a ele.

Se Judd quisesse algumas mudanças, a frase "cuidado com o que deseja" nunca funcionaria melhor! No dia do seu aniversário de casamento, Judd chega em casa mais cedo e descobre a mulher traindo-o com o chefe, que a propósito, é fisicamente tudo que Judd queria ser. Além de perder o emprego e receber a notícia da morte do pai, Judd terá que se comprometer a seguir a tradição judaica do Shivá e permanecer na mesma casa junto com toda sua família por sete dias sem fim (ba dum tss).

Premissa interessante, não? (Say yes or die). Tive vontade de ler esse livro na hora que bati o olho na sinopse. Não está fácil encontrar livros que prendem a partir do momento em que você descobre do que se trata. E Sete Dias Sem Fim foi assim até a última linha, sem nunca perder o ritmo ou ficar desinteressante. Transcrever a experiência de lê-lo resultaria em rios de resenha (não que eu já não faça isso, mas fiquem apenas com o espírito da frase).

As pessoas podem nunca mudar realmente. Mas suas vidas, laços e valores, sim. Constantemente. E foi isso que Judd descobriu, principalmente devido ao processo de divórcio, funeral do pai e enquanto prosseguia em companhia das pessoas que mais deveria amar, e no fundo você realmente o faz, mas na maioria das vezes prefere encobrir isso com ausências, colocando a culpa nos "defeitos insuportáveis" e feridas passadas. Certo, estou fazendo daquele rio um mar, I'll stop.

Se você não achou a premissa muito convincente, o humor negro e ácido (a partir de agora denominado "humor coca-cola") com grande certeza irá de encantar!, (ou ao menos o máximo que acidezes encantam alguém). O autor traz a tona pensamentos corriqueiros trabalhados em sentenças com um ar sagaz e profundo. E um detalhe que me agradou muito, foi que nenhum personagem "revolucionou" sua vida no final, (o que seria muito piegas-típico-sessão-da-tarde). O futuro permaneceu em aberto, todos ainda continuam com seus compromissos e escolhas. As experiências pela quais passaram nesses sete dias apenas tentaram ajudá-los a ter um maior campo de visão do que devem fazer dali para frente. (oh, my feelings). E personagens instigantes não faltam, nos fazendo sentir e compartilhar o peso desse processo!

A leitura desse livro foi uma experiência totalmente nova. Composto de citações perfeitas, até parece pensamentos que o autor sempre carregou consigo a respeito de como as coisas silenciosamente são e funcionam. E depois de reunir vários, decidiu moldar um livro com elas. É com uma junção de sensações ver a si próprio em diversos trechos do livro, ao mesmo tempo que se identifica com os problemas das personagens, ou enxerga também sua própria família e amigos no meio de toda aquela confusão. E no fundo, não é nada além que a própria vida.

Não irei dizer que o livro é PERFEITO (damn, acabei de dizer nn), pois eu sempre me confundia quanto ao nome dos personagens, mesmo já no final. Simplesmente não se fixou na minha mente. E o livro tem um certo ar de American Pie e, desculpe fans, mas não é lá algo que me agrade. Mas isso são problemas pessoais, não são falhas em relação a mau desenvolvimento ou escrita pouco fluida, na verdade é TOTALMENTE o antônimo disso.

Okay, that's enough! A partir daqui, deixo apenas mais um recado (quer dizer, quando eu escrevi essa linha eu tinha só mais um recado em mente, but you never know): Sete Dias Sem Fim pode ser um livro a ser lido apenas como diversão ou também você pode"decidir" acrescentar as reflexões, (decidir entre aspas, porque elas vão te raptar de qualquer maneira, trust me!). Queria escrever todas as citações que marquei aqui. Mas teria de rescrever metade do livro, no kidding!

site: http://soleitoressabem.blogspot.com/2014/07/livros-entre-linhas-sete-dias-sem-fim.html
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Paula 01/07/2014

"Ele perdeu a esposa, o emprego e o pai. E foi aí que reencontrou sua família."
Do Jonathan Tropper eu já havia lido "Como falar com um viúvo", que eu achei bem divertido. Quando vi que o livro estava na lista das adaptações para o cinema em 2014 eu achei que era o momento certo de lê-lo. Mas ele foi ficando aqui na minha estante e só agora chegou o meu momento. Sou dessas que acreditam que são os livros que nos escolhem e não o contrário. Sete dias sem fim me escolheu neste último final de semana e acho que era o que eu precisava ler.

Vale lembrar que esta é uma leitura de entretenimento, sem grandes aspirações literárias, e nesse sentido foge um pouco do que costumo ler. Mas às vezes a gente precisa de livros assim, pelo menos eu precisei.

O enredo conta a história de um homem de quarenta e poucos anos que acaba de descobrir que sua esposa o estava traindo com o seu chefe. Além de perder a esposa, a casa e a segurança de um relacionamento de mais de 20 anos, ele também perdeu o emprego. E em meio a todo esse caos ele ainda recebe uma das piores notícias que alguém pode receber: o falecimento do pai.

Nascido em uma família judaica não muito praticante, onde os sentimentos sempre foram reprimidos e as relações um pouco conflituosas, Judd e seus irmãos são surpreendidos com a notícia de que seu pai fez um último pedido: que todos os membros da família Foxman se reunissem em sua casa, a casa onde todos cresceram, para realizar a shivá, período de sete dias de luto mantidos pela morte de uma pessoa próxima dentro do Judaísmo. É nessa reunião de família para homenagear o pai que muitas questões familiares são retomadas, mas não sem muita confusão. A narrativa de Jonathan Tropper é bem envolvente, há situações que nos fazem sorrir e outras com as quais nos identificamos (afinal de contas, quem nunca se sentiu um pouco perdido?) e que nos emocionam, como quando os irmãos, que tem dificuldade em verbalizar seus sentimentos, finalmente conseguem admitir que sentem muitas saudades do pai. É um livro que faz a gente pensar em nossa própria família e agradecer por ela.

Avaliação emocional: ****
Avaliação racional: ***

Tropper, Jonathan. Sete dias sem fim. São Paulo: Arqueiro, 2013. 304 páginas. Tradução Regina Lyra.

O livro foi adaptado para o cinema e tem lançamento previsto no Brasil para 25 de setembro de 2014.

site: http://pipanaosabevoar.blogspot.com.br/2014/06/sete-dias-sem-fim.html
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Janayna 03/06/2014

Não perca seu tempo
Comprei o livro com a promessa de ser um humor sarcástico, inteligente. Que engano! Toda a estória não passa de um roteiro de filme dentro de um livro - aliás, o filme vai estrear nos próximos dias. Que estória mais massante e lotaaada de clichês.
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Veneella 18/05/2014

Realidade sem fim
Sabe quando você entra em uma livraria sem a menor intenção de comprar algo, vê um livro e depois não consegue sair de lá sem ele? Típico. Essa foi minha história com Sete Dias sem Fim. Não conhecia o autor e nem costumo ter surtos por esse tipo de livro, mas não consegui resistir ao apelo tragicômico dele.

Às vezes você pode se surpreender com a forma que os filhos falam ou tratam sobre a morte do pai, parecendo até mesmo indiferente, mas a verdade é que todos tem aquela forma de luto silenciosa e teimosa que é até mais bonita do que extravasar tudo. Mas quando todos na família são assim, isso acaba gerando algumas cenas cômicas para você gargalhar enquanto lê.

Meu problema com o tragicômico é o seguinte: os personagens acabam sendo tão cativantes em seus momentos cômicos, que quando a coisa fica realmente trágica eu quero jogar o livro pela janela. E esse foi um livro tão real, tão bruto, que não teve como desgostar dele mesmo indignada com o rumo da história.

Talvez esse seja o problema em só ler livros fantásticos, a realidade te irrita profundamente. Você não consegue entender como pode não haver o tal final feliz, como pode aquele personagem não tomar uma decisão que obviamente o faz mais feliz, como pode, como pode, como pode?! E sabe a pior parte? É porque essa é a realidade. Há vários fatores para serem levados em consideração, e nem sempre dá certo. Nem sempre a vida te dá um final feliz. E, cara, isso é uma merda.

Tropper conseguiu criar personagens densos e reais, de forma que você não pode evitar se conectar com eles. Por muitas vezes achei Judd um tanto inativo, passivo demais, quem sabe até meio burro, mas como o autor de vários pensamentos cômicos -passamos o livro inteiro na cabeça dele com a narrativa em primeira pessoa- foi fácil ignorar certas coisas. Como eu sempre digo: personagens reais são aqueles que você tem raiva em uma página e empatia na outra.

Com uma escrita fácil e objetiva, Sete Dias sem Fim foi uma leitura agradável e também um balde de realidade. Pode ser que nem tudo saia como planejamos, mas nós nunca saberemos as consequências de nossas ações até que elas aconteçam, e até lá, tudo pode acontecer.

site: http://www.itrandom.com.br
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Nando 16/05/2014

Fantástico
Um dos melhores livros que já li. Pra quem estiver a fim de um livro simples mas bem interessante. Um cara que foi traído, perdeu o emprego e o pai morreu! Trágico? Nada, é possível rir bastante (e olhe que não sou fácil de rir). O livro se desenvolve muito bem (contado na visão do personagem Judd, o corno, desempregado e sem pai), sempre com novos fatos que incrementam a história num ritmo bom e nada cansativo. Personagens com diversas características, cada uma com problemas variados. Porém o que faz o livro ganhar essa recomendação são os diálogos engraçados, rápidos e irônicos. O autor faz da história um engraçado encontro de família com membros (que não se dão bem) que precisam aturar uma shivá (sete dias de luto no judaísmo). No fim ainda da pra fazer uma boa reflexão...
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Kênia 27/04/2014

Eu me apaixonei. Na primeira metade do livro. Humor ácido e mórbido. Completamente delicioso, envolvente, empolgante, divertido, bem divertido! História bem construída, narrativa cativante, lido em um dia. Um cara totalmente ferrado, mas espirituoso. Pensei: 5 estrelas, com certeza! Depois da primeira metade, a paixão a primeira vista foi se transformando em algo que não sei. Perdeu um pouquinho da intensidade, do transe. Eu me questionei se não foi porque os personagens foram se tornando mais familiares, ou menos reais - perspectivas paradoxais, mas que levam a uma sensação de distância reconhecida parecida. O final dá a possibilidade para continuação, mas terminar assim, gera um mundo de possibilidades, como o próprio personagem diz... e sua louca vontade de se apaixonar novamente... 4,7 estrelas: arredondarei... rs
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Lodir 22/04/2014

Poucas vezes li um livro tão divertido e engraçado e perturbador ao mesmo tempo, perturbador por me fazer pensar tanto sobre a vida e as desilusões sobre quem somos e gostaríamos de ser. A narrativa é ótima. Virei fã do autor.
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Só Sobre Livros 11/04/2014

Tragédia e humor em uma história maravilhosa
Confira resenha no blog

site: http://sosobrelivros.blogspot.com.br/2014/04/tragedia-e-humor-em-uma-historia.html
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Livretando 31/01/2014

Resenha: Sete Dias sem Fim
Sete. Esse número que, provavelmente, pouco representa para nós, é o mesmo que aflige Judd Foxman desde que ele recebeu a notícia do falecimento do seu pai. Porém, não foi a notícia propriamente dita que o incomodou, mas o fato de que o último desejo do patriarca era de que sua família se reunisse a fim de cumprir a shivá - nome dado ao costume da religião judaica para se referir ao período de sete dias de luto mantidos pela morte de uma pessoa próxima -, ou seja, passar uma semana na companhia de seus irmãos e mãe.

Depois de flagrar sua mulher na cama com seu chefe e, consequentemente, perder a esposa e o emprego de uma única vez, Judd não sabe se está preparado para um desafio dessa magnitude. Uma família há muito tempo desestruturada e cheia de ressentimentos terá que encontrar um meio de adaptar-se e suportar a companhia uns dos outros.

Jonathan Tropper já havia me conquistado como leitor desde o meu primeiro contato com sua escrita, em “Tudo pode mudar”. A linguagem direta e irrestrita usada na sua narrativa somada aos curtos, mas suficientes, diálogos dão um toque especial às suas obras. Parece ser uma característica do autor trazer questões familiares para as páginas dos seus livros, esses dramas unidos ao humor que o Tropper sabe dosar muito bem resultam em uma obra gostosa de se ler e, acima de tudo, inteligente. Dos trabalhos do autor que tive contato até o momento, a série de TV “Banshee” foi o único que me decepcionou, mas isso é assunto pra outra hora.

Um livro pra ler, reler e ainda pedir um pouco mais. Uma ótima pedida pra quem ainda não leu nada do autor.

site: http://livretando.blogspot.com.br/2013/09/sete-dias-sem-fim-jonathan-tropper.html
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Felipe Miranda 10/01/2014

Sete Dias Sem Fim - Jonathan Tropper por Oh My Dog estol com Bigods
Judd Foxman terá que participar de um Shivá, uma tradição do Judaísmo, um período de sete dias onde os parentes próximos passam o luto do ente querido. O ente querido em questão é seu pai, que após meses em coma por causa de um câncer terminal de estômago está morto. Não há como fugir, apesar de haver motivos para questionamentos, seu pai não era apegado a religião, nem sequer acreditava em Deus. Porém esse foi seu último pedido e ele deve ser respeitado. Judd é o foco do enredo, ele pegou sua esposa Jen, na cama com seu chefe, o falastãro Wade. Sem esposa, sem emprego, sem casa, é realmente preciso citar as mudanças que isso causa em um homem? Ele se sente velho demais para ter tanto nada, nada que indique uma existência de sucesso até agora. Durante nove anos eles dividiram uma vida, construíram uma rotina, hábitos, piadas íntimas, eles se conheciam ou achavam que conheciam. Quando Jen engravida e perde o bebê meses antes do nascimento, ocorre uma ruptura desse laço entre os dois, talvez esse fato tenha sido responsável por algumas mudanças que passaram despercebidas, o amor se tornou fraco, de ambos os lados. O que importa é que Judd se sente traído demais pra perdoar, até quando acaba descobrindo que será pai no momento mais improvável possível. A vida poderia ser mais trágica?

É aceitável que com os caminhos que a vida toma, os irmãos Foxman tenham se afastado com a chegada da vida adulta, esse luto será um bom momento para matar saudades, se é que existe alguma, e resolver questões que assombram cada membro da família, isso eu garanto. Claro, da forma mais hilária possível graças a escrita ágil e inteligente de Tropper. Judd, reencontrará amores antigos e se verá diante de opções, mas quando se tem uma futura ex-esposa grávida não fica fácil seguir em frente sem receios. A Sra. Hillary, guarda uma das revelações mais chocantes do livro, após tantos anos de casada, filhos criados e encaminhados na vida, ela está pronta para novas experiências sexuais. Se é que me entendem... Feliciano não representa a viúva. Wendy, a única filha da família, é casada com Barry, que não larga o celular um segundo se quer durante o livro todo, os negócios parecem ser mais importantes que seus três filhos. Phillip, o caçula, parece ter cansado de transar com todas as jovens da face da terra e está namorando Tracy, uma quarentona que parece ser a melhor mulher com que se relacionara. Mas será que pau que nasce torto se endireita algum dia? Paul é casado com Alice, os dois tentam ficar grávidos mas parece que a cegonha não está ajudando. O relacionamento de Judd com o irmão Paul é um ponto tocante da estória, os dois passaram por algo na adolescência que definiu o relacionamento frio e distante dos dois por toda a vida. E pra completar, Alice e Judd perderam a virgindade juntos...

Durante uma semana os membros dessa família receberão vizinhos, parentes próximos e distantes, conhecidos e quase desconhecidos, prestando suas condolências e demonstrando seus pêsames, uma série de situações embaraçosas e tragicômicas. Intermináveis travessas de comidas, cigarros de maconha e bebedeiras aliadas a acertos de contas. A medida que as páginas passam, lembranças do pai invadem as mentes dos irmãos e fica difícil não se emocionar. Diante de tantos problemas pessoais, fica fácil perceber que apesar de não serem uma família de verdade a bastante tempo, não há dúvidas do amor entre eles. O leitor se vê repensando atitudes.

"Achamos que temos todo o tempo do mundo, e então nosso pai morre. Achamos que estamos muito bem casados, e então nossa mulher vai pra casa com nosso chefe. Achamos que nosso irmão é um babaca, mas então descobrimos que na verdade babacas somos nós." Trecho da página 242

De chorar de rir e cortar o coração. Recomendo todo e qualquer livro do Jonathan Tropper. Demorei mas finalmente pude ler outro livro do autor, as ótimas primeiras impressões com Tudo pode mudar me deixaram com gostinho de quero mais. Apenas leiam!

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2013/07/resenha-sete-dias-sem-fim-jonathan.html
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Elis C. 26/12/2013

Sete Dias Sem Fim
Sete Dias Sem Fim é um daqueles livros que irá te fazer refletir em algum momento. Não importa se te prenderá por causa da história principal ou pelas secundárias, ou até mesmo por uma frase de impacto, você em algum momento pensa em sua vida e reflete sobre como a está encarando.

Judd é tão azarado – se esta é a palavra certa –, que faz com que olhemos para nossas vidas e agradeçamos por ela não ser tão complicada como a do personagem. Logo no início do livro, no dia do aniversário de sua esposa, Judd a flagra na cama com outro homem, e, para completar a tragédia, este homem era Wade, seu chefe.

Traído e, devido às circunstâncias, desempregado, o personagem ainda tem que lidar com outra trágica notícia: seu pai faleceu. Como último pedido, o pai de Judd quer que a família se reúna e cumpra a Shivá – nome dado dentro do judaísmo para se referir ao período de sete dias de luto mantidos pela morte de uma pessoa próxima.

A partir daí começamos a conhecer essa família de relações confusas e, de sua própria maneira, afetuosas. Sra. Hillary, mãe de Judd, sempre nada discreta, surpreende os filhos – e até mesmo os leitores – com uma grande revelação. Wendy, a única irmã, tem um casamento monótono, pois o marido Barry não parece ser tão ligado à ela e aos três filhos do casal, estando sempre preocupado com os negócios. Philip, o irmão mais novo e mais conquistador, traz para a Shivá sua nova namorada, Tracy, uma quarentona que parece bancar o rapaz. Paul, o outro irmão, é casado com Alice – com quem Judd perdeu a virgindade – e estão tentando ter um filho.

Como se já não bastasse toda a complexidade da situação em que se encontra, quando Judd acredita que nada pode piorar, ele ainda descobre que sua ex-esposa está esperando um filho dele.

O livro retrata os dramas vividos pela família Foxman e nos faz entrar no universo de cada irmão e refletir sobre os problemas que assolam cada núcleo familiar que compõe o grande cenário. A convivência diária os faz olhar para si, reviver questões do passado e os motiva a resolver mágoas familiares até então veladas.

Sete Dias Sem Fim, conta com uma dose de humor, mas não é de nenhuma maneira uma história familiar superficial. É uma leitura de fácil compreensão, porém os sentimentos relatados são densos, fazendo com que o próprio leitor repense sobre a sua vida.

site: http://frasesfeitasecoisascliches.blogspot.com.br/
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Elilyan 25/12/2013

Sete Dias Sem Fim: uma tragicômica que vale muito a pena
Imagine que em questões de dias sua vida dá um giro de 360º: Judd Foxman em pouco tempo descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir, perdeu o emprego e seu pai morreu. E para completar o último desejo de seu pai era que a família cumprisse o shivá (período de sete dias de luto contados a partir do dia do enterro para os parentes de primeiro grau).

Com um começo tão azarado é impossível não se interessar por descobrir se Judd vai mudar sua sorte ao longo das 304 páginas do e-book (SIM, eu li em formato e-book, e o livro é tão bom, mas tão bom, que quero a versão impressa para ontem).

Quando li esse livro, assim como Judd, estava num processo de mudança de vida, só que diferentemente do protagonista a minha mudança foi uma opção. É a quase ausência de opções que torna a empatia pela estória de Judd tão grande. Com vários baques Judd tem que se virar com o que tem e encontrar um motivo para continuar em frente.

"Não há nada na vida, nada mesmo, que nos prepare para a experiência de ver nossa mulher trepando com outro homem. É um daqueles acontecimentos surreais que imaginamos em um ou outro momento, mas sem qualquer definição, como morrer ou ganhar na loteria.Quando se trata de como reagir, esse é um território desconhecido." Página 21


Um baque que acerta em cheio em Judd é o fato de sua esposa o ter traído com o chefe. Esse fato tão comum é transformado em uma dramédia através da escrita de Tropper que conseguiu me fazer ficar triste, indignada e ao mesmo tempo rir do infortúnio do protagonista. Mas como desgraça pouca é bobagem o pai de Judd morre, e é com esse novo baque que meu coração ficou pequenininho e que muitas vezes me fez gargalhar.

"-Papai morreu. - diz Wendy sem a menor cerimônia, como se isso já tivesse acontecido antes, como se acontecesse todo dia. As vezes dá nos nervos esse jeito dela de nunca se abalar, mesmo diante da pior tragédia. - Faz duas horas.(...) -E a coisa só melhora - acrescenta Wendy.

-Melhora? Meu Deus, Wendy, você ouviu o que disse?
-Tudo bem, eu me expressei mal.
-Jura?
-Ele pediu que cumpríssemos a shivá.
-Quem pediu?
-De quem estamos falando? Papai! Ele queria que a gente cumprisse a shivá.
-Papai morreu. (...)
-Exatamente. Pelo visto esta é a ocasião ideal para isso.
-Mas papai é ateu.
-Papai era ateu.
-Está me dizendo que ele aceitou Deus antes de morrer?
-Não, estou dizendo que ele morreu e que você deveria conjugar o verbo no tempo correto."
Páginas 5 e 6

É através do passar dos 7 dias de shivá que fui conquistada pela escrita de Tropper. De forma leve fui conquistada por uma família incomum e que parece ser completamente indiferente uns aos outros, mas isso até dar uma olhada mais de perto. É a relação familiar a chave motriz de Sete Dias Sem Fim.

Nunca imaginei que um livro contemporâneo escrito e narrado por um homem poderia ser tão sensível e ao mesmo tempo tão agressivo. Tropper não alivia o linguajar ao tratar da raiva, dor, tristeza, alegria e surpresas que a vida podem trazer para qualquer um, utilizando sentenças diretas e em alguns trechos palavrões e palavras chulas.

“Então me peguei pensando no pau de Wade Boulanger.
Para ser mais específico, me perguntei: será que é maior que o meu? Mais grosso? Mais duro?
Seria levemente encurvado, alcançando pontos dentro do corpo dela que o meu nunca atingira,
pedacinhos de tecido macio até então intocados, levando-a a gritar daquele jeito? Será que Wade era mais habilidoso na cama? Teria estudado técnica tântrica? Sem dúvida já dormira com prostitutas e atrizes pornô suficientes para adquirir orientação prática. De onde eu estava, Wade definitivamente parecia saber o que fazia, mas, para ser justo, eu nunca me vira trepando.” - Página 21

Apesar de ser narrado em primeira pessoa Tropper consegue construir personagens fantásticos que se sobrepõem a visão de Judd. Os familiares, amigos, inimigos e amores são tão interessantes e complexos que muitas vezes me peguei falando “oi?” por atitudes inesperadas. Mesmo Jen e Wade que são dois sacanas me fizeram torcer por eles. Talvez esse seja o maior trunfo de Jonathan Tropper, a incrível capacidade de construir personagens cativantes.

Se você está pensando em ler algo leve, mas que ao mesmo tempo lhe faça refletir suas relações com a família, amigos e amores Sete Dias Sem Fim é o livro.


Sobre a nota: Dou 4,5 porque o final vem de uma forma tão rápida e inesperada que fiquei com um certo sabor de melancolia na boca. :/ No resto é um livro tão incrível já estou lendo outro do mesmo autor (e amando muito).


site: http://www.conversacult.com.br/2013/12/resenha-os-500-por-matthew-quirk.html#more
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Camis 04/11/2013

Judd acaba de descobrir que sua mulher, Jen, o estava traindo por um ano com seu chefe Wade, um locutor de rádio sem papas na língua odiando por todas as esposas de seus ouvintes, exceto pela de Judd. Ele viveu cego durante esse tempo todo em que seu casamento desmoronava, até o dia em que saiu mais cedo do serviço para preparar uma surpresa de aniversário para Jen e acabou pegando-a na cama com Wade. E a maior ironia na história é o fato de Jen, após ter dado fim ao casamento dos dois, descobrir que está grávida, e o filho é de Judd.

Como se o Universo já não tivesse demonstrado o suficiente como odeia o cara, poucos dias depois de ter saído de casa e ido morar em um porão decadente, Judd recebe a notícia de que seu pai havia falecido. A morte do Sr. Foxman já era esperada, uma vez que ele estava lutando contra o câncer havia anos, mas para Judd ela não poderia ter vindo em uma hora hora pior. Afinal, agora que ele havia sido traído e chutado de casa pela ex esposa, tudo o que Judd menos precisava era ter que passar sete dias trancado dentro de uma única casa com sua irmã Wendy e seus dois irmãos, Phillip e Paul, além da própria mãe e os respectivos marido, filhos, esposa e namorada de cada um cumprindo a shivá como o último desejo do pai.

Pra quem não sabe o que é shivá, como eu não sabia, é bem simples: no judaísmo, após o falecimento de alguém, a família deve se fechar em casa como uma forma de velório ao morto por sete dias. Durante essa semana os vizinhos, amigos, conhecidos e parentes mais distantes do falecido visitam a família, levando comida e deixando dinheiro, como maneira de demonstrar seu luto.

A semana mais infernal da vida de Judd acaba por ser também a mais cheia de revelações, reencontros, descobertas e perdões. Ele, que sempre foi o cara que apontava o dedo antes de analisar o próprio umbigo, vai descobrir que embora sua família realmente o tenha magoado, ele também os magoou, e que só o tempo vai fazê-los voltar a ser uma grande família novamente, mas que sete dias já são um bom começo.

Eu sou tenho apenas uma irmã, e moro com meu pai e minha mãe, mas lendo Sete Dias Sem Fim eu me senti dentro de uma grande, desastrosa e calorosa família. Os Foxman possuem diferenças exorbitantes: Phillip é o filho desajuízado que todos sabem que nunca vai tomar um rumo na vida, enquanto Paul seguiu os passos do pai, embora tenha tido a grande oportunidade de se tornar jogador de beisebol na vida; Judd é aquele isolado, que criou família, arrumou emprego, mas que vive a vida dentro dos padrões e nada além disso, e já Wendy casou-se com um ambicioso homem de negócios que não sai do telefone, com quem tem 3 filhos, e é mais conformada do que realmente gosta da sua rotina como mãe e esposa.

Ainda assim, mesmo sendo tão diferentes e possuindo um relacionamento tão frágil uns com os outros, os Foxman possuem um ponto em comum: a mãe, e é ela, com seu jeito espalhafatoso, próteses gigantescas de silicone, minissaias e decotes avantajados, que irá colocar os filhos na linha e mostrar pra eles que não importa as divergências ou o tempo que passem sem se falar, família é família, e o tempo é curto demais para rancores e arrependimentos.

Eu adorei o livro. Embora tenha levado um tempo consideravelmente longo para terminar a leitura (quase duas semanas) acabei me apaixonando por muitos dos personagens do livro, principalmente por Phillip, o irmão mais novo e sem juízo ou limites, que trouxe a glória da juventude para o meio familiar. O motivo por não ter dado 5 estrelas ao livro é bem simples: Judd me irritou. Não consigo entender até agora algumas atitudes estúpidas e passivas desse cara, e senti tanta raiva de Judd em alguns momentos, principalmente com relação a Jen, que acabei dando apenas 4 estrelas a Sete Dias Sem Fim.

A escrita do autor é fácil, cheia de pequenas e divertidas reflexões que nos fazem rir e dizer "Isso é verdade!". Algumas pessoas disseram que acharam o ritmo do livro parado, já eu sou da seguinte opinião: o cara acabou de descobrir que o pai morreu, foi traído, perdeu o emprego, e ainda fica trancado por 7 dias dentro de uma casa com uma família fora dos padrões... Onde é que você vê "parado" nessa estória?!

site: http://nolimitedaleitura.blogspot.com.br/2013/11/sete-dias-sem-fim.html
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