Em que Crêem os que Não Crêem?

Em que Crêem os que Não Crêem? Umberto Eco




Resenhas - Em que crêem os que não crêem?


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Jeg 25/05/2010

Este debate bem que poderia servir como modelo para as inumeráveis obras que são publicadas sobre os temas recorrentes, que são na maioria tendenciosas, onde temas como criacionismo e naturalismo são ligados e cambiados a temas éticos, religiosos e metafísicos de maneira completamente arbitraria, afim de que seus autores, em dialéticas que misturam evidencias cientificas e conjeturas subjetivas alcancem, de maneira radical, um discurso lógico no intuito de convencer o leitor sobre suas convicções, sejam estas de natureza cientifica ou religiosa.

O debate entre os dois pensadores trata de maneira concisa importantes questões éticas, não pretendendo aprofundar-se em discursos religiosos ou filosóficos, tomando cuidado em não perder-se em um debate metafísico, que não alcançaria uma conclusão satisfatória nem em oitocentas páginas se tais temas fossem postos em xeque. Isso quer dizer que tanto a visão laica quanto a visão religiosa conseguem, de maneira saudável e distinta, debater uma questão em comum, que é a conduta moral do homem e sua responsabilidade no mundo.

Os temas mais profundos são apenas arranhados ou pré-divulgados por cada um deles apenas para expor com maior clareza suas inclinações éticas, e este é o principal trunfo deste livro especialmente eficaz na clareza de suas cartas, ainda mais em uma época tão carente de respeito mutuo entre tantas vertentes de pensamento, como temos hoje.



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Artur Breda 24/02/2010

Relativo
A proposta de um debate entre um laico e um crente que o livro pretende é demasiadamente simples, pois são feitas perguntas complexas, mas as respostas são brandas, talvez o objetivo seja somente pincelar os temas produzindo um interesse maior do leitor nestes pontos supracitados para um posterior aprofundamento.
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mura 30/10/2009

Um livro onde o o escritor Umberto Eco e o cardeal Carlo Maria Martini trocam catas durante um ano 1996-1997. Eco no papel de não crente, e Martini como crente.
Nas cartas trocadas nesse período eles trocam ideias sobre vários temas como: vida, morte, aborto...etc
ambos defendem seus pontos de vistas com maestria.
Um livro que realmente faz a gente parar pra pensar em muita coisa, independente de termos fé ou não.
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Raffert 07/10/2009

Deve-se crer na fé dos outros.
Brilhante. Eco duela com Marin com tamanha delicadeza que o padre só se sai bem quando se repete. Há artigos de outros filósofos. Um deles, claramente díscipulo de Nietzsch.
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Vânia 09/07/2009

Creio logo existo (?)
Pergunta complexa a do título do livro. As pessoas sempre creem em algo ou em alguém. Os temas sugeridos pelos autores são exatamente os mais polêmicos. Daqueles os quais normalmente dizemos: "não se discute sobre política, religião e time de futebol".
Há uma verdadeira salada de debates: morte, vida, aborto, celibato, nazismo, holocausto, fé e a falta dela. Grandes autores são citados para validar as opiniões: Tomás de Aquino, Kant, Santo Agostinho...
O que se espera de uma troca de cartas entre um cardeal (cristão) e outro que apesar de ter sido educado em escolas católicas, há muito se desviou de segui-la (laico)?
Por incrível que pareça, a troca de cartas e seus assuntos são um delicioso passeio por pensamentos de cultura.
Pra mim a melhor carta foi a 5ª, escrita por Umberto Eco.
Quase ao final, o livro sofre uma interferência de outros 6 escritores tentando explicar uma série de questões levantadas entre os dois amigos. Não havia necessidade. Com isso o livro perdeu um pouco de seu ritmo.
Mas a pergunta prossegue: em que creem os que não creem? Bem... se não houver mais nada a crer, como bem diz Carlo M. Martini,"Ao menos é preciso acreditar na vida, em uma promessa de vida para os jovens, a quem não é estranho ver enganados por uma cultura que lhes convida, sob o pretexto da liberdade, a toda experiência, com o risco de que tudo conclua em derrota, desespero, morte, dor."
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