Jeg 25/05/2010
Este debate bem que poderia servir como modelo para as inumeráveis obras que são publicadas sobre os temas recorrentes, que são na maioria tendenciosas, onde temas como criacionismo e naturalismo são ligados e cambiados a temas éticos, religiosos e metafísicos de maneira completamente arbitraria, afim de que seus autores, em dialéticas que misturam evidencias cientificas e conjeturas subjetivas alcancem, de maneira radical, um discurso lógico no intuito de convencer o leitor sobre suas convicções, sejam estas de natureza cientifica ou religiosa.
O debate entre os dois pensadores trata de maneira concisa importantes questões éticas, não pretendendo aprofundar-se em discursos religiosos ou filosóficos, tomando cuidado em não perder-se em um debate metafísico, que não alcançaria uma conclusão satisfatória nem em oitocentas páginas se tais temas fossem postos em xeque. Isso quer dizer que tanto a visão laica quanto a visão religiosa conseguem, de maneira saudável e distinta, debater uma questão em comum, que é a conduta moral do homem e sua responsabilidade no mundo.
Os temas mais profundos são apenas arranhados ou pré-divulgados por cada um deles apenas para expor com maior clareza suas inclinações éticas, e este é o principal trunfo deste livro especialmente eficaz na clareza de suas cartas, ainda mais em uma época tão carente de respeito mutuo entre tantas vertentes de pensamento, como temos hoje.