As Flores do Mal

As Flores do Mal Charles Baudelaire




Resenhas - As Flores do Mal


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Carla.Zuqueti 15/04/2023

Para causar incômodo
O livro de poesias ?As Flores do Mal? é considerado um marco na poesia francesa da época. Isso porque a França passava por uma mudança social em busca da modernidade, conflitando com valores interioranos. É para refletir esse ambiente que Baudelaire escreve essa coletânea de poesias.

Nessa versão do livro da editora Martin Claret, além de ?Flores do Mal?, ainda há um prefácio detalhado e a inclusão de algumas poesias incluídas posteriormente ao primeiro lançamento e poesias rejeitadas pela época.

Nem sempre a beleza é óbvia e o poeta tenta mostrar a beleza de outros ângulos.

O que achei? Que se o poeta queria causar impacto conseguiu. Realmente é um livro com poesias marcantes e algumas um tanto doentias pro meu gosto. Muitas citações sobre o mal, até mesmo glorificando o mal - não faz meu estilo. Talvez eu seja cristã demais para apreciar a obra sem preconceitos. Mas não me acrescentou muita coisa além de incômodo.
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adriebacelar 07/04/2023

Uma leitura muito bonita (e difícil)
O livro possuí uma linguagem muito culta. é o livro em uma mão e o dicionário na outra, mas não é ruim nãokkkk
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Marcos606 22/03/2023

Sexo e decadência
Uma confissão de esperanças, sonhos, fracassos e pecados, As Flores do Mal tenta extrair a beleza do maligno. Ao contrário da poesia tradicional que dependia da beleza serena do mundo natural para transmitir emoções, Baudelaire sentiu que a poesia moderna deve evocar os aspectos artificiais e paradoxais da vida. Ele pensava que a beleza poderia evoluir por si mesma, independentemente da natureza e até mesmo alimentada pelo pecado. O resultado é uma clara oposição entre dois mundos, o “baço” e o “ideal”. Baço significa tudo o que há de errado com o mundo: morte, desespero, solidão, assassinato e doença. (O baço, um órgão que remove agentes causadores de doenças da corrente sanguínea, era tradicionalmente associado ao mal-estar) Em contraste, o ideal representa uma transcendência sobre a dura realidade do baço, onde o amor é possível e os sentidos se unem em êxtase.

O ideal é principalmente uma fuga da realidade através do vinho, do ópio, das viagens e da paixão. Atenuando o duro impacto do fracasso e do arrependimento, o ideal é um estado imaginado de felicidade, êxtase e voluptuosidade onde o tempo e a morte não têm lugar. Baudelaire costuma usar imagens eróticas para transmitir o sentimento apaixonado do ideal. No entanto, o orador fica constantemente desapontado quando o baço assume novamente o seu reinado. Ele é infinitamente confrontado com o medo da morte, com o fracasso de sua vontade e com a sufocação de seu espírito. No entanto, mesmo quando o orador do poema é frustrado pelo desânimo, o próprio Baudelaire nunca desiste de sua tentativa de tornar belo o bizarro, uma tentativa perfeitamente expressa pela justaposição de seus dois mundos.

As mulheres são a principal fonte de simbolismo, muitas vezes servindo como intermediárias entre o ideal e o baço. Assim, enquanto o orador deve passar as mãos pelos cabelos de uma mulher para evocar seu mundo ideal, mais tarde ele compara sua amante a um animal em decomposição, lembrando-a de que um dia ela beijará vermes em vez dele. Sua amante é ao mesmo tempo sua musa, proporcionando uma perfeição efêmera, e uma maldição, condenando-o ao amor não correspondido e a uma morte prematura. As mulheres, portanto, incorporam tanto o que Baudelaire chamou de elevação em direção a Deus quanto o que ele chamou de descida gradual em direção a Satanás: elas são guias luminosas de sua imaginação, mas também vampiros monstruosos que intensificam seu sentimento de melancolia ou mau humor. O resultado é uma misoginia moderada: Baudelaire associa as mulheres à natureza; assim, a sua tentativa de capturar a poesia do artificial negou necessariamente às mulheres um papel positivo na sua visão artística.

A poesia de Baudelaire também evoca obsessivamente a presença da morte. No entanto, a passagem do tempo, especialmente na forma de uma Paris recentemente remodelada, isola o orador e faz com que ele se sinta alienado da sociedade. Este tema da alienação deixa o orador sozinho na horrível contemplação de si mesmo e nas esperanças de uma morte consoladora. Baudelaire enfatiza ainda mais a proximidade da morte através de sua confiança em imagens e fantasias religiosas. Ele acredita sinceramente que Satanás controla suas ações cotidianas, fazendo do pecado um lembrete deprimente de sua falta de livre arbítrio e eventual morte.

Finalmente, elementos de terror fantástico – de fantasmas a morcegos e gatos pretos – amplificam a força destrutiva do baço na mente. Baudelaire foi inspirado em Edgar Allen Poe, e viu o uso da fantasia por Poe como uma forma de enfatizar o mistério e a tragédia da existência humana. Por exemplo, os três poemas diferentes de Baudelaire sobre gatos pretos expressam o que ele via como a ambiguidade provocadora das mulheres. Além disso, a presença de demônios e fantasmas torturados torna a possibilidade de morte mais imediata para quem fala, prefigurando o medo e o isolamento que a morte trará.
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Élida Mercês 06/03/2023

"(...) me detive diante da assustadora inutilidade de explicar o que quer que seja a quem quer que seja. Os que sabem, intuem-me, e para aqueles que não podem ou não querem compreender, eu amontoaria infrutiferamente as explicações."
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Bia~* 16/02/2023

As boas flores do mal
Não sei muito sobre as classificações e períodos literários, assim como também não tenho muito conhecimento sobre detalhes da métrica e estrutura da poesia. Mas apreciei o livro como leiga, como alguém que se entretém e se diverte com o novo, com o profundo, com aquilo que sabe ser maior que sua compreensão pode alcançar. Gosto de como Baudelaire transforma objetos, sujeitos e cenários cotidianos em rima, dos jogos que faz com aquilo que é sagrado e com o profano, o pessimismo e os lamentos que emprega em situações quaisquer, o desejo impregnado que traduz instintos humanos comuns...
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Indy 25/01/2023

Um pouco angustiante
Bom, tinha curiosidade de saber sobre os poemas do autor. Eu amei, tem traços de angústia e agonia em muitos versos e é possível vê um pouco da personalidade pessimista através dos trechos. A leitura é bem fluida, achei que seria mais difícil.
Krishna.Nunes 10/01/2024minha estante
Amou e elogiou mas deu 2 estrelas?




Igor.Banin 06/01/2023

Bom
Não sou muito de ler poesia escrita, mas acho importante conhecer os grandes mestres. Obra com poemas que gostei mais e outros que gostei menos, mas vale a leitura.
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Giulendo 27/12/2022

Flores do Mal
Estou completamente apaixonada por Flores do Mal!
Essa edição maravilhosa, além de lindo design, também nos trás muitos extras e ótimas notas, que nos ajudam no entendimento da obra.
A Literatura de Baudelaire é ainda mais interessante do que eu imaginava. Difícil, sim, mas extremamente cativante, deixando-nos muitas vezes no abismo de nossas próprias interpretações, encarando nossos próprios demônios.
Para fãs de paixões sombrias e do belo feio, recomendo Flores do Mal, de Charles Baudelaire.
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Madalla 16/12/2022

Resenha | As Flores do Mal (Les fleurs du mal)
As Flores do Mal de Charles Baudelaire é um clássico da literatura francesa que foi banido por muito tempo. Charles Baudelaire é incrível.

A poesia do autor é intensa, erótica e escura. O trabalho de Baudelaire foi inicialmente proibido devido a sua natureza gráfica e explícita. No entanto, muitas pessoas consideram sua obra magistral e algumas das melhores poesias já escritas. A poesia dark e erótica de Baudelaire definitivamente não é para todos, mas aqueles que a apreciam estão em um deleite.

As Flores do Mal (Les fleurs du Mal) é um poema sobre uma mulher que é tão bonita que parece ser feita de flores. Baudelaire escreve sobre ela de uma forma que a faz parecer quase como uma deusa e suas travessias.

site: https://www.instagram.com/literaclassica/
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Alexandre 30/11/2022

Gostei de O Vinho, As Flores do Mal, Epigrama para um livro condenado, Projetos de um epílogo.

No mais, tem poemas interessantes, mas não se iluda, quer dizer, eu achei um livro de leitura difícil, deve ser pela época que foi escrito. É um livro para ser ler bem aos poucos.
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gabide 20/11/2022

A Música das Flores
Comecei odiando, depois estava gostando só ao ponto de não detestar, depois comecei a gostar e terminei adorando.
Talvez seja porque meu "estilo" de leitura não seja focado em poemas e poesias e sim nas prosas, mas confesso que demorei um pouquinho para me adaptar.
Agora que terminei sinceramente, parece que estou cheia de inspiração para seguir a vida. Acho que esse é o poder de um livro.
Aquele velho ditado né, se você não aprende nada com um livro, é porque você não leu direito.
Essa nova tradução ficou perfeita para mim, essa edição está lindíssima. Acho que por essa tradução tentar se prender ao poema na língua original (sem mudar as estruturas, sentidos e afins) torna o entendimento mais claro e simples.
É como uma música, com ritmicidade, que continua tocando em nossa cabeças, de maneira gostosa e suave, após a leitura.
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Amanda 16/11/2022

.
?dá um tempo, ó minha dor, controla tua agressividade.

tu querias a noite; Aí está; ela vem descendo;

uma atmosfera sombria já envolve quase toda a cidade,

uns encontram a paz; outros seguem padecendo.?
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Gabi 15/11/2022

É difícil extrair a beleza do mal
Charles Baudelaire foi um escritor e tradutor que se dedicou a traduzir as obras de Poe para o francês. Em "As flores do mal" ele se consagra na literatura maldita. Censurado na época, o livro foi editado e relançado algumas vezes. Essa edição da Penguin está maravilhosa, contendo todos os poemas e... Que poemas, hein?
Não sou chegada em poesia, em geral evito o gênero. Mas dessa vez me senti cativada pelo teor sincero e escandaloso dos poemas, assim como a história do autor.
Maravilhoso. Uma obra prima.
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Zabi 15/11/2022

Um bom livro, até para quem não curte poesia
Não sou tão fã de poesia, mas até que gostei desse livro. Li aos pouquinhos, intercalando com outros livros e a leitura flui bem, tem poemas bonitos. É um bom autor que aborda temas bem interessantes, além de todo o contexto em que os textos foram escritos e publicados.
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