Ana Luiza 06/09/2021
Duas famílias, quatro gerações e segredos sombrios
📚 A HISTÓRIA⠀⠀
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Quando o sonho da família feliz de Grania Ryan desmorona, a escultora deixa Nova Iorque para se refugiar na sua cidade natal na Irlanda. Os pais e o irmão não entendem porque Grania se recusa a falar com o ex, mas a acolhem de braços abertos.⠀⠀
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Ou pelo menos até Grania conhecer Aurora Lisle no penhasco, uma menina curiosa que vive na mansão da propriedade vizinha. Aurora perdeu a mãe, e Grania o seu bebê, então acabam naturalmente desenvolvendo uma conexão poderosa.⠀⠀
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Só que os Ryan e os Lisle têm um histórico antigo e perturbador que Grania até agora desconhecia. E quando a artista aceita cuidar de Aurora por um tempo e começa a se interessar pelo pai da menina, a mãe de Grania decide que hora dela saber a verdade. ⠀⠀
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Tudo começa com Mary, uma jovem órfã noiva de um Ryan. Trabalhadora e inteligente, Mary é uma criada na mansão dos Lisle. Contudo, quando a Primeira Guerra Mundial estoura, ela acaba sendo transferida para a casa da família em Londres e fica responsável por cuidar de Anna, um bebê de origem misteriosa. ⠀⠀
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Será que alguns destinos estão fadados a se repetir?
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📚 VALE A PENA LER?⠀⠀
Tenho vários livros da Lucinda Riley esquecidos na estante, por isso fiquei animada para ler "A Garota do Penhasco". A obra tem uma narrativa que cativa. A escrita flui bem com toques de mistério.
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Se alternando entre passado e presente, a trama mesmo que extensa se desenvolve com um bom ritmo. É interessante também como tempo passado e contemporâneo se entrelaçam ao longo da história. Contudo, com linhas genealógicas confusas, acontecimentos dignos de novela mexicana ruim e personagens detestáveis, no fim acabei me decepcionando.
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Este não é um livro ruim. No final todas as confusões, brigas e segredos dos personagens são revelados e a história se encerra sem deixar pontas soltas. Contudo, os motivos das protagonistas para agir de forma tão arrogante, dramática e orgulhosa não convencem na maioria das vezes.
Também me incomodou a representação feminina na obra. Ou a mulher tem um lado materno e, logo, é uma fada doméstica que deve ser louvada, ou ela é uma péssima pessoa sem coração que deve ser odiada. Essa representação limitada se vê também no fato das personagens femininas (adultas) do livro parecerem não saber viver sem um homem.⠀⠀
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Mesmo com potencial, "A Garota do Penhasco" no fim não me conquistou. Terminei o livro cansada de tanto drama, assim como desanimada de tentar ler outras coisa da autora.
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